SERÁ REALMENTE UM SONHO?

Logo cedo todos decidiram caminhar na areia, mas ao sair, Lillian decidiu já sai de casa descalça, o que surpreendeu a todos, pois ela tinha pavor de pisar em uma pequena parte sequer da grama, ainda mais caminhar até a praia onde teria que pisar em grandes partes gramadas, pedrinhas e por fim na areia, que era outra coisa que ela não curtia em pisar. 

Então, Emily ao vê-la  descalço logo falou surpresa:

— Você vai descalço? 

— Sim — respondeu Lillian sorrindo para a irmã que com sua expressão não estava entendendo nada, pois conhecia a irmã melhor que ninguém, já que era a mais próxima dela, a que estava sempre atenta aos seus momentos de pânico.  No entanto, Lillian, vendo o espanto no olhos da irmã, falou:

— Andar descalço faz bem, sabia?

Ao ouvi-la falar aquilo é daquele jeito tão tranquila, Emily sorriu de canto de boca, enquanto Juliene que já se achava uma adulta, revirou os olhos e continuou caminhando na frente seria, pois sempre teve ciúmes dos cuidados que todos davam a Lillian no qual ela achava um exagero, odiava ver a irmã receber tanta atenção.

Juliene caminhou na frente passando pelo pai e pelo o avô, ela os olhou e deu um sorrisinho travesso, onde o pai e o avô logo perceberam que ela com certeza iria aprontar mais uma das suas brincadeiras sem graças. 

Eles então ficam atentos pensando que seria com eles, como ela sempre fazia, tentando pegá-los de surpresa. Contudo, logo todos ouviram Lillian dar um grito, imediatamente os dois olharam na direção e a viram parada alguns passos atrás, em passos rápidos, Julian logo chegou perto de Lillian para ver o que tinha acontecido, mas ao chegar encontrou sua doce Lillian limpando o pé esquerdo, na qual havia pisado em uma uva roxa que justo a malvada Juliane tinha saído de casa comendo e com certeza deixou cair de propósito para ver a irmã dar mais um de seus showzinhos mais uma vez. Só que daquela vez a irmã perversa, quebrou a cara, pois Lillian, não entrou em pânico como sempre acontecia ao pensar que o que tinha pisado era um bicho. Ela estava tranquila e até sorrindo, o que deixou todos surpresos, pois até a noite anterior, ela jamais andava descalço, ou até mesmo saia sem um tênis para proteger seus lindos e delicados pés. Já que desde bebê, não suportava pisar em nada que já se incomodava. 

O pai chegou perto já falando: 

— Filha, o que aconteceu? Você está bem? 

— Sim, papai eu estou ótima! — Disse Lillian sorrindo para o pai que não entendeu nada.

Aliás todos ao seu redor não estava entendendo nada, pois com o seu grito, todos voltaram correndo, menos Juliane, que até deu uns dois, três passos na direção da irmã, mas ficou afastada olhando a paparicação que todos davam a Lillian, pois  desde que as irmãs nasceram, Juliene achou que foi esquecida por todos, o que não era verdade, pois todos tratavam as três igualmente, só que como Lillian tinha problemas de saúde, claro, que requeria mais atenção, o que fazia Juliene achar que estava sendo deixada de lado, onde fazia diversas travessuras para chamar a atenção de todos. O pai e o avô assim como as irmãs, já sabia daquele jeito dela, contudo, não a repreendiam para que ela não se sentisse ainda mais rejeitada. 

Então, todos fingiam não ligar, pois como o avô falava; logo, logo, ela iria se encher de ser daquele jeito e para com tudo por si só. 

     Vendo a irmã agir estranhamente naquela manhã, Emily, olhando-a surpresa, perguntou:

— Lillian, o que está acontecendo com você hoje? Você nem parece minha irmãzinha tão frágil de sempre, o que aconteceu? 

Lillian não respondeu nada a Emily, mas em seguida olhou para o pai e terminando de limpar o pé, falou o olhando:

— Papai, posso falar com o senhor sozinha?

— Sim minha querida! — falou Jullian olhando para o pai e falando:

— Pai, vai indo com as meninas, que eu vou em seguida! 

   E assim, seu Júlio se afastou com as outras netas.

Logo, Jullian, conduziu Lillian para um lugar mais afastado de todos, e já curioso e ansioso perguntou:

— O que está acontecendo minha querida? Eu sei que você sente falta de uma pessoa feminina para dividir algo que não pode falar comigo e seu avô, mas se você quiser eu posso ligar para uma amiga, e ela vem conversar com você, assim você vai ter com quem desabafar. O que você acha? — perguntou Julian achando que a filha precisava de ajuda com algo que só uma mulher pudesse ajudá-la.

— Não precisa papai, eu estou bem! Não é sobre isso que eu quero falar com o senhor, e sim sobre o que aconteceu comigo essa madrugada! Papai durante  a madrugada eu acordei, e vi a mamãe de pé ao lado da minha cama, ela esticou a mão na minha direção falando que era para eu ir com ela, que ela iria me mostrar uma coisa.        

       Ao ouvir a filha falar aquilo, Jullian , ficou espantado temendo que poderia perder sua caçulinha a qualquer momento. Em um impulso a agarrou abraçando-a firme falando:

— Do que você está falando, minha querida? Que coisa era essa que ela queria que você visse? Você sonhou com sua mãe, meu amorzinho?—Falou Jullian ainda trêmolo tentando se controlar.

— Calma Papai —falou Lillian acalmando o pai e se afastando do seu abraço cujo pai estava abraçando-a tão forte sem ao menos perceber, ele a olhou com espanto, onde ela em seguida começou a falar:

— Papai, eu estou aqui não estou, então! Eu estou é você está vendo que eu estou bem, então, não aconteceu e nem vai acontecer nada! A mamãe só queria me mostrar o lugar que ela e as vovós estão, ah, tem também a minha irmã, Mirla, que você a chamava de Mi.

Ouvindo que a filha falou sobre a irmã que ela não sabia que tinha existido e que nunca conheceu nem por foto, pois foi a primeira filha que ele teve logo que se casou e que veio a falecer quando tinha mais de um aninho, de um mal súbito, enquanto dormia, Jullian espantou-se.

— Filha, quem te contou sobre sua irmã?

—Papai, a mamãe não só me contou como também mostrou-me ela, papai ela é linda e parece muito com você, a mamãe me levou e juntas passeamos por todo o lugar onde elas quatros estão, lá e um lugar lindo com um infinito gramado verde, foi lá que a mamãe, me ensinou a andar descalço, ela disse que é preciso para termos anticorpos que nos fortalece, claro que temos que saber onde pisamos, mas ela disse que não morremos disso e que chegou a hora de eu ser forte, pois preciso me cuidar sozinha, ela me ensinou várias técnicas de como lidar com tudo ao meu redor, principalmente ter muita paciência com as travessuras de Juliane, pois já, já, ela vai mudar esse jeito dela, papai, a mamãe também mandou eu te falar que chegou a hora de você não ficar mais sozinho, mas que isso ela mesma vai lhe falar, só precisa que você relaxe e a sinta proxima ao senhor. E que é para o senhor parar de culpar Deus pela sua morte, pois quando ela nasceu já veio com o dia e a hora que poderia ficar nesse mundo, ela já veio com a missão de o conhecer e nos ter, mas que agora o Senhor precisa seguir sem ela, pois tem uma pessoa que precisa disso para chegar em nossa família.

— Filha, do que você está falando? Quem está para chegar lá em casa?

— Não seu papai, isso ela não me falou, só me falou que o senhor ficará muito feliz com sua chegada. 

— Filha, como você pode ficar sabendo disso tudo em um simples sonho? — perguntou Jullian, espantado. 

— Papai eu não sonhei, eu realmente fui com a mamãe, nós passamos por uma porta que tinha uma luz muito forte, mas essa luz não incomodava nossos olhos, e quando chegamos do outro lado a vovó, Marg e a vovó Virgínia, estavam nos esperando junto a uma linda moça, que a mamãe me apresentou como minha irmã, Mirla, então eu falei que não tinha nenhuma irmã daquele tamanho, foi quando a mamãe me contou tudo que aconteceu quando ela foi recolhida e levada para o outro plano, que todas chamam de morada celestial

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