Ellie Miller
"Escuto o barulho do vidro se espatifando.
Escuto os gritos, o choro.
Eram meus, saiam da minha boca, mesmo que eu estivesse tentando não fazer nenhum som, mas era impossível.
Mais vidro quebrado.
Caio no chão, e sinto algo molhado no meu braço.
Era meu sangue escorrendo do local onde a pelo se encontrava exposta, e o osso era visível. Um grito alto sai da minha boca............."
Acordo assustada e suando. Outro pesadelo.
Olho o celular e eram 03 horas da madrugada, dificilmente conseguirei dormir novamente, então me levanto e vou a procura de algo para assistir e passar o tempo.
A maioria das noites eram assim, pesadelos, atrás de pesadelos, então me sento no sofá da sala assistindo e quando dou por mim, já está amanhecendo, como agora.
E início a rotina de me arrumar para ir trabalhar.
Respiro fundo assim que chego na minha sala, na empresa, hoje o dia não estava legal.
Reviso algumas reportagens da revista, e depois não faço mais nada, minha cabeça continua voltando para o pesadelo, várias e várias vezes.
E o pior que os pesadelos só me fazem desencadear memórias que tento esquecer.
Mas rapidamente, do mesmo modo que começou, esqueço, pois seu Edgar entra na minha sala afobado, acho que nunca o vi assim, estava vermelho, seu olhar é de puro medo. E antes que eu fale alguma coisa ou pergunte o que aconteceu, ele fala:
— Abra o site da revista Hipérbole, urgente!
Estava seriamente preocupada dele ter um infarto, então abri e eu própria quase tenho um.
Escândalo
" A Méier empreendimentos, nova parceira, vaza modelos e arquivos exclusivos da Mancini "
E logo abaixo listado vários documentos que foram vazados. Aquilo iria arruinar a vida do Sr. Edgar.
Socorro! Meu rosto deve denunciar meu choque.
— Ellie vamos agora para a Mancini tentar reverter essa situação.
E praticamente voamos até lá. Em um piscar de olhos me encontro sentada na sala do CEO, não duvido nada que que irá abrir um buraco no chão de tanto que caminha de lá para cá.
— COMO ISSO ACONTECEU!? - ele grita.
Minha respiração falha, me encolhi na hora.
— Dan, por favor se acalme.— Sr. Edgar fala com sua paciência. Não sei se cheguei a mencionar que as famílias dos dois se conhecem, talvez isso influencie ele a pelo menos nos escutar.
— Me diga Edgar, como vou me acalmar, com uma notícia dessas, que põe em risco toda a minha vida? Tudo que lutei para construir? Meu advogado de confiança se quer está aqui.
— Deve ter um jeito, vamos dar um jeito. — ele enfatiza, e então me encara.— O que sugere Ellie?
Eu devo está parecendo aqueles bichinhos acuados, e piora quando ele me encara.
— Eu... eu... é...
— É PARA FALAR! E NÃO GAGUEJAR!
Me encolhi ainda mais.
Grosso.
Ele nota e respira fundo: — O que você sugere?
— Talvez possamos emitir alguma nota, estou segura de que nossa empresa não terá vazado nada, seria bom o senhor ligar para perguntar a seu advogado se poderíamos fazer isso. E iniciar uma investigação, além é claro do processo para retirar da mídia.
— A senhorita está insinuando que saiu a informação de dentro da minha empresa? — Ainda em pé, ele coloca as mão sobre a mesa e me encara bem no fundo dos meus olhos.
Até com raiva esse homem fica lindo.
— Não teria outra explicação senhor! — falo, ainda receosa. — Vários dos documentos que foram vazados da SUA empresa, não temos acesso, tem coisa absurda associado a Méier que nunca colocamos os olhos.— Falo com total convicção, no final, já estava mais confiante para falar.
Ele me encara por longos segundos e respira fundo.
— Vou ligar para meu advogado.
E vai para o canto da sala.
— Me desculpe te envolver nisso minha filha.- volto a olhar para seu Edgar e dou um sorriso.— É a pessoa em quem mais confio para esse tipo de situação.
— Está tudo bem, mesmo que o senhor não tivesse me chamado, eu iria querer ajudar de alguma forma. — conforto ele.
— Você se saiu muito bem, devo dizer que ele não é uma pessoa fácil de se convencer, ou aceitar a opinião dos outros, especialmente de quem ele não conhece.
A cara desse cavalo não nega, grosso, ignorante, babaca, idiota.............
— Vamos fazer a nota. — fala cortando meus pensamentos.
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20:15.
Eu estava sentada na frente do notebook tentando fazer algo coerente.
E digo com clareza que até esse momento nada saiu, o por quê? Simples, não discutimos menos de 20 vezes, sério, que homem irritante, tenho dó da esposa dele, coitada deve aguentar o pão que o diabo amassou de ter essa criatura dentro de casa.
O Sr. Edgar me paga desta vez por me largar só com essa criatura.
E nesse momento estamos em mais uma linda discussão.
Deus me dê paciência.
— Sr Mancini, por favor. — Corto seja lá o que ele estivesse falando. — Já está tarde, eu estou cansada, e se não chegarmos a um consenso, não sairemos hoje daqui. — falo com toda calma possível.
Mas ao invés de uma resposta, senti sua respiração no meu pescoço, nem deu tempo de virar quando escutei:
— Acredite, apesar de toda discussão, não estou nem um pouco interessado em ir para casa. — ele sussurrou no meu ouvido.
Me arrepiei toda.
— Acredite, — me virei para ele, ficamos tão próximos que pude sentir sua respiração — já eu estou muito interessada em ir para a minha casa.
Ele simplesmente riu.
— Estou falando sério.
— Bem, seu corpo diz totalmente outra coisa.
Fiquei calada, porque ele não estava errado.
— Faça o que achar melhor e publique logo.
Obrigado Deus!
E é o que eu faço. Detalhadamente, e lá para as 22:00 da noite, depois da aprovação dele, publicamos a nota.
— Vamos. — fala já pegando suas coisas e seguindo para a porta, não demoro a segui-lo.
Pegamos o elevador juntos em um silêncio constrangedor.
— Vamos para o carro, eu te deixo em casa.
— Não precisa, Sr. Mancini — me apresso em dizer.
— Eu faço questão.
— Não precisa, de verdade Sr........
Não termino porque em um piscar de olhos estou presa entre seus braços musculosos, minha respiração se torna mais irregular ainda quando ele se abaixa aproximando o rosto do meu. Seus olhos focam nos meus e ele dá um sorriso.
Não consigo desviar. Droga. Porque ele tinha que ser tão lindo.
— Sabe, Ellie, não vou mentir o tesão que me dá quando seus lábios se movem falando senhor. — eu ainda tenho pernas? Devo ter perdido elas quando eles desceu o olhar para minha boca. — Mas devo dizer que eles devem ficar ainda mais lindos quando pronunciam o meu nome, então a partir desse momento me chame apenas de Dan.
Alguém roubou minha voz. E não foi somente pelas últimas palavras dele e sim porque ao pronunciar elas, ele encostou o rosto na curva do meu pescoço onde depositou um beijo.
E outro.
E quando abri a boca para falar alguma coisa, ele me deu outro, e ao invés de alguma palavra sair, eu gemi.
Gemi. Céus, estou louca.
— Porra, agora sim você me deixou de pau duro.
Não deve existir nesse momento alguma coisa mais vermelha que eu.
Mas antes que qualquer um de nós falasse alguma coisa, o elevador abriu as portas. Ele simplesmente me soltou, com um sorriso convencido no rosto e seguiu até o único carro na garagem.
— Você não vem? — falou quando viu que eu não sai do local.
Então eu descobri como caminhar e seguir ele até o carro.
Dan Mancini Coisa mais linda. Linda pra caralho. E a desgraçada ainda era cheirosa. Sim, falo de Ellie Miller. Desde o primeiro dia que coloquei os olhos naquele ser de pura beleza não penso em outra coisa, a não ser tê-la debaixo de mim. Claro que para mim mulheres não faltam, mas quando coloco na cabeça que quero uma mulher, não paro até tê-la. E essa era minha meta para Ellie Miller. Ela tem uma coisa que me intriga, um mistério. E eu quero desvendá-lo. Nem que para isso passe por cima da minha parceria com Méier. Pois o velho teve coragem de me falar que conhecia meu tipo e que me queria longe da funcionária dele. Faça-me rir. Primeiro achei que ele tinha algum tipo de tara nela, mas no dia seguinte a ele me falar isso, quando eu estava no telefone com o meu advogado, acabei escutando ele falar com ela. E percebi ali que ele a considerava uma filha. Do mesmo modo que me lembrei que ele tinha perdido uma a alguns anos, e que ele sofreu muito. Coitado, tentando compensar a c
Ellie Miller "— Quem é você? — me assustei na hora, e me viro para trás. — Oi, sou Lizzie, uma plincesa e tenho cinco aninhos — eu falo sorrindo, mas logo fecho a boca ao me lembrar que o meu dente da frente tinha caído. — Você é um plíncipe também? O garoto a minha frente acha graça. Era um garoto muito bonito. — E o que faz aqui Lizzie? — Eu vim acompanhar o meu papai, ele veio falar com o senhor desse plédio. — Então eu acho que o seu papai e o meu estão tratando de negócios. O que acha de brincarmos enquanto eles conversam? — Sim! — falo muito animada. — Qual o seu nome? — Então Lizzie............ Sua voz saia como um pequeno sussurro. Lizzie" Acordo assustada. Lizzie. Deve ter uns 7 anos que ninguém me chama mais assim. Minha família me chamava de Lizzie até os meus 5 anos, mas depois disso meu pai falou que eu tinha que amadurecer. Uma criança de 5 anos amadurecer. Bem fácil. Não que eu me lembre de algo nessa idade, não tenho essa memória boa, mas porque nos an
Ellie Miller O domingo geralmente eu passava o dia todo assistindo. Especialmente hoje que o dia estava muito frio. Alguém b**e em minha porta e vou abrir. — Surpresa! — Louise está parada em minha porta com bolo e uma garrafa de café na mão. O cabelo ruivo preso a um rabo de cavalo, os olhos azuis pareciam cansados, mas nada impedia o sorriso no rosto direcionado para mim. A cópia da Sadie Sink. Não sei se tive oportunidade de mencionar, mas amo café. Ela me abraça e dou espaço para ela entrar. - Como está? Tem quase uma semana que não te vejo.- Fala sentando no sofá e colocando as coisas sobre a mesinha de centro. - Estou bem e você como anda a faculdade? - Pergunto me sentando no sofá de frente a ela e já pegando um pedaço de bolo.- Droga! Mordi o bolo antes de beber o café, agora vai ficar sem doce. Quem nunca fez isso? Ela ri. - A faculdade anda a mesma merda de sempre, peço todos os dias paciência para sobreviver aquilo.- fala se deitando.- Quando você estava na faculd
Ellie Miller Era um restaurante italiano. — Espero que goste de comida italiana.— fala assim que estaciona o carro em frente ao restaurante.- Vou abrir a porta para você.— fala e sai do carro dando a volta rapidamente. Ele já era lindo, e ficava mais ainda quando era cavalheiro. — Obrigada! — falo assim que ele abre a porta e me dá a mão para segurá-la, ele dá a chave ao manobrista e seguimos para dentro. Ele coloca a mão em minha cintura para me guiar, e no mesmo instante sinto um arrepio. Disfarço e sigo para dentro. Eu já tinha ouvido falar deste restaurante, era anexo a um luxuoso hotel, só uma Água aqui custaria meu rim. — Olá Sidney,- Dan fala assim que paramos na entrada do restaurante.— Nossa mesa já está pronta? — Boa noite Sr. Mancini! — fala o homem, ele era magro, alto e nem conseguia disfarçar sua curiosidade em relação a mim. — Já sim me acompanhe por favor. Se vira e segue entre as mesas, várias delas ocupadas. Por dentro era maior do que eu pensava, seguimos
Ellie Miller “Sinto uma carícia no meu rosto. Não consigo ver quem faz, mas sinto que gosto da pessoa, que ela é carinhosa. Estou nos seus braços, e nunca me senti tão segura igual estou me sentindo nesse momento. - Ellie, você é linda, está perfeita. Então o sonho muda. Estou correndo. A noite está muito fria, e estou sem nenhum casaco, só consigo correr, sem saber direito para onde vou. De repente sinto as mãos puxando meu cabelo. Grito. - Não adianta gritar!- ele grita comigo.- Agora vamos nos resolver em casa. Tento acordar do sonho mas não consigo. Ele está me prendendo, o sonho e a pessoa. Ele me j**a em casa. - O que eu falei para você! - o jarro se quebra quando ele o j**a na parede. - Eee..... - Cala a boca! - ele vem para cima de mim. É o meu fim.” Acordo assustada. Me levanto correndo para fechar a cortina da janela de vidro do meu quarto. Respiro fundo e tento me acalmar. Olho as horas e já são 05 da manhã. Já fazia meses que a paralisia do sono não me
Dan Mancini Sorriso da porra! Era o que ela tinha, ela e seu sorriso não saiam da minha mente, mesmo cinco dias depois do jantar. Eu tinha o numero dela que peguei como desculpa do trabalho, confesso, mas não tinha coragem de mandar um oi. E eu queria tanto descobrir se ela tinha achado o jantar tão bom quanto eu achei, na verdade queria perguntar se ela aceitaria sair comigo , dessa vez um convite certo, não indo a um que não eu certo e ficar foi a opção. Um jantar que iríamos nós dois, porque aí ela saberia que minha intenção era mais que falar palavras em italiano para ela não entender. Era realmente levá-la a um encontro decente. Eu até compraria flores. Ou livros. Ela com certeza deve amar livros. Nunca na minha vida fiquei tão encantado com uma mulher, deve ser a idade chegando. Isso, ou realmente amor à primeira vista existe. E mesmo aqui, no jantar com minha família, não pensava em outra coisa a não ser nela. - O que tanto pensa meu filho? - pergunta meu pai, apesar
Ellie Miller Devo esta parecendo uma idiota! Sim, com certeza, porque estou a 10 minutos encarando a tela do celular, com a mensagem dele, Dan Mancini. A mensagem é a seguinte. "Oi Ellie, é o Dan, gostaria de saber se você poderia me acompanhar em um importante concerto, preciso encontrar um importante investidor que estará presente, e eu gostaria de uma companhia. Aguardo ansiosamente sua resposta. Dan Mancini. " E agora? O que eu respondo? A campainha toca, e vou abrir a porta. — Oi Ellie, — Louise está parada na porta, a tristeza é notável. — Oi, entra— dei espaço para ela.— Aconteceu algo? Ela fica alguns segundos em silêncio. — Não, nada— não acredito muito, mas se ela não se sente segura para contar, não vou pressionar. — Só não queria ficar só em casa, mamãe viajou a trabalho e levou Helena Hope. — Ainda bem apareceu.— falo me sentando no sofá ao seu lado — Recebi um convite para um concerto. — Mulher do céu! — exclama me encarando. — O que você ainda tá fazendo aqu
Dan Mancini Cara! Inferno de mulher linda. Não existia palavra no mundo para descrever a beleza dessa mulher. Ela já era linda, mas hoje, ela está....... Espetacular! E o sorriso? O sorriso me matava! Aqueles lábios com batom vermelho, estavam me deixando louco. Acho que nem vou conseguir dirigir, nem andar, porque ela se encontra parada na minha frente e eu devo estar encarando ela como um maníaco. Talvez o delicioso perfume dela tenha me embriagado, o cabelo preso com alguns fios soltos tenham destacado seu pescoço que estava convidativo, ou o vestido que caia perfeitamente em seu corpo, ou ela. Simplesmente ela, e tudo nela me encantavam. Merda, será se isso era interesse reprimido? Eu não queria ir de cara investir, ela não parecia o tipo de mulher que já queria dormir no primeiro instante, ou que ia cair no meu papo com palavras sujas com ela, ela tinha um jeito doce, que ia com calma. E se para ter ela eu precisasse ir com calma, eu iria com toda calma do mundo. Ainda