Noite interminável

Beatriz

A noite parece interminável, como se o tempo tivesse decidido conspirar contra mim. Cada minuto estica-se em uma agonia lenta, e o peso das lembranças me sufoca. Estou sentada no chão do quarto das crianças, a cabeça encostada na lateral da cama de Giulia, enquanto Morgana, a minha gatinha, respira suavemente ao meu lado. Acaricio o pelo dela sem pensar, buscando uma distração, mas tudo o que consigo sentir é o vazio crescente que parece querer esmagar o peito.

A dor não é apenas emocional, é quase física. O meu coração pulsa com uma força que me assusta, como se estivesse tentando escapar da pressão das emoções que o esmagam. As palavras dele ecoam na minha mente, misturando-se com as imagens do que aconteceu na boate. O toque daquela mulher, o beijo, as insinuações... No meu laboratório. Como ele pôde? O laboratório sempre foi o meu santuário, o lugar onde dediquei a minha vida, o nosso trabalho. Saber que ele o desrespeitou daquela maneira é uma ferida profunda. E ela... Ca
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