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Alberto

— Val? — Chamo o seu nome, mas ela apressa os seus passos. Seus braços envolvem o seu corpo, pois a noite está fria e ela está desprotegida. — Val, para, por favor! — insisto, porém, ela continua. Acelero ainda mais e assim que a alcanço, puxo o seu corpo ao encontro do meu. — O que você está fazendo, garota? Já é tarde para andar sozinha pelas ruas! — rosno irritado e seguro em seus ombros.

— Desculpe! — Ela pede com um fio de voz. — Eu sou má, não sou? Eu só faço mal as pessoas. — O quê? Me pergunto atordoado e ela começa a chorar. Imediatamente toda a raiva e irritação me abandona e eu a abraço. Com esse gesto, não contenho as minhas lágrimas.

O que te fizeram, minha pequena? Beijo com suavidade o topo da sua cabeça e a seguro em meus braços, e a levo para o meu carro. Dirijo em silêncio, com minha cabeça explodindo em perguntas sem respostas e minutos depois, estaciono na garagem do meu prédio. O caminho todo não falamos nada. Val apenas chorava baixinho e isso é como uma
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