Giulia ainda estava sentada no balanço florido quando sentiu o coração vacilar nas batidas. Maldito traidor, estava nervoso por aquele homem outra vez. Ele apenas abriu o terno, deixando o colete levemente brilhante a mostra e fez um sinal para os homens que a vigiavam com suas vidas. – Esperem do lado de dentro, agora!– Sim senhor. E lá estava ela, sentindo o peito subir e descer com tanta violência que mal podia respeitar. Aquele homem exibido a encarava como se pudesse fazer uma loucura. Ele a agrediria? Ele a agarraria ali, depois de tantas recusas. E se aquele maldito homem lindo estivesse cansado de esperar pelo sim? Giulia sentiu tanto medo, mas não dele. Ela teve medo dos próprios sentimentos. Ela temeu a imaginação doentia que no fundo praticamente implorou para que aquela fosse uma opção. Talvez assim ela pudesse tê-lo sem culpa. Mas ela gostaria mesmo? Ela não sabia. Uma garota como ela nunca aprendera nada sobre o amor. Giulia Rossi o encarou tentando parecer
As mãos da garota deslizaram pelo terno macio em um abraço suspeito. O queixo tocando o ombro largo serviu apenas para tentar abafar os sons involuntários que ela inutilmente tentou conter. Ela era fraca? Provavelmente sim, mas como resistir ao que o Leoni Messina fazia naquele momento? As mãos deslizavam tão rápido, e ele era tão habilidoso que a pobre Giulia Rossi não pode afasta-lo mais. As unhas fincaram na roupa e ela o segurou enquanto chegava cada vez mais perto da sensação mais explosiva que já sentira na vida. Por que aquilo era tão diferente? Ela mesma se perguntava por que nunca tinha tentado tocar a si mesma antes, e agora estava deixando que as mãos de um estranho a invadisse sem nenhum pudor. Ele ainda estava sério e focado, como se o ato de fazer amor com os dedos o enchesse de ódio. Ele não era carinhoso, ou romântico. Ele era só um homem brutal que a masturbou sem permissão. Mas Leoni Messina ainda insistia em beijar-lhe o seio esquerdo, mordiscando o pequeno
Giulia Rossi já podia sentir o gosto ferroso da humilhação quando a mão desceu tão próximo ao rosto que a brisa pesada a bateu, forçando-a a fechar os delicados e tristes olhos. Ela estava tão assustada como nunca estivera na vida. O pavor a consumiu. Aquela foi a primeira vez em que sentiu que talvez merecesse o tapa. Depois do que ela deixou acontecer. Depois de como se deixou levar, a culpa a corroía tanto que ela mal podia respirar. Mas a mão não a atingiu, por mais que ela a desejasse como uma esperança de redenção. Giulia Rossi sentiu maldito cheiro familiar e amaldiçoou a própria memória por se lembrar dele tão bem. Os olhos praticamente se arrastaram para abrir. – Não se atreva! – Leoni Messina rosnou. O capo Rossi o encarou nos olhos como se realmente tivesse alguma capacidade para enfrenta-lo. – Solte a minha mão! – Fala baixo! – O don ordenou. – Abaixa essa merda de tom para falar comigo! Giulia sentiu o espanto a atingir. Por que aquele homem tinha sempre que p
– Essa casa parece um cemitério. Quem morreu? – Alessandra anunciou enquanto entrava na mansão. Giulia Rossi a agarrou pelo braço e a puxou até o andar de cima. A porta do quarto foi fechada com a mesma sutileza com a qual ela usava para se esgueirar pela casa sem ser notada pelo pai cujo dedo fora arrancado na última festa. – Você conversou com o don? – O que? – Alessandra sentiu o coração acelerar. – Alessandra, é uma pergunta muito simples. Depois que nós duas nos falamos, você conversou com ele?– Ah sim, claro. Ele me chamou para conversar um pouco, mas não aconteceu nada! – Ela parecia querer defender-se pela culpa de algo que nem mesmo sabia o que era. – O que você disse a ele sobre mim? – Eu não sei... ele perguntou.. eu acho que eu falei que... – Ela sabia que depois de contar, não teria volta. – Você falou a ele o que eu disse sobre não sentir nada por alguém, não é? – Acho que sim... – Ela tentou se redimir. – Mas por favor, eu não fazia ideia de que não d
> Oh por favor, me diga que não está chateada por aquele dia? < Giulia Rossi ignorou a mensagem. O dia passou calmo, mas o coração da garota ardia como álcool sobre uma ferida não cicatrizada. Ela se olhou no espelho como a mais radiante das mulheres. A marca no pescoço a deixou envergonhada, e ela passou a tentar cobri-la com maquiagem. Uma insistência sem sucesso, e após quase meia hora tentando vigorosamente cobrir com a base da cor da pele, Giulia rendeu-se a apenas jogar o cabelo para cobrir as marcas. Ela colocou o lindo vestido amarelo de seda fina, sem qualquer detalhe ou estampa para enfeita-lo além do corpo perfeito por baixo dele. A jovem abriu a porta do quarto e desceu as escadas, sentindo aquela maldita dor, mas não eram nos pés calçados com uma sandália muito alta, ou no cabelo vigorosamente penteado para o lado. Havia um pesar muito mais profundo, como a perda de alguém. Ela, no entanto, ainda não havia percebido que perdera a si mesma. O segurança abriu a
Giulia o encarou com seriedade, tentando encontrar qualquer desculpa que a justificasse de abandonar aquele maldito homem sozinho no jantar de trezentos mil dólares. Ele ainda parecia incisivo em cada uma das respostas . O don era como uma maldita e sabia raposa que conseguia prever cada um dos passos que a jovem donzela fazia. Ele sabia ler cada um dos sentimentos que ela estava sentindo e entendia o quanto ela queria fugir dali. Ele entendia o porque... – Você sempre tem que dizer esse tipo de coisa? – Já disse que gosto de ver você vermelha... Giulia recuou dois passos quando ele avançou sobre ela. – Fica longe de mim. Você não vai fazer isso comigo de novo.O pomo de Adão exposto quase a hipnotizou quando ele arqueou a cabeça para trás em um sorriso debochado envolto em sedutoras covinhas. Malditos furinhos lindos... – Eu lembro bem de você gostar... – E...- e- eu não... eu... – O peito subia e descia com velocidade. Ela não o queria, mas o corpo o reconhecera no in
Dois homens de preto eram realmente caricatos enquanto levavam a jovem mulher praticamente arrastada pelo braço em direção a uma sala fechada. Ela sabia bem o que estava fazendo ali e o que poderia acontecer-lhe ao ser levada até o don, mas não entendia o motivo. Por que ele estava tão bravo? Alessandra encarou os dois homens bonitos e concluiu que dormiria com qualquer um deles se aquilo fosse algum tipo de fantasia do homem que a esperava na sala. Leoni Messina sequer ergueu a cabaça quando a soltaram no chão do escritório, de joelhos para ele como uma boa submissa. – Deixem ela ai e saiam! – Ele ordenou. Alessandra o encarou com um certo medo, embora tentasse a todo custo parecer sexy o bastante. – Se isso for algum tipo de fetiche, três é o meu limite, querido. Ele não se surpreendeu com nenhuma palavra que aquela mulher havia dito. A pasta nas mãos significava que ele sabia de cada passo que ela havia dado na vida, e ele nem mesmo estava interessado o bastante para co
Havia algo de errado na ligação. O silêncio seguido era como uma maldita tortura que ela não podia entender. Giulia olhou para a porta do quarto fechada e suplicou para que o pai não a descobrisse ali. Fazer o que ela estava prestes a contar era, com certeza, uma traição a própria família, mas que escolha ela tinha? Ela não era uma traidora. Não como eles. Mas subitamente ela deixou que o desespero tomasse conta. O coração acelerado doía como nunca antes, e ela pensou no quanto tudo que tinha vivido era descartável. Mas de que forma ela o exigiria alguma coisa, depois de o dispensar? Os gemidos da mulher pareciam verdadeiros demais para ser alguém fingindo sobre algo. E por que tantos barulhos de tapas? Giulia não conseguia entender além do fato de que ele estava agora, provavelmente fazendo sexo com outra mulher que não ela. Por que ele tinha que ser assim? Por que ele tinha que superar tão rápido? – Se você está fazendo isso para se vingar, eu não me importo? Preciso conve