2 anos antes
Carolina
Hoje é um dia daqueles que a gente deseja não ter acordado, sabe o dia em que tudo dá errado? Pois é, esse dia é hoje. Às vezes me acho a pessoa mais sortuda do mundo, outras vezes me vejo como o patinho feio, aquele que não acerta uma e ainda dançou sapateado na santa ceia, só pode.
Mas depois de tanto drama paro para refletir o que vai ser da minha vida de agora para frente, já que ela virou de cabeça para baixo e me fodi bonito. O que aconteceu, bem vou contar. Tenho 32 anos, me chamo Carolina Bueno Guimarães Peixoto, esse último adquiri com o casamento e parece que vou me desfazer em pouco tempo, tenho dois filhos, Ana Carolina Guimarães Peixoto de 8 anos e Luiz Miguel Guimarães Peixoto de 6 anos. Trabalho com o que realmente amo que é Arquitetura, me formei antes de me casar e ter filhos, investi na carreira e hoje sou realizada na minha profissão.
Eu tinha até 2 horas atrás um Marido, Daniel Oliveira Peixoto, quando o peguei na cama com uma mulher que nunca vi na vida, assim eu achava. Ele é representante comercial de uma dessas empresas de bebidas e conhece várias pessoas e deve ter sido em uma visita a qualquer desses estabelecimentos, onde encontrou essa mulher. Por que acho isso? Ele não sai de casa, NUNCA, sempre achei que ele vivia para nós, sua família.
Conheci o Daniel ainda com meus 16 anos, foi o que se pode chamar de amor à primeira vista, ele não é lindo de morrer, claro que não, mas é uma pessoa muito gente boa e de cara percebi isso. Estávamos no aniversário de uma amiga em comum, a Nathália, ela namorava o amigo galinha do Daniel, Fabrício, e queria me apresentar a ele para fazermos aquele lance de casais.
Ele chegou e se apresentou, me contou que tinha 21 anos recém completados a uma semana, e começamos um papo cabeça, pois eu no auge da minha adolescência, não parecia ter essa idade, sempre fui a frente e ele mesmo jovem me encantou com sua maturidade.
Conversamos por mais de 3 horas sem notar o tempo passar e quando nos demos conta era hora de ir embora, ele iria, pois eu dormiria na casa da Nathália. Ele e o Fabrício se foram, mas antes prometeram voltar para que saíssemos os quatro no outro dia. E assim, fizemos por 1 mês inteiro sempre conversando e de vez em quando trocando beijos singelos e tímidos, que me conquistaram por não terem a urgência que normalmente os rapazes tinham.
Em um dia ele me surpreendeu por me convidar para sair a dois, fiquei um pouco receosa de encontrá-lo sozinha, pois respeitava muito meus pais para que fizesse isso, dona Augusta e o senhor Manoel, eram um pouco conservadores. Mas, me surpreendendo mais uma vez ele foi na minha casa e pediu meu pai para que pudéssemos sair. Eu já não precisava pedir permissão para namorar e para passear, pois meus pais tinham uma relação de muita confiança comigo e minha irmã Marcela, mas ele ganhou meu respeito e dos meus pais com essa atitude.
Foi um dia maravilhoso, era domingo e fomos ao cinema da capital do nosso estado, pois morávamos em uma cidade vizinha um pouco pequena que não dispunha dessas comodidades para diversão. No cinema, onde vimos um filme escolhido por nós dois, já que nenhum gostava de romance ou terror, escolhemos um de ação, não vimos muito do filme, pois pela primeira vez nos pegamos com mais intensidade. Após, fomos em um restaurante Italiano que eu amei e no clima que criamos a pouco fui pedida em namoro e claro aceitei. O Daniel era um namorado muito gentil, romântico, educado, carinhoso e conseguiu me passar confiança. Nosso namoro foi criando raízes, conheci os pais dele depois de 1 semana e me dei muito bem com toda a família, inclusive o irmão dele Danilo.&n
Mas, você deve estar se perguntando como que eu consegui pegar meu marido na cama com outra? Bem, não foi tão simples, comecei a desconfiar quando ele parou de ouvir os áudios do aplicativo de mensagens em volume alto de forma que todos em casa pudessem ouvir, questionei e recebi a justificativa que eram do Fabrício e que este estava sempre falando bobagens no grupo de amigos que ele mantinha. Mas, como meu sexto sentido nunca falha, comecei a me preocupar, porém, não dei alardes. E assim, fui pegando uma mentirinha aqui, outra ali e me fingindo de boba. O cúmulo e definitivo pontapé para o estopim estourar foi quando em um dia de sua folga ele me disse que o chefe dele havia mandado uma mensagem o solicitando para trabalhar e ele como bom funcionário que devia ser disse que iria. Na próxima semana contratei um detetive particular que me custou um bom dinheiro, isso j
Eu estava suando quando paramos em frente a um prédio de apartamentos de classe média atrás do carro de Antônio que logo veio e entrou no banco de trás do meu carro guiado pela minha amiga.- Estão lá dentro a pouco mais de 1 hora, passaram em um restaurante e compraram comida para viagem, depois entraram nesse prédio – disse sem rodeios e me olhou com seriedade, continuando sem se abalar – falei com o porteiro e por um bom dinheiro, que a senhora irá me reembolsar, ele falou o número do apartamento e o nome da proprietária, quer saber?- Não – digo eu, sentindo o olhar mortal da minha amiga que nessa altura já havia sacado tudo – meu compromisso é com ele e não com ela, se ela é uma vadia ou se foi enganada por ele é um problema que não me cabe resolver.- Posso sair
Faço um pequeno barulho e ambos se viram para mim, e posso ver o exato momento em que ele se situa e entende quem é que está parada ali interrompendo sua foda, ao mesmo tempo em que posso ver a cara de vadia sem vergonha me desafiar com os olhos e sorrir cinicamente em minha direção. E é nesse momento que reconheço uma das minhas conhecidas da época da faculdade que a 11 anos concorreu comigo a uma vaga de estágio na empresa que trabalho, porém não foi contratada ao final por se envolver com o chefe e ser descoberta pela esposa que hoje é uma grande amiga minha. Daniel não tem reação por 1 minuto e eu fico observando sem demonstrar nenhuma emoção, mas ele a larga e vem em minha direção:- Carol eu posso explicar, não &
Estou a meia hora sentada na mesa em que fazemos nossas refeições pensando na minha vida e relembrando o que consigo, quando ouço o barulho do portão sendo aberto, o carro sendo estacionado, a porta batendo e os paços já conhecidos do Daniel. Olho para o relógio no meu pulso e vejo que se passaram 3 horas que presenciei aquela sena grotesca e desde que cheguei em casa, apenas troquei as roupas do trabalho por umas um pouco mais confortáveis e me sentei aqui para esperar sua boa vontade em aparecer. Assim que ele abre a porta ele me avista e me analisa da cabeça aos pés. Não diz nada e vem se sentar ao meu lado, mas eu o paro apontando a cadeira na minha frente para ele. Estou com uma xícara de chá calmante
Viro de costas para entrar no escritório que mantenho em casa, mas paro e me volto para ele dizendo:- Não se atreva a não concordar com esse divórcio, me obrigando a entrar com o litigioso, porque eu juro que faço da sua vida um inferno. – Olho para ele de forma ameaçadora e altiva – Tenho a prova por 2 meses de suas traições, então concorde comigo e poderemos manter uma convivência pacífica daqui para frente, afinal ainda temos dois filhos juntos. – Entro e fecho a porta atrás de mim de maneira suave. *************************************************************************** Não posso dizer que a conversa com meus filhos tenha sido fácil, m
- Aperte o sinto Sr. Lykaios, vamos nos preparar para aterrissar. – Informa a comissária, da qual nem o nome me recordo. – O senhor aceita mais alguma coisa? – Pergunta ainda toda solícita e com um olhar que reconheço de longe, porém, não estou no clima para isso.- Não obrigado, pode se acomodar para aterrissagem. – Digo com cara de poucos amigos. Aperto meu sinto e olho pela janela o céu limpo e sem nuvens que sou agraciado na cidade de Goiânia, capital do estado de Goiás, onde minha avó Isa reside e agora precisa de minha ajuda. E é só olhar para essa cidade que cresceu tanto nos últimos anos para que as lembranças dos melhores momentos da minha vida, comecem a pipocar na minha mente. Foi aqui o único
- Dando trabalho para o pessoal do hospital giágia? – Apenas com ela deixo aflorar meu lado grego, não gosto desta terra nem dos parentes que lá residem, mas vó Isa acredita que devo me orgulhar então para agradá-la uso uma palavra aqui outra ali do idioma.- Olavo! – Solta um gritinho de surpresa e me estende os braços para um abraço. Envolvo-a em um abraço carinhoso e aconchegante, tomando cuidado para que não exerça muita força e possa machucar essa figura tão especial que se encontra tão frágil.- Meu menino, por que não me disse que estava vindo? – Diz me afastando e me analisando detalhadamente. – Onde conseguiu essas olheiras? Não me diga que estava em uma dessas suas orgias, seu depravado! – Fala já me batendo no braço.-