Madison Conner.Nunca pensei que minha vida acabaria dessa forma, sendo agredida pelo meu próprio pai só pelo simples fato de eu existir. Ele tem ódio de mim, por causa que a minha mãe morreu ao me dar à luz, os médicos disseram para ela que a gravidez seria de risco e que ela poderia acabar perdendo a vida na hora do parto. Mas mesmo assim ela quis arriscar, consequentemente a sua vida se perdeu ao dar a luz a mim. Esse é o motivo que o seu ódio é direcionado para mim. Eu matei a minha mãe, tirei a pessoa que o meu pai mais amava nessa vida, assassinei a minha própria mãe.Desde pequena eu venho sofrendo agressões físicas pelo meu pai, torturas mentais, minha mente está cheia de pensamentos depressivos, pensamentos de mortes. Já tentei várias e várias vezes tirar a minha vida, meus pulsos estão cheios de cicatrizes, tenho o azar de sobreviver. Além de ser espancada por ele, ainda sou a empregada da casa, tenho que fazer todos os afazeres, tenho que cozinhar, mas não tenho permissão p
Madison Conner.09:15 — Faculdade — EUA — Washington.Soltei um suspiro de alívio quando finalmente cheguei na faculdade, meus pés estão me matando, meu corpo começou a doer mais ainda nessa longa caminhada. Queria tanto ter pelo menos algum dinheiro para vir de ônibus, não aguento andar tanto assim.A faculdade é bem grande, eu confesso que tenho inveja daqueles que escolheram ficar nos dormitórios, queria tanto ficar nos dormitórios, fazer amigos, ser alguém normal. Mas infelizmente eu não tenho nenhuma condição para ser normal.Vou caminhando para dentro e mantenho distância dos alunos que passaram perto de mim, como sempre estou usando uma calça jeans escura, uma camiseta branca por dentro e por fora estou usando uma camisa preta com mangas que chegam até o meu pulso. Subo para o segundo andar e virei para a direita e continuo andando, chego na minha sala e vou entrando, noto que já tinha algumas pessoas.Fui indo para o meu lugar que é no fundo, me sentei perto da janela e coloqu
Madison Conner.14:15 — Faculdade — EUA — Washington.Soltei um suspiro quando a aula terminou, eu consegui desenhar uma porta, para mim essa porta representou a minha vida, porque eu não sei se consigo abrir essa porta e sair, então a mantenho fechada por medo. Minha barriga está roncando demais, quando deu meio dia, todo mundo saiu para poder ir comprar suas comidas, mas eu permaneci na sala terminando de desenhar a minha atividade. Já que eu não tenho dinheiro para comprar algo, então foi melhor eu ter ficado na sala.A Hailey saiu da sala e eu pude finalmente me sentir um pouco melhor, mas nem deu vinte minutos e logo ela retornou a sala, eu tive que focar muito bem no meu desenho para não ficar olhando para ela. Mas eu sentia o seu olhar sobre mim.— Bom, o desenho que vocês fizeram, não precisam me entregar, eu quero que na próxima aula me entregue um resumo sobre o que esse desenho representa para vocês. — Ela guardou suas coisas. — Vejo vocês amanhã.Comecei a guardar minhas c
Madison Conner.07:00 — Casa dos Conner. — EUA — Washington.— Acorda porra!! Quero a minha comida!!!Tomei um enorme susto com a voz do meu pai dentro do meu quarto, quase que eu caia da cama.— Estou com muita fome! Irei tomar banho, e quando eu sair quero a comida já pronta. — Saiu do meu quarto fechando a porta com força.Apoio a minha mão sob o meu coração por causa do susto, quase que passo mal.Levantei da cama e senti minhas pernas bambas, acho que foi por causa do susto, porque ele teve que aparecer assim do nada? Saí do quarto usando as mesmas roupas de ontem, desci os degraus com dificuldade e fui caminhando até a cozinha.— Merda, esqueci que eu tenho que fazer o resumo sobre a atividade de ontem. — Balanço a cabeça já sentindo ela começar a doer.Abri o armário e peguei pão em caixa e coloquei em cima do balcão, fui até a geladeira e peguei o queijo e o presunto, isso vai ter que servir. Assim que terminei de montar os sanduíches, ele entrou na cozinha e foi em direção a
Madison Conner.08:40— Faculdade. —Sala de aula — EUA — Washington.Entrando na sala eu sigo calmamente para o meu lugar, coloquei minha mochila sobre a mesa e me sentei, tirei o meu caderno normal e peguei um lápis, irei primeiro fazer um rascunho e depois eu passo a limpo.Bom, vejamos. O que a porta representa para mim.Escrevo o título no caderno como: O que ela representa.Comecei a escrever o que veio à minha mente.A porta representa para mim algo que está indeciso, ao ver essa imagem me faz querer abrir essa porta e ser livre, mas algo me prende dentro dela e faz com o que eu não tenha coragem de abri-la. Representa indecisão, confusão, insegurança e medo. Medo que se eu abrir a porta não seja como eu sempre imaginei, tenho medo do desconhecido, correntes em volta do meu pescoço me impedem de avançar, não sei se algum dia eu irei conseguir ter coragem de quebrar essas correntes e abrir essa porta.A porta pode parecer linda por fora, mas por dentro dela tem algo sombrio e dolo
Hailey Maxwell.Desde o meu nascimento a minha vida tem sido bem difícil, meus pais são pessoas narcisistas e só pensam em si mesmo, eles acham que são o centro do universo. Nunca tive uma infância boa, nunca tive nenhum amigo, porque a única coisa que os meus pais vinham em mim era a beleza. Fui forçada a participar de vários desfiles enquanto eu ainda era muito nova, minha mãe controlava os meus alimentos e me impedia de comer coisas que pudessem me fazer engordar. E quando eu ganhava os prêmios, todo o dinheiro eles usavam para luxar, viajavam bastantes e me deixavam em casa com babá. Eles nunca me olharam como um ser humano.Na medida que eu ia crescendo os abusos deles iam piorando, queriam que eu tirasse fotos para uma agência de revistas playboy, ou como dizem, revistas pornô. Já que ofereceram muito dinheiro para meus pais, claro que eles não conseguiram a minha permissão, já que eu os ameacei dizendo que eu iria contar para a polícia, então me deixaram em paz.Eu comecei a od
Madison Conner.06:50 — Casa dos Conner. — Quarto da Madison — EUA — Washington.Sou acordada ao sentir bastante frio pelo meu corpo, tentei me levantar do chão, mas o meu esforço foi em vão, porque eu não consegui.— Droga!Notei que a minha voz saiu um pouco estranha, meu corpo todo está muito pesado, talvez eu tenha pegado um resfriado.Claro que eu peguei um maldito resfriado, eu tomei um banho de chuva e acabei adormecendo com as minhas roupas molhadas nesse chão frio, ficaria surpresa se eu não adoencesse.Tentei mais uma vez ficar em pé e finalmente consegui, fui me arrastando para o banheiro e observei o meu reflexo no espelho, meu Deus, eu estou horrível. Meus olhos estão inchados de tanto chorar ontem, estou muito mais pálida, também estou sentindo o meu corpo bem quente.Apoio a minha mão na testa e suspirei ao ver que eu estou com febre, mas eu não quero ficar aqui nessa casa, prefiro passar mal em outro lugar do que aqui, porque é capaz dele me espancar só por ficar em ca
Dominic Maxwell.Eu não tive uma boa infância, meus pais eram pessoas muito rígidas comigo, principalmente o meu pai. Como ele era o CEO de uma empresa muito famosa nos Estados Unidos, ele não queria que o filho mais velho tivesse algum erro, ele queria que eu fosse um homem perfeito para herdar a empresa. Ele também não queria que tivesse algum escândalo sobre mim pelos jornais, porque isso iria arruinar a sua imagem.Meu pai cuidava da minha educação de forma muito rígida, desde que comecei andar eu já tinha professores particulares ao meu redor, eu não tinha paz, não podia dizer não, eu era um robô nas mãos deles. Quando eu não atingia as expectativas deles eu sofria as consequências, meu pai me batia enquanto fazia perguntas de matemática para mim, se eu errasse as respostas sofreria mais ainda.O papel da minha mãe era me ensinar etiquetas, nunca se deve falar enquanto se come na mesa, meu andar deveria ser de alguém digno, eu jamais deveria abaixar a cabeça, porque um Maxwell nã