Foi um dia maravilhoso, era domingo e fomos ao cinema da capital do nosso estado, pois morávamos em uma cidade vizinha um pouco pequena que não dispunha dessas comodidades para diversão. No cinema, onde vimos um filme escolhido por nós dois, já que nenhum gostava de romance ou terror, escolhemos um de ação, não vimos muito do filme, pois pela primeira vez nos pegamos com mais intensidade. Após, fomos em um restaurante Italiano que eu amei e no clima que criamos a pouco fui pedida em namoro e claro aceitei.
O Daniel era um namorado muito gentil, romântico, educado, carinhoso e conseguiu me passar confiança. Nosso namoro foi criando raízes, conheci os pais dele depois de 1 semana e me dei muito bem com toda a família, inclusive o irmão dele Danilo.
O namoro ia tão bem que não desgrudávamos mais um do outro, onde estava Carol, apelidada assim por todos que tinham intimidade comigo, estava o Daniel e vice-versa. Mas, mesmo com uns amassos mais fortes de vez em quando, não me sentia segura para dar o próximo passo e ele nunca reclamou, dizia que me respeitava e que esperaria o meu tempo.
Após 1 ano e 6 meses de namoro resolvi que estava na hora, conversei com minha mãe e minha irmã e pedi conselhos, ela me levou ao ginecologista, passei a tomar pílula. Então, após um mês recomendado pelo médico, marquei de sairmos a dois, coisa que sempre evitávamos pois eu achava que iam comentar e tudo mais. Fomos ao mesmo restaurante italiano, ao qual sempre frequentamos e eu contei a ele minhas intenções e que inclusive já tinha preparado tudo.
Daniel ficou sem palavras por 5 minutos inteiros, me olhava como se não acreditasse e no fim abriu um sorriso de dar inveja em modelo de comercial de pasta de dente. Saímos de lá direto para a casa dele, já que ele morava sozinho, liguei para minha mãe e avisei que iria dormir com ele. Não foi uma maravilha como dizem nos livros e toda essa baboseira, mas foi legal e no fim eu gostei.
Depois desse dia nosso namoro ficou ainda mais sério, passamos a não desgrudar um do outro e o Dani ficou um pouco possessivo o que passou a preocupar meus pais, mas eu sempre conseguia contornar suas crises de ciúmes que não foram poucas.
Na data em que nosso namoro que já durava 4 anos e que era regado por crises de ciúmes dele, eu então tinha 20 anos e ele 26, fui pedida em casamento depois de transarmos daquele jeito calmo que tínhamos adquirido, tínhamos nossos momentos de paixão, porém em quase todo o tempo era calmo.
Dois anos após o pedido, depois de muita preparação, minha formatura e no meio do meu curso de pós-graduação em acompanhamento e administração de obras, com o que ainda trabalho, nos casamos em uma cerimônia simples na Igreja de nossa cidade com uma recepção para apenas 100 convidados e tivemos uma lua de mel inesquecível na Costa do Sauipe na Bahia.
Nos primeiros meses nosso casamento foi bem complicado comigo tendo que conversar sempre com Daniel sobre suas crises de ciúmes, mas quando descobri estar grávida de 1 mês da Ana Carolina já com 1 ano e 4 meses de casados o Dani voltou a ser o mesmo do início do nosso namoro.
Então seguimos nossa vida, tendo depois de quase 3 anos o Luiz Miguel para solidificar nossa união. Vimos meu cunhado Danilo se apaixonar e se casar com uma inglesa chamada Marie e ir embora para Inglaterra com ela, minha irmã Marcela se assumir como homossexual e se casar com a amiga de infância Antonela e minha amiga Nathália se desiludir dos homens e decidir seguir sozinha na vida, tendo se formado em Engenharia Civil e trabalhando junto comigo em uma empresa conceituada no ramo e situada na capital, onde ela mora atualmente.
Nos últimos 2 anos, do nosso casamento de 10, o Daniel tem implicado novamente com meu jeito de vestir, tem reclamado pois tenho lido muitos romances hot e ele costuma dizer que me dava ideias que poderiam atrapalhar nossa convivência e me fazerem ser um tipo de mulher vulgar, apenas porque tentei apimentar nossa relação, ao replicar algumas cenas dos livros que leio. E ainda causa a maior confusão se eu disser que saí para tomar apenas uma cerveja com minha amiga Nat, que virou sua inimiga número um, apenas por ser livre e desimpedida.
Modéstia parte eu me sinto muito bem com meu corpo, estou um pouquinho acima do peso, claro que é normal afinal tive duas vezes um ser crescendo dentro do meu ventre, e fiz questão de amamentar os dois, como uma mãe sempre o faz. Mas, tenho curvas generosas, cabelos com corte moderno na altura do ombro, na cor castanho avermelhado, tenho olhos verdes escuros e um rosto com ângulos simétricos quase perfeitos, porém, não me considero uma mulher de nariz empinado.
Agora fico imaginando se as mudanças em nossa relação nos últimos anos não foram causadas pela falta de vergonha do Daniel, uma vez que ele podia estar me traindo a todo esse tempo. Mudanças essas que apenas foram perceptíveis pelos meus pais, minha amiga Nat e minha irmã, mas essa última como a ótima irmã que é, jamais daria sua opinião sem ser solicitada como foi o caso dos meus pais que tentaram interceder para salvar a união e a Nat que não expos claramente, porém demonstrou em mais de uma vez que era uma, como ela dizia, “sociedade falida a muito tempo”.
Acredito que a Nat já sabia de alguma coisa, pois tentava me abrir os olhos e isso faz bastante tempo. Mas, me conhecendo como ela o faz, sabia que não aceitaria qualquer pessoa interferir no meu relacionamento de comercial de margarina, outro dos seus apelidos.
Mas, você deve estar se perguntando como que eu consegui pegar meu marido na cama com outra? Bem, não foi tão simples, comecei a desconfiar quando ele parou de ouvir os áudios do aplicativo de mensagens em volume alto de forma que todos em casa pudessem ouvir, questionei e recebi a justificativa que eram do Fabrício e que este estava sempre falando bobagens no grupo de amigos que ele mantinha. Mas, como meu sexto sentido nunca falha, comecei a me preocupar, porém, não dei alardes. E assim, fui pegando uma mentirinha aqui, outra ali e me fingindo de boba. O cúmulo e definitivo pontapé para o estopim estourar foi quando em um dia de sua folga ele me disse que o chefe dele havia mandado uma mensagem o solicitando para trabalhar e ele como bom funcionário que devia ser disse que iria. Na próxima semana contratei um detetive particular que me custou um bom dinheiro, isso j
Eu estava suando quando paramos em frente a um prédio de apartamentos de classe média atrás do carro de Antônio que logo veio e entrou no banco de trás do meu carro guiado pela minha amiga.- Estão lá dentro a pouco mais de 1 hora, passaram em um restaurante e compraram comida para viagem, depois entraram nesse prédio – disse sem rodeios e me olhou com seriedade, continuando sem se abalar – falei com o porteiro e por um bom dinheiro, que a senhora irá me reembolsar, ele falou o número do apartamento e o nome da proprietária, quer saber?- Não – digo eu, sentindo o olhar mortal da minha amiga que nessa altura já havia sacado tudo – meu compromisso é com ele e não com ela, se ela é uma vadia ou se foi enganada por ele é um problema que não me cabe resolver.- Posso sair
Faço um pequeno barulho e ambos se viram para mim, e posso ver o exato momento em que ele se situa e entende quem é que está parada ali interrompendo sua foda, ao mesmo tempo em que posso ver a cara de vadia sem vergonha me desafiar com os olhos e sorrir cinicamente em minha direção. E é nesse momento que reconheço uma das minhas conhecidas da época da faculdade que a 11 anos concorreu comigo a uma vaga de estágio na empresa que trabalho, porém não foi contratada ao final por se envolver com o chefe e ser descoberta pela esposa que hoje é uma grande amiga minha. Daniel não tem reação por 1 minuto e eu fico observando sem demonstrar nenhuma emoção, mas ele a larga e vem em minha direção:- Carol eu posso explicar, não &
Estou a meia hora sentada na mesa em que fazemos nossas refeições pensando na minha vida e relembrando o que consigo, quando ouço o barulho do portão sendo aberto, o carro sendo estacionado, a porta batendo e os paços já conhecidos do Daniel. Olho para o relógio no meu pulso e vejo que se passaram 3 horas que presenciei aquela sena grotesca e desde que cheguei em casa, apenas troquei as roupas do trabalho por umas um pouco mais confortáveis e me sentei aqui para esperar sua boa vontade em aparecer. Assim que ele abre a porta ele me avista e me analisa da cabeça aos pés. Não diz nada e vem se sentar ao meu lado, mas eu o paro apontando a cadeira na minha frente para ele. Estou com uma xícara de chá calmante
Viro de costas para entrar no escritório que mantenho em casa, mas paro e me volto para ele dizendo:- Não se atreva a não concordar com esse divórcio, me obrigando a entrar com o litigioso, porque eu juro que faço da sua vida um inferno. – Olho para ele de forma ameaçadora e altiva – Tenho a prova por 2 meses de suas traições, então concorde comigo e poderemos manter uma convivência pacífica daqui para frente, afinal ainda temos dois filhos juntos. – Entro e fecho a porta atrás de mim de maneira suave. *************************************************************************** Não posso dizer que a conversa com meus filhos tenha sido fácil, m
- Aperte o sinto Sr. Lykaios, vamos nos preparar para aterrissar. – Informa a comissária, da qual nem o nome me recordo. – O senhor aceita mais alguma coisa? – Pergunta ainda toda solícita e com um olhar que reconheço de longe, porém, não estou no clima para isso.- Não obrigado, pode se acomodar para aterrissagem. – Digo com cara de poucos amigos. Aperto meu sinto e olho pela janela o céu limpo e sem nuvens que sou agraciado na cidade de Goiânia, capital do estado de Goiás, onde minha avó Isa reside e agora precisa de minha ajuda. E é só olhar para essa cidade que cresceu tanto nos últimos anos para que as lembranças dos melhores momentos da minha vida, comecem a pipocar na minha mente. Foi aqui o único
- Dando trabalho para o pessoal do hospital giágia? – Apenas com ela deixo aflorar meu lado grego, não gosto desta terra nem dos parentes que lá residem, mas vó Isa acredita que devo me orgulhar então para agradá-la uso uma palavra aqui outra ali do idioma.- Olavo! – Solta um gritinho de surpresa e me estende os braços para um abraço. Envolvo-a em um abraço carinhoso e aconchegante, tomando cuidado para que não exerça muita força e possa machucar essa figura tão especial que se encontra tão frágil.- Meu menino, por que não me disse que estava vindo? – Diz me afastando e me analisando detalhadamente. – Onde conseguiu essas olheiras? Não me diga que estava em uma dessas suas orgias, seu depravado! – Fala já me batendo no braço.-
Ao adentrar a sala de reuniões é possível percebermos uma mudança na disposição das pessoas ao redor da enorme mesa oval, uma vez que Cassandra ou “Cobra Mor”, está sentada a direita de Edgar ostentando uma cara de gato de cheshire, o que já deixa, não só eu, mas todos que estão na sala, em estado de alerta.- Estávamos esperando por vocês para começarmos meninas. – Diz Edgar de forma calma, sem levantar os olhos dos papéis que estão em suas mãos.- Se era só por isso, já chegamos. – Diz a peste de maneira petulante e recebe um olhar mortal de Cassandra. Edgar se levanta e de forma um pouco constrangida pega a mão de Cassandra e esta se levanta também. Olha cada um que está na sala