Henry.
Eu não sabia como havia chegado aqui, e na verdade, eu estava nervoso. Rubi parecia nervosa ao meu lado, e isso me aliviava por um certo ponto.Esse era um lado pacato da cidade, na verdade, não era muito turístico. A padaria estava cheia, enquanto algumas pessoas entravam e saiam, jovens passavam com as suas bicicletas e uniformes.Era um lugar bom de se morar e claro, longe de qualquer suspeita.— O que viemos fazer aqui? — Rubi perguntou incomodada e passou o dedo na borda da sua xícara de café.— Estamos esperando um amigo. — Eu dei os ombros e ajeita os meus óculos escuros.Eu não gostava de usa-los, na verdade, odiava. Hoje, em questão, eu precisava. Meus olhos percorriam todo o trajeto atrás de Rubi, enquanto ela olhava para mim e falava alguma coisa sobre querer voltar para o hotel.— Se quiser, pode voltar para o hotel e me esperar na cama. — Falei e sorri de lado.Ela revirou os olhos e bebBruna.Um mês de passou desde o incidente. Eu ainda estava me sentindo traumatizada com tudo o que aconteceu. Olhar para Nicholas, reencontra-lo foi uma das minhas maiores alegrias. Eu tive medo de perde-lo para sempre. Eu fiquei um ano longe dele e sentia que tinha perdido coisas demais de Nicholas, inclusive, a sua formatura da escola. — Mamãe, você vai ver o meu pai hoje? — Ele perguntou, enquanto eu enrolava o seu cabelo.— Sim, meu amor. — perguntei.Seus olhos saíram da televisão e me encararam. — Quando ele volta? — Ele fez bico. — Logo, amor. — Eu beijei seu rosto. — Agora, vamos, a sua tia irá levá-lo para a escola.Ele correu para dentro do quarto e voltou com a mochila nas costas. Peguei a lancheira e entreguei em suas mãos. Heather apareceu pouco depois e me encarou, sorriu fraco e beijou Nicholas. — Que carinha é essa? — Perguntei. — Meu ex noivo reaparece
"O amor mais lindo, sempre será o sorriso de duas almas gêmeas que se reencontraram."- Paulo Granato — x — "O tempo retorna."- O Livro do Amor, O legado de Maria Madalena.|Bruna P. Coleman|5 anos depois...Entrei no SUV parado na frente da minha casa, ajeitei meus cabelos nervosamente e sorri para o motorista. - Bom dia, Senhora Coleman. - O homem murmurou.- Bom dia, Jack! - Sorri fraco. - Hospital? - Ele perguntou e eu assenti. Encostei a cabeça no vidro e respirei fundo, pensando nas voltas que a minha vida havia dado. Encarei meu reflexo no vidro escuro e sorri fraco, percebendo as olheiras fundas embaixo dos olhos e meus cabelos negros maiores agora, batia no fim das minhas costas. Depois de aceitar o pedido de Thomas, partimos para New Haven, Connecticut. Me formei e comecei a trabalhar em uma das filiais de Coleman & co. e nunca mais tive notícias de Henry. Eu ainda sentia meu coração quebrado, mas Thomas era a pessoa mais perfeita do mundo, um homem bondoso e car
|Bruna Pinheiro|Ajeitei meu vestido preto no corpo e sorri fraco. A cama estava desarrumada e tentei me convencer que a qualquer momento Thomas sairia pela porta do banheiro. Puxei meus cachos em um rabo de cavalo simples, um pouco de corretivo para tentar esconder a feição de dias sem dormir e eu estava pronta. Sai do quarto, descendo as pequenas escadas. A rua estava bonita agora. Thomas e eu escolhemos uma casa simples e confortável. Dois andares, quatro quartos, uma cozinha, sala, banheiro e piscina, não achávamos necessário uma grande mansão. A sala nunca esteve tão cheia como hoje, todos querendo prestar suas condolências a Thomas. Ele foi um homem perfeito, dedicado, amoroso e cuidadoso, Thomas nunca desrespeitou ninguém e sempre ajudou os necessitados e era por isso que eu não encontrava um motivo para a sua morte precoce. Após cumprimentar algumas pessoas, e segurar o choro diversas vezes, finalmente, tinha tido tempo para beber um copo d'água. Enquanto virava a água,
|Bruna Pinheiro|O carro estava se movimentando devagar, Nicholas permanecia em silêncio, preso a cadeirinha no banco de trás do carro Henry. Ele havia se oferecido para nos levar até o cemitério onde daríamos o nosso último adeus ao homem mais incrível que eu já tive a oportunidade de ter na minha vida. O silêncio ensurdecedor se propagou durante todo o trajeto, Henry abriu a porta para que Nic pudesse descer, e sai logo em seguida, segurando sua pequena mão com a minha. Caminhamos lentamente até onde os outros se encontravam. Algumas poucas pessoas que não compareceram à minha casa vieram na minha direção para me desejarem as condolências. Nicholas estava quieto ao lado do caixão, suas duas mãos estavam juntas na frente do seu corpo, dentro do seu pequeno terno que ele exigiu usar e seus óculos escuros. Lembro-me de um enterro de um amigo próximo de Thomas, antes da internação. Thomas estava parado com essa mesma pose, enquanto Nic tentava se mostrar tão sério quanto o pai. -
|Bruna Pinheiro| Nicholas balançava suas pernas rapidamente, ele tinha essa mania. Seus cachos negros caindo para os lados, seus olhos azuis vidrados no desenho que passava em seu Tablet. Eram seis da manhã, estávamos tentando voltar a nossa rotina, agora, sem Thomas. Nicholas comia waffles com suco de maracujá, e eu terminava meu café com pressa, tentando acabar a tempo de leva-lo para a escola. Eu precisava ajustar meus horários. Meu celular vibrou sobre a madeira e eu levantei meus olhos até ele."Oi, bom dia! Já acordada? Como Nic está?" - HenryDei um pequeno sorriso, feliz pela aproximação de Henry. Eu não podia impedir que eles criassem laços, afinal, eram pai e filho e Henry tinha esse direito. — Querido? — Chamei Nicholas. Ele me encarou com seus olhos azuis bem abertos e com o rosto sério. Sorri. — Você se lembra daquele moço, o Henry? — Perguntei e ele assentiu freneticamente. — Bom, você sabe quem ele é? — Não, mamãe. —Nicholas pegou seu copo e bebeu o resto do suco.
|Bruna Pinheiro| Desci as escadas, chegando a sala. Passei as mãos nos meus cabelos nervosamente, tentando não demonstrar o quão abalada o homem me deixava. Sorri para Nicholas. Ele estava sentado na sala, com os pés no encosto do sofá e a cabeça para fora do sofá, seu tablet estava ligado em um desenho infantil e ele parecia desinteressado. — Nicholas, se ajeite. — mandei. — vai subir sangue para a cabeça. Ele bufou um pouco e se ajeitou, colocando as pernas para cima do sofá e se deitando.— E não bufe para mim. — repreendi.— Desculpe, mãe. — Ele disse da sala. Fui até o fogão e abri o forno, dando uma última olhada na lasanha. Desliguei o forno e abri a geladeira a procura de um pouco de água. A companhia tocou e eu andei preguiçosamente até lá. Nicholas olhava atento para os meus movimentos.Olhei pelo olho mágico e percebi Henry, ele tinha um saco de presente em mãos e parecia nervoso. Nicholas dava esse efeito no pai. Girei a maçaneta e puxei a porta para dentro, ele sor
|Bruna Pinheiro| As mãos fortes de Henry passeavam por todo o meu corpo, enquanto seus beijos desciam pelo meu pescoço me fazendo arrepiar por completo. Suas mãos pararam na barra da minha camisa e ele puxou para cima, me deixando somente com o sutiã, ele espalhou beijos pelo vale dos meus seios e abriu o meu sutiã, olhando hipnotizado para ambos. Mordi os lábios. Henry sugou um dos meus peitos, me fazendo soltar um gemido baixo e controlado, enquanto a sua mão brincava com o bico do outro. Me levantei, invertendo a posição e ficando por cima. Henry passou os dedos pelos meus cabelos e sorriu. - Eu sonhei tanto com isso. - Ele sussurrou. Voltei a encaixar nossas bocas, sentindo meu corpo inteiro se arrepiar. Nossas bocas pareciam ter sido feitas uma para a outra, Henry me acariciava e fazia com que eu me sentisse tão amada quanto Thomas. Thomas! Thomas! Abri os olhos e me afastei de Henry que me olhou co
Corri os olhos pela sala a procura de algo. Nicholas tomava seu café sentado sobre a mesa e parecia calmo enquanto assistia a algum desenho no seu tablet. Não demorou muito para que desviasse o olhar para mim e sorrisse.— Pronto? — perguntei. Ele apenas pulou da cadeira e assentiu. Nicholas correu até o sofá e se sentou, enquanto eu termina de colocar seu lanche na lancheira. — Bom dia. — a voz de Henry ecoou grossa pelo recinto. O olhei sorrindo. — Bom dia. — desejei. — Bom dia. — Nicholas desejou manhoso. — Ainda com sono, campeão? — Ele se aproximou e beijou a testa de Nicholas. Os cachos bem definidos do mais novo brincando em sua cabeça. Sorri. — Bom, temos que ir. — Falei, pegando a minha bolsa e as chaves do carro. — Tão cedo. — Henry gemeu.— Sim, não é, Nich? — ele assentiu e pegou a lancheira da minha mão.— Vamos, estou animado. — Ele andou