"O amor mais lindo, sempre será o sorriso de duas almas gêmeas que se reencontraram."
- Paulo Granato— x —"O tempo retorna."- O Livro do Amor, O legado de Maria Madalena.|Bruna P. Coleman|5 anos depois...Entrei no SUV parado na frente da minha casa, ajeitei meus cabelos nervosamente e sorri para o motorista. - Bom dia, Senhora Coleman. - O homem murmurou.- Bom dia, Jack! - Sorri fraco.- Hospital? - Ele perguntou e eu assenti. Encostei a cabeça no vidro e respirei fundo, pensando nas voltas que a minha vida havia dado.Encarei meu reflexo no vidro escuro e sorri fraco, percebendo as olheiras fundas embaixo dos olhos e meus cabelos negros maiores agora, batia no fim das minhas costas.Depois de aceitar o pedido de Thomas, partimos para New Haven, Connecticut. Me formei e comecei a trabalhar em uma das filiais de Coleman & co. e nunca mais tive notícias de Henry.Eu ainda sentia meu coração quebrado, mas Thomas era a pessoa mais perfeita do mundo, um homem bondoso e carinhoso que não media esforços na hora de fazer os meus gostos e vontades. Eu o amava.Casamos na praia, realizando um sonho de infância, alguns poucos amigos, sua irmã Heather e meus pais.Chegamos rápido ao hospital e fomos bombardeados por alguns fotógrafos, sedentos por alguma informação, como se a situação não fosse difícil o suficiente. Vesti os óculos escuros e contornei as diversas pessoas, passando pelo corredor amplo e chegando a última porta do corredor. Segurei a maçaneta e sorri fraco, apertando a pequena barra gelada com força entre os dedos, rezando para que ele estivesse bem.Empurrei a porta para dentro e Thomas entrou no meu campo de visão. Ele sorriu abertamente, feliz por eu, finalmente, ter voltado. Havia ido passar a noite ontem em casa, depois de muita insistência da parte de Heather. - Bom dia. - Olhei para ele, rodando o quarto bem iluminado, reparando as flores de diversas cores que havíamos recebido. - Como acordou? - me aproximei e depositei um beijo casto nos seus lábios.- Ótimo, nunca me senti tão bem. - Ele disse, com aquela sua habitual voz rouca. Ele sempre acordava com essa mesma voz, eu sentia tanta falta..- Que horas Heather foi? - Apoiei a bolsa na poltrona, tirando os óculos. - A vinte minutos, teve um compromisso com o noivo. - ele sorriu fraco. - senti sua falta. - Eu também. - Eu segurei seus dedos e levei até a boca.Ver Thomas naquela situação, era de longe, a coisa mais difícil que já me ocorreu nesse últimos dois anos. Descobrimos o câncer em um estágio elevado, em uma fase ótimo do nosso relacionamento. Tínhamos decido ter filhos...Thomas se mexeu um pouco na cama, como se estivesse nervoso. Ele tinha essa mania.- Quer me contar algo? - Perguntei, mordendo o canto da boca.- Sim, na verdade... - Ele suspirou. - Tenho medo de você me odiar. - Eu nunca conseguiria ou poderia odiar você, Tho. - Me ajeitei na cadeira e dei um pequeno texto.- Eu preciso contar isso, está me corroendo. - Ele me encarou.Estava mais magro agora, seus cabelos negros haviam caído pela quimioterapia, mas continuava tão bonito quanto antes. Um tubo fino estava ligado à sua respiração, enquanto o moreno encarava seus dedos.- Amor.. - ele começou e eu sorri. Eu amava quando Thomas me chamava assim. - a três anos atrás, eu recebi uma carta... de Henry. - Ele engoliu o seco e continuou. - era endereçada a você e chegavam todos os dias, você estava sempre ocupada, então, em um ato de impulso, escondi... todas elas. - ele molhou os lábios e me encarou. - Vieram todos os dias, durante dois anos e esse ano, elas magicamente pararam de aparecer. Acredito que Henry tenha desistido, levando em consideração, dois anos sem resposta.Ele me encarou e mordeu o seu lábios inferior. Respirei fundo, olhando para o lado:- Quero que saiba que eu tinha medo de perder você. - Ele segurou meus dedos. - Eu tinha medo de você correr para os braços de Henry, tive medo de perder você para ele.- Tudo bem. - Disse por fim. - Não tiro a sua culpa, você não deveria ter feito isso, mas tudo bem. Eu não voltaria pra ele, meu bem, eu quero e só preciso de você, Henry já me machucou demais.Me aproximei e deitei minha cabeça ao seu lado na cama.- Como ele está? - ele perguntou, e acariciou meus cachos.- Bem, acredite. - Ele beijou o topo da minha cabeça e acariciou meus cachos.₩O dia passou tão rápido quanto começou, Thomas havia tomado seus remédios a pouco e dormia na cama de hospital. Bocejei um pouco e apoiei o livro na pequena mesa de cabeceira ao meu lado.Me levantei, esticando todos os meus membros e estalei meu pescoço. Senti cada membro do meu corpo pedir socorro, essa estadia no hospital estava me matando.Olhei para Thomas e sorri, por ele, tudo isso valeria a pena. Eu o amava, não como eu ainda amo Henry, mas de um jeito único e diferente. Thomas me fez sentir a mulher mais amada do mundo nos últimos cinco anos e eu o agradeço tanto por ter sido incrível.Se não fosse por ele, Deus sabe onde eu estaria agora.Sai da sala, encostando a porta atrás de mim. Caminhei pelos corredores até chegar a cafeteira, peguei um copo de café quente e soprei, engolindo o líquido rapidamente. Olhei para os lados da sala vazia e me senti melancólica.Após terminar meu café, paguei e caminhei a passos lentos até o corredor onde Thomas estava. A porta estava aberta, por isso, franzi a testa.O barulho agudo da maquina invadiu meus ouvidos, enquanto os médicos andavam para os dois lados. Meus olhos se encheram de lágrimas, enquanto eu me mantinha estática parada a porta.- Thomas! - Gritei.Os médicos perceberam a minha presença e me puxaram para fora do quarto, me mantive atrás do vidro, implorando para que ele acordasse. Depois de mais alguns agonizantes de minutos, os médicos pararam. Thomas havia dado sinal.Seus olhos azuis se abriram e encontraram os meus. Ele sorriu fraco e uma pequena lágrima escorreu pelo seu rosto.Ele parecia querer me dizer algo. Me esforcei para entender, queria estar lá."Eu amo você." Ele disse por fim e eu respondi:- Eu também amo você, fica comigo. - Falei baixo, só para que eu pudesse ouvir.Ele fechou os olhos e assentiu fraco, antes de falar algo e fechar os olhos definitivamente.Thomas morreu na madrugada do dia 26 de agosto de 2025, as 04h48 da madrugada. Em seu último suspiro, disse que me amava.Ah, Deus! Ele me amava.₩Oi, né! Sejam bem vindxs ao novo livro. A capa é temporária, espero que gostem. A sequência esta aí. Eu estou um pouco nervosa hahaha.|Bruna Pinheiro|Ajeitei meu vestido preto no corpo e sorri fraco. A cama estava desarrumada e tentei me convencer que a qualquer momento Thomas sairia pela porta do banheiro. Puxei meus cachos em um rabo de cavalo simples, um pouco de corretivo para tentar esconder a feição de dias sem dormir e eu estava pronta. Sai do quarto, descendo as pequenas escadas. A rua estava bonita agora. Thomas e eu escolhemos uma casa simples e confortável. Dois andares, quatro quartos, uma cozinha, sala, banheiro e piscina, não achávamos necessário uma grande mansão. A sala nunca esteve tão cheia como hoje, todos querendo prestar suas condolências a Thomas. Ele foi um homem perfeito, dedicado, amoroso e cuidadoso, Thomas nunca desrespeitou ninguém e sempre ajudou os necessitados e era por isso que eu não encontrava um motivo para a sua morte precoce. Após cumprimentar algumas pessoas, e segurar o choro diversas vezes, finalmente, tinha tido tempo para beber um copo d'água. Enquanto virava a água,
|Bruna Pinheiro|O carro estava se movimentando devagar, Nicholas permanecia em silêncio, preso a cadeirinha no banco de trás do carro Henry. Ele havia se oferecido para nos levar até o cemitério onde daríamos o nosso último adeus ao homem mais incrível que eu já tive a oportunidade de ter na minha vida. O silêncio ensurdecedor se propagou durante todo o trajeto, Henry abriu a porta para que Nic pudesse descer, e sai logo em seguida, segurando sua pequena mão com a minha. Caminhamos lentamente até onde os outros se encontravam. Algumas poucas pessoas que não compareceram à minha casa vieram na minha direção para me desejarem as condolências. Nicholas estava quieto ao lado do caixão, suas duas mãos estavam juntas na frente do seu corpo, dentro do seu pequeno terno que ele exigiu usar e seus óculos escuros. Lembro-me de um enterro de um amigo próximo de Thomas, antes da internação. Thomas estava parado com essa mesma pose, enquanto Nic tentava se mostrar tão sério quanto o pai. -
|Bruna Pinheiro| Nicholas balançava suas pernas rapidamente, ele tinha essa mania. Seus cachos negros caindo para os lados, seus olhos azuis vidrados no desenho que passava em seu Tablet. Eram seis da manhã, estávamos tentando voltar a nossa rotina, agora, sem Thomas. Nicholas comia waffles com suco de maracujá, e eu terminava meu café com pressa, tentando acabar a tempo de leva-lo para a escola. Eu precisava ajustar meus horários. Meu celular vibrou sobre a madeira e eu levantei meus olhos até ele."Oi, bom dia! Já acordada? Como Nic está?" - HenryDei um pequeno sorriso, feliz pela aproximação de Henry. Eu não podia impedir que eles criassem laços, afinal, eram pai e filho e Henry tinha esse direito. — Querido? — Chamei Nicholas. Ele me encarou com seus olhos azuis bem abertos e com o rosto sério. Sorri. — Você se lembra daquele moço, o Henry? — Perguntei e ele assentiu freneticamente. — Bom, você sabe quem ele é? — Não, mamãe. —Nicholas pegou seu copo e bebeu o resto do suco.
|Bruna Pinheiro| Desci as escadas, chegando a sala. Passei as mãos nos meus cabelos nervosamente, tentando não demonstrar o quão abalada o homem me deixava. Sorri para Nicholas. Ele estava sentado na sala, com os pés no encosto do sofá e a cabeça para fora do sofá, seu tablet estava ligado em um desenho infantil e ele parecia desinteressado. — Nicholas, se ajeite. — mandei. — vai subir sangue para a cabeça. Ele bufou um pouco e se ajeitou, colocando as pernas para cima do sofá e se deitando.— E não bufe para mim. — repreendi.— Desculpe, mãe. — Ele disse da sala. Fui até o fogão e abri o forno, dando uma última olhada na lasanha. Desliguei o forno e abri a geladeira a procura de um pouco de água. A companhia tocou e eu andei preguiçosamente até lá. Nicholas olhava atento para os meus movimentos.Olhei pelo olho mágico e percebi Henry, ele tinha um saco de presente em mãos e parecia nervoso. Nicholas dava esse efeito no pai. Girei a maçaneta e puxei a porta para dentro, ele sor
|Bruna Pinheiro| As mãos fortes de Henry passeavam por todo o meu corpo, enquanto seus beijos desciam pelo meu pescoço me fazendo arrepiar por completo. Suas mãos pararam na barra da minha camisa e ele puxou para cima, me deixando somente com o sutiã, ele espalhou beijos pelo vale dos meus seios e abriu o meu sutiã, olhando hipnotizado para ambos. Mordi os lábios. Henry sugou um dos meus peitos, me fazendo soltar um gemido baixo e controlado, enquanto a sua mão brincava com o bico do outro. Me levantei, invertendo a posição e ficando por cima. Henry passou os dedos pelos meus cabelos e sorriu. - Eu sonhei tanto com isso. - Ele sussurrou. Voltei a encaixar nossas bocas, sentindo meu corpo inteiro se arrepiar. Nossas bocas pareciam ter sido feitas uma para a outra, Henry me acariciava e fazia com que eu me sentisse tão amada quanto Thomas. Thomas! Thomas! Abri os olhos e me afastei de Henry que me olhou co
Corri os olhos pela sala a procura de algo. Nicholas tomava seu café sentado sobre a mesa e parecia calmo enquanto assistia a algum desenho no seu tablet. Não demorou muito para que desviasse o olhar para mim e sorrisse.— Pronto? — perguntei. Ele apenas pulou da cadeira e assentiu. Nicholas correu até o sofá e se sentou, enquanto eu termina de colocar seu lanche na lancheira. — Bom dia. — a voz de Henry ecoou grossa pelo recinto. O olhei sorrindo. — Bom dia. — desejei. — Bom dia. — Nicholas desejou manhoso. — Ainda com sono, campeão? — Ele se aproximou e beijou a testa de Nicholas. Os cachos bem definidos do mais novo brincando em sua cabeça. Sorri. — Bom, temos que ir. — Falei, pegando a minha bolsa e as chaves do carro. — Tão cedo. — Henry gemeu.— Sim, não é, Nich? — ele assentiu e pegou a lancheira da minha mão.— Vamos, estou animado. — Ele andou
Esse capítulo contém cenas de sexo explícito, se não gosta, pule.†— Thomas não iria gostar se te visse assim. — Heather resmungou. — Assim? — Levantei uma das sobrancelhas e mordi o canto da boca. — Negando o que sente por Henry, é sério.. — ela revirou os olhos. — dá para ver a quilômetros, os olhos dele brilham. — Eu não posso ser tão fácil assim, Heather, você não entende. — Voltei minha atenção aos meus pés. Nicholas havia saído a pouco com Henry, foram passar o dia juntos. Eu precisava me acostumar com isso. Heather aproveitou e veio conversar comigo o resto do dia, e cá estamos, no meu quarto pintando as unhas. — Afinal, já se passaram cinco anos. — ela me encarou. O esmalte preto brilhando nas suas mãos. Fiz uma careta: — Eu não posso ser tão fácil, ele não me pediu desculpas. — Encarei Heather, enquanto ela mantinha sua testa franzida e lábios comprimidos, sua expressão de concentração.
— Mãe, onde está o meu pai? – Nicholas perguntou, se sentando no sofá. Era sábado, a alguns meses Henry havia tirado todos os fins de semana para Nicholas. Eu ainda me sentia um pouco culpado por tudo que rolou, então o evitei por algum tempo. — Ele teve de ir para a casa da vovó, amor. – eu disse e depositei um beijo na sua testa. — Eu quero ir pra casa da vovó também. – fez bico. — Mamãe irá fazer o possível, tudo bem? – eu disse e ele assentiu. Terminei de preparar o almoço e nos servi, o cheiro da comida preenchendo o ar, enquanto eu e Nicholas assistíamos a um filme juntos. Coloquei todos os pratos na lavadoura de pratos e me deitei com Nicholas no sofá, pronta para mais um filme. Não demorou muito para que o meu menino pegasse no sono aconchegado nos meus braços. Meu celular tocou ao meu lado, passei pela janela e reparei nas janelas respingadas pela chuva. O frio bateu contra o meu corpo arrepiando meus pel