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Val

Eu não fazia ideia, nunca imaginaria tal coisa.

Como o ser humano por ser tão cruel ao ponto de destruir tudo?

O amor do meu avô pelo meu pai era incondicional e eu poderia ter sido uma criança feliz e amada se ela não tivesse entrado em nossas vidas. Confesso que ainda estou perplexa, completamente sem ação. Durante toda a minha vida, nunca ouvi falar sobre uma tia Kell, menos ainda sobre um avô. Sempre fomos só eu, papai e Joana. E quando ele morreu, Joana fez questão de esfregar na minha cara que eu era um cão sem dono, que teria que conviver com uma deliquentezinha de merda, e do nada, essa bomba é jogada no meu colo.

…Tive que afastá-lo de todos, dos amigos, da família. Ele era só meu!

As suas palavras no cemitério invadiram a minha mente.

Essa mulher só podia ser uma louca obsessiva.

Como pôde destruir tudo assim?

— Val? — Sou despertada pela voz de Kell. — Eu era advogada do seu pai e sempre administrei os seus bens…

— Bens? — A interrompo, me ajeitando na cadeira.

Parece
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