Ficamos ali por uns 30 minutos nos beijando até que o sinal da escola toca e voltamos a realidade.
— Temos que ir. – Digo a ele.
— Só mais um pouquinho, esperei tanto por isso, que queria ficar aqui o dia inteiro com você. – Ele diz, fazendo um biquinho.
— Rsrsrs, mas não podemos, os alunos já vão subir para as salas e isso aqui vai virar uma loucura. – Lembro ele. Mas, na verdade, ele foi tão fofo comigo que eu queria ficar ali o dia inteiro também. Ele pega na minha nuca e me dá mais um beijo.
— Está bem vamos, mas vou com você até o ponto de ônibus, pode ser? – Ele me pergunta e tem com negar a ele esse pedido?
— Tudo bem, mas, sem beijos.
— Ok.
Saímos da sala de aula, já tinha alguns alunos subindo fomos para a porta da minha sala e ficamos encostados do lado de fora, assim que abriu peguei minhas coisas e fomos para fora da escola, lado a lado.
Lá fora encontramos os meninos e as meninas, nos despedimos e seguimos para a praça onde eu pegava meu ônibus, os meninos foram com a gente pois também podiam pegar o ônibus ali.
Ficamos sentados no banco próximo ao ponto.
Quando eu vejo, o Vinicius vira a esquina indo em direção ao ponto do ônibus e se não bastasse me encarando, como eu estava sentada e o Thierry estava sentado atrás de mim (já era hábito ninguém viu nada de diferente), com os braços ao redor da minha cintura. Senti seu tórax se enrijecer. Olhei para ele por cima do ombro.
— O que foi Thi? – Pergunto a ele
— Esse mauricinho fica te encarando mesmo eu estando aqui com você. – Thierry fala, percebo no tom de voz dele a raiva.
Era normal a gente ficar assim, porém dentro da escola, o Thierry pegava ônibus em outro local, nunca íamos juntos para o ponto de ônibus, as vezes quando o Thierry faltava o Peter ia comigo, se não eles iam juntos para o mesmo ponto.
— Deixa ele para lá. – Digo a ele na esperança dele esquecer o Vinicius ali.
— Só se você me der um beijo. – Ele diz sorrindo.
— Aqui, está doido? Se meu pai passa por aqui ou meu irmão, você e eu estaremos mortos. – Por mais que eu queria, eu tinha medo.
— Vale o risco, só assim ele vai saber que você está comigo. Ainda não estamos namorando, mais combinamos que não íamos ficar com mais ninguém. – Ele tenta me convencer.
— Thi os meninos estão aqui também. – Digo a ele.
— Você não quer me beijar por causa dele? Pode falar.
— Aff... não é isso. Para de bobeira. Só não quero correr o risco do meu pai ver, e os meninos ainda não sabem que ficamos. Olha, fica tranquilo que não vou ficar com ninguém está bem?
— Você me promete?
— Prometo seu bobo.
O Vinicius nunca tinha falado comigo, e olha que pegávamos ônibus juntos a quase 6 meses. Ele já havia tentado se aproximar, mas eu fugia. Vejo meu ônibus vindo e já falo para o Thi.
— Thi aquele é meu ônibus, então até amanhã?
— Anão já? Pega o próximo?
— Meu pai manda a polícia atrás de mim, não sabe como ele é controlador.
— Tudo bem, tá bom.
Me levanto e ele também, vou dar um beijo no rosto dele e ele se vira e me dá um selinho.
— Thiii. – Digo com tom de advertência a ele.
— Até amanhã minha linda. – Ele diz rindo.
Sorrio com sinal de negação com a cabeça
— Até amanhã. Tchau meninos.
Eles me respondem. Entro no ônibus logo atrás do Vinicius, pego a carteirinha para pagar a passagem o Vinicius passa a roleta e fica do outro lado dela me encarando e não me deixando passar, eu fico logo com as bochechas toda rosada de vergonha.
— Com licença, eu quero passar. – Digo a ele.
— Oii. – Ele fala como se sempre a gente conversasse.
— Oi, posso passar por favor? – Peço a ele.
— É claro princesa.
Ele dá um passo para o lado, eu passo na roleta, e me direciono a um banco vazio pra me sentar. Os bancos todos são de 2 lugares, estão praticamente todos vagos. Me sento, e ele vem e se senta do meu lado.
“Mais não é possível, o que esse garoto está querendo comigo hoje”? – Penso comigo.
Ele se senta ao meu lado e não se dando por satisfeito vai chegando mais perto, eu me afasto e ele se aproxima mais.
— Garoto o que você quer? – Pergunto a ele.
— Só conversar com você princesa, enquanto vamos para casa. – Vinicius diz olhando para mim.
— Não temos o que conversar, nem nos conhecemos. – Digo a ele.
— Justamente por isso, a gente pega ônibus junto todos os dias, na ida e na volta da escola e nunca conversamos. – Ele diz olhando em meus olhos.
— Porque não nos conhecemos, não temos amigos em comum, nem estudamos na mesma escola. – Sou direta com ele.
— Temos que mudar isso Jennifer. – Ele diz, percebendo que estou fugindo dele.
— Co..como você sabe meu nome? – Fico espantada com essa informação.
— Quando me interesso por alguém, vou atrás de saber de tudo. – Ele diz, como se fosse algo normal.
— Está bom, você sabe meu nome, mas isso não nos torna amigos.
— Tudo bem, mais isso pode ser um começo. Me chamo Vinicius, mas você princesa, pode me chamar de Vini.
— Prazer – Sou educada com ele, afinal minha mãe me deu educação.
— Posso te perguntar uma coisa?
— O que?
— Aquele moleque lá... é seu namorado?
— Por que quer saber? – Acho um absurdo ele querer saber da minha vida.
— Curiosidade.
— Talvez seja. – Não vou dar esse gostinho a ele.
— O que? vai me dizer que ele está só aproveitando de você?
— Como assim? – Não entendi o ponto de vista dele.
— Ele fica beijando essa boca sua, que por sinal me parece muito gostosa, e não te pede em namoro? – Ele se aproxima de mim, fico meio sem jeito, mas, solto um gargalha que deixa ele sem graça.
— kkkkkkkkk
— Qual a graça? – Ele pergunta sem entender o motivo de minha risada.
— Você... Você descobre meu nome, me vê com alguém e já acha que sabe de tudo. Que comédia, rsrsrs.
Ele chega mais perto de mim, coloca a mão no vidro do ônibus, deixando nossos rostos a centímetros de distância. Começa a me dar um calor, um desespero, mais não desvio o olho do dele.
“Será que ele vai tentar me beijar? E agora o que eu faço? Eu prometi para o Thierry que não iria ficar com ninguém”. – Penso enquanto me sinto encurralada.
— Jennifer... Jennifer... Você está fugindo da minha pergunta é simples, ele é ou não seu namorado?
— Não estou fugindo, você é quem não está entendendo. Não sou sua amiga e não te devo satisfação de quem namoro ou não. Agora você pode chegar para lá? Ou melhor se sentar em outro lugar?
— Certo, você não quer me responder... Vamos fazer o seguinte, pensa no que te falei.
— No que exatamente?
— Se você vai deixá-lo continuar aproveitando de você, ou se você vai nos dar uma chance de nós conhecermos melhor.
— Meu ponto, vou nessa.
Ele pega na minha mão
— Pensa com carinho no que te falei, minha princesa... Amanhã você me responde está bem?
Desço do ônibus sem nem falar nada.
Chego em casa, doidinha da cabeça, o que acabou de acontecer? Que dia meu Deus!!!! E agora o que vou fazer? Os dois meninos que sempre quis me querem agora? Almoço, vou para o quarto, fazer minhas tarefas, estudar e ficar pensando em tudo que aconteceuNo outro dia, estou morrendo de medo de ir para a escola, não queria me encontrar com o Vinicius no ônibus. Ainda não sei o que fazer. Queria conversar com as meninas, para elas me ajudarem. Mais Deus é tão bom, que por milagre meu pai me levou na escola de carro, ele ia levar meu avô no médico e ia entrar mais tarde no serviço, então me deixou na escola e foi embora.Vou para o nosso local de encontro, meu e das meninas, o banco próximo as primeiras escadas que davam quase na porta da nossa sala, chego lá a Polly já está esperando. — Bom dia amiga. – Polly diz assim que me vê. — Bom dia, só se for para você, porque para mim está uma merd*. – Digo de uma vez. — Por que seu pai te encheu o saco por alguma coisa atoa? – Ela conhece bem
Ele abre um sorriso de orelha a orelha, ah como eu amo esse sorriso dele. Descemos as escadas, chegando lá as meninas não estão no nosso cantinho, arrasto ele para a quadra, o semblante dele fecha e como se fosse o alfa de uma alcateia, chega ao nosso redor, Peter e Rapha. Fiz de conta que não percebi, avistei as meninas, estava indo em direção a elas quando avisto os amigos do Vinicius na quadra, meu coração gela na hora. Sinto a mão do Thierry dar uma apertada na minha, olho para ele e sigo o olhar dele e lá estava ele, o Vinicius, encarando a gente, com o uniforme de jogo a escola dele iria competir com a nossa. Ele era o camisa 9 do time. — É por isso que você estava chateado mais cedo? - Pergunto para o Thierry olhando nos olhos dele. — Isso o que minha linda? – Ele diz. — Não se faça de bobo Thierry. – Falo em tom de desaprovação. — Tá bom, tá bom, era sim. Eu não gosto dele, eu sinto como se ele estivesse tentando roubar você de mim. Não sei como eu conseguiria aguentar ve
Passamos 1 mês namorando, tudo indo a mil maravilhas e como ele disse, por sermos amigos e nos darmos tão bem, não discutíamos, sempre estávamos bem.Mais o destino é fogo, sempre causando.Chegou as férias do meio do ano, férias essas, tão aguardada por todo aluno, 15 dias sem ir pra escola, 15 dias sem acordar cedo, 15 dias sem o namorado.Como o meu pai era muito controlador eu não tinha celular, ou seja, seriam 15 dias sem ter notícias do namorado ou de minhas amigas. Ah mais são apenas 15 dias. Quê? Em 15 dias muitas coisas podem acontecer.******Durante as férias eu consegui convencer meu pai a me levar para casa da Grace para passar uma tarde, e uma vez na casa da Polly para passar o dia. Lógico que aproveitei a oportunidade para falar com o Thierry através do celular delas. Nisso ele me contou que ficou em casa mesmo, e as coisas com seu pai estavam bem complicadas, mais que eu não precisava me preocupar, só que pela voz dele eu sabia que algo mais estava acontecendo, mais o
— O que você quer Vinicius? – Eu pergunto assim que o ônibus sai. — Faz de conta que eu não estou aqui. — Vai para a sua escola. Me deixa quieta pelo menos hoje, por favor. — Eu vou até a porta da sua escola, vou descobrir o que está acontecendo. Você não precisa nem falar comigo. — CHEGA. Nem eu sei o que está acontecendo ainda.Eu acelero o passo, ele pega no meu pulso fazendo eu virar de frente para ele. — Jenny, eu gosto de você de verdade. Eu sei que você o escolheu, e estou respeitando isso, mesmo assim estou aqui e eu não vou deixar ninguém te magoar, tá legal? — Deixa eu ir, preciso descobrir o que aconteceu de verdade, na ida para casa te falo o que aconteceu, está bem? — Está bem, eu vou para a minha escola, mais no final da aula eu vou estar lá na porta da sua escola, para você. — Tchau, Vinicius — Se cuida gatinha, até daqui a pouco.Chego na escola e todo mundo fica me olhando, eu procuro pelas meninas ou pelos meninos, encontro o Rapha. — Rapha, o que está a
Os olhos dele enchem d'água — Eu sei que eu errei. Mas, quando eu saí da cadeia fui para casa, meu pai me bateu muito porque ele perdeu a droga dele.E realmente ele estava com um olho roxo. — Eu fui preso na quinta à noite praticamente passei a noite na cadeia, por ser menor ainda e nunca ter tido uma única ocorrência meu tio conseguiu me liberar, cheguei em casa na sexta a tardezinha eram umas 16 horas. Meu pai chegou em casa as 19:00 e foi quando ele começou a me bater, fiquei todo dolorido. No sábado resolvi dar uma volta, encontrei uns amigos da minha antiga escola, a escola do bairro, eles estavam bebendo e acabei bebendo com eles, bebemos o dia inteiro, acabei ficando bêbado. Quando dei por mim, estava beijando essa garota. — Aí você aproveitou que já tinha me traído e continuou. Parabéns! — Não foi assim minha linda, quando vi o que eu fiz, me afastei dela e fui embora. — E isso não justifica a troca de mensagens Thierry. Eu até poderia perdoar um beijo, mas manter essa m
Hoje é sábado estou todo dolorido o que me dá um pouco de força é que segunda já vou ver minha linda. Resolvo ir para a rua dar uma volta, apesar de tudo meu pai está em casa, agora a polícia não pode prender ele porque tem que ser em flagrante e eles perderam esse momento quando me prenderam por engano.Dando uma volta encontro os meninos que estudavam comigo na escola do bairro, me sento com eles para explicar o que aconteceu, afinal todo bairro estava sabendo por alto. Eles estão bebendo, resolvo beber uns goles tbm.Comecei a beber com eles eram umas 11:00 da manhã, quando dei por mim já havia escurecido eles estavam me chamando para ir para as barraquinhas da praça, estava tão bêbado que resolvi ir.Já eram umas 22:00 da noite quando me deu um lapso de lucidez, eu olho e tem uma menina agarrada em mim, me chamando de amor, tentando me beijar, me afasto e ela me puxa novamente.- Amor, o que foi?- Quem é você?- Thierry para com isso...Seguro o pulso dela, me afasto mais um vez
Ter aquela conversa com o Thierry não foi nada fácil, após esbarrar no Peter sigo para o banheiro, preciso me recompor pois ainda preciso ir para minha aula, apenas mais dois horários, entro no banheiro segurando as lágrimas, não queria parecer fraca para ninguém, lavo meu rosto, respiro fundo, me olho no espelho e então fecho a cara e sigo para minha sala, vou direto para a minha mesa. As meninas lógico perceberam que algo aconteceu. — Ei, conversou com ele? - Diz Polly assim que me sento — Sim - É tudo que consigo dizer. — Ei o que aconteceu? Você parece estar engasgada. - Grace fala, sei preciso dizer algo. — A gente terminou - Solto isso, com a esperança que elas me deixem em paz, mas é em vão. — Como assim, tem certeza? Espera uns dias, depois vocês conversam de novo. - Polly tenta me confortar. — Não, eu já me decidi, não tem volta. Ele me traiu. Tem tanta mulher nessa cidade e ele me traiu com uma da escola durante as férias e aquela vagabunda já está espalhando por aí. E
Ele se afasta um pouco, mas fica com o rosto bem próximo, sinto o hálito dele, a respiração, ele olhando dentro do meu olho. — Eu não vou avançar o sinal com você, não precisa se preocupar. Você já sabe o que eu quero, vou esperar por você. Tudo que eu quero é que você me dê uma chance Jenny. — O que você ganha com isso? - Pergunto a ele. — Eu ganho você. - Ele diz com a voz suave, porém com certezas. — Tenho certeza de que na sua escola tem diversas garotas loucas atrás de você. Eu sou do 8° ano você do 1°, fora que minha vida não é nada fácil. - Digo, pensando já como seria complicado se eu aceitasse fixar com ele.Ele segura meu rosto para olhar bem dentro dos meus olhos — Desde a primeira vez que eu te vi entrando naquele ônibus fiquei hipnotizado, achei que nunca mais ia te ver. Depois, todos os dias eu te via, ficava louco para ir para a escola só para te ver. Tentei descobrir tudo que podia sobre você. Não vou mentir para você até antes daquele dia que eu cheguei em você,