Leoni Messina desceu do escritório e observou os carros pretos parados em frente ao prédio. Ele direcionou um olhar mortal ao próprio irmão, que como consigliere, deveria ser o responsável por organizar a missão. – Isso é sério? – O que? – Lucca Messina tinha um ego sobre-humano ao apontar para o comboio como um verdadeiro cenário de guerra. – Eu fiz isso muito rápido. Sou muito... – Muito Imbecil. – o don o interrompeu. – Como você conseguiu pensar numa merda tão grande como essa? – Como assim? – Ele coçou a cabeça com tanta força que parecia tentar levar um pedaço do couro cabeludo em suas unhas. – Eu fiz tudo o que você me pediu. – Eu estou começando a me arrepender de ter te tornado o meu herdeiro. – O que? O que eu fiz? – Esquece! – Leoni Messina entrou no carro blindado sem dizer mais uma única palavra ao irmão estabanado. – O que eu fiz? – Lucca perguntou mais uma vez, insistindo na fúria do irmão. Os soldados bem armados estavam escondidos no interior dos veí
Giulia Rossi abraçou as crianças do orfanato como uma verdadeira política, embora fizesse de coração. O bebê preso a sua cintura mal podia desgrudar-se dela, mas subitamente ela encarou o quarto de portas abertas e olhou a mulher quase careca que lutava para beber agua. – Pode segurar ele? A noviça apenas sorriu gentilmente e pegou a criança nos braços, o levanto para longe. Giulia Rossi entrou no quarto sem qualquer convite e a serviu num copo de vidro. A garota jovem encontrou os olhos intensos da princesa da máfia que a ajudava e desviou rapidamente. As mãos trêmulas alcançaram o copo, mas ela retraiu-se profundamente no momento em que a primeira frase foi dita. – Você está bem? – Giulia perguntou. – Eu não entender bem. – Ela respondeu. Giulia sorriu, passando a liberar algumas palavras em russo. A mulher arregalou os olhos, ciente de que nunca conseguiria escapar do que quer que ela quisesse dizer. – Não, eu não falei nada. Não me mata! – Ela implorou. Giulia se
Leoni Messina estampou um grande sorriso sedutor enquanto se virava em direção a arma apontada para a própria testa. – Você não precisava fazer tanto suspense. – Giulia o repreendeu. – Olha, se você gosta de ser dominadora, nós vamos ter que negociar. Esse negócio de arma é broxante. Giulia estreitou os olhos em direção a ele e só então abaixou a arma. – Por que você fez isso? – Teoricamente, quem fez algo foi você. – Está falando da arma? Como eu poderia saber que isso aqui não era um sequestro? Ele riu. – Você anda bem preparada, eu tenho que admitir. – Não vou deixar ninguém me pegar viva. – Olha, eu não gosto de necrofilia, então nos temos um problema. Ela revirou os olhos, enquanto ele, da forma mais debochada possível a encarava com um breve sorriso de satisfação. – O que você quer comigo? Ele sentou-se na poltrona e passou a se balançar como se aquela fosse só mais uma conversa social. – Com quem você andou falando, amor? – Não entendi a sua pergunta.
Leoni Messina sentia-se indignado pela forma como aquela maldita garota ousou defender outro homem. Ele ajeitou a gravata e desceu até o carro, onde uma mulher o esperava lá dentroO silêncio como sempre prevaleceu enquanto a viagem seguia rumo a mais uma formalidade. Um de muitos compromissos que eles compareceriam apenas para manter as aparências de pessoas filantrópicas da sociedade mais rica da região. Leoni Messina nunca teve a mínima paciência para comparecer aos eventos da máfia, e deixar que o pai fosse a esses malditos jantares sozinho já não era uma opção. O maldito velho morreu e o deixou tudo que tinha, inclusive o legado de maldade e as cicatrizes na alma que nunca poderiam ser curadas. Ele desceu do carro e segurou na mão delicada da mulher, que em silêncio o acompanhou lado a lado. Ele, por certo, era pelo menos quinze anos mais velho que ela e isso servia apenas como mais uma munição para os paparazzis. – Fique aonde eu possa te achar! – Ele cochichou assim que
Os lances se passavam tão rápido que mal podia se acompanhar quem levantava as placas. O homem balançando o martelo apontado para diferentes pessoas estava em um ritmo frenético quase assustador, enquanto a Giulia Rossi desgastava o esmalte das unhas de tanta preocupação. “20mil, 30 mil, 40 mil dólares” e os malditos lances pareciam não ter fim. Os olhos atentos do Leoni Messina pareciam gravar os rostos de cada um dos malditos homens que demonstravam qualquer interesse por ela. Ele realmente achou que ninguém se atreveria. Não depois que o braço do Enzo Ferrara fora quebrado em quatro lugares diferentes. Mas Giulia Rossi era como uma beldade e ele sabia que ela valia o risco. Todos os outros homens sabiam também, e isso havia se tornado um grande problema. Ele mal podia conter o estado de fúria enquanto encarava o rosto de cada um dos homens os forçando a descer as placas de forma lenta e covarde. Giulia ainda estava ali, tremula, e ele daria tudo que tinha para arranca-la
– Oi, eu sou a Alessandra. Esse jantar é do meu pai. – Oi! – Giulia Rossi sorriu gentilmente, tentando parecer sociável. – Você não quer passear pelo jardim comigo? – Melhor não, o meu pai não aprovaria! – Ela disse, tentando escapar do contato. A mulher exibida a encarou de cima a baixo como se buscasse insistentemente por algum defeito, mas ela jamais os encontraria ali. Não havia qualquer tipo de modéstia na beleza da princesa da máfia, e ela soube no instante em que a analisou, o motivo para que um don estivesse enlouquecendo de paixão. – Eu aprovo... – Ele disse. – Ela é a filha do senador.. nós gostamos de boas relações com políticos. Eles sempre podem ser úteis! – O homem anunciou ao chegar de surpresa, assustando a própria filha. – Mas papai... – Vai com ela! Vai agora, Giulia! – Sim, papai. – Ela se levantou como um maldito zumbi. Não havia uma verdadeira obediência ou qualquer tipo de respeito por aquele homem, mas Giulia Rossi sabia muito bem que a própria
Giulia ainda estava sentada no balanço florido quando sentiu o coração vacilar nas batidas. Maldito traidor, estava nervoso por aquele homem outra vez. Ele apenas abriu o terno, deixando o colete levemente brilhante a mostra e fez um sinal para os homens que a vigiavam com suas vidas. – Esperem do lado de dentro, agora!– Sim senhor. E lá estava ela, sentindo o peito subir e descer com tanta violência que mal podia respeitar. Aquele homem exibido a encarava como se pudesse fazer uma loucura. Ele a agrediria? Ele a agarraria ali, depois de tantas recusas. E se aquele maldito homem lindo estivesse cansado de esperar pelo sim? Giulia sentiu tanto medo, mas não dele. Ela teve medo dos próprios sentimentos. Ela temeu a imaginação doentia que no fundo praticamente implorou para que aquela fosse uma opção. Talvez assim ela pudesse tê-lo sem culpa. Mas ela gostaria mesmo? Ela não sabia. Uma garota como ela nunca aprendera nada sobre o amor. Giulia Rossi o encarou tentando parecer
As mãos da garota deslizaram pelo terno macio em um abraço suspeito. O queixo tocando o ombro largo serviu apenas para tentar abafar os sons involuntários que ela inutilmente tentou conter. Ela era fraca? Provavelmente sim, mas como resistir ao que o Leoni Messina fazia naquele momento? As mãos deslizavam tão rápido, e ele era tão habilidoso que a pobre Giulia Rossi não pode afasta-lo mais. As unhas fincaram na roupa e ela o segurou enquanto chegava cada vez mais perto da sensação mais explosiva que já sentira na vida. Por que aquilo era tão diferente? Ela mesma se perguntava por que nunca tinha tentado tocar a si mesma antes, e agora estava deixando que as mãos de um estranho a invadisse sem nenhum pudor. Ele ainda estava sério e focado, como se o ato de fazer amor com os dedos o enchesse de ódio. Ele não era carinhoso, ou romântico. Ele era só um homem brutal que a masturbou sem permissão. Mas Leoni Messina ainda insistia em beijar-lhe o seio esquerdo, mordiscando o pequeno