|Bruna Pinheiro|
Desci as escadas, chegando a sala. Passei as mãos nos meus cabelos nervosamente, tentando não demonstrar o quão abalada o homem me deixava.Sorri para Nicholas. Ele estava sentado na sala, com os pés no encosto do sofá e a cabeça para fora do sofá, seu tablet estava ligado em um desenho infantil e ele parecia desinteressado.— Nicholas, se ajeite. — mandei. — vai subir sangue para a cabeça.Ele bufou um pouco e se ajeitou, colocando as pernas para cima do sofá e se deitando.— E não bufe para mim. — repreendi.— Desculpe, mãe. — Ele disse da sala.Fui até o fogão e abri o forno, dando uma última olhada na lasanha. Desliguei o forno e abri a geladeira a procura de um pouco de água. A companhia tocou e eu andei preguiçosamente até lá. Nicholas olhava atento para os meus movimentos.Olhei pelo olho mágico e percebi Henry, ele tinha um saco de presente em mãos e parecia nervoso. Nicholas dava esse efeito no pai.Girei a maçaneta e puxei a porta para dentro, ele sorriu.— Oi. — Ele disse baixo.— Oi, entra. — Dei espaço para que ele passasse e fechei a porta. — Nicholas.Ele sorriu, acenando freneticamente para o homem.— Oi, tio Henry. — Ele cumprimentou, seus braços estavam cruzados nas costas do sofá, enquanto ele se mantinha ajoelhado.— Oi, carinha. — Henry riu. — Trouxe um presente.— Eu gosto de presentes. — Nicholas pulou do sofá e correu até nós.Ele olhou para Henry debaixo, enquanto Henry ria.— Espero que goste. — Ele disse e esticou a pequena caixa embrulhada.Nicholas correu para o meio da sala e rasgou a folha em mil pedaços.— Não esqueça.. — Ele me interrompeu.— De catar o meu lixo depois, eu sei, pode deixar. — Ele disse, enquanto ainda abria seu presente. — uau! — ele exclamou.— Gostou? — Henry perguntou.— Eu adorei. — Ele correu e abraçou Henry. — eu tinha pedido para a mamãe.— Henry acabou de excluir uma opção da minha lista de presentes de Natal. — Brinquei.— Vem brincar comigo, tio. — Nicholas puxou Henry para o meio da sala e ambos se sentaram no meio da sala.Olhei de longe enquanto eles abriam a caixa e conferiam as pilhas do helicóptero de controle remoto. Não demorou muito para o brinquedo rodar pela sala, enquanto eu advertia para ter cuidado. Não queria vidros.Deixei ambos se aproveitarem e fui para a cozinha, pegando as travessas e arrumando a mesa. Vez ou outra, eu dava uma espiada em ambos.. eles eram tão parecidos.— O jantar está na mesa, venha. — Avisei.Henry assentiu e desligou o aparelho, colocando no sofá. Nicholas subiu em suas costas e eles vieram juntos e rindo até onde eu estava.— Eba! Lasanha! — Nicholas disse.— Hum, está com uma cara ótima. — Henry elogiou.Ele se sentou na ponta da mesa e colocou Nich ao seu lado. Servi os pratos, e me sentei para poder comer. Nicholas, como sempre, comeu fazendo diversos comentários e elogiando a minha comida.— Isso está, realmente, muito bom. — Henry disse. — não sabia que você cozinhava assim.— Obrigada. — sorri, dando uma garfada na comida. — Você sabe, desde que conheci os Coleman, tenho vivido como uma princesa em seu castelo dourado.— Deveria ter dado uma oportunidade. — ele riu baixo.— Sim, pai, a mamãe cozinha muito bem. — Nicholas disse desinteressado.A mesa se pos em silêncio, Henry me encarava assustado. Nicholas não sabia do grau de parentesco deles ainda, e era isso que me surpreendia.- Do que me chamou? - Henry perguntou ao garoto.- De pai, você é meu pai, não é? - Perguntou.Henry me encarou e eu assenti. Acho que estava na hora.- Porque? - Henry perguntou calmo, ele passou os dedos nos cabelos negros.Nicholas o encarou com seus olhos azuis bem abertos e brilhantes, um sorriso tímido brincava em seu rosto, antes de ele responder:- Meu pai Thomas me contou antes de ir para o hospital, ele pediu para eu guardar segredo. - Nicholas deu os ombros e voltou a comer calmamente.- Ah, meu Deus. - Pisquei diversas vezes.- Você sabia esse tempo todo? - Henry perguntou. Nicholas apenas assentiu.Thomas havia contado, ele não confiava na minha coragem, e isso me decepcionava um pouco. Eu estava, realmente, enrolando Nicholas, queria preparar o garoto para a notícia.. Nicholas, por outro lado, já tinha tudo esclarecido em sua cabeça, apenas queria que contássemos para que deixasse de ser um segredo seu.O jantar terminou rápido, Henry deitado no sofá, enquanto Nicholas se aninha sonolento nos braços forte do pai. Sorri com a cena.O natal estava próximo, o frio começa a chegar e os seriados de natal começavam a passar. Eu estava desanimada para o feriado desse ano, mas Nicholas adorava o natal e talvez, somente talvez, eu permitisse que o garoto passasse um tempo com os Coleman na Califórnia.Me ajeitei no pequeno sofá uma última vez, forçando meus olhos a não fecharem, em vão, me entreguei a um sono leve e profundo.₩Acordei algum tempo depois, senti meu corpo leve e em movimento. Abri os olhos devagar, tendo a visão de Henry com os cabelos bagunçados e com a camisa branca levemente aberta.Grunhi em seus braços e enrolei meus braços em seu pescoço, sentindo seu perfume amadeirado invadir meu nariz.- não precisava me trazer até aqui. - Eu disse rouca. Henry deu um leve sorriso de canto. - Não queria acordar você. - ele disse baixo.- Mas, já que acordou.. para onde pensa que vai? - Pisquei algumas vezes, coçando os olhos.- Minha casa? - Perguntou como se fosse óbvio e eu fiz uma careta.- Não mesmo, está muito tarde. - me levantei e o puxei até o quarto ao lado. - Você dorme aqui.- Não quero atrapalhar você. - ele disse, me encarando e sorrindo fraco. - Não vai, eu ficaria preocupada. - argumentei.Henry soltou todo o ar dos seus pulmões e coçou a cabeça, negando em seguida. Logo, levantou as mãos em sinal de rendição e sorriu:- Você venceu. - sorri abertamente. - Se quiser, ainda tenho algumas roupas do Thomas no armário. - falei.- Não, obrigado. - ele sorriu fraco. Assenti, o encarando enquanto ele se sentava na ponta da cama e abria a sua camisa com cuidado. Ele sorriu cafajeste.Henry se levantou e se aproximou um pouco, enfiando seus dedos nos meus cachos e puxando, me fazendo encara-lo. Seus olhos azuis estavam mais escuros que o normal e sua bochecha estava levemente vermelha, e seus lábios.. a boca de Henry me chamava como um ímã.Ele se aproximou, me dando um leve selinho, me encarando no fundo dos olhos antes de selar nossos lábios definitivamente. Sua mão percorreu meu pescoço, ombros e cintura, parando na bunda onde ele acertou um tapa estalado.Henry aprofundou o beijo, me deixando arrepiada e molhada. Ele distribuiu beijos pelo meu pescoço me fazendo arfar um pouco. Suas mãos desceram para as minhas cochas e me levantaram com facilidade.Henry me jogou no meio da cama antes de voltar para trancar a porta. Ele sorriu ao me ver naquela posição. Encarei seu abdômen e mordi os lábios, sentindo todo o tesão jorrar pela minha intimidade.- Eu estava com saudades, amor.₩Comente e vote!|Bruna Pinheiro| As mãos fortes de Henry passeavam por todo o meu corpo, enquanto seus beijos desciam pelo meu pescoço me fazendo arrepiar por completo. Suas mãos pararam na barra da minha camisa e ele puxou para cima, me deixando somente com o sutiã, ele espalhou beijos pelo vale dos meus seios e abriu o meu sutiã, olhando hipnotizado para ambos. Mordi os lábios. Henry sugou um dos meus peitos, me fazendo soltar um gemido baixo e controlado, enquanto a sua mão brincava com o bico do outro. Me levantei, invertendo a posição e ficando por cima. Henry passou os dedos pelos meus cabelos e sorriu. - Eu sonhei tanto com isso. - Ele sussurrou. Voltei a encaixar nossas bocas, sentindo meu corpo inteiro se arrepiar. Nossas bocas pareciam ter sido feitas uma para a outra, Henry me acariciava e fazia com que eu me sentisse tão amada quanto Thomas. Thomas! Thomas! Abri os olhos e me afastei de Henry que me olhou co
Corri os olhos pela sala a procura de algo. Nicholas tomava seu café sentado sobre a mesa e parecia calmo enquanto assistia a algum desenho no seu tablet. Não demorou muito para que desviasse o olhar para mim e sorrisse.— Pronto? — perguntei. Ele apenas pulou da cadeira e assentiu. Nicholas correu até o sofá e se sentou, enquanto eu termina de colocar seu lanche na lancheira. — Bom dia. — a voz de Henry ecoou grossa pelo recinto. O olhei sorrindo. — Bom dia. — desejei. — Bom dia. — Nicholas desejou manhoso. — Ainda com sono, campeão? — Ele se aproximou e beijou a testa de Nicholas. Os cachos bem definidos do mais novo brincando em sua cabeça. Sorri. — Bom, temos que ir. — Falei, pegando a minha bolsa e as chaves do carro. — Tão cedo. — Henry gemeu.— Sim, não é, Nich? — ele assentiu e pegou a lancheira da minha mão.— Vamos, estou animado. — Ele andou
Esse capítulo contém cenas de sexo explícito, se não gosta, pule.†— Thomas não iria gostar se te visse assim. — Heather resmungou. — Assim? — Levantei uma das sobrancelhas e mordi o canto da boca. — Negando o que sente por Henry, é sério.. — ela revirou os olhos. — dá para ver a quilômetros, os olhos dele brilham. — Eu não posso ser tão fácil assim, Heather, você não entende. — Voltei minha atenção aos meus pés. Nicholas havia saído a pouco com Henry, foram passar o dia juntos. Eu precisava me acostumar com isso. Heather aproveitou e veio conversar comigo o resto do dia, e cá estamos, no meu quarto pintando as unhas. — Afinal, já se passaram cinco anos. — ela me encarou. O esmalte preto brilhando nas suas mãos. Fiz uma careta: — Eu não posso ser tão fácil, ele não me pediu desculpas. — Encarei Heather, enquanto ela mantinha sua testa franzida e lábios comprimidos, sua expressão de concentração.
— Mãe, onde está o meu pai? – Nicholas perguntou, se sentando no sofá. Era sábado, a alguns meses Henry havia tirado todos os fins de semana para Nicholas. Eu ainda me sentia um pouco culpado por tudo que rolou, então o evitei por algum tempo. — Ele teve de ir para a casa da vovó, amor. – eu disse e depositei um beijo na sua testa. — Eu quero ir pra casa da vovó também. – fez bico. — Mamãe irá fazer o possível, tudo bem? – eu disse e ele assentiu. Terminei de preparar o almoço e nos servi, o cheiro da comida preenchendo o ar, enquanto eu e Nicholas assistíamos a um filme juntos. Coloquei todos os pratos na lavadoura de pratos e me deitei com Nicholas no sofá, pronta para mais um filme. Não demorou muito para que o meu menino pegasse no sono aconchegado nos meus braços. Meu celular tocou ao meu lado, passei pela janela e reparei nas janelas respingadas pela chuva. O frio bateu contra o meu corpo arrepiando meus pel
O avião pousou. O sol já estava no céu, eram seis da manhã. Puxei meus cabelos em um coque no topo da cabeça e bocejei um pouco. Descemos do avião, um carro se encontrava não muito longe dali, o motorista que costumava andar comigo e Henry se mantinha parado na frente do carro com seus óculos escuros e feição seria. — Senhora Coleman. – Ele disse, abrindo a porta. – Senhorita Heather.— Eai, grandão. – Heather disse animada. – Sentiu minha falta?O homem sorriu fraco, enquanto fechava a porta ao nosso lado. Ele embarcou na frente e deu partida. Não demorou muito para o carro sair da pista de pouso e eu começar a ver a vida agitada da Califórnia, as muitas pessoas andando e cuidando de suas próprias vidas fúteis e, na maior parte, vazias. O sol estava fraco, como de costume, as pessoas andavam com vestidos leves e bermudas para todos os lados, jovens falavam em seus celulares e tomavam sorvete. Era adorável. O carro entrou em
‡O carro parou na frente do grande edifício. O motorista abriu a porta ao meu lado e eu desci, colocando os óculos escuros. Caminhei até o homem parado na frente do lugar com uma pasta em mãos e um sorriso cordial no rosto.— Bom dia. – Estendi a minha mão e o homem apertou. — Que bom que chegaram, senhoras Coleman. – Ele disse e saiu na minha frente. Subimos o elevador e paramos na cobertura. Era enorme, com quatro suítes, uma piscina, cozinha e sala ampla. A casa era perfeita e a mobília davam um ar requintado a casa. — Vamos fechar negócio. – Heather disse animada e bateu palmas. — Não vejo o motivo para não fazermos. – sorri. Me virei para o homem alto que falava ao celular. Ao me encara, sorriu e se despediu, se aproximando.— E então? – Perguntou. Seus olhos brilhavam em expectativa. — Vamos fechar. – Murmurei. — É um ótimo negócio, senhora Coleman. – ele sorriu. –
A exatos um mês tenho vivido um impasse. Viver com Henry é mais complicado do que já pude imaginar. Meu corpo inteiro clamava por ele de alguma forma e a minha cabeça de alguma forma, tentava mantê-lo o mais longe possível. Me levantei mais cedo que o comum, era sábado mas os meus pensamentos não me deixavam em paz. Minha cabeça repetia mil vezes a mesma coisa, eu estava confusa. Passei a mão nos meus cabelos e os prendi em um rabo de cavalo no topo da cabeça. Caminhei lenta e preguiçosamente até a cozinha. Estava perfeitamente arrumada, trabalho da nossa nova empregada, Jane. Ela era uma mulher de cinquenta e seis anos, gentil e bondosa, além de uma ótima cozinheira. Peguei alguns frios na geladeira e montei um sanduíche, peguei um copo de suco e comecei a assistir um noticiário local. Olhei ao redor, ainda não me sentia totalmente confortável. Sentia saudades da minha antiga casa, sentia saudades das lembranças de Thomas e de tudo que vivemos juntos.
Sai do banheiro rapidamente, conseguia ouvir meu estômago implorando por um pouco de comida. Os meus cachos ainda estavam molhados e decidi deixa-los assim, passei um pouco de creme e os penteei. Abri a porta do meu guarda roupas tentada a colocar algum dos meus pijamas novamente, mas alguma voz na minha cabeça implorava pelo meu bom senso e optei por um shorts de moletom e uma regata preta, calcei meus chinelos e puxei meu celular da cama.Lembrei do quão focada eu era no aparelho e do quanto eu me afastei das minhas antigas amigas, a minha vida tinha tomado um rumo diferente. As vi pela última vez no meu casamento com Thomas e me emocionei ao descobrir que Manu estava grávida do seu primeiro filho, ela estava plenamente feliz, tinha encontrado o homem da sua vida, afinal. Decidi mandar uma mensagem de texto pedindo noticias. Guardei o celular no bolso e terminei de atravessar o corredor. Cheguei a sala e sorri abertamente para a cena vista, Henry e Nic