Ter aquela conversa com o Thierry não foi nada fácil, após esbarrar no Peter sigo para o banheiro, preciso me recompor pois ainda preciso ir para minha aula, apenas mais dois horários, entro no banheiro segurando as lágrimas, não queria parecer fraca para ninguém, lavo meu rosto, respiro fundo, me olho no espelho e então fecho a cara e sigo para minha sala, vou direto para a minha mesa. As meninas lógico perceberam que algo aconteceu.
— Ei, conversou com ele? - Diz Polly assim que me sento
— Sim - É tudo que consigo dizer.
— Ei o que aconteceu? Você parece estar engasgada. - Grace fala, sei preciso dizer algo.
— A gente terminou - Solto isso, com a esperança que elas me deixem em paz, mas é em vão.
— Como assim, tem certeza? Espera uns dias, depois vocês conversam de novo. - Polly tenta me confortar.
— Não, eu já me decidi, não tem volta. Ele me traiu. Tem tanta mulher nessa cidade e ele me traiu com uma da escola durante as férias e aquela vagabunda já está espalhando por aí. Eu a ouvi dizendo, perguntei e ele confirmou. Talvez daqui um tempo podemos voltar a ser amigos, mais nunca mais será como antes. - Desabafo com elas.
— Oh amiga vem cá, me dá um abraço. - Grace me diz e já vai me abraçando.
— Arg! Eu vou matar ele. - Polly diz e já se levanta.
— Polly não. Tenho uma surpresa para ele hoje no final da aula, não vou ficar por baixo. - Digo deixando no ar e quando elas iriam me encher de perguntas o professor entra em sala.
B**e o sinal arrumo minhas coisas lentamente, estou tentando enrolar para dar tempo do Vinicius chegar aqui na porta. Não sei por que mais algo dentro de mim, fala que ele realmente vai vir. Assim que saio da sala de aula o Thierry está subindo as escadas, pensei que ele ia tentar falar comigo, mais fico paralisada ao ver a vagabunda indo abraçar ele.
— JENNY - Ele grita.
Eu não esperava por isso, mas olho para ele, viro as costas e acelero meus passos, passo por eles sem nem olhar para trás.
Chego no portão e do outro lado da rua vejo Vinicius, James e Bruno, lógico que ele não ia vir sozinho.
— Ele veio - Nem percebo quando abro um sorriso.
Como todos são lindos, já estão rodeados de piriguetes. Quando olho para ele os olhos dele estão fixos em mim. Uma garota está indo até ele, quando chega próximo a ele eu já estou do lado de fora também. Ele desvia dela e vem andando até mim.
— Oiii - Ele diz
— Oii - Respondo ele, estou um pouco envergonhada.
— Eu te falei que eu vinha. - Ele diz com um sorriso nos lábios.
— É você falou. - Digo também sorrindo.
— Me diz, descobriu afinal o que estava te chateando? - Ele pergunta olhando em meus olhos.
— Sim eu descobri.
— Você falou que ia me contar, você vai?
— Vou, mas vamos sair daqui primeiro?
— Agora. - Ele me diz
e ao mesmo tempo ele estende a mão para mim, fico olhando por um instante, pensando se aceito ou não é quando escuto me chamar, reconheço a voz no mesmo instante é do Thierry. Instintivamente pego a mão do Vinicius, sinto como se ele fosse meu salvador, ele abre um sorriso largo e entrelaça os dedos aos meu.
"Sei que vou magoar ele, mas ele me magoou primeiro". Penso comigo.
Vinicius leva minha mão até os lábios dele e dá um beijo, fico rosada de vergonha. Até que Polly me acha.
— Ei - Ela diz sem entender.
— Oi Polly.
Ela olha para as nossas mãos, levanta uma sobrancelha.
— Você já vai? Quer que eu vá com você? - Ela pergunta, na verdade sei que ela só queria mesmo uma explicação.
— Não, estou bem e o Vinicius vai comigo. - Digo para ela entender que estou tranquila com isso.
Ele balança a cabeça em afirmação.
— Eu a acompanho, ela está segura comigo pode ficar tranquila. Prazer Vinicius.
— Prazer Polly. - Ela olha para mim e diz — Se você diz que está bem, vou acreditar. - Ela olha para o Vinicius —Olha lá hein.
— Polly. - Digo como quem está chamando a atenção dela.
— Pode deixar comigo. - Vinicius diz, rindo da preocupação dela comigo.
— Ligo na sua casa quando chegar na loja. - Ela quer deixar claro que ainda não confia nele.
— Está bem. Beijos. - Digo e dou um beijo em sua bochecha
— Beijos - Ela diz e também beija minha bochecha
— James, Bruno, vamos? - Vinicius diz um pouco mais alto.
— Bora. - Responde James e Bruno ao mesmo tempo.
Eles se despendem das garotas que está próxima a eles e se aproximam da gente. Vamos em direção ao ponto de mãos dadas, eu nem ouso olhar para trás.
— Princesa... posso voltar a te chamar assim? - Vinicius pergunta.
— Pode sim. - Respondo com um sorriso.
— Perfeito. Princesa esse é o James.
— Opa, joia Jennifer? - James me cumprimenta.
— Joia sim - Respondo ele.
— E esse é o Bruno. - Vinicius diz.
— E aiiiií, a famosa Jennifer. - Bruno diz, rindo.
— Famosa eu? Hahaha.
— Verdade, esse cara não fala de outra coisa. - James diz e Vinicius ri negando com a cabeça.
— Verdade. - Bruno confirma.
— Hahaha. Até parece. - Falo rindo.
— Meu assunto preferido. - Vinicius diz olhando em meus olhos.
Chegamos no ponto nos sentamos em um banco, os meninos ficam mais longe um pouco para nos dar um espaço.
— Bom, e agora vai me contar? Fiquei preocupado com você. - Vinicius diz.
— Vou sim. - Digo, respiro fundo e conto tudo para ele, o assunto não é fácil, meus olhos automaticamente se enchem d'água. Ele passa a mão no meu rosto, vou me acalmando ele vai limpando as lágrimas que teimaram em escorrer.
— Posso dar um abraço em você? - Ele diz com a mão ainda em meu rosto.
— Pode sim.
— Olha princesa sei que não é fácil, mas eu estou aqui para você está bem? - Ele diz enquanto me abraça.
Me sinto protegida em seu abraço, como se ali naquele abraço nada pudesse me atingir e assim me aconchego mais, a impressão que tenho é que tanto eu quanto ele, não queremos nos afastar.
Ele se afasta um pouco, mas fica com o rosto bem próximo, sinto o hálito dele, a respiração, ele olhando dentro do meu olho. — Eu não vou avançar o sinal com você, não precisa se preocupar. Você já sabe o que eu quero, vou esperar por você. Tudo que eu quero é que você me dê uma chance Jenny. — O que você ganha com isso? - Pergunto a ele. — Eu ganho você. - Ele diz com a voz suave, porém com certezas. — Tenho certeza de que na sua escola tem diversas garotas loucas atrás de você. Eu sou do 8° ano você do 1°, fora que minha vida não é nada fácil. - Digo, pensando já como seria complicado se eu aceitasse fixar com ele.Ele segura meu rosto para olhar bem dentro dos meus olhos — Desde a primeira vez que eu te vi entrando naquele ônibus fiquei hipnotizado, achei que nunca mais ia te ver. Depois, todos os dias eu te via, ficava louco para ir para a escola só para te ver. Tentei descobrir tudo que podia sobre você. Não vou mentir para você até antes daquele dia que eu cheguei em você,
Chego em casa meio tonta de tanta coisa que aconteceu.“E agora? o que eu faço”? – Penso comigo.Não era para a gente ter se beijado.“Aquele beijo não sai da minha cabeça. Porque ele tinha que ser assim, era tão fácil ele ser inacessível, ser apenas um sonho, um amor imaginário, amor platônico”. – Penso comigo.Eu gostava mesmo do Thierry, mais como amigo, apenas cedi ao momento do beijo porque já não queria mais ser BV. Cedi ao pedido de namoro porque ele falou que era apaixonado, mas agora analisando tudo, vejo que não amava ele, pois não consigo mais nos ver juntos, pode ser que seja a mágoa recente falando, mas o beijo do Vinicius...Sempre fui encantada pelo Vinicius, mais achava que por ele ser mais velho iria apenas me fazer sofrer, iria apenas ficar comigo e depois fazer de conta que não me conhecia, já tinha visto muitos garotos fazerem isso na escola e seria uma tortura pegar ônibus com ele todos os dias se ele fizesse isso.Eu não esperava que ele fizesse tudo aquilo, fala
Acordo tomo banho e me arrumo. Vou tomar café e minha mãe já está pronta. — Bom dia meu amor, está preparada? – Minha mãe me pergunta assim que me vê entrando na cozinha. — Para falar a verdade, não hahahaha. – Falo rindo de nervoso. — Calma que vai dar tudo certo, confia em mim. – Ela tenta me acalmar.Vamos para o ponto de ônibus pois minha mãe não sabe dirigir, o ônibus chega, entramos e ele é a primeira pessoa que vejo dentro do ônibus. Passamos a roleta, ele se levanta, eu gelo. — Bom dia princesa. – Ele diz com um sorriso no rosto. — Bom dia, Vinicius. Bom dia, meninos. – Comprimento logo todos. — Bom dia. – Diz James. — Bom dia. – Bruno diz logo em seguida. — Meninos essa é minha mãe, mãe esses são, Vinicius, James e Bruno, a gente pega ônibus junto desde o começo do ano. – Digo assim que apresento eles. — Bom dia rapazes, um prazer conhecer vocês. – Minha mãe fala. — Prazer em conhecê-la sogrinha, tudo bem com a senhora? – Vinicius diz com um sorriso no rosto. — V
Na sala de aula penso em tudo que aconteceu, nos conselhos da minha mãe, nos conselhos das minhas amigas, nas tentativas de conversa do Thierry e do Peter, no beijo do Vinicius que realmente mexeu comigo. Fecho os olhos deito a cabeça na mesa e peço a Deus para que me ajude a sair dessa encruzilhada."só consigo pensar no beijo do Vinicius, no cheiro dele, no olhar dele, na voz dele" — Jenny, já resolveu se vai falar com o Peter? - Grace me traz de volta a realidade — Oii? - Pergunto levantando a cabeça. — Ei, viajou até aonde? - Polly como sempre sendo brincalhona. — Em um garoto do ensino médio. - Respondo. — Você está apaixonada nele. - Grace diz. — Acho que sempre esteve. - Polly conclui. — Ah! meninas é tão difícil. Mas acho que é isso mesmo. Acho que fiquei com o Thierry achando que o Vini era inacessível e agora que ele me mostrou que quer estou cedendo. Fico apenas com medo de machucar o Thierry e de me machucar, mas minha mãe falou uma coisa que fica martelando aqui na
Com tudo resolvido com o Thierry agora é a hora de me acertar com o Vinicius, dar uma chance para ele, como ele quer. E eu também. — Meninas estou com medo. - Falo para Polly e Grace. — De que amiga? - Polly me pergunta — Dele me fazer sofrer. - Respondo — Não pensa negativo, pensa o seguinte, e se, ele for homem da sua vida e te fizer muito feliz? - Grace sendo Grace, a romântica incurável. — Ótimo argumento Grace. - Polly que não é tão romântica concorda com ela. — Aí estou com um frio na barriga, bem que vocês podiam ir comigo para o ponto hoje né? Aí vocês me distraem até ele chegar. - Digo a elas. — Pode contar comigo vou avisar minha mãe que vou demorar um pouco. - Grace diz já pegando o celular dela. — Já avisei para minha mãe aqui Hahaha - Polly diz. — Eu amo vocês. - Digo a elas.Bate o sinal, hora de encontrar o Vini. Quando saímos na porta da escola, alguém passa a mão na minha e levo um susto. — Oi princesa. - Vinicius diz com aquele sorriso que acaba comigo. —
Meu nome é Vinicius tenho 16 anos, faço 17 esse ano ainda, demorei para entrar na escola por isso estou no 1° ano do ensino médio.Namorava com uma menina desde a 7° série, isso mesmo quase 2 anos, fomos para o ensino médio e ela mudou de cidade, eu achava que amava ela e ela que me amava, então decidimos manter o relacionamento mesmo a distância. O que eu não contava é que logo no primeiro dia de aula eu ia ver uma beldade e ficar louco nela.É a maior loucura eu sei, só vejo ela no ônibus, não sei nome, idade, série, se tem namorado, mais me vejo viajando em meus pensamentos que são dominados por ela, naquela visão. Conto para os meus amigos eles acham que estou ficando louco. — Cara o que eu vou fazer? Estou quase chegando nela. - Digo para eles. — E vai falar o que? Prazer sou o Vinicius estou vidrado em você, mas tenho uma namorada e não pretendo trair ela porque sou todo certinho, mesmo que eu não a veja a muito tempo? - James diz para mim, é um idiota, mas é um ótimo amigo.
Eu mal chego em casa e minha mãe já vem toda empolgada. — Filha, me conta tudo. — Mãe, consegui resolver com o Thierry.Expliquei para ele que meu amor por ele é um amor de amigos. — E o Vinicius falou com ele? – Ela pergunta, parece que ela gostou dele. — Falei sim, ele foi me buscar na porta da escola.Conto tudo para ela — Será que seu irmão não conta para o seu pai? — Conta não mãe, ele sabe que se ele me ferrar, eu o ferro também. — Só você mesmo minha filha, agora me diz você vai aceitar o pedido de namoro do Vinicius? — Mãe já entendi que gosto dele, mas ainda tenho medo. — Filha acho arriscado vocês namorarem escondido. Se gosta dele aceita logo, se arrisca, se ele te magoar a mamãe estará aqui. E assim você terá mais liberdade um pouco seu pai não é tão mal assim. Ele só quer te proteger, mas quer te ver feliz. — Vou pensar bem essa noite e amanhã decido. — Tudo bem filha.Almoçamos, faço tarefa, trabalho, tento me concentrar mais toda hora ele vem na minha cab
No final da aula saímos lá fora e ele já está lá me esperando. — Oi minha princesa, minha namorada. – Vinicius diz assim que me vê. — Oi namorado. Oi meninos. – Respondo, pois claro que James e Bruno iriam estar junto. — Opa. - James responde. — E aí. – Bruno responde em seguida. —Amiga se você for no shopping hoje me avisa, me dá um toque eu retorno na sua casa aí eu te encontro lá. – Diz a Grace. — Está bem. — Beijo – Ela manda beijo para mim e eu mando outro para ela — Tchau Polly - Digo — Tchau amiga, cuida dela hein Vinicius. – Polly como sempre sendo superprotetora. — Com certeza. – Ele responde para ela.Ele me dá um selinho e me dá a mão, conto que falei com minha mãe ele me entrega o celular dele para que eu ligue para ela. — Alô – minha mãe atende o telefone. — Oi mamãe, conseguiu falar com meu pai? — Consegui sim filha, falei que eu preciso comprar um livro para você ler para que se prepare para a prova da outra escola. Vamos sair aqui de casa as 14:00. —