— CATSSYN? CATSSYN SOCORRO!
Escuto Zion me gritar e corro até seu quarto, mas o encontro vazio.
— Zion?
— AQUI NO BANHEIRO.
Ando rapidamente até a porta do banheiro e paro.
— Está vestido?
— Ahhhh, claro. Eu tomo banho com roupa agora. É CLARO QUE NÃO.
Fecho os olhos e abro a porta do banheiro.
— Zion eu posso mesmo abrir os olhos? — pergunto e escuto uma risadinha. — É sério, Zion. Eu não quero ver nada demais.
— O que está a mostra você já viu. O mundo já viu.
Abro um olho e vejo Zion dentro da banheira, segurando o braço.
— O que houve? — pergunto indo até a banheira.
— Eu escorreguei. E acho que desloquei o ombro.
— Meu Deus! Temos que ir para um hospital. — digo nervosa.
— Primeiro se acalma e me ajuda a sair daqui.
— Eu não quero te ver pelado.
— Cat, amorzinho, você vai precisar me ajudar a vestir uma roupa.
— EU?
— Você está vendo outra Catssyn que seja meu amorzinho aqui?
— Que droga, Zion!
— Cat... se acalma. Ok? — balanço a cabeça ainda mais nervosa. — Me ajuda aqui.
Ele levanta o braço que não está machucado e passa em volta do meu pescoço. Assim que ele se levanta, sua toalha cai.
— AI MEU DEUS, ZION! — grito fechando os olhos.
— Cat, fica calma. Vamos para o quarto e lá eu me cubro.
— Isso. De uma refrescada nas suas coisas.
— Cat, para! — ele fica rindo, enquanto eu caminho com todo aquele peso, pendurado no meu pescoço.
Sem nada enxergar — pois eu não me atrevi a abrir os olhos em momento nenhum — ajudo Zion a sentar em sua cama.
— Eu estou coberto, Cat. Já pode abrir os olhos.
Eu abro os olhos e os reviro, pois o idiota está rindo da minha cara.
— E agora? — pergunto.
— Vai ali no closet e pega uma cueca e uma bermuda pra mim.
— Eu vou ter que tocar nas suas cuecas? — faço careta e ele ri.
— Estão limpas, garota. Agora vai rápido. Isso aqui tá doendo.
Eu corro para o seu closet e fico olhando em volta. Zion tem roupas demais. Abro uma gaveta e dou a sorte dela ser a das cuecas. Agarro em uma vermelha e pego em uma das calças jeans, voltando logo para o quarto.
— Eu vou ter que te vestir? — pergunto, me abaixando para que ele passe as pernas pela cueca.
— Sim. É só ter cuidado pra não tocar em nada.
— Credo, Zion. — ele ri, enquanto eu puxo sua cueca pela sua perna. — Agora eu vou fechar os olhos e você termina de puxar. Está bem?
— Puxa de um lado que eu puxo do outro.
Eu seguro na barra da cueca pelo lado direito e ele na esquerda. Zion se levanta e eu fecho os olhos, puxando sua cueca para cima, com o maior cuidado para não tocar em nada.
— Pode abrir, Cat.
Abro os olhos e coro ao ver Zion de cueca. Admito que meu primo é um deus grego e muito perfeito. Balanço a cabeça e o ajudo a colocar a calça jeans. Foi mais fácil que a cueca. Depois que eu o ajudo a colocar o sapato, corro até o meu quarto e coloco uma bota e um sobretudo em cima do meu pijama. Estava muito cedo.
— Zion você vai congelar sem um casaco. — digo. Nem de camisa ele estava. — Espere.
Eu corro até seu quarto e pego um lençol e o enrolo nele.
— Ai, Cat.
— Desculpe.
Ele pede a sua carteira e eu a pego. Logo em seguida nós descemos e eu peço um táxi. Como eu não conheço Londres, Zion diz o endereço do hospital mais próximo. Ele geme algumas vezes de dor e eu fico apreensiva, apenas pedindo pra ele se acalmar.
Todo o caminho para o hospital, eu fico pensativa. Penso no dia anterior. Em como Nate foi fofo e atencioso comigo.
Logo chegamos ao hospital e eu pago ao motorista o valor da corrida. Saio do carro e dou a volta, para ajudar Zion a sair. Entramos no hospital e eu vou direto ao balcão.
— Por favor, meu primo precisa de um ortopedista.
— Filhinha preenche isso aqui e espera! — ela joga um papel em cima do balcão, sem ao menos me olhar e eu arqueio a sobrancelha.
— Acho que você não me escutou direito. Eu disse que meu primo, Zion Miler, o cantor da boyband Fivers, a número um do mundo, está precisando de um ortopedista!
Ela arregala os olhos e eu aponto para trás, onde Zion está sentado com o lençol em volta de seu corpo.
— UMA CADEIRA DE RODAS AQUI! — ela grita e eu reviro os olhos. — Desculpe, eu...
— Não me interessa!
Ando para o lado de Zion e logo surge um homem com a cadeira de rodas.
Ele leva meu primo para dentro de uma sala e eu decido ficar do lado de fora esperando. Zion deixa celular e carteira comigo, para que não esqueça nada lá dentro.
Depois de meia hora, o médico me chama e eu entro na sala, encontrando Zion com o braço direito engessado.
— Ai meu Deus... quebrou? — pergunto indo até ele.
— Apenas uma deslocada devido à queda. — o médico diz. — Vai precisar ficar com o gesso por umas duas semanas. Em repouso.
— Repouso é mole para ele.
— Cat! — ele me repreende e eu solto um risinho.
— Eu receio que vocês não saibam... — ele olha para Zion. — Suas fãs estão lá fora.
— Ah, não. Como será que elas souberam?
— Quando querem descobrem tudo, Zion. — digo. — Como a gente vai sair daqui?
— Liga para um dos meninos.
— Qualquer um? — mordo o lábio e ele sorri.
— Para Nate.
Sorrio baixando a cabeça e procuro o número de Nate na agenda. Eu me afasto um pouco, quando escuto o barulho de chamada.
— Fala, Miler! — ele atende e eu escuto uma gargalhada feminina no fundo.
— Sou uma Miler, mas não quem você achou que fosse!
— Catssyn? — escuto aqueles "hmmmm" irritante de fundo e sorrio.
— Atrapalho, Nate? Porque se tiver eu ligo pro Henry e...
— Henry está aqui. Com a Lucy. Irmã dele.
— Ah. — eu me sinto aliviada. Estranhamente aliviada.
— Então...?
— MANDA UM BEIJO PARA ELA NATE! — Henry grita e eu escuto a risada de novo.
— Cala a boca, Henry. Deixa ele falar com a namorada em paz.
— Ela não é namorada dele, Lucy!
— Mas está querendo. Viu a carinha dele quando disse o nome dela?
— CALA A BOCA VOCÊS DOIS! — Nate grita e eu acabo rindo. — Está rindo, Cat?
— Não.
— Então?
— Ah... não estão sabendo?
— De que?
— Zion se machucou. Estamos no hospital.
— MACHUCOU? ELE ESTÁ BEM? COMO FOI ISSO?
— Quem se machucou? — Henry pergunta.
— Diz para Henry que ele está bem. Mas de alguma forma as fãs souberam e estão lá na porta. Não vou conseguir tirar Zion daqui sozinha. Ele está com o braço engessado. Vem nos buscar?
— Claro, Cat. Eu estou indo agora mesmo. É no hospital do centro?
— Sim. Obrigada Nate.
— Nada. Estou a caminho.
Desligo a ligação e vou para perto de Zion.
— Ele já está vindo. — digo.
— Foi bom falar com ele? — ele sorriu maroto.
— Para, Zion! Ainda dói?
— Não. Ele me deu uma injeção.
— Na bunda?
— É! — ele revira os olhos. — Doeu!
— Imagino. Ai. Estou com calor aqui.
— Tira esse sobretudo.
— Zion eu estou de pijama. — digo e abro o sobretudo.
— Isso é muito curto, Catssyn. Não gosto.
— Que fofo priminho. — aperto suas bochechas e dou um beijo nele. — Mas eu não tive outra opção.
— Eu te compro um pijama maior, sem problemas.
— Engraçadinho. — me sento na maca do seu lado e apoio minha cabeça no seu ombro esquerdo. — Estou com fome.
— Eu também.
— Me dê dinheiro! Vou lá fora comprar café para gente. Naquelas maquinas.
— Pega dois para mim. — ele disse abrindo a carteira. — Mas talvez seja melhor ir direto na cantina. Aí comprava um sanduíche também.
— Será que você pode ir também? Não quero ficar andando por aí sozinha.
— Eu acho que posso. Só estamos esperando, Nate.
— Então vamos. Vou te ajudar a descer.
Eu desço da maca e peço para Zion se apoiar no meu ombro. Ele desce e nós saímos da sala com o lençol em seus ombros. Vamos até a cantina do hospital e eu peço para que ele espere sentado, enquanto eu vou fazer os nossos pedidos.
Me sento na bancada, olhando o cardápio e decido o que vou pedir.
— Dois cappuccinos e dois sanduíches natural.
— Catssyn?
Levanto a cabeça assustada e atordoada por ouvir aquela voz que não ouço há mais de três meses e encontro os seus lindos olhos verdes.
— Jake?
Eu paraliso diante daquele que achei nunca mais ver na vida.
— Cat? Cat você está bem?
Jake estalava os dedos na minha frente e eu sentia tudo rodar. Minha cabeça e a minha vida. Ele toca na minha mão e eu dou um pulo para trás.
— Não me toca!
— Cat...
— NÃO ME CHAMA ASSIM! — grito, chamando toda atenção para mim. — Não fala comigo!
— Cat? Está tudo bem aqui? — Zion para do meu lado e eu não consigo desviar o meu olhar de Jake. — Quem é ele?
— Ninguém que realmente faça diferença você saber. Vamos embora.
— Mas e Nate?
— Eu quero ir embora agora, Zion. — digo, com a minha voz já me entregando. — Agora.
— Eu vou ligar pro Nate e...
— Cats, vamos conversar? — Jake pergunta e eu sinto meus olhos queimarem. — Não é nada do que você está pensando.
Eu me aproximo do balcão e estalo as mãos no mesmo, aproximando nossos rostos.— Nada do que eu estou pensando? Você sumiu depois que Zack postou aquilo, depois que prometeu enfrentar qualquer coisa comigo. — eu passo a mão pelo rosto, secando irritada, a lágrima que insistia em cair. — Eu banquei a criancinha se apaixonando pela primeira vez, acreditando em um cara que eu nunca havia visto na minha vida.— Catssyn, você não sabe de nada. Não sabe a verdade...— Sei o suficiente!— Cat? — sinto o toque de Nate no meu ombro e eu fecho os olhos respirando fundo. — Tudo bem?— Vamos embora!Eu me viro e sinto a minha cabeça rodar. Nate me segura, antes que eu atinja o chão. Estava há muito tempo sem comer e ainda encontro com Jake. Eu não estava bem.— Cat?— Eu estou bem. — mint
— Entreeeeeem! — Henry nos recepciona com um copo na mão e visivelmente embriagado. — Cat você está uma gata!— Controle a bebida, Stockler! — Zion diz e eu sorrio. — Venha, Cat.Dou a mão a Zion e entramos na mansão de Henry. Logan e Leon estão jogados no chão da sala, na frente da enorme TV de plasma, jogando uma partida de futebol. Nate sentado no sofá, cruza as pernas quando nossos olhares se encontram. Ele torna a olhar pra TV e eu abaixo o olhar.— Quer beber algo, Cat? — Henry joga o braço em volta do meu pescoço, e fala próximo do meu ouvido.— Afasta, Henry!— Qual foi, Zion? Eu só estou sendo gentil! — eu faço careta, quando o cheiro de álcool puro entra no meu nariz.— Vodca, Henry. Vodca!— Já trago! — ele dá um beijo no meu rosto
Volto a olhar para a tela no exato momento em que Sophie beija Charlie, caído no chão e o filme acaba. Eu respiro fundo e ajeito meu corpo, quando as luzes se acendem.— ADOREI! — Logan grita se levantando.— QUE FOI? — Zion grita.— O filme acabou seu idiota! — Leon diz, dando um tapinha na cabeça do meu primo. — Dormiu o filme todo.— Mentira. Eu a vi achando a carta dentro da pedra.— Não acredito que você dormiu, Zion! — reclamo. — Cadê Henry?— Aqui! — olho para trás e o vejo na sentado na última fileira com as pernas em cima da outra. — Gostei do filme. Boa escolha.— Eu disse. Veremos outro?— Eu não quero! — Zion diz se levantando.— É. Mais tarde vemos outro! — Henry diz.Eles se encaminham para voltar à sala e eu vou a
Quando desperto, ainda está escuro. No relógio marcava quase duas da manhã. Decido ir beber água e ir deitar no outro quarto. O gesso de Zion me incomodava. Desço as escadas com cuidado, para não escorregar e vou até a cozinha. Estava tudo apagado, mas a geladeira estava aberta e iluminava uma pessoa comendo algo.Logan.— Logan?Ele se vira assustado.— Catssyn... oi.— Até quando vai ficar assim? — ando até a geladeira, de onde ele se afasta. — Af.Pego na jarra de água e coloco-a em um copo que tiro do armário. Logan fica me encarando de longe.— Porra, Logan! — exclamo colocando a jarra no lugar. — Está assim por causa do fora que te dei no carro?— Não sei.— Você tem mesmo medo de mim?— Não! A verdade é que eu fiquei irritad
— Eu saio! Mas já fique sabendo, que isso não vai ficar assim!Ele sai do quarto batendo a porta e eu me desespero.O que ele vai fazer?Tento sair do quarto atrás de Logan, mas Zion segura meu braço.— Não.— Ele vai fazer alguma coisa, Zion! Todos vão ficar sabendo. — bato o pé e puxo meu braço. — Nate vai ficar sabendo.— Não vai! Logan não é louco a esse ponto. Eu vou lá falar com ele. Fica aqui.Zion sai do quarto e eu fico andando de um lado para o outro, nervosa. Estava tão preocupada com o que Logan poderia fazer, que decido me vestir para ir embora com Zion. Visto uma saia jeans rasgada e uma blusa branca. Calço o mesmo sapato da noite anterior e prendo meu cabelo em um rabo de cavalo. Jogo todas as minhas coisas dentro da bolsa e saio do quarto, na direção do quarto de Z
Levanto a cabeça e encaro Zion e Logan parados perto da porta.— Duas pessoas! Até parece que nunca viu! — Me levanto e encaro Nate. — Até mais tarde! — olho para Zion. — Não fala comigo.Ando rápido até o quarto e entro batendo a porta. Vou até a janela e fico observando o céu, sabendo que Zion virá atrás de mim. Escuto a porta abrir e não preciso me virar, para saber quem é.— Cat, fala comigo.— Não quero saber de você, Zion!— Catssyn, você nem sabe o que fui fazer!— Boa coisa que não pode ser!— Então você acha que eu faria algo pra ferrar a sua vida? — Me viro e o encaro envergonhada.— Desculpa.— Vem aqui! — ele se senta na cama e eu me sento do seu lado. — Conversei com Logan e ele me fez ver algo que
Assim que o elevador para na garagem, ando em busca de uma van. Paro ao escutar uma buzina e olho para a direção em que o som vem. Nate estava encostado na van preta. Sorrio de lado e ando calmamente, até o lindo irlandês. Ele vestia calça jeans e estava com a jaqueta preta que usava, quando o vi pela primeira vez. Seu cabelo estava jogado para cima.Nate estava perfeito.— Você está linda. — ele segura minha mão e beija minha bochecha com ternura.— Obrigada. Você também está muito lindo.— Vamos?— Sim!Eu entro na van e ele entra logo depois, se sentando ao meu lado. Á nossa frente havia dois homens, um na direção da van e outro do lado.— Paul, essa é a Catssyn, prima do Zion!O homem que estava no lado do passageiro se vira e sorri pra mim.— Prazer. — digo es
Acordo empolgada, como nunca estive na vida. Levanto rapidamente e vou para o banheiro cantarolando. Tomo banho, escovo os dentes e vou para o closet. Olho rapidamente, antes de escolher o vestido azul, com alças finas. Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo e saio do quarto.A casa está em um completo silêncio. Obviamente, Gabrielly deve dormir tanto quanto Zion.Vou para a cozinha e decido preparar o café da manhã. Ou deveria fazer o almoço? Solto uma pequena risada, diante da piada sem graça que fiz.Pego todos os ingredientes para fazer um bolo e coloco em cima da mesa. Decido bater o bolo a mão, para não acordar os dois dorminhocos. Acendo o forno nada complicado de Zion e deixo-o aquecendo, enquanto termino de bater o bolo.Quando termino, o coloco em um refratário de vidro e levo ao forno, ajustando a temperatura.Pego no telefone da cozinha e o porteiro atende.&mda