5- Anne.

Ele era maravilhoso, e apesar da diferença de idade, aquele homem mexia comigo de uma forma que eu mal conseguia controlar. A rivalidade entre nossas famílias, que durava décadas, parecia insignificante diante do desejo que queimava em mim. Cada encontro clandestino, cada toque, só reforçava o quanto eu estava disposta a desafiar todas as regras por ele.

Cerrei os lábios quando ele empurrou o pau para dentro de mim com força, me prendendo contra a parede, fazendo-me revirar os olhos de prazer. A intensidade do momento me consumia, arrancando-me suspiros a cada investida dele e eu lutava para manter sob controle.

Suas mãos seguravam firmemente minhas coxas, erguendo-me para ajustar melhor nossos corpos. A parede fria contra minhas costas contrastava com o calor que irradiava de nossos corpos em contato. O atrito entre nós era eletrizante, uma dança de prazer que eu nunca queria que terminasse.

Eu podia sentir cada movimento, cada pulsar dentro de mim, e isso só aumentava a urgência do momento. Meus dedos cravaram-se em seus ombros enquanto ele se movia dentro de mim com uma precisão que me deixava à beira do êxtase. Minhas unhas arranhavam sua pele, marcando-o, como se eu quisesse deixar um pedaço de mim com ele, mesmo depois que essa loucura terminasse.

— Gabriel… — murmurei, tentando manter minha voz baixa, mas não conseguindo conter o som que escapava dos meus lábios.

Ele aumentou o ritmo, cada estocada me levando mais perto do limite. Eu mordi o lábio, tentando sufocar um grito que ameaçava escapar. A sensação de estar tão próxima, tão conectada a ele, era algo que eu nunca havia experimentado antes. Parecia que estávamos destinados a isso, a nos encontrar mesmo no meio de tanta confusão e obstáculos.

Sentia que o clímax estava próximo, o prazer acumulando-se dentro de mim como uma onda prestes a quebrar. Ele percebeu, seus movimentos se tornaram ainda mais intensos, como se quisesse me levar ao limite e além.

E então, finalmente, aconteceu. Um prazer explosivo me dominou, fazendo meu corpo tremer em seus braços. Mordi o ombro dele para abafar o grito de êxtase que ameaçava escapar. Meu corpo inteiro se apertou ao redor dele, cada fibra minha se entregando ao prazer que ele proporcionava.

Ele não parou, continuando até alcançar seu próprio clímax, seu corpo tenso contra o meu enquanto liberava tudo de si. Ficamos assim, nossos corpos colados, ofegantes, enquanto o mundo ao nosso redor lentamente voltava ao foco.

Quando finalmente nos separamos, ainda com as respirações pesadas, ele me olhou nos olhos, uma mistura de satisfação e preocupação neles. Eu sabia que aquela noite não resolveria nossos problemas, mas no momento, tudo o que importava era o que acabávamos de compartilhar.

De repente, ouvimos passos se aproximando. Meu coração disparou, e vesti-me rapidamente, tentando recompor minha aparência. Antes que pudesse pensar em uma saída, dei um pulo de susto ao ver meu pai surgindo das sombras, o rosto contorcido de raiva.

— Seu pedófilo! — gritou, apontando o dedo acusadoramente para Gabriel.

Meu sangue gelou, mas tentei manter a calma.

— Não diga besteira, pai, sou maior de idade!

— Cala a boca, vagabunda! — Perdeu o controle, antes de me acertar com um tapa na cara.

O impacto fez minha cabeça virar para o lado, e senti o ardor instantâneo se espalhar pela minha pele.

Antes que eu pudesse reagir, ouvi um rugido vindo de Gabriel. Ele avançou para cima do meu pai, os olhos cheios de fúria, os punhos cerrados.

— Como ousa tocar nela?! — Gabriel rugiu, empurrando meu pai com força.

Meu pai tropeçou para trás, mas sua raiva só parecia aumentar. Ele tentou avançar novamente, mas Gabriel estava pronto para enfrentá-lo. As emoções se desenrolavam rapidamente, como uma tempestade prestes a explodir. Eu sabia que precisava intervir antes que as coisas saíssem do controle.

— Parem! — gritei, colocando-me entre os dois. — Não assim, por favor!

Gabriel respirava pesadamente, com as mãos ainda cerradas em punhos. Ele olhou para mim, evidenciando o conflito em seus olhos.

Meu pai, por outro lado, me encarava com um ódio que eu nunca havia visto antes.

— Seu cretino! — ele gritou, ainda tentando alcançar Gabriel. — Sempre soube que você era um desgraçado, mas isso?! Ultrapassa todos os limites!

— E você acha que me controlar com ameaças vai mudar alguma coisa? — Gabriel retrucou, a voz firme. — Ela é uma mulher, e pode fazer suas próprias escolhas.

Meu pai tentou avançar novamente, mas desta vez fui eu que me coloquei diretamente em seu caminho, encarando-o com determinação.

— Pai, eu te amo, mas você não pode controlar minha vida assim. Estou com Gabriel porque eu quero, porque eu o amo. E você vai ter que aceitar isso.

Ele me olhou com uma mistura de choque e raiva, mas percebi que, por um momento, ele não sabia como responder.

— Vamos embora daqui. — Ele agarrou meu braço com força e me puxando em direção à sua caminhonete.

Gabriel tentou intervir, mas com um olhar suplicante, pedi que ele deixasse. Eu sabia que, se continuássemos ali, a situação só pioraria.

— Nos vemos depois, Gabriel — murmurei, tentando transmitir confiança. Ele hesitou, mas finalmente recuou, permitindo que eu fosse com meu pai.

Entrei na caminhonete, sentindo o corpo rígido pela tensão. Meu pai entrou do outro lado, batendo a porta com força antes de dar partida no motor. Enquanto ele dirigia, o silêncio no veículo era cortante, mas logo foi preenchido por sua voz, elevada e cheia de fúria.

— Como você pôde fazer isso, Anne?! — gritou, apertando o volante com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos. — Você não tem noção do que acabou de fazer! Esse homem vai arruinar sua vida!

Olhei pela janela, tentando manter a calma enquanto ele continuava a gritar, transbordando raiva em cada palavra.

— Ele é velho o suficiente para ser seu pai! E ainda por cima, é um Hernandez! Você está cega? — Sua voz soava desesperada, quase sufocada pela intensidade das emoções.

Cada palavra dele era como um golpe, mas eu sabia que precisava me manter firme. Eu não podia deixar que ele destruísse o que Gabriel e eu tínhamos, mesmo que isso significasse enfrentar sua ira.

— Você não entende, pai — murmurei, ainda olhando para fora.

— Eu o amo. Não posso simplesmente ignorar o que sinto.

— Isso não é amor, é loucura! — Ele parou bruscamente o carro à beira da estrada, derrapando os pneus no asfalto. — Ele está te usando, não vê isso? Para me atingir, para me destruir!

Virei-me para ele, finalmente encarando-o.

— Você acha que tudo gira em torno de você? Que não sou capaz de tomar minhas próprias decisões? Gabriel não está me usando. Ele se importa comigo, e eu me importo com ele.

Ele socou o volante, atingindo um novo pico de frustração.

— Você é jovem demais para entender as consequências disso.

Está arriscando tudo por um capricho!

As lágrimas ameaçavam cair, mas eu as contive, mantendo minha voz firme.

— Não é um capricho. Eu sei o que estou fazendo. E mesmo que você não consiga ver agora, um dia vai entender.

Meu pai respirou fundo, tentando recuperar o controle, mas a raiva ainda pairava no ar. Finalmente, ele deu a partida na caminhonete novamente, continuando a dirigir em silêncio, enquanto as palavras amargas ainda ecoavam entre nós.

O caminho de volta para casa foi tenso, cada segundo carregado de emoções que nenhum de nós sabia como lidar. Eu sabia que, as coisas entre nós, nunca mais seriam as mesmas, mas estava disposta a enfrentar as consequências. O amor por Gabriel me dava forças para continuar, mesmo diante da tempestade que se aproximava.

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