AlbertoCaminho com passos firmes para o escritório da casa, com Ângela logo atrás de mim. Sem a menor educação, entro e me acomodo na cadeira atrás da mesa de mogno e a observo fechar a porta de costas para mim. A vadia está usando um vestido vermelho curto, de costas nuas e estupidamente colado ao seu corpo. Seus cabelos estão presos em um coque frouxo, e algumas mechas caem nas laterais do seu rosto. O batom de um vermelho chamativo deixa seus lábios ainda mais grossos e suculentos. Você pode estar se perguntando, e essa inspeção minuciosa? Ângela é uma mulher atraente, disso não tenha a menor dúvida, a descrição é apenas para constatar que a quatro meses atrás eu daria tudo para beijar essa boca e para amassar esse corpo cheio de curvas, colado ao meu. Contudo, hoje confesso que sinto repulsa só de olhar na sua cara. Ela caminha em direção a cadeira que fica de frente para mesa, mas logo desvia e para bem do meu lado, passando suas mãos em meus ombros e desliza pelo meu peito. Se
AlbertoA boate está especialmente mais cheia essa noite, é quase impossível se mover aqui dentro. Uma música eletrônica começa a tocar e Sil se anima a ir para a pista, ela nos convida para acompanhá-la. Valquíria se anima e segura a minha mão, guiando-me entre as pessoas, direto para a pista. Encosto-me atrás do seu corpo e levo uma mão espalmada em sua barriga, me mexendo no ritmo da música. Val parece um tanto constrangida, mas eu não paro e faço o seu corpo se mexer junto ao meu.— Você dança muito bem! — Ela comenta, abrindo um sorriso desajeitado. Inclino um pouco a minha cabeça, para perto do seu ouvido e sussurro:— É só se deixar levar, amor. Fecha os olhos e sinta a música.Aperto a sua barriga, colando-a mais em mim.— Deixe seu corpo se mexer nesse ritmo. — Ela fecha os olhos e sorri, fazendo o que lhe pedi e logo estamos sincronizados no mesmo movimento.Não demora e Val perde toda a sua timidez, se mexendo com sensualidade. Seus brancos passeiam preguiçosos por seu corp
Alberto— Ai meu, Deus, que lindoooo! — Amanda praticamente grita, após passar pelo hall e encontra a sala arrumada com tema de boas-vindas e nossa família reunida a espera do casal.Assim que adentram o cômodo, uma chuva de pétalas cai sobre eles e logo são abraçados pelos visitantes. Pego-me sorrindo para essa cena e penso que a vida nos levou a pessoas muito queridas.Confesso que cheguei a pensar que de agora em diante seriamos apenas eu e ele, mas olhando para esse ambiente harmônico, vejo que a nossa família cresceu em tão pouco tempo.— Você sabia disso tudo? — Meu irmão pergunta enfiando um pedaço generoso de torta de chocolate na boca. Assinto com um sorriso satisfeito nos lábios.— Faz dias que Alzira e Gisele movem céus e terra para que tudo saísse perfeito e elas conseguiram. Ah, podemos conversar um minuto? — Ele me olha, enfiando mais um pedaço da torta na boca.— Claro! Vamos para a varanda? — Tudo bem. — Deixo meu copo intocado em cima de uma mesa de vidro improvisada
ValAlberto estaciona o carro em um condomínio de luxo próximo ao Leblon. A casa é enorme e sua arquitetura é composta de trinta por cento de alvenaria e a maioria de suas paredes são de vidros escuros. Na frente tem um lindo jardim com variedade de flores que dá um bonito colorido a fachada.— Quer conhecê-la por dentro? — Faço sim, com a cabeça e ele segura a minha mão, guiando-me para as portas duplas de vidro fosco. Ele leva a mão livre ao bolso da calça e tira de lá a chave, abre a porta e me dá passagem.A visão do elegante hall me arrebata e logo ponho os pés dentro dele, caminhando deslumbrada até encontrar a enorme sala de visitas toda mobiliada com móveis claros e modernos, e decorada com quadros abstratos de alto requinte. Enquanto vislumbro os quadros nas paredes. Bel abre os janelões, deixando a luz de final de tarde inundar o lugar e uma brisa brinca invade o cômodo, e brinca com meus cabelos.Continuo minha caminhada pela sala observando seus mínimos detalhes e não segu
Val— Desculpe! Eu não sei o que dizer.— Diga que sim. — Ele pede e Deus, seu pedido é quase uma súplica. Pego-me sorrindo em meio as lágrimas. Respiro fundo e uso o dorso das mãos para secá-las.— Sim! — digo com convicção.— Sim? — indaga surpreso. Balanço a cabeça positivamente e meu sorriso cresce.— Sim! — Ele tira o anel da caixinha e a põe ao seu lado no chão, depois, desliza o objeto sem pressa pelo meu anelar, deixando pequenos beijos em meus dedos, demorando mais no que expõe o lindo solitário. Por fim, Bel se levanta e ergue do chão.— AAAAAAAAAAAH! — Ele grita e ri, girando bem no centro do closet comigo em seus braços. Solto um grito agudo de puro susto e rimos feito dois bobos.Então ele para e lentamente vai me colocando de volta no chão. Estamos ofegantes e logo um desejo nos preenche. Nossos olhos se encontram, nossas respirações ficam pesadas e Bel volta a me beijar. Um beijo calmo, envolvente que aos poucos, ganha uma proporção possessiva e excitante. Logo sinto o m
Val— Hum!Solto um gemido apreciativo.— Deixe que eu te lavo — pede com voz baixa e grossa. Ele diz pegando o xampu que eu sequer havia percebido estar ali e começa a lavar os meus cabelos sem pressa, massageando meu couro cabeludo.Depois, tira toda espuma com o auxílio da água. — Comprei com o seu cheiro. — diz referente ao produto que usou e pega o sabonete líquido. Ele passa um pouco do líquido viscoso na palma das suas mãos, espalha e começa a massagear os meus seios, enquanto seus polegares brincam com os bicos entumecidos.— Aaaaah, isso é tão bom! — O som da minha voz sai rouco e arrastado da minha boca.Bel me faz virar de costas para ele e encostar no vidro molhado do box. Minhas mãos se apoiam no vidro embaçado e ele segura firme o meu quadril, empinando a minha bunda.— Você é viciante, Valquíria! — sussurra em meu ouvido, deixando um beijo demorado no lóbulo. — Ah! — Soluço um gemido, quando a sua mão desce por minha barriga e escorrega para o meio das minhas pernas, alc
Val— Quero um Alberto desses para mim também, por favor, Deus! — sibila, gemendo e suspirando.— Bom, esse já é meu, arrume um para você. — Ela solta uma respiração audível e se j**a na minha cama.— Penso que já arrumei um. — Ela faz suspense e prende a minha atenção. — Ain, Val, estou amando!— Como assim, acho? E quem é o felizardo?— Alisson.— Alisson? O mesmo Alisson, o ficante? — Ela escancara um sorriso gigante e faz sim, com a cabeça.— Faz uns dias que não o vejo. Eu me declarei para ele em um momento de sexo quente e arrebatador. Acredito que o assustei e já tem três dias que não o vejo e ele não atende os meus telefonemas. O desgraçado nem responde as minhas mensagens e eu não sei mais o que fazer, amiga! — Choraminga.Sento-me ao seu lado na cama e a abraço apertado.— Talvez ele precise de um tempo, Sil, a final, você o pegou de surpresa e não deve estar sendo fácil.— Não sei não, amiga, penso que meu que estraguei as coisas entre nós.— Talvez sim, e talvez não. Dê tem
AlbertoMomentos antes do encontro entre Ângela e Val...— E então, você a pediu em casamento!? — Alex pergunta extasiado. Sua alegria é quase palpável. Abro um sorriso amplo demais e balanço a cabeça fazendo um sim, para ele.— Preciso que me ajude a comprar a aliança perfeita.— Espera, você fez o pedido sem uma aliança?— Usei algo mais valioso, algo muito especial para mim. — Ele me olha em expectativa. — Usei a aliança da mamãe para o pedido. Mas, será temporário, porque aquela aliança selará a nossa união no altar — O sorriso do meu irmão se alarga de uma maneira sobrenatural.— Mamãe deve estar muito feliz, por você... por nos dois, na verdade. De alguma forma ela esteve presente nas datas mais especiais para nos dois.— Também me sinto assim. Sinto sua presença e me sinto muito feliz com isso.— Soube que a Ângela esteve lá em casa. O que ela queria?— Uma nova chance. Disse que me amava e blá, blá, blá, blá... As coisas de sempre.— Essa garota é muito cínica mesmo!— Fui sinc