Ellie Miller
O domingo geralmente eu passava o dia todo assistindo. Especialmente hoje que o dia estava muito frio.
Alguém b**e em minha porta e vou abrir.
— Surpresa! — Louise está parada em minha porta com bolo e uma garrafa de café na mão. O cabelo ruivo preso a um rabo de cavalo, os olhos azuis pareciam cansados, mas nada impedia o sorriso no rosto direcionado para mim.
A cópia da Sadie Sink.
Não sei se tive oportunidade de mencionar, mas amo café.
Ela me abraça e dou espaço para ela entrar.
- Como está? Tem quase uma semana que não te vejo.- Fala sentando no sofá e colocando as coisas sobre a mesinha de centro.
- Estou bem e você como anda a faculdade? - Pergunto me sentando no sofá de frente a ela e já pegando um pedaço de bolo.- Droga! Mordi o bolo antes de beber o café, agora vai ficar sem doce.
Quem nunca fez isso?
Ela ri.
- A faculdade anda a mesma merda de sempre, peço todos os dias paciência para sobreviver aquilo.- fala se deitando.- Quando você estava na faculdade se sentia assim também?
Louise fazia faculdade de Direito na Universidade de NY, estava no sétimo período.
Respiro fundo na hora.
- Er.... Foi uma boa época no geral. - ela me encara como quem quer perguntar algo, mas desisti.
- Minha mãe está namorando.- fala baixinho.- Não que eu esteja incomodada, não é isso, estou muito feliz por ela, eu só não quero ver ela sofrer. - Fala e vejo seus olhos marejados.- Eu não quero vê-la do mesmo modo que a vi quando meu pai morreu, minha mãe ficou destruída.
Eu entendo totalmente o que ela quis dizer, e por um segundo eu tive inveja. Por um segundo queria que alguém se preocupasse comigo dessa maneira.
- Eu entendo você.- falo, e ela me dá espaço para sentar ao seu lado.- Todos nós estamos fadados a nos machucar, infelizmente, então temos que nos permitir ser feliz. Sua mãe merece, e se ela se machucar, ela tem você, e a mim também, com todo amor e carinho. Não podemos prever o que pode acontecer, mas independente de qualquer coisa, estaremos aqui.
Ela me abraça.
- Muito obrigada Ellie, muito mesmo, não sei o que seria de mim sem você.
- Não quero nem pensar.- rimos juntas
- E os garotos? Algum pretendente?- cutuco ela enquanto dou um sorriso cúmplice.
- Quem me dera.- dá um suspiro frustrado. - Nem tento mais, os garotos da faculdade são uns idiotas .
- Mas eu sei que você vai achar alguém. É como se eu sentisse.
Ela ri desacreditada.
- Falo sério! - ela ri mais ainda.
- Acho que não acredito nisso, talvez por não querer passar pelo que vi minha mãe passar.
- Bem, eu só quero que você seja feliz.- falo sinceramente.
Não queria que ela estivesse destinada a infelicidade como eu. Sem viver um amor e bloqueando sentimentos.
Eu bloqueava muito meus sentimentos, depois percebi que precisamos deles para nos tornarmos mais humanos. Talvez fosse isso que faltava na minha família.
E eu tento ser o mais diferente deles, faço o possível.
Não, claro que não precisamos de um relacionamento para sermos felizes. Mas precisamos do amor, para alcançar pelo menos uma parte da felicidade, e vejo que às vezes ela bloqueia seus sentimentos e não se permite sentir.
Meu celular vibra.
O Sr. Edgar
Olá minha filha! Espero que esteja tudo bem, gostaria de lhe pedir um favor.
Eu: Bom dia Sr. Edgar! Está tudo bem e com o senhor? Claro, pode pedir.
Sr. Edgar: Eu estou bem, então, Lucy está muito indisposta hoje, e precisávamos acompanhar o Dan em um jantar muito importante. Você poderia ir em nosso nome?
Dan.....? Ah sim! o Mancini.
Me desanimo na hora.
Eu: Claro! Lucy está bem? Tem algo que eu possa fazer?
Sr. Edgar: Ela vai ficar filha, te enviarei no e-mail o necessário. Muito obrigada!
Eu: Melhoras para Lucy.
É, tenho um jantar com Dan Mancini. Que empolgante.
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Animação 0.
Era o que eu estava sentindo ao me olhar no espelho, estava usando um vestido lilás de alças finas, era justo até abaixo do busto e depois ia se soltando, uma maquiagem leve, e pego o primeiro salto que vi pela frente e uma bolsa com o necessário.
De acordo com seu Edgar, o sr. Mancini, ou melhor, Dan iria passar às 19:00 e ponto para me buscar. Então fui descendo já que estava faltando apenas 2 minutos. E como dito e certo, assim que saio do prédio, tem um carro, que nem seu trabalhasse minha vida toda conseguiria comprar e ao lado da porta está Dan Mancini, em um terno preto.
Realmente uma perdição.
Ele era como aqueles pecados que você deseja, perfeito e perigoso.
Aqueles que avisavam que o risco de se apaixonar, era a mesma porcentagem para se machucar. E disso eu corria e passo bem longe.
Assim que ele me vê ele me olha do pés a cabeça, lentamente. Parece até que estou nua, e sinto que vou cair quando me encaram, ele não fala nada, estou até achando que tá passando mal.
- Você está linda! - fala depois de alguns segundos, e em seguida limpa a garganta.
Assim que ele fala sinto um arrepio.
- Obrigada! Você é...... também.- falo meio embolada pelo nervosismo.
Ele ri e abre a porta para mim.
- Obrigada!
O carro é muito confortável, ele dá a volta, entra no carro e segue em direção ao nosso destino.
- É muito longe? - pergunto depois que um silêncio desconcertante se instala.
- Não muito.- ele me olha de lado e fala.- Quero te dizer antes de chegarmos lá que eu falei para o nosso convidado que você era minha noiva.
É o que?
Acho que ele viu meu rosto chocado. Ele ri.
- Calma, falei isso porque quem vamos encontrar é conhecido por ser bastante pervertido.
Fico quieta.
- Tudo bem para você? Edgar falou que tudo bem por ele.
- Ok. - falo sem querer prolongar o assunto. Se o sr. Edgar concordou, ele sabe o que é melhor.
Sinto seu olhar em mim durante o caminho quase todo, e ao invés de eu ficar preocupada, sinto meu corpo quente, pegando fogo, apenas com seu olhar.
Pelo visto hoje ia ser uma longa noite.
Ellie Miller Era um restaurante italiano. — Espero que goste de comida italiana.— fala assim que estaciona o carro em frente ao restaurante.- Vou abrir a porta para você.— fala e sai do carro dando a volta rapidamente. Ele já era lindo, e ficava mais ainda quando era cavalheiro. — Obrigada! — falo assim que ele abre a porta e me dá a mão para segurá-la, ele dá a chave ao manobrista e seguimos para dentro. Ele coloca a mão em minha cintura para me guiar, e no mesmo instante sinto um arrepio. Disfarço e sigo para dentro. Eu já tinha ouvido falar deste restaurante, era anexo a um luxuoso hotel, só uma Água aqui custaria meu rim. — Olá Sidney,- Dan fala assim que paramos na entrada do restaurante.— Nossa mesa já está pronta? — Boa noite Sr. Mancini! — fala o homem, ele era magro, alto e nem conseguia disfarçar sua curiosidade em relação a mim. — Já sim me acompanhe por favor. Se vira e segue entre as mesas, várias delas ocupadas. Por dentro era maior do que eu pensava, seguimos
Ellie Miller “Sinto uma carícia no meu rosto. Não consigo ver quem faz, mas sinto que gosto da pessoa, que ela é carinhosa. Estou nos seus braços, e nunca me senti tão segura igual estou me sentindo nesse momento. - Ellie, você é linda, está perfeita. Então o sonho muda. Estou correndo. A noite está muito fria, e estou sem nenhum casaco, só consigo correr, sem saber direito para onde vou. De repente sinto as mãos puxando meu cabelo. Grito. - Não adianta gritar!- ele grita comigo.- Agora vamos nos resolver em casa. Tento acordar do sonho mas não consigo. Ele está me prendendo, o sonho e a pessoa. Ele me j**a em casa. - O que eu falei para você! - o jarro se quebra quando ele o j**a na parede. - Eee..... - Cala a boca! - ele vem para cima de mim. É o meu fim.” Acordo assustada. Me levanto correndo para fechar a cortina da janela de vidro do meu quarto. Respiro fundo e tento me acalmar. Olho as horas e já são 05 da manhã. Já fazia meses que a paralisia do sono não me
Dan Mancini Sorriso da porra! Era o que ela tinha, ela e seu sorriso não saiam da minha mente, mesmo cinco dias depois do jantar. Eu tinha o numero dela que peguei como desculpa do trabalho, confesso, mas não tinha coragem de mandar um oi. E eu queria tanto descobrir se ela tinha achado o jantar tão bom quanto eu achei, na verdade queria perguntar se ela aceitaria sair comigo , dessa vez um convite certo, não indo a um que não eu certo e ficar foi a opção. Um jantar que iríamos nós dois, porque aí ela saberia que minha intenção era mais que falar palavras em italiano para ela não entender. Era realmente levá-la a um encontro decente. Eu até compraria flores. Ou livros. Ela com certeza deve amar livros. Nunca na minha vida fiquei tão encantado com uma mulher, deve ser a idade chegando. Isso, ou realmente amor à primeira vista existe. E mesmo aqui, no jantar com minha família, não pensava em outra coisa a não ser nela. - O que tanto pensa meu filho? - pergunta meu pai, apesar
Ellie Miller Devo esta parecendo uma idiota! Sim, com certeza, porque estou a 10 minutos encarando a tela do celular, com a mensagem dele, Dan Mancini. A mensagem é a seguinte. "Oi Ellie, é o Dan, gostaria de saber se você poderia me acompanhar em um importante concerto, preciso encontrar um importante investidor que estará presente, e eu gostaria de uma companhia. Aguardo ansiosamente sua resposta. Dan Mancini. " E agora? O que eu respondo? A campainha toca, e vou abrir a porta. — Oi Ellie, — Louise está parada na porta, a tristeza é notável. — Oi, entra— dei espaço para ela.— Aconteceu algo? Ela fica alguns segundos em silêncio. — Não, nada— não acredito muito, mas se ela não se sente segura para contar, não vou pressionar. — Só não queria ficar só em casa, mamãe viajou a trabalho e levou Helena Hope. — Ainda bem apareceu.— falo me sentando no sofá ao seu lado — Recebi um convite para um concerto. — Mulher do céu! — exclama me encarando. — O que você ainda tá fazendo aqu
Dan Mancini Cara! Inferno de mulher linda. Não existia palavra no mundo para descrever a beleza dessa mulher. Ela já era linda, mas hoje, ela está....... Espetacular! E o sorriso? O sorriso me matava! Aqueles lábios com batom vermelho, estavam me deixando louco. Acho que nem vou conseguir dirigir, nem andar, porque ela se encontra parada na minha frente e eu devo estar encarando ela como um maníaco. Talvez o delicioso perfume dela tenha me embriagado, o cabelo preso com alguns fios soltos tenham destacado seu pescoço que estava convidativo, ou o vestido que caia perfeitamente em seu corpo, ou ela. Simplesmente ela, e tudo nela me encantavam. Merda, será se isso era interesse reprimido? Eu não queria ir de cara investir, ela não parecia o tipo de mulher que já queria dormir no primeiro instante, ou que ia cair no meu papo com palavras sujas com ela, ela tinha um jeito doce, que ia com calma. E se para ter ela eu precisasse ir com calma, eu iria com toda calma do mundo. Ainda
Ellie Miller A noite anterior foi maravilhosa! Eu estava tão feliz, que não me lembro a ultima vez de ter dormido tão bem, não mesmo. E Dan, a noite toda ele foi um perfeito cavalheiro, quando me olhava eu sentia seu olhar esquentava meu corpo. Sentia sensações a muito tempo esquecidas. Com certeza isso é notável no escritório, porque estou sorrindo de orelha a orelha, acho que nunca revisei as reportagens da empresa com tanta alegria. Pego o telefone e chamo Erika até minha sala. Escuto as batidas na porta e peço para entrar. — Ellie, em que posso ajudar? — pergunta entrando na sala. ] — Eu preciso conversar com a pessoa responsável pela capa dessa semana.— eu falo enquanto seguro o esboço.— Você poderia pedir para ela vim à minha sala mais tarde? Ela é nova e não colocou seu nome, somente o sobrenome, e também gostaria de conhecê-la. — Claro! — diz sorrindo. Ela ia saindo e eu a chamo novamente. — E pedi para vim aqui também porque quero que leve essa ficha ao repórter Si
Ellie Miller "14 anos atrás Eu sou tão nova e coisas que acontecem nos fazem amadurecer. Nós prepara para a dureza do mundo, muitas vezes só não falam que a dureza muitas vezes estava dentro de casa. Minha família, para a sociedade era perfeita dentro de casa estava longe de ser assim, eram podres. Minha mãe, era exigente, louca, queria ser perfeita e o dinheiro vinha antes de tudo. Meu pai, era mais doente que ela, violento, fazia de tudo para conseguir mais e mais dinheiro, e passaria por cima de qualquer um. Minha irmã Glenda, era a cópia da minha mãe. Perversa. Meu irmão, Rick, se possível era mais podre que todos eles juntos. E é por causa dele que as noites nessa casa não tem paz. E agora, mais uma noite perdida. Acordo assustada com os gritos vindos da cozinha, eram gritos altos e dolorosos de se ouvir. Gritos que rasgavam a alma. Suplicando e implorando por uma salvação. Eu conhecia a voz, era da Kelly Busty, a filha da nova empregada, e estava soltando grito
Ellie Miller Kelly não era exatamente minha amiga, mas como somente eu e ela éramos sociáveis naquela casa, era mais que comum que nos tornássemos próximas. Naquela época, eu não tinha amigos, nenhum, então com quem eu mais conversava era com os empregados e os filhos deles. Na minha casa se trocava de empregado, como se trocava de roupa, por causa das besteiras que meu irmão fazia, algumas vezes, o meu pai também. Me culpo pela morte dela, não era primeira vez que Rick fazia essas coisas, então deveria ter previsto. Então cá estava eu, mais uma madrugada, com pesadelos que não me deixavam voltar a dormir. Suspiro olhando a chuva que escorria pelos vidros da porta da varanda. A cabeça com café estava fumegando em minhas mãos. Claro, existiam várias Kellys por aí, mas não era todo dia que alguém com esse nome falava com você. Talvez tenha juntado com o abalo depois do acontecido com Edward, aquele era outro que sempre me dava calafrios e me fazia perder a noite de sono. Quando