- O que eu estou fazendo aqui? - Perguntei, encarando Rubi.
Mexi os braços, tentando me soltar mais uma vez. A confusão crescendo dentro de mim. Eu estava na minha casa hoje mais cedo.- Aonde eu estou? - Perguntei, tentando arrancar alguma resposta.A risada alta de Rubi preencheu o ambiente, aumentando a minha dor de cabeça.- Em um lugar bem longe da sua casa.. - Ela disse, puxando uma mecha do meu cabelo. - do Henry, do seu filho.- Onde está o Nicholas? - Perguntei, encarando os seus olhos verdes.- Ah, fique tranquila. - Ela disse sorrindo. - A essa hora, ele já deve estar em casa.- Foi você quem pegou o meu filho? - Perguntei, sentindo a raiva crescer no meu peito.- Claro que sim, bobinha. - Ela riu. - Mas, antes que você cante vitória ou qualquer coisa do tipo, ele não me viu.- Como eu vim parar aqui? - Perguntei, tentando acabar com todas as minhas duvidas.- A empregada noAcordei com um empurrão, levantei meus olhos e encarei um dos homens que trabalhavam para Rubi. Ele murmurou alguma coisa e me puxou, me arrastando para fora do avião. Olhei ao redor e reconheci a neve cobrindo boa parte da pista de pouso, enquanto alguns homens limpavam em volta com pás enormes. Ao descer as escadas completamente e quase torcer o meu pé duas vezes, cheguei no fim. Uma mulher me cumprimentou e me encarou de cima a baixo, dando um breve suspiro.— Vamos, não temos o dia todo. — Ela se virou e andou até um carro vermelho sangue estacionado a alguns poucos metros. A segui, tentando ganhar a confiança das pessoas a minha volta. Eu precisava disso para conseguir fugir. Senfi o meu corpo tremer pelo frio e me abracei, tentando diminuir o ar que circulava por todos os meus membros, os congelando de dentro para fora. A mulher entrou no banco do carona e eu fui empurrada atrás pelo capanga, que logo bateu a porta ao
Henry Olhei para Nicholas preocupado. Ele me perguntava de sua mãe a uma semana e eu não sabia como responder. Era complicado.A dor me esmagava por dentro, a sensação de impotência, de saber que, quem quer que tenha feito isso, queria apenas me destruir de alguma forma. Primeiro Nicholas e agora Bruna. Minhas duas metades. Dei um beijo em sua testa e me levantei, apagando a luz do quarto. Me certifique de que as janelas do apartamento estivessem trancadas e andei até a sala. Encontrei Rubi com os braços cruzados no sofá, parecia pensativa e mordia os lábios nervosamente. A sua frente, na mesa, um envelope branco e lacrado estava posicionado. Respirei fundo e me sentei ao seu lado. Ela se aproximou e acariciou minhas costas, sussurrando algumas frases de conforto.Eu estava quebrado. Eu estava destruído. Eu só queria encontra-la. — Abra a carta. — Ela mandou. — Pode ser alguma coisa importante. P
6 meses antes.. Cheguei cansado em casa. Havíamos passado um dia inteiro tentando encontrar a mínima pista sobre Bruna. Qualquer coisa, um fio de cabelo, qualquer coisa. Eu alimentava dentro do meu intimo a probabilidade de encontra-la. Nem por um segundo acreditei em sua morte. Minha cabeça não aceitava e minha consciência gritava para mim que ela estava em algum lugar, sozinha e precisando da minha ajuda. No dia em que Bruna sumiu, Nicholas apareceu. A escola foi processada por negligencia, enquanto toda a policia foi posta atrás de Bruna.A substância que foi encontrada no meu estômago, foi provavelmente, a mesma que Bruna tomou para dormir. A confiança pelos empregados da casa foi minado, até que chegasse ao zero. Ninguém havia visto nada, as câmeras de segurança estavam com um longo corte de uma hora. Nenhuma pista, nenhum corpo e era isso que alimentava a minha esperança. Abri a porta da sacada da sala e deixei o ar fresco corre
Bruna. Dias antes... Olhei em volta do apartamento, entediada demais para sair da janela. Respirei fundo, encarando o segurança novato sentado sobre a mesa de um café. Eles costumavam ficar ali, fingindo ler jornais e revistas, enquanto olhavam para a minha janela a cada cinco segundos. As pessoas não percebiam, deveriam achar que eram agentes do governo ou algo assim. Eles eram extremamente estranhos e quase não saiam do lugar. Trocavam de turno no mesmo horário, as sete da manhã. Mas, hoje foi diferente.. Joseph, o homem que eu conhecia não havia aparecido. Eles não trouxeram meus pães matinais, então tive de me contentar com um bocado de biscoitos que estavam no armário. Sai pela porta da frente do apartamento, olhando para os dois lados. Alguns homens costumavam ficar aqui também, em caso de fuga. Mas, acho que eles confiavam em mim, ledo engano. Sai a passos leves, indo até o final do corredor. Bati
Henry— Preparada? — Perguntei, puxando a mala pela pista de pouso. — Sim. — Ela sorriu fraco e se virou, olhando para os lados. — Mas, você quer mesmo ir para páris? — Claro, porque não? — eu respirei fundo. — Faz tanto tempo que eu não viajo para lá e além do mais.. — toquei o rosto de Rubi, puxando seu rosto para um beijo. — é a cidade do amor.Rubi sorriu abertamente e me puxou para um beijo. Me afastei dela, limpando o canto da sua boca suja de batom vermelho. — Agora, vamos. —Falei, me virando para puxar a mala.Andei a passos rápidos até as escadas do hotel, entreguei a mala a um dos homens que estava parado na entrada. Segurei o corrimão com firmeza, subindo as escadas. Me sentei em uma das poltronas e encarei o lado de fora. Algumas pessoas passavam empurrando um enorme escada de ferro. Rubi se sentou ao meu lado e suspirou pesadamente. Ela puxou o celular do bolso e ativou o modo avião, guardando-o na bolsa
Henry.Eu não sabia como havia chegado aqui, e na verdade, eu estava nervoso. Rubi parecia nervosa ao meu lado, e isso me aliviava por um certo ponto. Esse era um lado pacato da cidade, na verdade, não era muito turístico. A padaria estava cheia, enquanto algumas pessoas entravam e saiam, jovens passavam com as suas bicicletas e uniformes. Era um lugar bom de se morar e claro, longe de qualquer suspeita. — O que viemos fazer aqui? — Rubi perguntou incomodada e passou o dedo na borda da sua xícara de café. — Estamos esperando um amigo. — Eu dei os ombros e ajeita os meus óculos escuros. Eu não gostava de usa-los, na verdade, odiava. Hoje, em questão, eu precisava. Meus olhos percorriam todo o trajeto atrás de Rubi, enquanto ela olhava para mim e falava alguma coisa sobre querer voltar para o hotel.— Se quiser, pode voltar para o hotel e me esperar na cama. — Falei e sorri de lado.Ela revirou os olhos e beb
Bruna.Um mês de passou desde o incidente. Eu ainda estava me sentindo traumatizada com tudo o que aconteceu. Olhar para Nicholas, reencontra-lo foi uma das minhas maiores alegrias. Eu tive medo de perde-lo para sempre. Eu fiquei um ano longe dele e sentia que tinha perdido coisas demais de Nicholas, inclusive, a sua formatura da escola. — Mamãe, você vai ver o meu pai hoje? — Ele perguntou, enquanto eu enrolava o seu cabelo.— Sim, meu amor. — perguntei.Seus olhos saíram da televisão e me encararam. — Quando ele volta? — Ele fez bico. — Logo, amor. — Eu beijei seu rosto. — Agora, vamos, a sua tia irá levá-lo para a escola.Ele correu para dentro do quarto e voltou com a mochila nas costas. Peguei a lancheira e entreguei em suas mãos. Heather apareceu pouco depois e me encarou, sorriu fraco e beijou Nicholas. — Que carinha é essa? — Perguntei. — Meu ex noivo reaparece
"O amor mais lindo, sempre será o sorriso de duas almas gêmeas que se reencontraram."- Paulo Granato — x — "O tempo retorna."- O Livro do Amor, O legado de Maria Madalena.|Bruna P. Coleman|5 anos depois...Entrei no SUV parado na frente da minha casa, ajeitei meus cabelos nervosamente e sorri para o motorista. - Bom dia, Senhora Coleman. - O homem murmurou.- Bom dia, Jack! - Sorri fraco. - Hospital? - Ele perguntou e eu assenti. Encostei a cabeça no vidro e respirei fundo, pensando nas voltas que a minha vida havia dado. Encarei meu reflexo no vidro escuro e sorri fraco, percebendo as olheiras fundas embaixo dos olhos e meus cabelos negros maiores agora, batia no fim das minhas costas. Depois de aceitar o pedido de Thomas, partimos para New Haven, Connecticut. Me formei e comecei a trabalhar em uma das filiais de Coleman & co. e nunca mais tive notícias de Henry. Eu ainda sentia meu coração quebrado, mas Thomas era a pessoa mais perfeita do mundo, um homem bondoso e car