4- Anne.

A reunião começou, e fiz o meu melhor para me concentrar nos pontos discutidos. Gabriel manteve uma postura profissional, mas eu podia sentir a tensão entre nós. Cada vez que nossos olhares se cruzavam, era como se uma corrente elétrica passasse entre nós.

Depois de algum tempo, o diretor pediu uma pausa. Gabriel se aproximou de mim, com um sorriso que fazia meu coração acelerar.

— Como você está, Anne? — perguntou, roçando levemente sua mão na minha.

— Tentando me concentrar — respondi, com um sorriso tímido.

— Também estou.

O toque dele era breve, mas suficiente para me fazer lembrar de tudo o que aconteceu. O desejo estava ali, apenas sob a superfície, esperando para explodir novamente. Sabíamos que precisávamos ser cuidadosos, mas a atração entre nós era inegável.

A pausa terminou e voltamos à reunião, mas eu sabia que aquele momento roubado era apenas um prenúncio do que ainda estava por vir.

Quando a reunião terminou, num instante, Gabriel passou por mim enquanto se despedia de todos e me entregou um pequeno papel dobrado sem que ninguém visse. Esperei até que todos saíssem da sala para abrir o bilhete. Minhas mãos tremiam levemente de expectativa enquanto desdobrava o papel.

“Nos encontramos às 18h no parque. Preciso falar com você.”

Guardei o bilhete na bolsa, tentando disfarçar a excitação que pulsava em meu peito. Saí da sala de conferências, ainda sentindo a presença de Gabriel ao meu redor. Voltei para minha sala de aula, tentando focar nas crianças e em suas atividades, mas minha mente continuava a vagar para o encontro que se aproximava.

O dia passou devagar, cada minuto parecendo se arrastar. Finalmente, quando o relógio marcou 17h30, arrumei minhas coisas e saí da escola. Caminhei em direção ao parque, o coração batendo mais rápido a cada passo. O ar fresco da tarde trazia um pouco de alívio para minha ansiedade, mas nada poderia dissipar a mistura de nervosismo e antecipação que sentia.

Ao chegar no parque, fui direto para uma região mais afastada, perto de uma casa de manutenção, onde costumávamos nos encontrar às escondidas. Meu coração disparou quando o vi esperando ali, encostado na parede com um olhar sério.

— Anne, não podemos continuar fazendo isso — ele começou.

— Por que não? — choraminguei, sentindo as lágrimas se acumularem. — Eu te amo.

Ele passou a mão pelos cabelos, claramente frustrado.

— Não sou homem para você.

Dei um passo à frente, tentando desesperadamente tocar sua mão.

— Disse que não tem medo do meu pai.

— E não tenho — ele respondeu, firme. — Mas tenho o dobro da sua idade.

— E daí? — retruquei, com minha voz saindo mais alta do que pretendia.

— Anne, isso não é apenas sobre nós. — Ele segurou meus ombros com firmeza, me obrigando a encará-lo nos olhos. — Há tantas coisas em jogo. Sua família, minha posição… Não quero que você sofra por minha causa.

As lágrimas finalmente escaparam, deslizando pelo meu rosto.

— Mas eu não ligo para isso. Só quero estar com você.

Gabriel suspirou profundamente, puxando-me para um abraço apertado. — Eu também quero +. Mas precisamos ser cuidadosos.

Afastei-me um pouco, apenas o suficiente para olhar em seus olhos novamente.

— Vamos encontrar uma maneira, Gabriel. Eu acredito nisso.

Ele acariciou meu rosto, enxugando minhas lágrimas com o polegar.

— Também quero acreditar, Anne. Mas precisamos ser inteligentes sobre isso.

Ficamos em silêncio por alguns momentos, apenas abraçados, enquanto o mundo ao nosso redor parecia desaparecer. A luz do entardecer pintava o céu com tons de laranja e rosa, e por um breve instante, tudo parecia mais simples, como se nada pudesse nos separar.

Busquei seus lábios para um beijo, sentindo a urgência crescer dentro de mim. Precisava de mais dele, desesperadamente. Nossos lábios se encontraram com uma intensidade que quase me fez esquecer de tudo ao nosso redor. Minhas mãos deslizaram até sua nuca, puxando-o para mais perto, querendo sentir cada parte dele.

Gabriel correspondeu, segurando minha cintura, me puxando contra seu corpo. O calor de seu toque atravessava minhas roupas, fazendo meu coração acelerar ainda mais. Cada movimento, cada carícia, aumentava o desejo que sentia. Não queria que aquele momento terminasse.

— Anne… — ele sussurrou entre beijos, com a respiração pesada.

— Precisamos ser cuidadosos.

— Eu sei — respondi, minhas mãos deslizando por seu peito, sentindo os músculos tensos sob meus dedos. — Mas, agora, só quero você.

Ele me encarou, e sua expressão estava tomada por uma mistura de desejo e preocupação.

— Promete que vai ser cuidadosa? Assenti, sem soltar seu olhar.

— Prometo.

Nosso beijo continuou, mais lento e profundo. O mundo parecia distante, apenas nós dois naquele pequeno canto do parque. Os sons ao nosso redor se misturavam em um murmúrio suave, enquanto a brisa da noite começava a esfriar o ar. Mas o calor entre nós era tudo o que eu conseguia sentir.

Finalmente, ele se afastou um pouco, respirando fundo.

— Precisamos ir. Não quero que ninguém nos veja juntos aqui.

— Agora não! — Agarrei-o pelo pulso, puxando-o de volta para mim.

O toque da sua pele contra a minha era um lembrete do desejo que queimava dentro de mim. Puxei-o para mais perto, sentindo seu corpo quente pressionado contra o meu. O olhar de Gabriel era uma mistura de preocupação e desejo, mas ele não resistiu.

— Anne, temos que ser cuidadosos…

— Só mais um pouco — implorei, num sussurro.

Ele me puxou para um abraço apertado, e nossos lábios se encontraram novamente. O beijo era urgente, cheio de paixão reprimida. Suas mãos deslizaram pelas minhas costas, segurando-me firmemente. Cada toque dele fazia meu corpo responder, como se estivesse feito para isso.

— Preciso de você — sussurrei, meus lábios roçando os dele. Ele suspirou, seu fôlego quente contra minha pele.

— Anne…

— Você pode ir embora ou transar comigo.

— Você é terrível.

— Louca por você, prefeito.

Voltamos a nos beijar, a urgência crescendo entre nós. Tudo o que eu queria eram seus beijos, suas mãos pelo meu corpo todo. As minhas subiram por sua nuca, entrelaçando-se em seus cabelos enquanto nos movíamos para um lugar mais discreto, atrás da casa de manutenção. A brisa noturna misturava-se com o calor de nossos corpos, criando um contraste que apenas aumentava o desejo.

Ele me empurrou contra a parede, explorando minha cintura com suas mãos, subindo lentamente. Meu vestido se ergueu com cada toque, revelando mais da minha pele. Minhas pernas se entrelaçaram ao redor de sua cintura, aproximando-nos ainda mais.

Gabriel beijou meu pescoço, seus lábios quentes traçando um caminho de fogo até minha clavícula. A sensação de sua boca contra minha pele me fez arfar, meu corpo respondendo a cada toque. Suas mãos encontraram meu seio, apertando suavemente, enviando ondas de prazer por todo o meu corpo.

Ele puxou meu vestido para cima, expondo-me completamente. Sua mão desceu até minha intimidade, tocando-me com uma habilidade que apenas aumentava minha necessidade. Nossos olhos se encontraram, a conexão entre nós, tão intensa que era quase palpável.

— Quero te sentir — ele murmurou, sua respiração quente contra minha orelha.

Uma onda de excitação atravessou meu corpo. Ele desabotoou a calça rapidamente, libertando-se. Nossos corpos se alinharam, e quando ele entrou em mim eu revirei os olhos, mordendo os lábios para conter um grito de prazer.

Minhas mãos deslizaram por suas costas, unhas arranhando levemente, enquanto nossos movimentos se intensificavam. O som de nossa respiração pesada misturava-se com os ruídos suaves da noite.

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