Amanda — Você acha que Isis sentirá nossa falta por essas pequenas horas que ela ficará com a Maria?— André negou ajeitando o boné.Muralha: Não...Havia tirado o meu leite pra ela com uma bombinha, Maria colocou-se a disposição de olhar ela. Antes de fechar o portao, André segurou na minha cintura fazendo meu corpo ficar de frente com o seu, seus olhos me fitaram por breves segundos apreciando cada cantinho do meu rosto. Senti sua mão apertar minha cintura e seus lábios grudando nos meus beijando devagarinho, fiquei nas pontas dos pés passando minhas mãos por seu peitoral, assim que afastamos nossas bocas, meus olhos foram até o dele.— O que foi? — perguntei baixinho.Muralha: Eu te amo — passou a mao meu cabelo alisando — Te amo pra caralho mermo, baixinha.— Eu também te amo, amor – sorri, abracei ele colocando meu rosto em seu peito, senti o cheiro de banho recém tomado e seu perfume suave pregado na camiseta de lavagem clara.Muralha: Ta ligada que apenas a morte separa nós doi
Muralha Segurei o cabelo da Amanda dando uma volta, a vista dela de quatro me fazia enlouquecer, essa mulher me deixava maluco. Segurei sua cintura com minhas duas mãos apertando, minha piroca entrava e saia fazendo ela gemer, molhadinha e toda gozada. Deslizei minha mão direita até sua bunda apertando e em seguida dei um tapa com força, o local estava vermelho de tanto tapa.Fogo determinava aquele nosso momento. Senti ela rebolar devagar e ficando fraquinha pela segunda vez, meus olhos foram até ela apertando os lençóis com suas mãos e seu gemido abafado, o que diria que ela mordia os próprios lábios. Joguei minha cabeça pra trás, o suor escorria por meu corpo, sai de dentro dela levando meu dedo na sua buceta enfiando três de umas vez.— Fica assim, caralho — com a mão esquerda a segurei naquela posição, meu dedo movimentou com mais força entrando e saindo dentro dela.Amanda: Amor...— jogou os dois braços pra trás caindo com o rosto sobre a cama, escutei sua respiração ficar mais
Muralha — Vem — tirei Isis da banheira, coloquei ela em cima do tapete exugando seu corpo. Ela segurava seu brinquedo sem me dar atenção, passei meu olhar por sua franja ruiva molhada, caído sobre seu rosto, vesti ela com uma calcinha — Tá sentindo alguma coisa?Isis: Não, papai – separei vestindo sua calça leve e uma camiseta, calcei sua chinela penteando seu cabelo.A peguei em meus braços saindo com ela até o quarto, coloquei ela no canto dela observando a mesma ir até os brinquedos dela. Papo só, tudo que nunca ganhei na minha infância, iria dar a ela e estava conseguindo ser um pai pra ela, vivendo de uma forma que jamais pensaria em viver, que mermo com tantas paradas, minha cabeça concentrava apenas aqui, ao lado dela Tirando qualquer vontade de me enterrar em drogas, saber que Isis depende da minha força.— Isis — sentei no tapete de brinquedos dela, ela me olhou caminhando até minha direção — O que você quer? Você tá triste, pô, fala comigo — a puxei olhando em seu rosto, el
ANDRÉVocês sentem o amor de um pai? Eu nunca consegui sentir, afinal meu pai nunca disse que me amava, um carinho, um abraço eu nunca recebi.Sempre jogou na minha cara que eu não sirvo pra nada além de trazer dinheiro pra ele comprar suas drogas.Todas crianças merecem serem felizes, não acha? Somos inocentes. Tenho oito anos e vejo o mundo como adulto, a maldade que corre a todas crianças e mulheres inocentes.Não tinha ganhado uma grana boa no farol hoje, única que ganhei comprei um pão, a tiazianha teve pena, fez mais barato, eu não tinha resistido, fazia dois dias que não comia nada.Abaixei meu rosto com medo, abrindo aquela porta velha do barraco. Passei meu olhar pelo barraco, parecia um chiqueiro... do canto tinha uma mulher junto ao mru pai, ela estava núa.Luiz: Cadê meu dinheiro?-disse rude, se levantando.- Hoje não teve rendimento, eu não consegui seu dinheiro.Luiz: O que eu falei moleque?O que eu repeti pra tú? Sua desgraça! – aumentou a voz apertando meu pescoço – T
ANDRÉPassei meu olhar pelo cômodo, abrindo a porta devagar, no canto da mesa estava meu pai, ele cheirava um dos seus pinos, quando seu olhar bateu no meu, senti seu olhar furioso, ele deu uma olhada pro cachorro. Pedi mentalmente pra Deus me livrar pelo menos esse dia.Luiz: Tira logo esse nojento daqui!– Bob então saiu pela porta.Suspirei fundo, olhando baixo.Luiz: me dá logo o dinheiro – entreguei o que sobrou dos lanches – Cadê o resto?– Consegui apenas...– ele segurou em meu cabelo me dando um tapa no rosto.Luiz: Seu infeliz! – meu nariz ardeu, indicando choro, porém me segurei naquele momento, apenas uma lágrima solitária desceu em meu rosto.Quando ele deu brecha, eu fui rápido em direção do outro cômodo, afinal, não queria apanhar mais. Encarei minha mãe, sentada no canto do cômodo enquanto encarava tudo a sua volta. Ela tem um depressão profunda, já tentou se suicidar várias vezes, porém nunca conseguiu.Sua depressão é tão forte que ela não consegue fazer nada no dia a
ANDRÉ Abri meus olhos com a claridade, a dor do meu corpo ficou mais forte quando levantei, eu tinha amanhecido no mesmo lugar.Os cortes estavam abertos e o sangue se destacavam pra caralho, como ardia.Levantei com dificuldades, vesti aquelas roupas rasgada, sai do barraco indo direto ao encontro do Lipe.– Eu quero matar meu pai – falei.Lipe: Cara, oque aconteceu?– Meu pai, sempre é ele!Lipe: Porque não sai de lá? Ou sei lá, pô, sei que dói demais ver você dessa maneira.– Como?Lipe: Eu não sei, irmão, mas vamos logo.Passamos o dia todo no farol, tá ligado que era ruim demais enfrentar sol, mas pior mesmo era enfrentar com chuva, os carros mal parava pra nós, nem conseguimos muito dinheiro.Lipe: Tá ligado irmão, um dia seremos cantores e vamos comprar todos brinquedos – sorri com ele, correndo até a padaria, o cheiro do salgado fez meu estômago revirar de fome, porém, eu não tinha dinheiro hoje pra comprar, apenas consegui dois reais.Lipe: Quanto ta?– Quatro reais.Lipe: M
ANDRÉ Levantei meu corpo, sentindo uma dor enorme, não queria sair dali, afinal, estava com meu corpo todo machucado e doendo. Assim que levantei, admirei a cena que meu pai não estava no barraco, pela primeira vez na vida de manhã.Assim que sai do barraco, Lipe já me esperava, fomos mais um dia pro farol. Eu estava sentindo algo em meu peito, uma angústia muito ruim. Papo reto? Fiquei com maior medo e me sentindo humilhado, todo momento eu lembrava do dia anterior, pior sensação.Lipe: Tú está pensativo...– Lipe, vamos tentar fazer mais um dinheiro do dia.Ficamos mais um dia pra rua, a mesma rotina de sempre, porem, estava sentindo algo dentro do meu peito. Algo bem forte, eu não conseguia segurar, era o ódio. O ódio enorme de tudo em minha volta, pensamentos que minhas esperanças foram todas destruídas.Assim que fechei a porta da barraco, meu pai já caminhou em minha direção. Dessa vez ele não perguntou sobre dinheiro, ele apenas me espancou, me bateu com um cinto fino e com u
ANDRE Olhei para os lados, a chuva caia forte na cidade, depois de varias horas caminhando, único lugar pra nós protegermos foi uma via que levava uma cidade a outra. O frio estava me matando por dentro, assim como a fome. Minha mãe estava tremendo de frio.Olhei para os lados, percebendo uma padaria aberta.– Mãe, fica aqui...– A encarei – vou ver se consigo algo, tudo bem?Ela não disse nada. Sai dali, caminhando rápido até uma padaria, eu estava molhado, assim que encararam, a cliente da padaria me olhou com nojo.Xxx: O que uma criança assim faz aqui– negou, debochando – Aqui é padaria de alto nível, moleque, vai pra essas outras...Xxx: Deixa ele, tú quer algo?– olhei baixo, admirando o salgado –Não tem dinheiro pra comprar? Eu compro um pra você! Me serve três salgados desse aqui, moça – O rapaz pegou três salgados, me entregando – Vá, moleque, é teu– me entregou.Consegui um copo de água, peguei meu caminho, voltando até onde minha mãe estava, com pouca claridade a procurei co