11- Anne.

Meu pai me abandonou lá sem olhar para trás. Assim que o som do motor da caminhonete desapareceu ao longe, tirei o celular do bolso, na esperança de encontrar algum sinal. Nada. Nenhuma barra, nenhuma conexão com o mundo exterior. Eu estava presa no meio do nada, completamente isolada.

Senti o desespero me invadir, e a única coisa que consegui fazer foi enfiar a cabeça no travesseiro e deixar as lágrimas correrem. Chorei, não apenas pelo que estava acontecendo, mas pela impotência de não poder fazer nada para mudar aquela situação. A solidão naquele lugar parecia ainda mais pesada com o silêncio que me envolvia.

Enquanto eu soluçava baixinho, ouvi a porta do quarto se abrir. Minha tia entrou, seus passos firmes e decididos, ignorando completamente as minhas lágrimas. Ela era uma mulher prática, sem tempo para sentimentalismos. O que eu sentia naquele momento parecia irrelevante para ela.

— Se vai ficar aqui, tem que ajudar — disse com a voz firme, sem espaço para negociações.

Levantei
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