Não me toque assim!

Quase duas horas entediantes se passaram desde que todos foram ao andar de cima. Giulia ainda tentava manter a postura ereta, sentada no sofá como uma maldita boneca de decoração. Sua mãe, ao seu lado, gozava da mesma postura, embora demonstrasse gostar da vida recatada e controlada da máfia.

– Mãe, por que o papai queria saber aonde você estava hoje? – Giulia interrompeu o silêncio.

A sua mãe bebeu o champanhe de uma forma estranha. Helena Rossi pareceu tentar afogar-se no líquido gelado e borbulhante do copo como um suicídio de salvação. – Bobagem. – Ela contentou-se em apenas dizer a única palavra que fez a filha sentir-se desconfiada.

– Mãe, o que você fez? – Ela encarou a mulher que claramente sentia-se desconfortável.

– Não vai me interrogar agora como o seu pai faz, não é? Vocês são todos iguais.

– Eu não sou igual a ninguém, mãe.

– Eu não tenho saída, Giulia. Não posso dizer nada a você. É melhor que seja assim.

A garota abaixou-se em frente ao sofá esperando que
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