AmandaEstava encerrando mais um período no meu trabalho, trabalho em uma clínica de psicologia, sou psicóloga a um ano, formada e com vários certificados. A psicologia é algo muito delicado, você tratará cada cliente com muito amor e carinho, levando por um bom período de vida. Já lidei com pessoas com alto nível de depressão, vê-la mudando e voltando a saber lidar com problemas é algo sem explicação. Porém nem tudo é fácil, já tive mais de dois clientes que não soube lidar e acabou em suicídio. Tirei meu salto alto, amarrando meu cabelo em coque, guardei meu óculos de sol, colocando o de grau. Minha logo surgiu no meu campo de visão.Angélica: Boa tarde, como foi hoje?- Mesmo de sempre - sorri - cadê o pai? Angélica: Ela está trabalhando ainda...- sussurrou.- Hum... estou precisando sair um pouco, dar uma caminhada pelo calçadão. Angélica: Sim, mas dá última vez seu pai...- Ele não achou bom. Mãe, eu tenho vinte e quatro anos - levantei, pegando minha bolsa - Aliás, ainda não
MuralhaMenor caminhou até meu encontro, tirei o olhar do meu celular o encarando. Era papel do D7 vim me passar alguma informação, mas pelo jeito ele ficou bolado com nossa conversa de ontem, rapá.Menor: Calculei o passo de tod9s da família do Jorginho — arquiei a sobrancelha.— E?Menor: A filha mais velha é uma famosa boqueteira que descer a favela, já a mais nova — deu um sorriso de lado — É outra parada, gostosinha... — Não quero saber esse papo, moro? Manda logo as informação, sem papo torto, tio — encarei ele. Menor: Está aí a informação, o endereço, caso querer...— Quero o seguinte, primeiro um susto, depois a parada ficará séria — peguei meu rádio — Aê, preciso de mais dois na minha sala — travei meu maxilar. Menor: Qual será o próximo passo?— aguardei os outros dois entrarem.— Quero um sequestro bem elaborado, tá ligado? A filha mais nova, vocês irão mantê-la em cativeiro até o dia que o desgraçado me pagar! Menor: Tô dentro, pô — sorriu — Posso ficar no cativeiro com
Amanda Saquei uma quantia de dinheiro do caixa e aproveitei pra passar no orfanato pra ajudar em algumas coisas. Sou uma dos sócios que ajuda a arrecadação do orfanato, algo gratificante é exerga a felicidade das nossas crianças. Sempre tive compaixão desde nova, costumava ajudar pessoas no farol, dando salgado ou até mesmo compartilhando meu salgado. Bom, pra dizer a verdade, eu fazia um drama enorme pra minha mãe dizendo que estava morrendo de fome, no final era mentira, era apenas uma desculpa pra dar pra alguém no farol e sempre dava certo e de alguma forma, antigamente, ela ficava orgulhosa da mulher que eu me tornaria.Lara: Tia, Amanda - sorri com o abraço. - Oi, meu amor - passei a mão em seus cabelos liso - Como estão as coisas? Lara: A tia disse que vou ter meus papais - sorri de lado - Eu vou ter uma família, tia Finalmente os papéis da doação desse ser pequeno deram certo, depois de meses de tentativas dos pais aditivos. - Sim, meu amor, você será muito feliz, ta b
Amanda O tecido não permitia enxergar nada, no fundo ouvia alguns barulhos, tentei me levantar ou ao menos me soltar, porém foi em vão. - Fica quieta, garota - senti um murro no meu braço direito, fazendo meu gemido de dor ser ouvido. - Me... - Mandei ficar quieta, porra, cala a porra da tua boca - abaixei a cabeça, sentindo medo, me senti venerável naquele momento, frágil. - Eu não fiz nada, pro... - Caralho - escutei algo forte, o rapaz tinha me empurrado da cadeira, fazendo cair, senti a dor no meu corpo. Meu corpo todo ardia, cada canto sentia uma dor forte; meu choro logo foi ouvido. - Aê, chefe, a vadia não quer ficar quieta. Beleza, irei tirar uma foto e mandar ligação pro pai dela, demoro? - escutei ele encerrando a ligação. Tentei engoli meu choro, após escutar seus passos se aproximando do meu corpo. - Irei tirar essa porra de tú, demoro? Mas se tu tentar fugir, irei arrebentar você no murro - engoli em seco, senti do o gosto forte de sangue, era meus lábios machu
Muralha Soltei um suspiro baixo após não receber nenhuma ligação em relação ao Jorge, normalmente todos voltam a ligação, porém dessa vez não deu certo, porra. - Deve ser apenas um doador de espermatozoide também, pouco se fudendo para o filho.Menor: Faz horas que liguei e nada, passou da hora de quebra o chip e jogar esse celular na água, pô.- Faz logo isso, aguardamos ele até amanhã a noite. Menor: Tranquilo - me encarou. Balancei a cabeça, confirmando. Em seguida ele saiu do meu campo de visão. Dei alguns passos pela sala, pensativo, na verdade, minha mente estava fervendo. E depois de ficar pensando por muito tempo, D7 entrou em seguida, meu olhar foi até ele, passei o boné pra trás, colocando minhas mãos no bolso da calça e travei meu maxilar na forma de expressar minha reação neutra e fria como todas as vezes.- Qual é? Vai ficar dando uma Durão pro resto da tua vida, mane? D7: Durão? Estou agindo normalmente, Muralha. - Tú fica cheio de papo torto e acha ruim? Qual foi?
AmandaSenti um chute na minha barriga, fazendo o sangue na minha ficar com um gosto mais forte. Meu couro do cabelo doía, meus braços, pernas, sentia meu corpo ardendo por todas dores possíveis. Menor: Cadê teu pai? Porra, cadê?— senti chute nas minhas pernas.— Por favor...— tentei falar, porém não saiu voz — eu não fiz nada...Minha barriga doía, minha cabeça doía, meu braço ainda estava amarrado pra trás, assim como meu olho estava com um tecido. Estava totalmente acabada, por dentro e por fora. Estava com ansiedade e nervosa ao ponto de não suportar toda essa dor e chorar sem parar.Menor: Você será torturada, vadia — depois de alguns segundos silêncio prevaleceu entre alguns homens que estava ali, escutei alguns passos aproximando-se — levanta, puta. Você escolherá entre a tua ou a vida do teu pai, fala — desferiu um tapa no meu rosto. — Eu... quero a minha vida — sussurrei, sentindo o sangue escorrendo na minha boca. Estava beira da morte com tantos murros e chutes — Eu quero
Muralha D7: Está tudo em perfeita ordem por aqui — me encarou, confirmei seriamente. — Espero que isso não dará problema, porra, caso der pode tirar geral dessa porra aqui, não tô afim de dor de cabeça não, moro? — falei ríspido. Passei meu olhar até o relógio, olhando o horário.D7: Aquela ali não é a filha do Jorge?— dei de ombros com indiferença, não olhando — Ela é totalmente diferente pelo jeito.— Col foi? Vai ficar falando essas parada mermo? D7: Tú é muito chato — negou, caminhando na frente. Levantei meu olhar pra direção que a garota conversava e tratava as crianças, dava pra exergar a felicidade dela no rosto ao conversar com as crianças da favela. Percebia de longe a solidariedade que ela tinha por aquela população de pessoas de classe baixa. O cabelo ruivo balançava na medida do possível ao movimentar o corpo.— Mundinho cor de rosa — murmurei, saindo dali.D7: Você acha que não percebi, rapá — encarei ele sem entender.— E? D7: Você esperou eu começar a andar pra ad
AmandaEstava assustada com essa cena, o codernador em poucos minutos foi de encontro até os traficantes, mas eles não queriam assunto com nenhum de nós.- Vi...- Amanda, por favor, não...- o codernador sussurrou, ficando ao meu lado. Os traficantes saíram arrastando Vinícius até o meio do local. Neguei, tentando controlar meus sentimentos.- Da uma surra bem dada nesse daí - a mãe do moleque gritou, exaltando os traficantes.Olhei baixo assim que escutei o Vinícius ao levar um golpe de um deles, em seguida foram vários golpes e surras, aquilo estaria doendo pra caralho.- Meu Deus - sussurrei. Após os traficantes casarem e deixar Vinícius todo deformado, eles empurraram pra direção do codernador.Muralha: Que saber a real? Não quero esse cuzão subindo mais o complexo, irei mandar varar no tiro caso ver tua cara aqui, magrelo! - seu rosto estava sério, mostrando nenhuma compaixão.- Nós sentimos muito, não era essa a intenção... - Seus olhos escuros vieram até o meu, ele arqueou a so