Primeiro Amor do CEO
Primeiro Amor do CEO
Por: Grazy Souza
Prólogo

Hanna

— Não quero te deixar ir — Kevin diz com os olhos cheios de carinho, me puxando para mais um abraço, no qual eu deito a cabeça em seu peito.

— Amor, você sabe que está tarde, e eu tenho que ir. — Digo tentando me desvencilhar de seu abraço, mas, no fundo querendo que ele me segure e não largue nunca mais.

— Mais um beijo então. — Ele diz fazendo uma carinha de cachorro sem dono.

— E quem resiste essa cara de pidão? — digo, sorrindo.

Eu o beijo, e claro, o beijo é quente, delicioso, com aquele gostinho de quero mais.

— Não provoca, senão eu não te deixo sair deste carro — ele diz, sorrindo. Mordo sua orelha e respondo em sussurros ao seu ouvido:

— Até amanhã, meu amor. — Sorrio travessa, enquanto me afasto dizendo —  Preciso entrar e tomar a pílula do dia seguinte. Por mais que eu queira filhos com você, ainda não é o momento.

— Se quiser, podemos treinar mais um pouquinho. — Ele diz com aquele sorriso de molhar a calcinha.

— Olha, tenho duas chamadas perdidas da minha irmã, meus pais devem estar preocupados. — Digo, verificando a hora no visor do celular.

— Deixe-me conhecê-los, assim eles ficam mais tranquilos.

— Vou combinar com eles e te aviso. Preciso ir. — Dou mais um beijo nele e me despeço no final: — Até amanhã, meu amor! Sonha comigo.

— Sempre! — Ele me rouba mais um beijo e diz: — Te amo!

— Também te amo muito. — Sorrio enquanto ele me envia um beijo.

Por mais que eu esteja preocupada por não termos usado preservativo, tenho que admitir que foi maravilhoso, e meu sorriso revela o quanto sou feliz com ele. Assim que entro pelo portão, vejo o carro dele se afastar.

Ainda estou sorrindo quando entro em casa e vejo meus pais e Hazel arrumando malas e caixas.

— O que está acontecendo aqui? — Pergunto, intrigada.

— Apareceu a margarida. Isso são horas de chegar em casa? E ainda com o cabelo molhado? — Meu pai fala furioso, e nunca o vi assim antes.

Olho discretamente para Hazel, que nega com a cabeça e faz sinal de silêncio. Sem entender o que está acontecendo, tento explicar:

— Estava na piscina da casa do meu namorado, a propósito, ele quer conhecer vocês, pa… — Não consigo terminar de falar, pois meu pai interrompe com um tapa no meu rosto.

Olho para ele, assustada, com a mão na face.

— Por sua culpa, eu e sua mãe perdemos o emprego. Agora temos que ir embora como fugitivos no meio da madrugada.

— Não estou entendendo, o que está acontecendo… — Outro tapa arde em meu rosto, mais forte que o primeiro. Cambaleio para o lado e Hazel me ampara.

— Leve essa biscate para longe de mim, antes que eu a mate por desonrar a família.

Começo a chorar, sem saber o que está acontecendo. Meus pais me olham com ódio, e eu nem sei o motivo.

No quarto, com minha mala já pronta por Hazel, ela me abraça e tenta me acalmar.

— Não chora, Han. Ele só está nervoso, logo passa e ele te pede desculpas. — Tento acreditar, mas o que vi nos olhos do meu pai me assustou muito.

— Mas o que aconteceu? Por que ele me culpa pela perda do emprego?

— Porque, de certa forma, foi sua culpa. — Hazel responde, eu a olho, sem entender.

Então, ela me conta tudo, e a dor que sinto é como uma adaga afiada atravessando meu coração.

— Preciso ligar para o Kevin e contar o que está acontecendo. — Digo, entre lágrimas.

Disco rapidamente, mas antes que ele atenda, meu pai toma meu celular e o j**a contra a parede, quebrando-o em pedaços.

Ajoelho-me no chão, pegando os pedaços, assustada. Meu pai parecia um monstro, transtornado. Seus olhos estavam dilatados, o rosto vermelho como um tomate maduro, e ele tremia… assim como eu, mas com toda certeza, por motivos completamente diferentes.

Kevin

Sei que sou jovem para pensar em casamento. Semana que vem completo dezoito anos, mas toda vez que tenho que deixar Hanna em casa, é uma tortura. Minha vontade é sequestrá-la para mim. Sorrio, imaginando como seria estar no paraíso com ela sempre ao meu lado.

Chego em casa e me surpreendo ao encontrar meu pai na sala.

— Na próxima vez que quiser "comer" uma puta, tenha a decência de não ser na casa dos seus pais.

— Ela não é puta, é minha namorada. — Respondo sem hesitar.

— Você fará dezoito anos em breve e terá responsabilidades na empresa. Não tem tempo para essas "putinhas".

— Já falei que ela não é puta. — Falo entre os dentes, tentando controlar a raiva e a vontade de socar meu pai por desrespeitar a mulher que amo.

— Ela não tem sobrenome. Não serve para você. — Meu pai diz com um tom de nojo.

— Eu não me importo com o sobrenome dela. O que importa para mim é o que sinto por ela e o que ela sente por mim.

Ele começa a rir, zombando dos meus sentimentos, e isso me deixa ainda mais irritado.

— Moleque tolo, nem saiu das fraldas direito e quer me falar sobre amor. — Ele solta outra gargalhada antes de dizer algo que me enfurece ainda mais: — Se depender de mim, você nunca ficará com ela.

Dito isso, ele sai da sala, me deixando sozinho. Estou tão nervoso que agradeço a Deus por ele ter ido, mais um minuto ouvindo ele insultar minha garota, e eu não responderia por mim, mesmo sendo o meu pai.

Vou para o meu quarto, pego o celular no caminho e vejo uma chamada perdida da Hanna. Tento retornar, mas só cai na caixa postal.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >
capítulo anteriorpróximo capítulo

Capítulos relacionados

Último capítulo