Amar não é suficiente

Rafael

As meninas caminham em direção ao banheiro, os passos cambaleantes e as risadas exageradas compondo a cena com uma precisão que chega a ser desconcertante. Do meu ponto de observação, monitoro tudo com atenção. Assim que elas entram no banheiro, o som dos pontos eletrônicos se ativa.

— Beatriz, eles morderam a isca. Autorização para continuar? — Lua pergunta, a voz tensa, mas controlada.

Fecho os olhos por um breve instante, respirando fundo. Sei que o próximo passo é o mais arriscado, mas também o mais necessário.

— Autorizadas. Sigam com eles, mas mantenham a simulação. A equipe está posicionada para acompanhar vocês.

Beatriz nos monitora, os olhos grudados nas telas de monitoramento. Não ouso dizer nada, mas sinto a tensão irradiando dela. Cada movimento das meninas é calculado, e qualquer deslize pode comprometer tudo.

Lua e Luana saem do banheiro, ainda fingindo embriaguez, e retomam o papel com perfeição. Tudo parece estar indo conforme planejado até que, nas câmeras, alg
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