Val— Tem biquínis nesse armário, ponha um e vamos lá pra cima.— Está bem! — Ele me dá as costas para sair. — Posso te pedir uma coisa? — Alberto para e me olha.— Claro.— Pode espera aqui enquanto me troco? — Ele avalia o meu rosto e assente.— Tudo bem! — Ele diz, mas sua expressão revela que não entendeu o motivo do meu pedido. Escolho um biquíni preto, com detalhes brancos. Um sutiã tipo cortininha e a calcinha amarrada dos lados e para finalizar, coloco uma canga branca amarrada em meu quadril. Quando saio do banheiro, encontro Alberto usando apenas uma sunga branca. Sem conseguir me conter, olho os detalhes do seu corpo.O homem é todo malhado e mesmo com todos os meus traumas e receios, fico babando em sua bunda em cada músculo e na pele bronzeada. Seu peitoral é alto e firme, e me pergunto como não percebi isso na noite passada?Tenho vontade de tocá-lo e quando ergo o meu olhar, percebo que ele está fazendo o mesmo com o meu corpo. Alberto analista minuciosamente cada parte
AlbertoUMA CHANCE AO AMOR.Tomo os seus lábios em um beijo quente, que me preenche imediatamente por dentro. Val se entrega, levando as mãos a minha nuca e acaricia os meus cabelos, gemendo baixinho em minha boca. Impulsivo, levo uma mão ao seu seio, por cima do sutiã do biquíni e inicio uma deliciosa trilha por seu maxilar e pescoço, apreciando o sabor da sua pele salgada na minha língua.— Ah, Val, que delícia! — rosno com a voz rouca de desejo.Nesse instante, mão minha deslizar por seu corpo, afastando o sutiã para o lado, e logo sinto a maciez da sua pele na palma da minha mão. Aperto com leveza o globo mediano, sentindo o seu calor e maciez e mais uma vez impulsionado, abocanho o bico entumecido.— Ah, Alberto! — Ela volta a gemer e sou sugado pelo prazer de ouvir o meu nome sair da sua boca com tamanha devoção. Seus dedos penetram os fios em minha cabeça e ela os aperta com a força na proporção certa. — Você é uma delícia, minha pequena! — sibilo contra a sua pele febril e se
AlbertoJá está escuro quando acordo e acendo a luz de um abajur. Fito a doce garota adormecida ao meu lado, a sua boca rosada entre aberta, seus cabelos platinados espalhados pelo travesseiro, parte dos seus seios desnudos sobem e descem com seu ressonar. Ajeito com cuidado algumas mechas loiras e macias, e tenho acesso ao rosto sereno. Penso que está na hora de acordá-la, pois precisamos voltar.Com uma respiração profunda, me mexo na cama e começo a beijar o seu rosto, descendo lentamente por seu maxilar, até chegar a sua boca macia. Seus lindos olhos se abrem preguiçosamente e um singelo sorriso aparece logo em seguida.Ela se espreguiça debaixo de mim e eu aproveito para mordiscar seu bico entumecido, sugando-o logo em seguida. No ato, ela solta o meu som preferido no mundo.— Temos que ir, querida — aviso com um sussurro.— Não podemos passar a noite aqui? — Sua sugestão é tentadora, mas faço não com a cabeça.— Temos que trabalhar amanhã cedo, lembra? E não trouxemos roupas para
ValMEU PORTO SEGURO.Observo Alberto se afastar para atender o telefone e me porque ele me escolheu? Porque logo eu que não sou digna desse homem, ou de qualquer outro? Suspiro cansada e penso em esperar do lado de fora da casa, quando percebo Alzira se aproximar com um sorriso aberto de canto a canto de sua boca.— Valquíria, que bom vê-la por aqui de novo! — Ela diz me deixando sem graça. — Veio passar essa noite conosco, imagino?Seus olhos vão para pequena mala de couro vermelho em minha mão e sinto meu rosto queimar.— É… sim — gaguejo. — É que… Alberto me convidou, espero que não tenha problema.— Não há problema algum. — Ela me diz. — Venha, vou levá-la para um dos quartos de hóspedes.Enquanto fala, penso que Alberto gostaria de dormir com Alberto, pois justo hoje, os meus demônios estão querendo sair e o fato de ter alguém por perto me deixa mais calma. No entanto, não contesto, apenas a acompanho escada acima e solto um suspiro, forçando um sorriso, quando ela para em frent
Val— Quando o meu pai morreu, a minha mãe entrou em uma profunda depressão. Ela não me via mais como sua filha, sua linda mocinha de doze anos. Ela me acusava todos os dias de ser a causa da morte do marido dela, do amor da sua vida e eu acabei aceitando que fui a culpada do acidente que matou o meu pai. Tive que aprender a conviver com isso por toda minha vida. Com o tempo, mamãe começou a beber compulsivamente e ficava embriagada, e consequentemente ficava agressiva também. Ela me batia todos os dias e a coisa piorou quando viu que a bebida não funcionava mais. Não abafava a sua dor e ela precisava de algo mais forte. Então passou a sair todas as noites e só voltava pela madrugada. Ela me tirava da cama e me agredia… era sempre a mesma coisa. Sofri muito coma a violência nessa época. Teve uma vez que ela chegou a quebrar o meu braço, em outra, deslocar minha clavícula devido à força da violência que usava contra mim. Com um tempo começou a trazer homens para casa, acredito que ela p
AlbertoA conversa com Otávio foi muito favorável. Mostrei para ele os únicos dados que tinha no setor de RH sobre Valquíria Drummond como nome completo da mãe, do pai e o nome do interior de onde veio. Contei sobre a morte do pai em um grave acidente de carro e só. Era tudo que eu tinha sobre ela. O homem me garantiu que encontraria as pessoas que procuro, no caso, Joana Drummond e consequentemente, seu amante e agressor de Val. Entreguei-lhe meu cartão e após um aperto de mão, bebi um copo cheio de uísque para tentar relaxar um pouco. Às cinco em ponto sai da empresa e dirigi direto para casa de Alex e inevitavelmente. Meus pensamentos voltaram para o momento em que Valquíria saiu correndo em desespero do escritório da casa. Soltei o ar pela boca e procurei focar no trânsito, mas por vezes, meus olhos varriam as calçadas e praças na esperança de vê-la em algum lugar. Frustrado, estaciono o carro na garagem do meu irmão e assim que entro em casa, Alzira me recebe um com um sorriso con
Alberto Já passa das onze da noite quando me despeço do meu amigo e dirijo de volta para casa. As luzes estão apagadas e penso que Alzira já deve estar dormindo. Cansado, me livro da minha gravata e sigo para o escritório. Preparo uma dose de uísque, me sento na cadeira atrás da enorme mesa de mogno e giro a mesma de frente para uma janela de vidro. Fico olhando para o extenso jardim quieto e silencioso, enquanto aprecio o gosto amargo da bebida.Penso em Val, nos poucos momentos que tivemos juntos, no quanto me senti bem ao seu lado.Deus, o quanto ela me conquistou em tão pouco tempo. Por que não a vi com outros olhos antes de Ângela? Teria me poupado tanto sofrimento. O dia já começa a clarear e a porra do telefone não toca nunca. Esvazio meu terceiro copo e ligo para Alex. Ele atende no quinto toque.— Alberto? — fala com a voz rouca de sono. — Aconteceu alguma coisa? — Escuto o som de uma porta se fechando. Provavelmente saiu do quarto para não acordar Amanda. — Aconteceu. — Fec
ValApós sair correndo da casa de Alberto, caminhei por horas pelas ruas do Rio de Janeiro e de repente, me vi em uma praia, sentada na areia e olhando o vai, e vem das ondas, as palavras de Alberto giravam em minha cabeça como um redemoinho.… Você não é a culpada, Valquíria!… Por Deus, você era apenas uma criança!… Ele era o adulto, ele podia ter dito não!… Sua mãe mentiu, ela se enganou…Então eu me lembro de que nunca mais fui vê-lo, ela nunca me permitiu.… Não se atreva a visitá-lo, sua assassina de merda!… Ele deve estar odiando você agora.As lágrimas voltam a romper e inundam os meus olhos. Puxo a respiração com força e seco as minhas lágrimas uma por uma.… Você não teve culpa!… Você não teve culpa!… Você não teve culpa!— Eu não tive culpa — repito as palavras, apreciando a sensação do aperto afrouxando lentamente o meu peito.Não sei exatamente quanto tempo fiquei aqui sentada, só sei que quando toda a tempestade dentro de mim se acalmou, me levantei e voltei para o m