ValCaminho pela calçada em busca de um lugar para comer algo, porém, vejo um homem ao telefone em uma parada de ônibus. Ansiosa, me aproximo dele e peço para fazer uma ligação rápida. Tento lembrar o número de Alberto, mas ele não me vem a memória, então ligo para Sil.— Alô?— Sil?— Val?! — Ela praticamente grita ao telefone. — Onde você está, garota?— Eu estou bem, Sil! Só estou ligando para tranquilizá-la.— Ok, mas onde você está, menina? — Um ônibus se aproxima e eu preciso encerrar a ligação.— Estou perto de quem me ama de verdade — falo e desligo. — Obrigada, moço! — Devolvo o celular e ele entra no ônibus. Vou para uma lanchonete ao lado da parada, peço um café preto e pão com queijo, e quando acabo de comer, volto ao cemitério, e sento-me no banco. — Oi, pai, desculpa se não pude vir aqui te ver!Forço um sorriso.— Vir aqui abriu novos caminhos para mim. Você me trouxe boas lembranças… Lembranças que haviam se apagado.Um nó sufoca a minha garganta.— Sinto muito a sua fa
ValTodo aquele sentimento de depreciação se esvaiu do meu corpo, da minha mente e da minha alma como fumaça, e me pego sorrindo. É como se as correntes que Joana colocou em meus braços e pernas caíssem ao chão e automaticamente me sinto completamente liberta. Assim que ponho os meus pés para fora do largo portão de ferro timbrado, um carro negro para bem na minha frente e meu coração b**e celerado quando Alberto sai de dentro dele. Ele está ofegante e seus olhos percorrem ávidos por todo o meu rosto.Bel dá um passo curto em minha direção, depois, outro e mais outro, então ele corre pra mim e eu corro pra ele, me encontrando em seus braços em segundos.— Meu Deus, Val, nunca mais faça isso comigo! — resmunga com sofreguidão, me apertando em seus braços. — Eu fiquei como um louco te procurando — confessa e beija os meus cabelos.— Desculpa! — sussurro, puxando-o ainda mais para mim. — Eu não queria… eu… te amo! — falo.Ele se afasta só um pouco e me olha sério por um tempo. Logo um so
Alberto— Isso, Alberto! — Ela geme enquanto faço um ousado sexo oral. Movido por seus sons roucos e arrastados, mordisco o seu ponto do prazer, fazendo-a contorcer-se em cima do balcão e ela aperta as bordas entre os seus dedos. Estou enfeitiçado por essa mulher, completamente envolvido no seu calor e fascinado por sua entrega. Enquanto sugo faminto, dois dedos meus lhe invade e começo a fazer movimentos de vai e vem dentro dela, com um ritmo lento e gostoso, deixando-a ensandecida. Val se mexe, pedindo mais, porém, paro tudo e a tiro do balcão, colocando-a de costas para mim. Ela se apoia no móvel e inicio algumas carícias em suas costas, enquanto me deleito em seu aperto e calor, escorregando para dentro dela. — Você é uma delícia, Val! — sussurro sofregamente e começo a me movimentar preguiçosamente, até alcançar um ritmo forte e brusco, e ela libera palavras completamente desconexas. Beijo sua nuca suada, mordisco sua orelha em seguida e enquanto meto com avidez, seguro e apalp
AlbertoO toque do meu celular me faz abrir uma brecha de olho, resmungando em seguida por conta da luz do dia que invade o quarto. Imediatamente olho para o relógio em cima do criado mudo e dou um salto brusco, sentindo-me no colchão.— Porra!!! — rosno saltando para fora da cama. Val acorda atordoada.— Cacete! — rosna, livrando-se imediatamente do lençol e sai da cama em um pulo e eu paro todo o meu alvoroço, encarando perplexo.— Boca suja! — implico. Ela dá de ombros.— Estamos muito atrasados, Alberto! — retruca, livrando-se da camisola e sai em direção do banheiro, largando a peça delicada pelo chão. Seus passos são apressados e precisos, porém, quando ela passa por mim, a puxo pela cintura e ela solta um gritinho. Colo o seu corpo ao meu e levo a minha boca próximo do seu ouvido.— Não tem pressa, a final, eu sou o dono daquela porra toda! — O som rouco da minha voz faz a sua pele se arrepiar toda e imediatamente ela se vira de frente para mim e seus olhos de gata prendem os me
ValEu não fazia ideia, nunca imaginaria tal coisa. Como o ser humano por ser tão cruel ao ponto de destruir tudo?O amor do meu avô pelo meu pai era incondicional e eu poderia ter sido uma criança feliz e amada se ela não tivesse entrado em nossas vidas. Confesso que ainda estou perplexa, completamente sem ação. Durante toda a minha vida, nunca ouvi falar sobre uma tia Kell, menos ainda sobre um avô. Sempre fomos só eu, papai e Joana. E quando ele morreu, Joana fez questão de esfregar na minha cara que eu era um cão sem dono, que teria que conviver com uma deliquentezinha de merda, e do nada, essa bomba é jogada no meu colo.…Tive que afastá-lo de todos, dos amigos, da família. Ele era só meu! As suas palavras no cemitério invadiram a minha mente.Essa mulher só podia ser uma louca obsessiva.Como pôde destruir tudo assim?— Val? — Sou despertada pela voz de Kell. — Eu era advogada do seu pai e sempre administrei os seus bens…— Bens? — A interrompo, me ajeitando na cadeira.Parece
ValAlguns dias depois que fiz denúncia, Alberto manteve-se dedicado a cuidar de mim. Um passeio na lancha e um mergulho no mar trouxe momentos ainda mais românticos e envolventes para nós dois. Uma visita ao zoológico com direito a pipocas, beijos roubados, passeios de mãos dadas e até pedalinho no lago. Enquanto ele me distraía, um amigo seu - Pedro Guido, tomou a frente das investigações e não demorou para Joana e Tiago estarem nas mãos da justiça. Com a documentação da herança em minhas mãos, Alberto me levou para conhecer a casa onde meus pais viveram casados e felizes por tão pouco tempo. E qual não foi a minha surpresa ao retirar os lençóis brancos que cobriam os móveis luxuosos e encontrei ali um santuário de ricas lembranças, que eu não sabia existir. Havia porta-retratos cada canto da casa; nas estantes, mesa de centro, quadros nas paredes.Enfim, em cada cômodo da casa havia fotos deles. Algumas delas da época da faculdade e outras, imagens de um lindo casamento feliz, do c
ValAh não, não quero parar agora!No meio da tarde, voltamos para a casa de Alex e encontramos Alzira e Gisele, a mãe de Amanda animadas, organizando uma surpresa de Boas-vindas ao casal. Forço uma alegria que não tenho nesse momento e cumprimento as mulheres, pedindo licença a ambas e vou para o quarto de hóspedes.De desfaço das minhas roupas e caminho para o banheiro quando o meu celular começa a tocar. Rapidamente pego uma toalha no armário do banheiro e envolvo o meu corpo com ela, apara enfim a tender a ligação. — Sil?Atendo, abrindo um sorriso e me dou conta de que estou morrendo de saudades da minha amiga.— Olá, sumida! Faz tempo que não vem para casa, esqueceu que mora aqui? — Ela resmunga malcriada, me fazendo abrir um meio sorriso— Não, sua maluca, não me esqueci. É que, estou resolvendo muitas coisas e Alberto está me ajudando. Fica mais fácil estando por aqui.— Sei. Não está se esquecendo de nada não?Ela cobra e eu paro para pensar o que estaria me esquecendo. De re
AlbertoCaminho com passos firmes para o escritório da casa, com Ângela logo atrás de mim. Sem a menor educação, entro e me acomodo na cadeira atrás da mesa de mogno e a observo fechar a porta de costas para mim. A vadia está usando um vestido vermelho curto, de costas nuas e estupidamente colado ao seu corpo. Seus cabelos estão presos em um coque frouxo, e algumas mechas caem nas laterais do seu rosto. O batom de um vermelho chamativo deixa seus lábios ainda mais grossos e suculentos. Você pode estar se perguntando, e essa inspeção minuciosa? Ângela é uma mulher atraente, disso não tenha a menor dúvida, a descrição é apenas para constatar que a quatro meses atrás eu daria tudo para beijar essa boca e para amassar esse corpo cheio de curvas, colado ao meu. Contudo, hoje confesso que sinto repulsa só de olhar na sua cara. Ela caminha em direção a cadeira que fica de frente para mesa, mas logo desvia e para bem do meu lado, passando suas mãos em meus ombros e desliza pelo meu peito. Se