Um plano dentro do plano

Miguel continuava encarando o telefone em silêncio, a falta de resposta de Clara pesando mais do que qualquer ameaça que já enfrentara. Ele fechou os olhos e respirou fundo, lutando para não deixar o medo tomar conta. Algo estava errado, mas ele não podia arriscar movimentos precipitados.

Pegou os documentos comprometedores e os espalhou sobre a mesa. Os nomes, os números, as transações – tudo era evidência suficiente para destruir a organização. Se caíssem nas mãos certas, poderiam desmantelar todo o esquema. Mas Miguel sabia que, se a organização sequer suspeitasse que ele guardava esses papéis, sua vida acabaria.

Precisava de um plano.

Miguel passou horas pensando, até que uma ideia surgiu. Pegou uma pasta idêntica à que havia usado para guardar os documentos e a encheu com papéis irrelevantes: folhetos antigos, páginas de revistas e contratos falsificados. Certificou-se de que, à primeira vista, parecessem autênticos.

Então, levantou o colchão da cama do apartamento e colocou os d
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