Ele a levantou levemente, posicionando-a sobre uma manta que havia preparado no convés. "Você é tão linda," murmurou ele, a voz rouca de desejo.Clara sorriu, puxando-o para outro beijo enquanto sentia as mãos dele explorarem seu corpo com mais ousadia. Ele deslizou a blusa dela para cima, expondo a pele macia e quente. Os lábios dele lentamente beijavam seus seios enquanto sua mão descia e a tocava em sua vagina. Cada toque parecia acender uma nova chama, deixando Clara completamente entregue ao momento. Ela deslizou sua mão pelo abdômen definido de Miguel até chegar em seu órgão que parecia latejar de tanto desejo enquanto Miguel por sua vez acariciava seus clitóris com movimentos circulares precisos que faziam com que ela soltasse gemidos involuntários. Após sentir o primeiro orgasmo, Miguel á agarrou com seus braços levantando-a de costas para ele, segurando um de seus seios enquanto a outra mão estava em sua cintura. A penetração ocorreu como se um ímã atraísse um para o outro, M
O dia amanheceu lentamente, com o céu tingido de tons de laranja e rosa refletindo na superfície calma da água. Clara e Miguel ainda estavam na lancha, envolvidos em um silêncio confortável. O calor da noite anterior ainda pairava entre eles, mas a realidade já começava a se insinuar."Temos que voltar," disse Miguel finalmente, quebrando o silêncio.Clara concordou, mas não disse nada. Ela sabia que o momento de fuga havia terminado e que, a partir dali, o peso do que enfrentavam voltaria a recair sobre eles.Miguel ligou o motor da lancha e manobrou de volta para o cais. O trajeto foi feito em silêncio, cada um perdido em seus próprios pensamentos.Enquanto navegavam de volta, Clara olhou para o horizonte e franziu a testa. "Miguel, aquilo é... outro barco?"Miguel seguiu o olhar dela e viu algo que o fez estreitar os olhos. Bem distante, havia um pequeno barco, quase imóvel na água."Deve ser alguém pescando ou algo assim," disse Clara, tentando tranquilizar-se, mas sua voz não con
A conversa foi interrompida pelo som do telefone de Miguel vibrando no bolso. Ele olhou para a tela e viu o número de Hector. Clara observou a expressão dele mudar imediatamente, a tensão substituindo o breve momento de calma que haviam compartilhado.“Preciso atender,” disse ele, saindo para a varanda.Clara ficou na cozinha, tentando não escutar, mas era impossível não ouvir o tom grave de Miguel enquanto ele falava:“Sim, estou pronto. Tudo está sob controle. Claro, vou confirmar quando tiver mais detalhes.”Quando Miguel voltou, Clara o encarou com um olhar inquisitivo.“O que foi?” perguntou ela.“Eles querem que eu comece a monitorar o novo chefe de polícia assim que ele assumir,” respondeu Miguel. “Isso significa que temos menos tempo do que eu imaginava.”Mais tarde, enquanto Miguel fazia algumas ligações e verificava suas mensagens, Clara sentou-se à sua mesa de trabalho e encarou a tela do laptop. As palavras de Miguel ecoavam em sua mente: “Eles vão esperar que você termine
Depois do café, Miguel pediu que Clara o acompanhasse até a varanda. Ele gesticulou discretamente para os prédios ao redor.“Eu os vi ontem à noite,” disse ele, em voz baixa. “Capangas da organização. Estavam estacionados em um carro do outro lado da rua.”Clara sentiu um arrepio. “Você acha que eles sabem de algo?”“Não. Pelo menos não ainda. Mas estão monitorando nossos movimentos. Eles não confiam em mim completamente, e provavelmente acham que você poderia tentar algo. Precisamos agir com mais cuidado do que nunca."“Como você consegue viver assim?” perguntou Clara, a voz cheia de emoção. “Sempre olhando por cima do ombro?”“É a única forma de viver que conheço,” respondeu Miguel, olhando para ela.O telefone de Miguel tocou. Ele viu o nome de Hector na tela e atendeu, o corpo imediatamente em alerta.“Miguel,” começou Hector, com seu tom caracteristicamente calmo, mas ameaçador. “Espero que esteja se preparando. Nosso novo amigo no Quai des Orfèvres assume em uma semana.”“Estou
Miguel estava sentado à mesa do apartamento, as anotações da vigilância espalhadas diante dele. As informações eram detalhadas, mas não traziam nenhum alívio. Cada linha parecia um lembrete do peso que carregava: ele estava se aproximando de uma missão impossível.O novo chefe do Quai des Orfèvres, François Leclerc, não era como os policiais corruptos que a organização manipulava. Ele era incorruptível, e era exatamente por isso que o queriam morto. Mas para Miguel, François era uma oportunidade única – um homem que poderia usar os documentos comprometores para desmantelar a organização de uma vez por todas.Miguel suspirou, passando a mão pelos cabelos. Ele sabia que precisava de ajuda para realizar seu plano. Não podia confiar em muitas pessoas, mas havia alguém que talvez estivesse disposto a arriscar tudo: Gabriel Monteiro.Gabriel era um velho conhecido de Miguel. Os dois haviam entrado na organização por caminhos semelhantes. Assim como Miguel, Gabriel era um jovem humilde que v
O vento frio da noite soprava pelas ruas estreitas, trazendo o cheiro da chuva que ameaçava cair. Miguel caminhava com passos firmes, as mãos escondidas nos bolsos do casaco. Cada sombra parecia um espião, cada ruído, uma ameaça. Ele sabia que o que estava prestes a fazer era suicídio, mas também sabia que não tinha escolha.Gabriel estava ao seu lado, o olhar atento a cada movimento ao redor. Eles haviam marcado o encontro com François Leclerc em um pequeno parque na periferia da cidade, longe de olhos curiosos. O local era discreto, com árvores antigas e bancos de madeira desgastados pelo tempo. À noite, a iluminação era mínima, criando um ambiente perfeito para um encontro clandestino – ou uma armadilha.“Tem certeza disso?” perguntou Gabriel, com a voz baixa, mas firme.“Não,” respondeu Miguel, com um sorriso sombrio. “Mas é a única chance que temos.”Gabriel concordou, mas a tensão em seu rosto era evidente. Apesar de sua experiência na organização, encontros como aquele sempre o
Quando o último capanga caiu, o parque mergulhou em um silêncio perturbador. Miguel correu até Rafael, ajoelhando-se ao lado dele.“Gabriel, aguente,” disse ele, pressionando a ferida com as mãos.Gabriel tossiu, um sorriso fraco surgindo em seus lábios. “Sabia que isso ia dar errado... Mas tinha que tentar, né?”“Você vai sair dessa,” disse Miguel, com a voz embargada.Gabriel balançou a cabeça, segurando o braço de Miguel. “Faça valer a pena... Eles não podem ganhar.”Com um último suspiro, Gabriel fechou os olhos, deixando Miguel sozinho com sua dor.Miguel olhou para o corpo de François, que estava caído a poucos metros de distância. O policial, a única chance de expor a organização, estava morto. A realidade o atingiu como um golpe: ele não tinha mais opções.Miguel sabia que a organização exigiria respostas. Sua única chance de sobrevivência era se os capangas não tivessem passado a informação de traição antes de morrerem. Ele precisava criar uma narrativa que salvasse sua própr
Clara estava no apartamento, sentada à mesa com o manuscrito à sua frente. As palavras vinham lentamente naquele dia. A pressão da organização, a constante vigilância e o medo de que qualquer movimento errado pudesse ser fatal tornavam difícil focar em sua escrita.Um som interrompeu seus pensamentos: batidas leves na porta. Ela franziu a testa. Não estava esperando ninguém, e Miguel não havia pedido nada naquela manhã. Cautelosamente, levantou-se e olhou pelo olho mágico.Um entregador segurava uma sacola de comida, usando o uniforme de um restaurante que Clara não reconheceu. Ela hesitou antes de abrir a porta.“Pedido para Clara,” disse o homem, entregando a sacola.“Eu não fiz nenhum pedido,” respondeu ela, desconfiada.“Eu só entrego,” disse ele, dando de ombros.Clara aceitou a sacola e fechou a porta rapidamente. Ao abrir o pacote, encontrou algo que não esperava: uma carta dobrada entre recipientes de comida.Clara pegou a carta com mãos trêmulas, olhando para o envelope branc