Enfim chegou o grande dia, era o dia do casamento de Jade e Henrique. Jade estava com a barriga ainda maior, mas se sentia em condições de suportar toda a cerimônia de pé. Ela escolheu um vestido de renda, optando não pelo branco, mas pelo nude por adreditar combinar mais com ela. Eles se casariam em uma linda catedral, que foi toda decorada com lírios brancos e a recepção seria em um dos melhores hotéis da cidade. Camila e Kleber seriam seus padrinhos e mais um casal de amigos. Da parte de Henrique, os padrinhos seriam parentes, dois primos com suas esposas, sendo a dama de honra a filha de um dos primos. Nicolas seria aquele que levaria as alianças e estava empolgado com isso. Jaime entraria com Jade na igreja, isso a pedido dela, o deixando honrado por conduzi-la ao altar. — Está nervosa? — Camila pergunta ainda com bobs na cabeça. — Não muito — Jade sorri sendo maquiada — Pelo que conheço Henrique ele deve estar muito mais nervoso. — Kleber me ligou mais cedo, disse que já es
Duas semana depois que voltaram de lua de mel, nascia Amara Vitória, uma linda menina de olhos azuis como os da mãe, e muito cabeluda. Henrique chorava emocionado, pegando a filha no colo lhe beijou a cabeça e a levou até Jade que sorria feliz por ver aquela cena. — Ela é linda — Henrique fala ainda chorando com a filha nos braços. — Sim, ela é muito linda. Amara Vitória, apesar dos problemas enfrentados por Jade, nasceu grande e saudável e ao nascer mostrou ter bons pulmões de tanto que chorou, ao ponto de Henrique questionar ser normal. Depois de demonstrar ter bons pulmões, Amara Vitória mostrou ser uma criança calma, nem mesmo as visitas quando chegavam a incomodavam, ela só queria mamar e dormir, a única hora em que ficou mais tempo acordada foi quando Nicolas chegou para conhecer a irmãzinha, talvez por ele não deixa-la dormir, mas logo ela reclamou e Henrique com cuidado a ninou, com Nicolas ao seu lado, dizendo estar ajudando. — Papai, ela parece uma boneca — Nic
Jade e Henrique se sentam no sofá que havia na varanda, com Nicolas sentando entre eles. — Amara Vitória nunca foi de chorar, você chorava muito mais que ela, principalmente quando eu te forçava a comer alguma coisa que não gostava — Jade responde beliscando o rosto do filho que ri do que a mãe diz — Sua irmã só chorou muito quando nasceu, pensei que ela fosse perder o fôlego de tanto que chorou, me lembro que até briguei com o médico por ela estar chorando daquele jeito. — Na verdade você brigou com todo mundo que dizia ser normal ela chorar. — Bom dia mamãe, bom dia papai! — Amara Vitória chega vestida com sua camisola longa de princesa, que a avó tinha lhe dado. — Que menina mais educada — Jade beija o rosto da filha, ganhando um abraço — Gael está chegando com a dinda, vou providenciar os meus tampões de ouvido. — Gael é bonzinho, eu não acho que ele chora tanto — Amara Vitória abraça o pai ganhando um colo, mesmo com seis anos ela não dispensava o colo do pai.
Jade estava em seu quarto arrumando uma pequena mala, pensou que esse dia fosse demorar mais a chegar, mas ali estava ela, se preparando para voltar para a cidade de onde saiu prometendo a si mesma nunca mais voltar. Ela guarda as roupas com cuidado e calma, não estava com pressa, tudo o que mais queria é que as horas demorassem a passar e que ela não precisasse voltar para uma cidade onde só lhe trazia más recordações. Jade suspira desanimada guardando a última peça de roupa na bagagem e depois disso ela fecha a mala. Ela se senta na cama e permite que a sua memória volte ao passado, mesmo que esse passado ainda a fizesse sofrer. Quatro anos haviam se passado desde que ela pegou um ônibus e foi para outro estado, acreditando que a distância a fizesse esquecer de acontecimentos que quase a destruíram, mas ali estava ela, revivendo em pensamentos toda aquela dor. Saber que o seu pai era quem a obrigava a voltar, a fazia se sentir ainda mais revoltada pois, foi perda de tempo deix
Depois de dar um beijo no filho, Jade volta para o seu quarto, ela já estava com tudo organizado, havia feito um planejamento e sabia exatamente o que iria fazer e como. Decidida a ficar apenas o tempo necessário para resolver as questões inadiaveis, levava pouca coisa, se tudo corresse como planejado logo estaria de volta. Seus planos era colocar a casa e o apartamento que lhe foi deixado à venda, os imóveis alugados continuariam alugados, quanto as ações da empresa estava disposta a vender e, se ninguém se interessasse em comprar, seria capaz de fazer uma doação, apenas para se livrar de algo que a ligasse a Henrique. Aguiar, seu pai, não apenas assumia um cargo importante na empresa, mas era um dos acionistas da empresa de Henrique, por isso ela foi convocada para uma assembleia geral, e nessa assembleia ela ofereceria as suas ações. Na verdade, Jade torcia para que alguém a procurasse antes, e lhe fisesse uma proposta, as venderia por qualquer valor, o importante era se livrar
Usando todas as economias que tinha, Jade decidiu mudar de cidade, optando por morar em outro estado, não queria correr o risco de Henrique encontrá-la, isso é, se ele a procurasse, já que estaria ocupado com a filha recém nascida e a amante de resguardo, assim ela pensou na época. Decidiu recomeçar do zero, disposta encontrar um trabalho tão bom ou um cargo melhor do que o que ocupava antes, mas ao descobrir a gravidez pensou ser difícil conseguir um emprego formal, por isso, Jade decidiu por em prática o que tinha aprendido nos anos que morou com a sua avó, costurar. Aos poucos ela conseguiu montar uma pequena confecção que crescia gradativamente, e atualmente a sua marca lhe dava uma boa lucratividade. Na manhã seguinte, depois de passar quase toda a noite em claro, Jade acorda com alguém em sua cama, fazendo festa. — Mamãe, é hoje que vamu viaja? — Nicolas pergunta animado.— Hummmm... ainda não está na hora de acordar rapazinho.— Tá sim mamãe, eu já domi muito e a mamãe tamb
Henrique percebe o nervosismo de Camila e decide investigar mais um pouco, tentando descobrir ser Jade a pessoa com quem ela falava ao telefone.— Essa sua amiga é a médica que vai te atender? — Ela o olha sem saber o que responde — Disse ontem que precisava sair mais cedo hoje para ir a uma consulta, eu escutei você falando com alguém, mas como ouvi você falando agora ao telefone que vai buscar alguém no aeroporto, me pergunto se é a médica — Por todo esse questionamento Camila não esperava. — Não... não — Camila arruma as coisas de sua mesa visivelmente nervosa — Essa minha amiga está vindo passar alguns dias comigo, como ela não é daqui, vou buscá-la no aeroporto e ela irá comigo na consulta, é só isso — Camila tenta ser o mais natural possível.— Você sempre foi péssima em mentir — Henrique ajeita a manga do paletó — Traga a declaração do médico amanhã, eu mesmo quero ver.— Sim senhor — Camila responde revirando os olhos, sem se preocupar de não ter nenhuma declaração para apre
Quando Henrique conheceu Sofia, ela lhe ofereceu tudo que ele gostava entre quatro paredes, mas ouvir ela dizer que Jade não sabia o agradar na cama o deixou irado, pois não era verdade, Jade era perfeita demais para ele, foi isso que ele constatou quando se viu sem ela. Depois de quatro longos anos ele ainda pensava em Jade, sentia uma imensa saudade daquela que soube o conquistar com o seu jeito simples e inseguro. Sentia a falta dela em tudo o que faziam juntos, como jantar aos risos, passear de mãos dadas, dançarem colados, mesmo quando era só os dois eles dançavam em um clima bem romântico. Sentia falta da respiração dela em seu pescoço quando dormiam juntos e a falta dela pela manhã quando ele dormia em seu apartamento, ou ela no dele. Nunca pensou sentir tanta a falta de alguém, e era muito dificil continuar sem ela, era como se lhe faltasse algo, e o que mais lhe doía era saber ter sido ele quem a fez ir embora. Henrique sonhava reencontrá-la para lhe pedir perdão e lhe