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Por que você me persegue?

– Meu deus, o que eu fiz para merecer isso?

– Quer que eu chame o cavalheiro que estava dançando com você antes?

Giulia tentou soltar-se do homem que a prendia nos braços como se a tivesse por inteiro. – Não quero que chame ninguém. Não preciso da sua ajuda. Não preciso de ninguém para dançar comigo. Posso fazer isso sozinha.

– Eu adoraria ver isso.

– Me ver dançando sozinha? Me solte e verá!

– No meu quarto. Estou na cobertura. – Ele liberou um sorriso de canto de boca.

Giulia ergueu as mãos atrevidas mais uma vez naquela festa, e aquela altura, o Leoni Messina sabia bem o que esperar. Ele a segurou pelo pulso com tanta facilidade que a deixou assustada.

– Me solta! – Ela puxou o braço para si, parando no meio da pista ainda em movimento de danças aleatórias dos casais distraídos.

Leoni Messina a tomou pela cintura mais uma vez, e então pairou com ela pelo salão. – Eu conheci muitas mulheres no mundo, garota. Mas devo admitir que você é a mais corajosa que eu já vi.

Giulia não pode entender o motivo para aquelas palavras. Ela não fazia idéia de quem havia acabado de tentar agredir, então apenas olhou em direção aonde o pai estava, em uma clara tentativa de socorro, mas este não estava mais ali.

– Então acho que você andou conhecendo as mulheres erradas. Provavelmente as mais fáceis.

– Confesso que não gosto de muita resistência, mas você tem tornado a minha vida um desafio.

– Eu sou um desafio? – Ela sorriu, por ironia. – Agora você esta indo longe demais.

– Eu sempre vou longe demais.

– Bom, comigo isso não vai acontecer. Se me der licença...

– Tem medo de que ele veja? – O don a puxou para junto do seu corpo novamente, tornando o contato ainda mais próximo.

– Ele? – Giulia engoliu em seco. Sentir cada músculo torneado daquele homem a fazia sentir-se nervosa.

– O seu amante.

– Oh, por favor. De novo isso? Você só pode estar brincando comigo.

– Não como eu gostaria.

Giulia sentiu a ironia no fundo do peito, e este pareceu um traidor ao pulsar violentamente. – Você sempre faz esse tipo de cantada barata?

– Nunca tive que fazer cantada alguma.

– Tenho certeza... As mulheres devem se jogar aos seus pés.

– Diria que um pouco mais para cima.

Giulia revirou os olhos e tentou não encara-lo. Havia um claro sentimento de timidez estampados no rosto rosado. – Você é a pessoa mais arrogante e depravada que eu já conheci na vida.

– Fico feliz por isso. Significa que eu ainda posso ter você só para mim.

– O que? Eu não vou ser sua!

Leoni Messina encostou a cabeça no ombro da garota, assumindo uma postura completamente desconfortável para a estatura. Ainda assim, não havia preço alto suficiente a pagar para sentir o aroma que ela exalava dos poros.

– Eu posso ter quem eu quiser. Por que você é especial?

– Bom, algo eu devo ter. Se você pode ter qualquer uma e ainda me quer, significa que eu não sou qualquer mulher.

Ele jogou a cabeça para trás, deixando o pescoço atraente em evidência. A gargalhada dele chamou a atenção das pessoas que conversavam em meio a danças lentas. – É por isso que eu não paro de pensar em você.

– Você mal me conhece.

– E já toquei na sua bunda. Acho que estamos evoluindo bem.

Giulia Rossi não conseguiu conter as bochechas de ficarem completamente vermelhas. – Você é absurdo. Por favor, me solte.

– Eu posso fazer isso...

– Então faça!

– Não quero.

– Não quer ou não pode?

– Você quer que eu a solte? – Ele a encarou com os olhos magnéticos que pareciam prende-la como um maldito imã.

– Sim, eu quero. Por favor.

– Você não me convenceu.

Giulia sabia que estava mentindo para si mesma, mas ainda tentou convencer-se de que o odiava. – Eu não sei mais o que dizer para que você me deixe ir.

– Uma pergunta e eu libero você.

– Promete?

– Se for sincera.

– Então faça logo isso para eu poder dar o fora daqui!

Ele sorriu. – Você pensou em mim?

Ela o encarou bem no fundo dos olhos e aproximou o rosto. Leoni Messina sentiu o coração de pedra palpitar com intensidade enquanto imaginava o beijo iminente.

Giulia estava tão próxima que podia sentir o hálito fresco. Os narizes haviam se tocando e os olhos estavam envoltos na própria dança, mas ela apenas sorriu. – Eu não pensei você em um só segundo do meu dia. – Ela proferiu, quase num sussurro.

E então ela afastou-se, sem esperar pela permissão. Mas ela ainda olhava para traz vez ou outra, e ele ainda estava ali, a observando com um sorriso de deboche nos lábios. Ah, como ela desejava arrancar aquele cinismo com um soco.

Ela parou em frente a uma mesa de bebidas, mas não tocou em nada. Ela sabia que descontrolava-se facilmente, então, apenas passou a observar as pessoas discretamente, tentando evitar que ele soubesse o quanto ela o estava olhando enquanto conversava com uma mulher ruiva e alta como um maldito cisne.

Por alguns segundos, ela se pegou pensando em quem ou o que aqueles dois seriam para estarem em uma conversa tão acalorada, mas o Leoni Messina a olhou no momento. Ela sentiu-se flagrada, mas já não havia como disfarçar. E mesmo sabendo que seria sua atitude mais infantil, ela mostrou-lhe a sua língua.

Ele sorriu e piscou o olho para ela, e instantaneamente, o rosto da garota tornou-se rubro outra vez. Ela sabia muito bem o que ele tinha imaginado com aquele gesto, afinal, ele era mesmo um depravado, e agora, ela o tinha dado munição para os pensamentos mais fantasiosos e pecaminosos que ele provavelmente tivera ao pensar nela. O problema que ela sorriu. Ela virou-se para o lado e escondeu-se dos olhos vigilantes daquele homem. A sensação de suspirar por um gesto tão Imbecil a deixou preocupada. Por que ela sentia-se assim por um desconhecido?

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