Cinco

ANDRE

Olhei para os lados, a chuva caia forte na cidade, depois de varias horas caminhando, único lugar pra nós protegermos foi uma via que levava uma cidade a outra. O frio estava me matando por dentro, assim como a fome. Minha mãe estava tremendo de frio.

Olhei para os lados, percebendo uma padaria aberta.

– Mãe, fica aqui...– A encarei – vou ver se consigo algo, tudo bem?

Ela não disse nada. Sai dali, caminhando rápido até uma padaria, eu estava molhado, assim que encararam, a cliente da padaria me olhou com nojo.

Xxx: O que uma criança assim faz aqui– negou, debochando – Aqui é padaria de alto nível, moleque, vai pra essas outras...

Xxx: Deixa ele, tú quer algo?– olhei baixo, admirando o salgado –Não tem dinheiro pra comprar? Eu compro um pra você! Me serve três salgados desse aqui, moça – O rapaz pegou três salgados, me entregando – Vá, moleque, é teu– me entregou.

Consegui um copo de água, peguei meu caminho, voltando até onde minha mãe estava, com pouca claridade a procurei com o olhar, porém ela não estava mais ali.

– Mãe?– mudei meu olhar pra outro lugar, a procurei por perto, mas não a encontrei – Por favor....

A procurei por todo lugar, porém ela não estava presente, então sentei num canto onde não caia muita chuva e chorei de medo.

Olhei pra frente onde tinha várias luzes, um morro, mais conhecido como comunidade, olhei em volta e me abracei, tentando evitar aquele frio.

Aos poucos mais moradores foram chegando no mesmo local que estava.

Aos poucos o sol foi saindo, logo a manhã chegando.

Fiquei no mesmo lugar por um bom tempo, esperando minha mãe chegar, porém ela não voltou. Meus sentimentos era de ódio. Fiquei o maior tempo sentando, na metade do dia fui pro farol pedi dinheiro.

Voltei meu olhar para cima, eram várias casas, uma comunidade, do alto encarei as pipas no céu. O barulho do trânsito e o sol quente batendo em meu rosto, a atração daquele morro bateu no fundo do meu peito...

Parecia que algo me chamava pra pelo menos conhecer o local, eu estava sozinho. Olhei novamnete admirando algumas pirua descendo e subindo, assim como moto-taxi... caminhei até a via, olhando para os lados, depois de um tempo caminhando bati meu olhar em uma placa que estava escrito Complexo do alemao...

Meu sentimento ficou neurótico, como aquele lugar fosse pertence pro resto da minha vida...

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