Ela sabia que teria que se entregar ao monstro que a esperava em algum lugar, no instante em que deixou o apartamento do Leoni Messina para sempre. A sensação de medo custava a passar, e ela ainda mantinha o pequeno bebê em seus braços trêmulos, enquanto tentava conter a vontade de fugir daquela rua escura em que foi obrigada a esperar pela chegada do homem que a buscaria. Fugir do Leoni Messina nunca foi uma tarefa fácil, e ela sabia que qualquer deslize o faria acha-la, como em todas as vezes em que desapareceu do seu apartamento. Agora, no entanto, ele não tinha um rastreador que pudesse usar para acha-la quando quisesse, embora a Giulia Rossi torcesse para que ele tivesse colocado outro sem que ela soubesse. Um carro estranho parou do outro lado da rua, e o impacto do medo fez com que ela sentisse um estranho zumbido no ouvido. Não, ela não podia desmaiar naquele momento. Giulia Rossi precisava ser forte pela criança, e precisava ser fria se quisesse ter ao menos a chance de sob
Giulia Rossi gritava, segurando a faca que havia conseguido de formas quase inacreditáveis. Revirar o corpo de um homem morto não parecia a melhor idéia, mas de forma alguma ela podia voltar a entrar no carro com aquele monstro parado a sua frente. Ele tinha uma arma apontada para ela, mas se recusava a atirar. Aquele tipo de misericórdia não era divertido o bastante, e a Giulia Rossi finalmente conseguiu correr para longe. Parecia tão assustador fugir segurando apenas um bebê e uma faca, mas que escolha ela tinha? Giulia conseguiu alcançar uma mata fechada que ficava ao lado das pistas de pouso e desaparecer, mas ela sabia que não duraria muito tempo. Logo aqueles homens a encontrariam. As vezes ela conseguia sentir a presença do monstro que a perseguia, mas parecia paranoia. Olhar para todos os lados já não era o bastante e a garota sabia que seria pega se continuasse parada no mesmo lugar.Quando as vozes se tornaram mais próximas, Giulia teve certeza de que seria levada para o
– Foi a Marcela, não é? Ela me traiu mais uma vez? Leoni Messina riu. – Ela não tem tanta sorte! – Então quem foi? – Os olhos pareceram paralisados no mesmo lugar, com o vislumbre da traição que caminhou até ele, em passos lentos e traumatizados. – Você? Maldita! – Parece que você não consegue segurar uma mulher tão bem quanto pensa. Já perdeu duas, e se vivesse livre o bastante, perderia muitas outras. – Ele zombou. – parece que o seu bichinho de estimação se cansou. Dimitri Nicov riu alto. – O que você acha que ela vai fazer? Pode me entregar para ela. – Você é um escravo agora. – Ela vai me libertar na primeira oportunidade. Então, eu vou pegar você, Leoni Messina. O mafioso italiano riu, mas ainda havia algo cruel na expressão estampada no rosto. – Não se esqueça de me levar para jantar antes. – Você adora brincar, não é? Vamos ver se vai achar divertido quando eu te amarrar e torturar a sua virilidade dia e noite! – É muito engraçado. – O que é engraçado? – Eu andei co
O avião pousou em um lugar remoto, e Leoni Messina segurou a mulher pela mão, a arrastando para fora do avião que a resgatou até o novo lar. Remoto, e escondido de todos, as terras sequer pareciam terem sido desbravadas. Como construir uma casa ali? Mesmo assim, ele a segurou pela cintura, e a mulher ainda conseguiu sentir as ondas de calor que percorreram até as pontas dos pés, traduzindo em um tremor que ela não conseguiu disfarçar. De alguma forma, ela ainda tinha um sorriso de felicidade nos lábios, mesmo que não pudesse esperar o que estava prestes a ser revelado. O mafioso subitamente parou de caminhar e a encarou. – Agora, Marcela, estamos só nós dois aqui. E pelo tanto que eu acreditei te amar, não a levei a um galpão. Marcela Alekseeva arregalou os olhos, temendo que tivesse caído em uma armadilha. Leoni Messina nunca foi o tipo de mafioso acostumado a ser benevolente, e não seria diferente para ela.Não depois do que fez. – Você está me assustando! O homem a segurou pelo
Leoni Messina bateu os pés ansiosos várias vezes. Ele não conseguiu conter a vontade de arrasta-la até o altar, então, desceu pelas escadas e andou em direção a grande porta de madeira, que se abriu assim que ele se aproximou. Os olhos percorreram todo o ambiente, esperando que pudesse vê-la o mais rápido possível, mas a imagem de alguém beijando a testa da Giulia Rossi o deixou em estado de fúria. O mafioso sentiu a cabeça ferver, enquanto avançou em direção ao homem, arrancando dos braços de sua amada. As costas do atrevido bateu contra a parede, e Giulia Rossi gritou de desespero quando o punho cerrado do Leoni Messina quase acertou o rosto do homem preso pela garganta. Leoni Messina se conteve bruscamente assim que figura que desejou matar com todas as suas forças cinco segundos antes. – Que merda, Lucca! – Ele murmurou. – Que droga você faz sozinho com ela? O pescoço ainda estava sendo apertado antes que ele percebesse a falta de ar do irmão, então finalmente o liberou, embo
– Você? – A visão pareceu tão assustadora, mas não por um motivo ruim. – Eu achei que nunca mais fosse te ver na vida! – Ela afirmou. Giulia Rossi ainda segurava o pequeno bebê nos braços, quando a mulher bem vestida se aproximou. – Pensei que nunca conseguiria te agradecer. Eu nem sei como você pode suportar tanto por mim. – Não foi uma caridade, Giulia Santorini. – A mulher revelou. – É seu filho? – Ela apontou. – Sim! – A mulher ergueu o braço. – Quer segura-lo? – Você confiaria ele a mim? – Confiei a minha vida a você. Ele é mais uma parte dela. A mulher parecia emocionada, mas ainda manteve a postura durona. – Eu não estava naquele lugar por acaso. Fui levada até lá como uma medida de segurança. O don tinha certeza de que a esposa o trairia, e ele acreditou que o seu sequestro seria um risco. – Por que sequestrar a mim? – Por que você sempre foi a coisa mais importante na vida do Leoni Messina, e o Nicov sabia que ele faria qualquer coisa para te salvar! Giulia Rossi nã
"Ele estava louco por ela, mas quando Giulia Rossi contou que estava grávida, o mafioso a odiou. Ele não acreditava que seria pai" Giulia Rossi sentiu uma pontada de medo ao perceber o beco vazio em que se encontrava. Ela tirou os fones que tocavam uma música divertida a segundos atrás, e observou a paisagem se transformando em ruas pobres e escuras. Ela sentiu um súbito medo, e a vontade de voltar pareceu a melhor ideia por alguns segundos em que decidia o que fazer, mas já era tarde demais, sobretudo, quando um homem mal encarado passou a segui-la. Uma mulher como ela não deveria andar sem seguranças, mas ela não os encontrou quando decidiu que deveria voltar para a mansão em Bel Air. De toda forma, eles é quem deveriam tê-la esperado, e agora, ela estava em uma enrascada. A linda jovem olhou para trás sentindo a sombra do homem persegui-la, e a cada passo que dava, podia sentir o odor forte impregnar-lhe as narinas. – Hey, gata. Eu tenho pau suficiente para essa bunda! – Ele gr
O dedo acusador estava apontado para ela, as duas mãos presas sobre a cabeça pareceram como um maldito djavu. Ela praguejou mentalmente a própria falta de sorte. Aquele homem a olhava como se a odiasse, mas também parecia gostar do que estava vendo. E ele não perdeu tempo ao deslizar uma das mãos sobre o rosto macio e delicado. – Você é muito atrevida, senhorita! Ela quase perdeu o fôlego com o contato tão próximo. Era como uma maldição ser agarrada duas vezes em tão pouco tempo, mas o corpo musculoso contra o dela a fazia implorar pelo contato. A maneira como ele a encarava, deixou a jovem donzela de pernas trêmulas. – Você deveria tomar cuidado com o que fala. E como toca nas mulheres. Eu posso muito bem ser alguém que você não deveria se meter. O homem logo atrás liberou uma gargalhada sonora, mas que não foi acompanhada por ninguém. Leoni Messina ainda tinha os olhos frios fixos na mulher a sua frente, e ele apenas segurou-a delicadamente pelo pescoço e a cheirou como se q