|Bruna Pinheiro|
Ajeitei meu vestido preto no corpo e sorri fraco. A cama estava desarrumada e tentei me convencer que a qualquer momento Thomas sairia pela porta do banheiro.Puxei meus cachos em um rabo de cavalo simples, um pouco de corretivo para tentar esconder a feição de dias sem dormir e eu estava pronta. Sai do quarto, descendo as pequenas escadas. A rua estava bonita agora. Thomas e eu escolhemos uma casa simples e confortável. Dois andares, quatro quartos, uma cozinha, sala, banheiro e piscina, não achávamos necessário uma grande mansão.A sala nunca esteve tão cheia como hoje, todos querendo prestar suas condolências a Thomas. Ele foi um homem perfeito, dedicado, amoroso e cuidadoso, Thomas nunca desrespeitou ninguém e sempre ajudou os necessitados e era por isso que eu não encontrava um motivo para a sua morte precoce.Após cumprimentar algumas pessoas, e segurar o choro diversas vezes, finalmente, tinha tido tempo para beber um copo d'água.Enquanto virava a água, me sentei no balcão e encarei a geladeira. Tinha uma foto nossa pendurada, estávamos felizes. Senti a lágrima escorrer pelo meu rosto, e a sequei com a palma da minha mão.- Oi! - A voz doce de Amberly invadiu meus ouvidos, me fazendo pular um pouco. Eu não imaginava vê-la aqui.- Oi... - Funguei um pouco.- Como você está? - Ela acariciou minhas costas.- Bem, na medida do possível.. - sorri fraco, tentando mostrar um pouco de positividade.- Eu sei que não está. - Ela se sentou ao meu lado e encarou o nada.- Como está o Henry? - Perguntei baixo.- Bem, eu acho.. - Ela murmurou.A neve caia lá fora, o aquecedor aquecia os nossos corpos, mas ainda sentia falta do calor do Rio.- Aceita um chá? - Perguntei, me levantando e indo em direção ao fogão.- Sim, por favor. - Amberly disse, finalmente.Fui até o armário e puxei uma pequena chaleira, enchi de água e levei ao fogo. Retirei duas pequenas xícaras do armário e alguns saquinhos de chá e amarrei-as a pequena alça. O som da chaleira se fez presente, e eu me aproximei, pegando pela alça, enchendo as xícaras, enquanto o vapor batia contra o meu rosto. Peguei-as nos dedos e as entreguei para Amberly.- obrigada. - ela disse e eu assenti, levando a xícara aos lábios. Eu precisava urgentemente de me acalmar.Sentada sobre o balcão, tamborilei os dedos sobre a mesa, fazendo um barulho agradável do contato das unhas com a madeira.- Bom, e Heather? - Ela perguntou. - Está bem, eu acho. - Sorri fraco. - lidando melhor que eu, aliás. Rimos fraco. Heather era assim, uma mulher incrível e cheia de energia, não deixava a tristeza a abalar nunca. Eu não sei o que seria de mim sem ela agora.- Onde ela está? - Ela perguntou.- No parque, provavelmente, ou no cinema. - Dei os ombros.- Agora? - Ela franziu a testa.- Ela está me ajudando, acredite. – me levantei do banco, indo até a pia e depositando a xícara meio cheia ali.Não consigo comer nada desde ontem e sinceramente, não me sinto faminta.— ah, que bom que chegou, meu filho. — a voz de Amberly preencheu o ar silencioso.Meus músculos tencionaram por alguns segundos e eu encarei a torneira aberta. Levei meus dedos até ela e fechei rapidamente, apertando-a mais do que deveria.— Oi, mãe. — sua voz continuava rouca e grossa como eu imaginava. Ele ainda tinha o poder de me fazer estremecer um pouco, e isso me deixava irritada.Tentando ignorar as outras pessoas da sala, tentei me concentrar em Thomas e nas suas palavras antes de morrer. Minha cabeça estava a mil naquele momento, mas agora, eu podia entender com clareza.. eu podia fechar os olhos e vê-lo a minha frente."Eu amo você..", eu conseguia me lembrar disso. Forçando um pouco mais a minha cabeça, consegui me lembrar das suas últimas palavras balbuciadas."Conte a ele.", mesmo antes de morrer, Thomas jamais desistiu disso.As lágrimas molhavam meu rosto por completo agora, enquanto eu apertava a borda da pia com força, fazendo meus dedos ficarem brancos. O soluço escapou alto, chamando a atenção dos presentes.. eu não tinha me permitido chorar desde que cheguei, não queria que Nicholas visse.Nicholas, meu filho. Estava grávida dele quando fui embora da casa de Henry, não era de Thomas.. ele passou do meu lado toda a gravidez, ele esteve lá quando Nicholas deu seu primeiro choro, ele estava lá... eu vi a felicidade em seus olhos quando ele o segurou pela primeira vez. Quando Nic fez seu primeiro ano, Thomas me pediu em casamento e eu aceitei.. ele era tudo aquilo que eu precisava. Thomas esteve lá para tudo, o primeiro dente a crescer, seus primeiros passos, as suas primeiras palavras. Thomas esteve na sua primeira febre, no seu primeiro resfriado, sua primeira ida ao hospital.. ele cuidou do meu filho como se fosse dele.Além de tudo, Thomas ensinou a Nicholas que ele não era o seu pai de sangue, mas que o amava como um. Eu não queria que ele soubesse, mas Thomas queria ser sincero, ele achava que Nic merecia saber e eu não discuti.. A única coisa que Nic não sabia, era quem é seu pai.. e droga, agora eu estou soluçando nos braços dele.— Vai passar, querida. — Henry sussurrou, acariciando meus cachos.— Eu não consigo fazer isso sozinha. — Eu disse entre o choro.— Eu estou aqui, não precisa fazer nada sozinha. — Ele disse baixo.— Não, você não pode. — me afastei dele, secando o meu rosto. — Você vai me odiar, você não entende.— Por que eu te odiaria? — Ele levantou uma das sobrancelhas.Reparei seu smoking molhado pelas minhas lágrimas e desviei os olhos para a janela aberta atrás de mim. Amberly olhava para nós atentamente, parecia querer me decifrar e droga, eu odiava isso.Abri a boca tentando formular uma frase, sem efeito algum. Eu não conseguia falar.— Henry.. — Eu disse por fim e fiz uma longa pausa. — Quando eu fui embora, eu... — Fui interrompida pela alegria de Nicholas, enquanto ele entrava saltitante pela porta.— Mamãe! — ele se aproximou e agarrou minhas pernas.Meu menino tinha somente cinco anos, mas era a criança mais elétrica que eu conhecia. Além do seu português impecável, conseguia ser bastante maduro para a sua idade, tentando compreender os limites que eu impunha.— Nicholas. — Eu sorri fraco e o peguei no colo. Ele passou suas mãos pelo meu pescoço e depositou um beijo estalado.— Ele é seu filho? — Henry perguntou.Era impossível não notar a semelhança entre os dois, Nicholas era negro claro, como eu, mas havia herdado os belos olhos azuis do pai e seus cachos eram tão negros quanto os de Henry, o sorriso e o nariz eram tão idênticos, que qualquer um, a dez quilômetros daqui conseguiria ver.— Sim. — Eu disse rápido, mordendo o lábio inferior.— Com Thomas? — Sua voz falhou por um segundo e eu me apoiei na pia, colocando Nic sentado no pequeno mármore escuro.Abri a boca para responder, mas fui interrompida pela voz do meu pequeno homenzinho, que balançava suas pernas para lá e para cá:— Não, mas o Papai Thomas disse que me amava como se eu fosse dele. — Nic sorriu com seus dentes brancos e perfeitamente alinhados.Henry me encarou e eu engoli o seco. Ele parecia um pouco desesperado e eu queria poder abrir um buraco no chão e me enfiar. Eu não queria passar por isso agora.— Ele é meu? — Henry perguntou. Fechei os olhos e respirei fundo. — Me responde.Fiquei em silêncio e encarei a janela novamente. Um pequeno pássaro pousou ali e nos olhos atentamente.— Quantos anos você tem, Nicholas? — Henry se aproximou do menino que o encara curioso. Seus lindos olhos azuis arregalados, enquanto percebia a proximidade repentina do pai.— Cinco. — Ele respondeu e levantou sua mão, deixando seus dedos bem abertos. — Você é o meu pai? — Ele levantou uma das sobrancelhas e pendeu a cabeça para o lado.— Droga. — Heather disse. — Me desculpa, tive que ir ao banheiro.— Tudo bem, Heat. — Ela sorriu fraco.— Vamos, Nicholas. — Ela disse rápido. — Você precisa de um banho, Capitão Sujeira.— Eu não estou fedendo. — Nic reclamou, fazendo uma careta. — E o moço não respondeu a minha pergunta. — Ele cruzou seus pequenos braçinhos na frente do corpo. Ri fraco, Thomas dizia que ele era tão teimoso quanto eu.— Está sim, querido. — Eu disse. — Obedeça a sua tia e vá tomar banho.— Só se você vir junto. — Ele fez bico.— Ok. — Salva pelo gongo. — Conversamos mais tarde, Henry.Ele assentiu, ainda estático no lugar. Desci Nic do balcão e segurei suas mãozinhas, enquanto o levava até o andar de cima. Seu quarto todo decorado por Thomas, era o lugar preferido de Nicholas na casa. Eles eram muito ligados.Após seu banho, Heather preparou algo para que Nicholas comece. O garoto parecia animado enquanto me contava sobre o seu dia.— Que horas o papai volta? — Ele perguntou, depois de terminar o seu toddynho. — Querido, a mamãe precisa conversar com você. — Ele me olhou calmo, enquanto eu sentia meus olhos se encherem de lágrimas. — o seu pai, o Thomas, ele foi morar com o papai do céu ontem.— Ele não volta mais? — Ele disse triste, seus olhinhos molhados pela agua.Neguei com a cabeça, enquanto Nic começava a chorar alto, provavelmente, permitindo que todos da casa ouvissem. O mais novo pulou da sua cama em formato de foguete e correu quarto a fora. Me levantei, tentando o alcançar.— Papai. — Ele gritava, enquanto abria todas as portas da casa. — Tia Heather, cadê o meu pai?Heather estava chorando agora, pela primeira vez desde que recebeu a notícia.— Vem cá. — Ela abriu os braços, e se sentou no sofá com o menino no colo.O lugar estava silencioso agora. Desci as escadas devagar, tomando cuidado para não cair e me sentei ao lado dos dois.Heather o abraçou forte, enquanto sussurrava algo em seu ouvido. Nicholas assentiu e escondeu seu rosto nos fios lisos de Heat, a moça se aproximou e encostou no meu ombro. Suas lágrimas me molhando, enquanto eu lutava para ser forte agora.Henry não me importava agora e nem a sua perseguição para saber se Nicholas era seu filho ou não. Eu só precisava cuidar das duas coisas que me lembravam Thomas agora:Heather e o próprio Nicholas. Minha prioridades.₩Gostaram? Estou um pouquinho nervouser. Comentem e votem!|Bruna Pinheiro|O carro estava se movimentando devagar, Nicholas permanecia em silêncio, preso a cadeirinha no banco de trás do carro Henry. Ele havia se oferecido para nos levar até o cemitério onde daríamos o nosso último adeus ao homem mais incrível que eu já tive a oportunidade de ter na minha vida. O silêncio ensurdecedor se propagou durante todo o trajeto, Henry abriu a porta para que Nic pudesse descer, e sai logo em seguida, segurando sua pequena mão com a minha. Caminhamos lentamente até onde os outros se encontravam. Algumas poucas pessoas que não compareceram à minha casa vieram na minha direção para me desejarem as condolências. Nicholas estava quieto ao lado do caixão, suas duas mãos estavam juntas na frente do seu corpo, dentro do seu pequeno terno que ele exigiu usar e seus óculos escuros. Lembro-me de um enterro de um amigo próximo de Thomas, antes da internação. Thomas estava parado com essa mesma pose, enquanto Nic tentava se mostrar tão sério quanto o pai. -
|Bruna Pinheiro| Nicholas balançava suas pernas rapidamente, ele tinha essa mania. Seus cachos negros caindo para os lados, seus olhos azuis vidrados no desenho que passava em seu Tablet. Eram seis da manhã, estávamos tentando voltar a nossa rotina, agora, sem Thomas. Nicholas comia waffles com suco de maracujá, e eu terminava meu café com pressa, tentando acabar a tempo de leva-lo para a escola. Eu precisava ajustar meus horários. Meu celular vibrou sobre a madeira e eu levantei meus olhos até ele."Oi, bom dia! Já acordada? Como Nic está?" - HenryDei um pequeno sorriso, feliz pela aproximação de Henry. Eu não podia impedir que eles criassem laços, afinal, eram pai e filho e Henry tinha esse direito. — Querido? — Chamei Nicholas. Ele me encarou com seus olhos azuis bem abertos e com o rosto sério. Sorri. — Você se lembra daquele moço, o Henry? — Perguntei e ele assentiu freneticamente. — Bom, você sabe quem ele é? — Não, mamãe. —Nicholas pegou seu copo e bebeu o resto do suco.
|Bruna Pinheiro| Desci as escadas, chegando a sala. Passei as mãos nos meus cabelos nervosamente, tentando não demonstrar o quão abalada o homem me deixava. Sorri para Nicholas. Ele estava sentado na sala, com os pés no encosto do sofá e a cabeça para fora do sofá, seu tablet estava ligado em um desenho infantil e ele parecia desinteressado. — Nicholas, se ajeite. — mandei. — vai subir sangue para a cabeça. Ele bufou um pouco e se ajeitou, colocando as pernas para cima do sofá e se deitando.— E não bufe para mim. — repreendi.— Desculpe, mãe. — Ele disse da sala. Fui até o fogão e abri o forno, dando uma última olhada na lasanha. Desliguei o forno e abri a geladeira a procura de um pouco de água. A companhia tocou e eu andei preguiçosamente até lá. Nicholas olhava atento para os meus movimentos.Olhei pelo olho mágico e percebi Henry, ele tinha um saco de presente em mãos e parecia nervoso. Nicholas dava esse efeito no pai. Girei a maçaneta e puxei a porta para dentro, ele sor
|Bruna Pinheiro| As mãos fortes de Henry passeavam por todo o meu corpo, enquanto seus beijos desciam pelo meu pescoço me fazendo arrepiar por completo. Suas mãos pararam na barra da minha camisa e ele puxou para cima, me deixando somente com o sutiã, ele espalhou beijos pelo vale dos meus seios e abriu o meu sutiã, olhando hipnotizado para ambos. Mordi os lábios. Henry sugou um dos meus peitos, me fazendo soltar um gemido baixo e controlado, enquanto a sua mão brincava com o bico do outro. Me levantei, invertendo a posição e ficando por cima. Henry passou os dedos pelos meus cabelos e sorriu. - Eu sonhei tanto com isso. - Ele sussurrou. Voltei a encaixar nossas bocas, sentindo meu corpo inteiro se arrepiar. Nossas bocas pareciam ter sido feitas uma para a outra, Henry me acariciava e fazia com que eu me sentisse tão amada quanto Thomas. Thomas! Thomas! Abri os olhos e me afastei de Henry que me olhou co
Corri os olhos pela sala a procura de algo. Nicholas tomava seu café sentado sobre a mesa e parecia calmo enquanto assistia a algum desenho no seu tablet. Não demorou muito para que desviasse o olhar para mim e sorrisse.— Pronto? — perguntei. Ele apenas pulou da cadeira e assentiu. Nicholas correu até o sofá e se sentou, enquanto eu termina de colocar seu lanche na lancheira. — Bom dia. — a voz de Henry ecoou grossa pelo recinto. O olhei sorrindo. — Bom dia. — desejei. — Bom dia. — Nicholas desejou manhoso. — Ainda com sono, campeão? — Ele se aproximou e beijou a testa de Nicholas. Os cachos bem definidos do mais novo brincando em sua cabeça. Sorri. — Bom, temos que ir. — Falei, pegando a minha bolsa e as chaves do carro. — Tão cedo. — Henry gemeu.— Sim, não é, Nich? — ele assentiu e pegou a lancheira da minha mão.— Vamos, estou animado. — Ele andou
Esse capítulo contém cenas de sexo explícito, se não gosta, pule.†— Thomas não iria gostar se te visse assim. — Heather resmungou. — Assim? — Levantei uma das sobrancelhas e mordi o canto da boca. — Negando o que sente por Henry, é sério.. — ela revirou os olhos. — dá para ver a quilômetros, os olhos dele brilham. — Eu não posso ser tão fácil assim, Heather, você não entende. — Voltei minha atenção aos meus pés. Nicholas havia saído a pouco com Henry, foram passar o dia juntos. Eu precisava me acostumar com isso. Heather aproveitou e veio conversar comigo o resto do dia, e cá estamos, no meu quarto pintando as unhas. — Afinal, já se passaram cinco anos. — ela me encarou. O esmalte preto brilhando nas suas mãos. Fiz uma careta: — Eu não posso ser tão fácil, ele não me pediu desculpas. — Encarei Heather, enquanto ela mantinha sua testa franzida e lábios comprimidos, sua expressão de concentração.
— Mãe, onde está o meu pai? – Nicholas perguntou, se sentando no sofá. Era sábado, a alguns meses Henry havia tirado todos os fins de semana para Nicholas. Eu ainda me sentia um pouco culpado por tudo que rolou, então o evitei por algum tempo. — Ele teve de ir para a casa da vovó, amor. – eu disse e depositei um beijo na sua testa. — Eu quero ir pra casa da vovó também. – fez bico. — Mamãe irá fazer o possível, tudo bem? – eu disse e ele assentiu. Terminei de preparar o almoço e nos servi, o cheiro da comida preenchendo o ar, enquanto eu e Nicholas assistíamos a um filme juntos. Coloquei todos os pratos na lavadoura de pratos e me deitei com Nicholas no sofá, pronta para mais um filme. Não demorou muito para que o meu menino pegasse no sono aconchegado nos meus braços. Meu celular tocou ao meu lado, passei pela janela e reparei nas janelas respingadas pela chuva. O frio bateu contra o meu corpo arrepiando meus pel
O avião pousou. O sol já estava no céu, eram seis da manhã. Puxei meus cabelos em um coque no topo da cabeça e bocejei um pouco. Descemos do avião, um carro se encontrava não muito longe dali, o motorista que costumava andar comigo e Henry se mantinha parado na frente do carro com seus óculos escuros e feição seria. — Senhora Coleman. – Ele disse, abrindo a porta. – Senhorita Heather.— Eai, grandão. – Heather disse animada. – Sentiu minha falta?O homem sorriu fraco, enquanto fechava a porta ao nosso lado. Ele embarcou na frente e deu partida. Não demorou muito para o carro sair da pista de pouso e eu começar a ver a vida agitada da Califórnia, as muitas pessoas andando e cuidando de suas próprias vidas fúteis e, na maior parte, vazias. O sol estava fraco, como de costume, as pessoas andavam com vestidos leves e bermudas para todos os lados, jovens falavam em seus celulares e tomavam sorvete. Era adorável. O carro entrou em