8- Gabriel.

— Que cara é essa? — perguntou meu irmão Benício, quando nos cruzamos no corredor pela manhã.

Surpreendi-me com a presença dele. O trabalho como advogado o fazia ir e vir da capital, e muitas vezes passava mais tempo fora de casa do que aqui. Ele era o tipo de pessoa que sempre estava em movimento, resolvendo problemas e defendendo causas, o que o tornava um visitante raro no velho casarão da família.

Depois que Celina, minha esposa, morrera, minha mãe me convenceu a voltar para a casa da família. Não queria que eu ficasse sozinho, perdido em meus pensamentos e na dor que parecia não ter fim. Ela achava que estar cercado por aqueles que me amavam me faria bem, que talvez o peso do luto fosse mais fácil de carregar se estivesse entre familiares. Mas eu não poderia afirmar que isso tinha me feito bem.

— Benício — cumprimentei, tentando parecer mais animado do que realmente estava. — Chegou quando?

— Ontem à noite. Achei que ia te encontrar no jantar, mas parece que você estava ocupado —
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