06:50 — Casa dos Conner. — Quarto da Madison — EUA — Washington.
Sou acordada ao sentir bastante frio pelo meu corpo, tentei me levantar do chão, mas o meu esforço foi em vão, porque eu não consegui.
— Droga!
Notei que a minha voz saiu um pouco estranha, meu corpo todo está muito pesado, talvez eu tenha pegado um resfriado.
Claro que eu peguei um maldito resfriado, eu tomei um banho de chuva e acabei adormecendo com as minhas roupas molhadas nesse chão frio, ficaria surpresa se eu não adoencesse.
Tentei mais uma vez ficar em pé e finalmente consegui, fui me arrastando para o banheiro e observei o meu reflexo no espelho, meu Deus, eu estou horrível. Meus olhos estão inchados de tanto chorar ontem, estou muito mais pálida, também estou sentindo o meu corpo bem quente.
Apoio a minha mão na testa e suspirei ao ver que eu estou com febre, mas eu não quero ficar aqui nessa casa, prefiro passar mal em outro lugar do que aqui, porque é capaz dele me espancar só por ficar em casa, tenho certeza que se eu for espancada o meu corpo não vai aguentar.
É melhor eu tomar um banho gelado para tentar amenizar essa febre.
Comecei a tirar minhas roupas de ontem, ainda está meio úmida as roupas, coloquei no cesto de roupas sujas e fiquei embaixo do chuveiro, liguei a torneira e fechei os olhos quando a água começou a cair sobre o meu corpo, abracei o meu corpo com muita força, essa água está um gelo.
Senti uma vontade enorme de tossir e não consegui segurar, comecei a tossir fortemente, me apoiei na parede para me segurar e continuei a tossir. Respirei fundo e resolvi acelerar esse processo do banho, ensaboei todo o meu corpo e depois me enxaguei. Desliguei o chuveiro e caminhei até a pia, minha expressão está cada vez pior.
Mas eu preciso ir para a faculdade, não quero ficar aqui, não quero mesmo.
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Terminei de me arrumar com muita dificuldade, foi muito difícil colocar a calça, já que quando eu me abaixei me senti um pouco tonta, depois eu vestir um moletom já que estou com muito frio. Peguei minha mochila e percebi que estou fraca, nem consigo levantar direito essa mochila.
Saí do quarto e fui caminhando lentamente pelo corredor, desci os degraus das escadas com muito cuidado para não cair, não vejo o meu pai em lugar nenhum e isso me deixou bem aliviada.
Eu não preciso fazer a comida dele, nem estou com fome, o que eu realmente estou sentindo é vontade de vomitar.
Hoje resolvi sair pela porta da frente e suspirei ao sentir o vento frio em meu corpo, fechei a porta e desci os pequenos degraus, comecei a caminhar em direção a faculdade andando bem lento, já que o meu corpo está fraco demais para andar rápido. Minha cabeça está tão pesada, meu corpo dói muito, estou notando a minha respiração muito ofegante.
Comecei a sentir muito calor no meio do caminho por causa do moletom, respirei fundo quando senti um calafrio passar pelo meu corpo.
— Merda. Porque agora?
Minha visão está ficando um pouco desfocada, eu preciso parar para descansar, mas não quero chegar atrasada na faculdade, eu preciso chegar na hora. Coloquei a mão na boca quando a vontade de tossir veio, quando retirei a minha mão vejo um pouco de sangue. Limpei o sangue na minha calça jeans escuras e continuei andando em direção a faculdade, meus pés estão doendo demais, mas mesmo assim continuo andando.
Suspirei aliviada ao reparar que já estou perto, olhei para o lado da calçada e não vejo nenhum carro, eu consegui atravessar a rua em segurança, vou me aproximando do portão.
— Madison!! — Escutei o meu nome ser chamado e me virei vendo a Hailey vindo na minha direção.
— Oi. — Respondi e fiz uma careta quando senti uma dor na garganta.
Ela parou e me analisou.
— Madison, você está bem? — Perguntou muito preocupada. — Você está muito pálida.
Pisquei algumas vezes tentando manter o foco.
— Estou...Bem. — Acabo me assustando com a sua mão gelada na minha testa.
— Meu Deus! Você está ardendo em febre, Madison! Você precisa urgentemente ir para o hospital. — Ela deslizou sua mão para a minha bochecha.
— E-Eu... Estou bem.
— Algum problema? — Olhamos para o lado e vimos o seu marido se aproximando de nós.
— Amor, ela está ardendo em febre. — Falou muito preocupada.
— Eu não... Estou doente. — Mesmo eu estando.
A Hailey me olhou bem séria.
— Com licença. — Ele falou e colocou sua mão na minha testa.
Senti um arrepio passar pelo meu corpo.
— Você está ardendo em febre, precisa ir para o hospital. — Falou sem tirar sua mão da minha testa.
Minha visão está começando a ficar muito desfocada.
— Madison? — Escutei o meu nome ser chamado bem longe. — Madison!!
Essa foi a única coisa que eu ouvi antes de desmaiar.
Dominic Maxwell.Eu não tive uma boa infância, meus pais eram pessoas muito rígidas comigo, principalmente o meu pai. Como ele era o CEO de uma empresa muito famosa nos Estados Unidos, ele não queria que o filho mais velho tivesse algum erro, ele queria que eu fosse um homem perfeito para herdar a empresa. Ele também não queria que tivesse algum escândalo sobre mim pelos jornais, porque isso iria arruinar a sua imagem.Meu pai cuidava da minha educação de forma muito rígida, desde que comecei andar eu já tinha professores particulares ao meu redor, eu não tinha paz, não podia dizer não, eu era um robô nas mãos deles. Quando eu não atingia as expectativas deles eu sofria as consequências, meu pai me batia enquanto fazia perguntas de matemática para mim, se eu errasse as respostas sofreria mais ainda.O papel da minha mãe era me ensinar etiquetas, nunca se deve falar enquanto se come na mesa, meu andar deveria ser de alguém digno, eu jamais deveria abaixar a cabeça, porque um Maxwell nã
Madison Conner.Vou voltando a consciência ao escutar alguns bip ao meu lado, isso me deixou um pouco agoniada com o barulho, fui abrindo meus olhos aos poucos e rapidamente os fechei por causa da enorme claridade.O que? Que luz forte é essa? Onde eu estou? Eu morri?Tentei mais uma vez abrir os olhos e fechei algumas vezes, mas logo fui me acostumando com a claridade e a realidade me acertou ao reparar que estou em um hospital.Não! Não!! Não!! Eles não podem saber! Não podem!O barulho do bip começou aumentar e me assustei quando a porta foi aberta, arregalei os olhos ao ver a Hailey.— Madison! — Ela correu até mim e fiquei mais ainda surpresa quando ela me abraçou.Seus braços são tão quentes, quase que eu me aproximava mais do seu abraço, acabei me afastando.— Hailey, porque estou no hospital? — Ela suspirou e segurou meu rosto, não consegui me afastar.— Nós sabemos o que aconteceu com você. — Senti o meu coração começar a acelerar.— O-O-O que? — Tentei mais uma vez me afasta
Madison Conner.Cinco dias depois.Durante esses cinco dias que eu fiquei no hospital, eu somente dormia, comia e dormia, era somente isso. O médico disse que é por causa dos remédios que eu estava tomando, eles me deram sono. Confesso que estou muito nervosa, hoje é o dia que eu irei conhecer a casa deles, o lugar que eu irei ficar até... Eu não sei dizer até quando, eu ainda tenho que perguntar isso a eles.Durante esses cinco dias, os dois sempre estavam ao meu lado assim que eu acordava, a Hailey me alimentava, já que eu não conseguia comer direito com uma mão. Sempre que pegava a colher, minha mão acabava tremendo, então ela começou a me alimentar bastante animada.Mas eu ainda tenho minhas preocupações, minhas inseguranças relacionadas ao meu pai, o Dominic me avisou que ele já deu parte para a polícia, agora é só esperar eles irem atrás dele. Claro que eles queriam me interrogar, mas ele não permitiu, somente o depoimento dos médicos já eram provas o suficiente para prendê-lo.
Hailey Maxwell.Fico observando a fase adormecida dela, com muito cuidado eu retiro a mecha de cabelo que caiu em seus olhos. Ela se remexeu e acabou se aproximando do meu pescoço, isso acabou causando arrepios pelo meu corpo.— O que você está fazendo comigo, Madison? — Esfreguei o meu polegar em sua bochecha com carinho.Eu percebi que durante esses cinco dias o carinho que eu sinto por ela, está me deixando muito confusa, eu quero está cada vez mais perto dela, quero fazer ela feliz, sinto uma enorme vontade de abraçá-la, não consigo ficar longe dela. Notei que o Dom também está agindo do mesmo jeito que eu, de fato eu ainda não consigo entender esse sentimento.A porta do carro foi aberta pelo Dom, ele entrou e fechou a porta com cuidado para não acordá-la.— Faz tempo que ela dormiu? — Perguntou em um tom baixo.— Faz uns cinco minutos. — Respondi. — Porque demorou?Ele cruzou as pernas e colocou a sacola de remédio em seu colo.— A fila estava bem cheia. — Aceno com a cabeça.—
Madison Conner.— Acorda logo, garota!!Olhei para o lado vendo o meu pai.O que? Como assim? Eu não estava no carro com a Hailey.— C-C-Como? — Ele sorriu e se aproximou de mim.— Achou mesmo que conseguiria fugir de mim? — Ele agarrou o meu pescoço com muita força, que acabou cortando o meu ar. — Nunca que eu vou deixar você ser feliz!!Ele me jogou no chão e começou a me chutar.— P-Para!— Você deveria ter morrido naquela sala! — Puxou meus cabelos. — Acha mesmo que esses dois vão te proteger de mim? Eu vou matá-los!— N-Não! Não!— Maddie! Maddie!Dou um sobressalto na cama assustada, senti braços me envolvendo com carinho.— Calma, eu estou aqui. — A voz do Dominic me alcançou.— D-Dom... Ele... Ele estava aqui... E-Ele estava. — Comecei a chorar em seus braços.— Foi só um sonho, querida. Você agora está segura. — Ele se sentou na cama e me puxou para o seu colo com cuidado. — Ninguém mais vai te machucar.Deixei o meu rosto em seu pescoço e o abracei com muita força.— E-Eu te
Madison Conner.Depois do almoço os dois começaram a me mostrar o resto da casa, fiquei bem surpresa ao ver que eles tinham uma piscina, assim que eu vi me deu uma enorme vontade de tomar um banho, mas infelizmente eu não pude por causa do meu braço engessado. Depois eles continuaram a me mostrar o resto das coisas, conheci a biblioteca, vai ser um belo passatempo, eu gosto muito de ler, mas antigamente eu não podia por causa daquele homem.O Dom me mostrou o seu escritório e disse que se eu não o encontrasse em casa, provavelmente ele estaria no escritório e que eu poderia ir lá a qualquer momento. A Hailey me mostrou o seu estúdio de artes, o lugar era simplesmente lindo, tinha vários quadros pintados, o cheiro de tinta me deixava muito animada, eu quero logo tirar esse gesso e poder pintar. Sinto falta disso.Depois que me mostraram a casa, eu acabei dormindo por está meio cansada, o médico nos avisou que como estou com anemia, eu me cansaria muito mais, e ele estava certo, porque
Madison Conner.03:00 — Casa do Casal Maxwell — Quarto da Madison — EUA — Washington.Começo a despertar do meu sono ao sentir a minha garganta muito seca, eu preciso muito de água, sentei na cama com muito sono, esfreguei meus olhos e bocejei.Ah, porque eu tive que acordar a essa hora.Olhei para a escrivaninha vendo que são exatamente três horas da manhã, mas uma vez soltei um bocejo e desci da cama andando em direção a porta do meu quarto, abri a porta e sai do quarto. Esfreguei meus olhos mais uma vez para tentar espantar um pouco o sono, parei de andar quando escutei um barulho estranho vindo do quarto deles, isso me despertou totalmente.Eles estão bem? Que barulho é esse? Pare som.Com muito cuidado girei a maçaneta da porta e abri com cuidado, coloquei a minha cabeça para dentro, arregalei os olhos e coloquei a mão na boca enquanto via os dois fazendo sexo.— Ahh Dom! M-Mais rápido! — Hailey gemia enquanto o Dom a penetrava rapidamente.Ele chupava seus seios com tanta vontad
Madison Conner.08:00 — Casa do Casal Maxwell — Quarto da Madison — EUA — Washington.— Querida, está na hora de acordar.Começo a sentir beijos sendo distribuídos pelo meu rosto.Ah, isso é tão bom.— Não quero. — Me virei de costas para ela e senti minha testa tocar em um peitoral.— A nossa princesa está cansada, amor. — A voz do Dom no meu ouvido chegou a arrepiar a minha pele.Ele me puxou para mais perto de si.— Mas foi ela mesma que disse que queria ir para a faculdade. — Ela beijou meu pescoço. — Não quer mais ir, amor? — Sussurrou no meu ouvido.Abri os meus olhos lentamente e fiquei observando o peitoral do Dom por alguns segundos, mas depois me virei para ela.— Quero... Mesmo que eu não vá desenhar, eu quero escutar e aprender mais coisas. — Ela sorriu e me deu um selinho.— Muito bem, nós iremos para a faculdade. — Ela se sentou na cama.Me sentei também e olhei para o Dom que nos encarava, corei um pouco com o seu olhar sobre mim.— O que? — Perguntei envergonhada.— Vo