19
Val

— Quando o meu pai morreu, a minha mãe entrou em uma profunda depressão. Ela não me via mais como sua filha, sua linda mocinha de doze anos. Ela me acusava todos os dias de ser a causa da morte do marido dela, do amor da sua vida e eu acabei aceitando que fui a culpada do acidente que matou o meu pai. Tive que aprender a conviver com isso por toda minha vida. Com o tempo, mamãe começou a beber compulsivamente e ficava embriagada, e consequentemente ficava agressiva também. Ela me batia todos os dias e a coisa piorou quando viu que a bebida não funcionava mais. Não abafava a sua dor e ela precisava de algo mais forte. Então passou a sair todas as noites e só voltava pela madrugada. Ela me tirava da cama e me agredia… era sempre a mesma coisa. Sofri muito coma a violência nessa época. Teve uma vez que ela chegou a quebrar o meu braço, em outra, deslocar minha clavícula devido à força da violência que usava contra mim. Com um tempo começou a trazer homens para casa, acredito que ela p
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