Amanda Saquei uma quantia de dinheiro do caixa e aproveitei pra passar no orfanato pra ajudar em algumas coisas. Sou uma dos sócios que ajuda a arrecadação do orfanato, algo gratificante é exerga a felicidade das nossas crianças. Sempre tive compaixão desde nova, costumava ajudar pessoas no farol, dando salgado ou até mesmo compartilhando meu salgado. Bom, pra dizer a verdade, eu fazia um drama enorme pra minha mãe dizendo que estava morrendo de fome, no final era mentira, era apenas uma desculpa pra dar pra alguém no farol e sempre dava certo e de alguma forma, antigamente, ela ficava orgulhosa da mulher que eu me tornaria.Lara: Tia, Amanda - sorri com o abraço. - Oi, meu amor - passei a mão em seus cabelos liso - Como estão as coisas? Lara: A tia disse que vou ter meus papais - sorri de lado - Eu vou ter uma família, tia Finalmente os papéis da doação desse ser pequeno deram certo, depois de meses de tentativas dos pais aditivos. - Sim, meu amor, você será muito feliz, ta b
Amanda O tecido não permitia enxergar nada, no fundo ouvia alguns barulhos, tentei me levantar ou ao menos me soltar, porém foi em vão. - Fica quieta, garota - senti um murro no meu braço direito, fazendo meu gemido de dor ser ouvido. - Me... - Mandei ficar quieta, porra, cala a porra da tua boca - abaixei a cabeça, sentindo medo, me senti venerável naquele momento, frágil. - Eu não fiz nada, pro... - Caralho - escutei algo forte, o rapaz tinha me empurrado da cadeira, fazendo cair, senti a dor no meu corpo. Meu corpo todo ardia, cada canto sentia uma dor forte; meu choro logo foi ouvido. - Aê, chefe, a vadia não quer ficar quieta. Beleza, irei tirar uma foto e mandar ligação pro pai dela, demoro? - escutei ele encerrando a ligação. Tentei engoli meu choro, após escutar seus passos se aproximando do meu corpo. - Irei tirar essa porra de tú, demoro? Mas se tu tentar fugir, irei arrebentar você no murro - engoli em seco, senti do o gosto forte de sangue, era meus lábios machu
Muralha Soltei um suspiro baixo após não receber nenhuma ligação em relação ao Jorge, normalmente todos voltam a ligação, porém dessa vez não deu certo, porra. - Deve ser apenas um doador de espermatozoide também, pouco se fudendo para o filho.Menor: Faz horas que liguei e nada, passou da hora de quebra o chip e jogar esse celular na água, pô.- Faz logo isso, aguardamos ele até amanhã a noite. Menor: Tranquilo - me encarou. Balancei a cabeça, confirmando. Em seguida ele saiu do meu campo de visão. Dei alguns passos pela sala, pensativo, na verdade, minha mente estava fervendo. E depois de ficar pensando por muito tempo, D7 entrou em seguida, meu olhar foi até ele, passei o boné pra trás, colocando minhas mãos no bolso da calça e travei meu maxilar na forma de expressar minha reação neutra e fria como todas as vezes.- Qual é? Vai ficar dando uma Durão pro resto da tua vida, mane? D7: Durão? Estou agindo normalmente, Muralha. - Tú fica cheio de papo torto e acha ruim? Qual foi?
AmandaSenti um chute na minha barriga, fazendo o sangue na minha ficar com um gosto mais forte. Meu couro do cabelo doía, meus braços, pernas, sentia meu corpo ardendo por todas dores possíveis. Menor: Cadê teu pai? Porra, cadê?— senti chute nas minhas pernas.— Por favor...— tentei falar, porém não saiu voz — eu não fiz nada...Minha barriga doía, minha cabeça doía, meu braço ainda estava amarrado pra trás, assim como meu olho estava com um tecido. Estava totalmente acabada, por dentro e por fora. Estava com ansiedade e nervosa ao ponto de não suportar toda essa dor e chorar sem parar.Menor: Você será torturada, vadia — depois de alguns segundos silêncio prevaleceu entre alguns homens que estava ali, escutei alguns passos aproximando-se — levanta, puta. Você escolherá entre a tua ou a vida do teu pai, fala — desferiu um tapa no meu rosto. — Eu... quero a minha vida — sussurrei, sentindo o sangue escorrendo na minha boca. Estava beira da morte com tantos murros e chutes — Eu quero
Muralha D7: Está tudo em perfeita ordem por aqui — me encarou, confirmei seriamente. — Espero que isso não dará problema, porra, caso der pode tirar geral dessa porra aqui, não tô afim de dor de cabeça não, moro? — falei ríspido. Passei meu olhar até o relógio, olhando o horário.D7: Aquela ali não é a filha do Jorge?— dei de ombros com indiferença, não olhando — Ela é totalmente diferente pelo jeito.— Col foi? Vai ficar falando essas parada mermo? D7: Tú é muito chato — negou, caminhando na frente. Levantei meu olhar pra direção que a garota conversava e tratava as crianças, dava pra exergar a felicidade dela no rosto ao conversar com as crianças da favela. Percebia de longe a solidariedade que ela tinha por aquela população de pessoas de classe baixa. O cabelo ruivo balançava na medida do possível ao movimentar o corpo.— Mundinho cor de rosa — murmurei, saindo dali.D7: Você acha que não percebi, rapá — encarei ele sem entender.— E? D7: Você esperou eu começar a andar pra ad
AmandaEstava assustada com essa cena, o codernador em poucos minutos foi de encontro até os traficantes, mas eles não queriam assunto com nenhum de nós.- Vi...- Amanda, por favor, não...- o codernador sussurrou, ficando ao meu lado. Os traficantes saíram arrastando Vinícius até o meio do local. Neguei, tentando controlar meus sentimentos.- Da uma surra bem dada nesse daí - a mãe do moleque gritou, exaltando os traficantes.Olhei baixo assim que escutei o Vinícius ao levar um golpe de um deles, em seguida foram vários golpes e surras, aquilo estaria doendo pra caralho.- Meu Deus - sussurrei. Após os traficantes casarem e deixar Vinícius todo deformado, eles empurraram pra direção do codernador.Muralha: Que saber a real? Não quero esse cuzão subindo mais o complexo, irei mandar varar no tiro caso ver tua cara aqui, magrelo! - seu rosto estava sério, mostrando nenhuma compaixão.- Nós sentimos muito, não era essa a intenção... - Seus olhos escuros vieram até o meu, ele arqueou a so
MuralhaTentei fechar os olhos, porém mal consegui dormir essa noite, ansiedade estava atacando pra porra, uma euforia espalhada por todo meu corpo. Sentei na cama, passando a mão no meu cabelo bagunçado e em seguida no meu rosto. Depois de um tempo pensando, levantei, caminhando até a janela que dava visão de algumas casas.Na moral? Estava pensando várias paradas, fiquei todo esse ano achando que minha mãe estava morta, na minha cabeça passava se ela me procurou durante esses anos, mas eu sinto que não, que ela não se importava como eu estava. Entendia que ela estava com cabeça em construir a familia que nunca teve, mas longe de mim. Fruto do pior relacionamento.l O barulho do despertador fez sair dos pensamentos, caminhei até meu celular, desligando. Em seguida, caiu uma chamada do D7.D7: Consegui esse contato, po, é do escritório, tá ligado? Tú liga nessa parada aí e marca uma consulta.— Consulta?D7: É, po, psicóloga, fala que quer marcar consulta com a dr. Amanda psicóloga.—
AmandaMeus olhos estavam sobre o rosto do Muralha, porém os olhos dele percorreu por todo canto da sala, as decorações, até a mesa ele observou, estava parecendo que ele nunca um ligar bem iluminado e decorado.- Podemos começar...Muralha: Qual é - assim que ele iria começar a falar, pegou o celular lendo alguma mensagem. Analisei o rosto dele tornando-se em uma expressão de raiva, mas aos pouco sumiu e ele voltou a me encarar.- Podemos agora?- ele apenas balançou a cabeça firme - Qual sua idade? - ele me encarou desconfiado, sua expressão foi ficando mais séria - André - ao escutar seu nome da minha boca, ele analisou - A sua idade está aqui no papel, pela documentação que você passou...Muralha: Qual motivo de perguntar então? - desviei o olhar, suspirando.- olha, são minhas perguntas. Qual sua idade?Muralha: Vinte e seis - disse em um tom mais baixo. De começo percebi o receio em ter contato com alguém, talvez de longe o olhar sério e maxilar travado seria pra disfarçar a soli