Ele abre um sorriso de orelha a orelha, ah como eu amo esse sorriso dele. Descemos as escadas, chegando lá as meninas não estão no nosso cantinho, arrasto ele para a quadra, o semblante dele fecha e como se fosse o alfa de uma alcateia, chega ao nosso redor, Peter e Rapha. Fiz de conta que não percebi, avistei as meninas, estava indo em direção a elas quando avisto os amigos do Vinicius na quadra, meu coração gela na hora. Sinto a mão do Thierry dar uma apertada na minha, olho para ele e sigo o olhar dele e lá estava ele, o Vinicius, encarando a gente, com o uniforme de jogo a escola dele iria competir com a nossa. Ele era o camisa 9 do time.
— É por isso que você estava chateado mais cedo? - Pergunto para o Thierry olhando nos olhos dele.
— Isso o que minha linda? – Ele diz.
— Não se faça de bobo Thierry. – Falo em tom de desaprovação.
— Tá bom, tá bom, era sim. Eu não gosto dele, eu sinto como se ele estivesse tentando roubar você de mim. Não sei como eu conseguiria aguentar ver você com outro, muito menos se for ele. – Ele diz.
— Thi, relaxa está bem. Eu não tenho nada com ele. – Falo olhando para ele.
Ele me abraça. Mais quando a pessoa é cara de pau, não adianta você pode estar beijando que ele dá um jeito de ser sem noção. O Vinicius aparece bem na nossa frente, vejo os meninos se aproximando e o Thierry já ia me soltar para entrar na minha frente. Coloco a mão no peito dele.
— Deixa comigo está bem? Vou resolver isso agora de uma vez por todas. – Falo para os meninos.
— Linda você não precisa fazer nada. – Thierry diz.
— Preciso e vou. – Falo para o Thierry. — E vocês dois nem ousem fazer nada. – Falo para o Peter e para o Rapha. Eles só concordam com a cabeça e Vinicius se aproxima mais.
— Bom dia princesa, não te vi no ônibus hoje, ainda estou esperando aquela resposta. – Ele diz, ignorando totalmente os meninos. Sinto o Thierry ficar tenso, seguro a mão dele entrelaçando os dedos.
— Bom dia Vinicius, assim, darei a resposta que você quer. Mais antes, deixa eu te apresentar meus amigos, as pessoas com quem eu gosto de conversar. – Digo tranquilamente.
Apresento o Peter, o Rapha eles todos de cara fechada, mais em respeito a mim pegaram na mão dele.
— E esse aqui é o Thierry, meu NAMORADO. – Digo, falando o status do Thierry em um tom mais elevado um pouco.
— Certo, certo, eu entendi princesa, estou tirando meu time de campo, mais se mudar de ideia ou ele te fazer sofrer, estarei sempre por perto. – Ele diz.
— Para de me chamar de princesa porque eu nunca te dei tal liberdade. – Digo a ele. Ele concorda com a cabeça é tão atrevido que teve a coragem de piscar para mim ao sair de perto.
— Vamos meninos? – Eu digo.
— Sério minha linda? Você está aceitando ser minha namorada? – Thierry pergunta.
— Sim.
Ele passa os braços na minha cintura e me dá um beijo ali na quadra mesmo, um beijo apaixonado. Paro o beijo selando seus lábios, dou um sorriso e arrasto ele dali. Todos estavam nos olhando e eu e já estava morrendo de vergonha.
Agora era oficial e toda a escola tinha visto. Seguimos para o nosso cantinho, nada de jogos desta vez.
— O que acabei de ver? – Peter diz assim que chegamos no cantinho.
— Não está claro? Eles estão juntos. – Rapha diz.
— Juntos não, namorando né minha linda? – Thierry concerta.
— Sim estamos namorando.
— Vem cá, me dá mais um beijo. – Ele diz e eu o beijo, um beijo demorado, quando paramos de nós beijar as meninas chegam, gritando eufóricas.
— Eu vi o que eu vi? Ou eu estou delirando? – Polly diz.
— Amiga, se você está delirando, eu também estou. – Grace diz.
Todos riem
— Olha, esses delírios devem ser devido ao sol, que por sinal está escaldante naquela quadra Hahaha. – Eu digo brincando.
Thierry segura meu rosto e me dá um beijo.
— Só pra ficar bem claro. – Thierry diz e me dá mais um beijo.
— Não foi alucinação. - Mais um beijo.
— Estamos namorando. - Ele me dá mais um beijo, dessa vez mais demorado.
— Sim é real.
Os olhos dele brilham, e ele abre aquele sorriso.
— Está bem, eu entendi, agora conta como isso aconteceu? Garota ontem você era BV agora está namorando? – Polly diz.
— Hahaha, verdade. – Eu digo rindo.
Contamos o que e como tudo nos levou até o atual momento.
— Adorooooo, vocês ficam lindos juntos. – Grace diz.
— Na verdade sempre foram um casal. – Peter conclui.
— Só não eram oficial. – Rapha diz.
— E sem a melhor parte que é beijar nessa boca. – Thierry diz.
Ele me beija de novo, e nisso, Camila e Jena aparecem.
— O que está acontecendo Jenny? Diz a Camila, aparecendo.
— Você é idiota mesmo. – Diz a Jena.
— Você deu mesmo, um nítido fora no gostoso do ensino médio para ficar com o Thierry? - Camila me questiona.
Thierry fica tenso. Me levanto, por que, quem elas pensam que são para falar assim comigo? Dou uma gargalhada.
— HAHAHAHAHA. Olha só. Quem eu beijo ou namoro é da minha conta e não dá de vocês. Me chamar de idiota, não resolve suas frustações Jena, não lhe devo satisfação alguma, mais para deixar bem claro. Sim, dei um fora no menino do ensino médio e sim estou namorando o Thierry. Agora, se estão tão preocupadas com o Vinícius, vai lá consolar ele.
Elas saem bufando Thierry me puxa, me sentando no colo dele e me beija. Estamos tão distraídos com meu namoro que ninguém percebeu que a Grace e o Peter haviam sumido.
— Ei cadê o Peter? – Rapha pergunta.
— E a Grace? – a Polly diz ao perceber que ela também sumiu.
Dando uma boa olhada, encontramos eles, escondidos em outra parede na garagem aos beijos.
Caçoamos deles, não por terem ficado e sim por terem escondido da gente.
Passamos assim até o final dos jogos, todo os dia, no horário da interclasse descíamos para o nosso cantinho, eu e o Thierry ficávamos juntos e o Peter e Grace também, a Polly e o Rapha iam por aí com outros amigos.
Como diz minha mãe, quando a calmaria é longa demais podemos nos preparar pois vem bomba... Não veio bomba em si, mas vieram as férias...
Ah mais aí seria melhor para vocês se verem, poder passear juntos, não é bem assim, meu pai é muito controlador, ele ainda me vê como seu bebê, tanto é que nem celular posso ter, acho que sou a única adolescente da minha escola que não possui celular e isso dificulta ainda mais para meu namoro com o Thierry, pois serão 15 dias sem nos comunicar.
Passamos 1 mês namorando, tudo indo a mil maravilhas e como ele disse, por sermos amigos e nos darmos tão bem, não discutíamos, sempre estávamos bem.Mais o destino é fogo, sempre causando.Chegou as férias do meio do ano, férias essas, tão aguardada por todo aluno, 15 dias sem ir pra escola, 15 dias sem acordar cedo, 15 dias sem o namorado.Como o meu pai era muito controlador eu não tinha celular, ou seja, seriam 15 dias sem ter notícias do namorado ou de minhas amigas. Ah mais são apenas 15 dias. Quê? Em 15 dias muitas coisas podem acontecer.******Durante as férias eu consegui convencer meu pai a me levar para casa da Grace para passar uma tarde, e uma vez na casa da Polly para passar o dia. Lógico que aproveitei a oportunidade para falar com o Thierry através do celular delas. Nisso ele me contou que ficou em casa mesmo, e as coisas com seu pai estavam bem complicadas, mais que eu não precisava me preocupar, só que pela voz dele eu sabia que algo mais estava acontecendo, mais o
— O que você quer Vinicius? – Eu pergunto assim que o ônibus sai. — Faz de conta que eu não estou aqui. — Vai para a sua escola. Me deixa quieta pelo menos hoje, por favor. — Eu vou até a porta da sua escola, vou descobrir o que está acontecendo. Você não precisa nem falar comigo. — CHEGA. Nem eu sei o que está acontecendo ainda.Eu acelero o passo, ele pega no meu pulso fazendo eu virar de frente para ele. — Jenny, eu gosto de você de verdade. Eu sei que você o escolheu, e estou respeitando isso, mesmo assim estou aqui e eu não vou deixar ninguém te magoar, tá legal? — Deixa eu ir, preciso descobrir o que aconteceu de verdade, na ida para casa te falo o que aconteceu, está bem? — Está bem, eu vou para a minha escola, mais no final da aula eu vou estar lá na porta da sua escola, para você. — Tchau, Vinicius — Se cuida gatinha, até daqui a pouco.Chego na escola e todo mundo fica me olhando, eu procuro pelas meninas ou pelos meninos, encontro o Rapha. — Rapha, o que está a
Os olhos dele enchem d'água — Eu sei que eu errei. Mas, quando eu saí da cadeia fui para casa, meu pai me bateu muito porque ele perdeu a droga dele.E realmente ele estava com um olho roxo. — Eu fui preso na quinta à noite praticamente passei a noite na cadeia, por ser menor ainda e nunca ter tido uma única ocorrência meu tio conseguiu me liberar, cheguei em casa na sexta a tardezinha eram umas 16 horas. Meu pai chegou em casa as 19:00 e foi quando ele começou a me bater, fiquei todo dolorido. No sábado resolvi dar uma volta, encontrei uns amigos da minha antiga escola, a escola do bairro, eles estavam bebendo e acabei bebendo com eles, bebemos o dia inteiro, acabei ficando bêbado. Quando dei por mim, estava beijando essa garota. — Aí você aproveitou que já tinha me traído e continuou. Parabéns! — Não foi assim minha linda, quando vi o que eu fiz, me afastei dela e fui embora. — E isso não justifica a troca de mensagens Thierry. Eu até poderia perdoar um beijo, mas manter essa m
Hoje é sábado estou todo dolorido o que me dá um pouco de força é que segunda já vou ver minha linda. Resolvo ir para a rua dar uma volta, apesar de tudo meu pai está em casa, agora a polícia não pode prender ele porque tem que ser em flagrante e eles perderam esse momento quando me prenderam por engano.Dando uma volta encontro os meninos que estudavam comigo na escola do bairro, me sento com eles para explicar o que aconteceu, afinal todo bairro estava sabendo por alto. Eles estão bebendo, resolvo beber uns goles tbm.Comecei a beber com eles eram umas 11:00 da manhã, quando dei por mim já havia escurecido eles estavam me chamando para ir para as barraquinhas da praça, estava tão bêbado que resolvi ir.Já eram umas 22:00 da noite quando me deu um lapso de lucidez, eu olho e tem uma menina agarrada em mim, me chamando de amor, tentando me beijar, me afasto e ela me puxa novamente.- Amor, o que foi?- Quem é você?- Thierry para com isso...Seguro o pulso dela, me afasto mais um vez
Ter aquela conversa com o Thierry não foi nada fácil, após esbarrar no Peter sigo para o banheiro, preciso me recompor pois ainda preciso ir para minha aula, apenas mais dois horários, entro no banheiro segurando as lágrimas, não queria parecer fraca para ninguém, lavo meu rosto, respiro fundo, me olho no espelho e então fecho a cara e sigo para minha sala, vou direto para a minha mesa. As meninas lógico perceberam que algo aconteceu. — Ei, conversou com ele? - Diz Polly assim que me sento — Sim - É tudo que consigo dizer. — Ei o que aconteceu? Você parece estar engasgada. - Grace fala, sei preciso dizer algo. — A gente terminou - Solto isso, com a esperança que elas me deixem em paz, mas é em vão. — Como assim, tem certeza? Espera uns dias, depois vocês conversam de novo. - Polly tenta me confortar. — Não, eu já me decidi, não tem volta. Ele me traiu. Tem tanta mulher nessa cidade e ele me traiu com uma da escola durante as férias e aquela vagabunda já está espalhando por aí. E
Ele se afasta um pouco, mas fica com o rosto bem próximo, sinto o hálito dele, a respiração, ele olhando dentro do meu olho. — Eu não vou avançar o sinal com você, não precisa se preocupar. Você já sabe o que eu quero, vou esperar por você. Tudo que eu quero é que você me dê uma chance Jenny. — O que você ganha com isso? - Pergunto a ele. — Eu ganho você. - Ele diz com a voz suave, porém com certezas. — Tenho certeza de que na sua escola tem diversas garotas loucas atrás de você. Eu sou do 8° ano você do 1°, fora que minha vida não é nada fácil. - Digo, pensando já como seria complicado se eu aceitasse fixar com ele.Ele segura meu rosto para olhar bem dentro dos meus olhos — Desde a primeira vez que eu te vi entrando naquele ônibus fiquei hipnotizado, achei que nunca mais ia te ver. Depois, todos os dias eu te via, ficava louco para ir para a escola só para te ver. Tentei descobrir tudo que podia sobre você. Não vou mentir para você até antes daquele dia que eu cheguei em você,
Chego em casa meio tonta de tanta coisa que aconteceu.“E agora? o que eu faço”? – Penso comigo.Não era para a gente ter se beijado.“Aquele beijo não sai da minha cabeça. Porque ele tinha que ser assim, era tão fácil ele ser inacessível, ser apenas um sonho, um amor imaginário, amor platônico”. – Penso comigo.Eu gostava mesmo do Thierry, mais como amigo, apenas cedi ao momento do beijo porque já não queria mais ser BV. Cedi ao pedido de namoro porque ele falou que era apaixonado, mas agora analisando tudo, vejo que não amava ele, pois não consigo mais nos ver juntos, pode ser que seja a mágoa recente falando, mas o beijo do Vinicius...Sempre fui encantada pelo Vinicius, mais achava que por ele ser mais velho iria apenas me fazer sofrer, iria apenas ficar comigo e depois fazer de conta que não me conhecia, já tinha visto muitos garotos fazerem isso na escola e seria uma tortura pegar ônibus com ele todos os dias se ele fizesse isso.Eu não esperava que ele fizesse tudo aquilo, fala
Acordo tomo banho e me arrumo. Vou tomar café e minha mãe já está pronta. — Bom dia meu amor, está preparada? – Minha mãe me pergunta assim que me vê entrando na cozinha. — Para falar a verdade, não hahahaha. – Falo rindo de nervoso. — Calma que vai dar tudo certo, confia em mim. – Ela tenta me acalmar.Vamos para o ponto de ônibus pois minha mãe não sabe dirigir, o ônibus chega, entramos e ele é a primeira pessoa que vejo dentro do ônibus. Passamos a roleta, ele se levanta, eu gelo. — Bom dia princesa. – Ele diz com um sorriso no rosto. — Bom dia, Vinicius. Bom dia, meninos. – Comprimento logo todos. — Bom dia. – Diz James. — Bom dia. – Bruno diz logo em seguida. — Meninos essa é minha mãe, mãe esses são, Vinicius, James e Bruno, a gente pega ônibus junto desde o começo do ano. – Digo assim que apresento eles. — Bom dia rapazes, um prazer conhecer vocês. – Minha mãe fala. — Prazer em conhecê-la sogrinha, tudo bem com a senhora? – Vinicius diz com um sorriso no rosto. — V