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Val

Após sair correndo da casa de Alberto, caminhei por horas pelas ruas do Rio de Janeiro e de repente, me vi em uma praia, sentada na areia e olhando o vai, e vem das ondas, as palavras de Alberto giravam em minha cabeça como um redemoinho.

… Você não é a culpada, Valquíria!

… Por Deus, você era apenas uma criança!

… Ele era o adulto, ele podia ter dito não!

… Sua mãe mentiu, ela se enganou…

Então eu me lembro de que nunca mais fui vê-lo, ela nunca me permitiu.

… Não se atreva a visitá-lo, sua assassina de merda!

… Ele deve estar odiando você agora.

As lágrimas voltam a romper e inundam os meus olhos. Puxo a respiração com força e seco as minhas lágrimas uma por uma.

… Você não teve culpa!

… Você não teve culpa!

… Você não teve culpa!

— Eu não tive culpa — repito as palavras, apreciando a sensação do aperto afrouxando lentamente o meu peito.

Não sei exatamente quanto tempo fiquei aqui sentada, só sei que quando toda a tempestade dentro de mim se acalmou, me levantei e voltei para o m
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