Faço um pequeno barulho e ambos se viram para mim, e posso ver o exato momento em que ele se situa e entende quem é que está parada ali interrompendo sua foda, ao mesmo tempo em que posso ver a cara de vadia sem vergonha me desafiar com os olhos e sorrir cinicamente em minha direção. E é nesse momento que reconheço uma das minhas conhecidas da época da faculdade que a 11 anos concorreu comigo a uma vaga de estágio na empresa que trabalho, porém não foi contratada ao final por se envolver com o chefe e ser descoberta pela esposa que hoje é uma grande amiga minha.
Daniel não tem reação por 1 minuto e eu fico observando sem demonstrar nenhuma emoção, mas ele a larga e vem em minha direção:
- Carol eu posso explicar, não é como você pensa, – fala sem se dar conta que conversar, eu te amo.
Nesse momento saio do meu estupor e o olho agora com um pouco de raiva, mas o olho de verdade, enxergando realmente como ele é, um homem alto de 1,79 m de altura, maior que eu 20 cm, com cabelos cortados mais baixos na lateral e o topo maior formando um pequeno topete, olhos cor de chocolate, que agora estão do tamanho de dois pires, nariz um pouco torto para o lado esquerdo, maçãs do rosto proeminentes e boca fina. Continuo minha inspeção e chego a sua barriga um pouco proeminente, resultado de toda cerveja e churrasco que ele consome todo fim de semana. Ergo a mão e o faço parar com um apenas um gesto.
- Sim, nós temos muito o que conversar Daniel, mas não será agora e nem aqui. Te espero o mais breve possível em casa, vou ligar para minha irmã buscar os meninos e vamos conversar. – Falo sem me alterar.
Olho ao redor finalmente notando o luxo do apartamento, principalmente do quarto e encontro o olhar estupefato da minha amiga, sem acreditar na minha reação, porém ela não diz nada.
- Claro amor, vou com você agora mesmo – fala já se encaminhando para o que acredito ser o banheiro – Daniela pode se vestir e ir embora – diz na maior cara de pau sem dar atenção para a mulher que o olha como se ele tivesse duas cabeças.
Eu me viro com a intenção de deixar o local, até mesmo porque ele não vai comigo, mas é de maneira nenhuma, porém sou parada pela voz irritante da vadia:
- Você não tem amor-próprio? Você nos pega da forma como foi e não faz nada? Sempre soube que você era uma mosca morta, mas acho que eu estava errada, você é burra mesmo. – Destila seu veneno me olhando com nojo e desdém.
- Burra nós sabemos que eu não sou, uma vez que eu fui aprovada por meus méritos para trabalhar em uma empresa de conceito tão alto e você além de não ter capacidade para isso tentou passar meus dois colegas e eu para trás dormindo com o chefe, – falo já virando de volta e demonstrando uma calma que não possuo – mas nem nisso você foi inteligente, se deixou ser pega muito rápido achando que ele ia largar a esposa por você. – E olhando em seus olhos firmemente dou o golpe final – Agora eu é que me pergunto você é vadia por natureza ou somente burra com dedo podre para homens?
Neste momento Daniel retorna com cara de cachorro que caiu da mudança vindo em minha direção, ao que eu mais uma vez o paro com um gesto de mão e digo:
- Você chegou aqui por suas próprias pernas e irá retornar por elas também, eu disse que vou esperá-lo em casa e não que o levarei. Até mais! – Viro e saio do quarto deixando uma Vadia com cara de poucos amigos e um paspalho com cara de tacho.
Puxo a Nat e sem olhar para os lados vamos para o elevador, que graças a Deus, ainda se encontra parado no andar. Descemos em silêncio com ela me olhando abobalhada e curiosa. Passamos pelo porteiro e acenamos tranquilamente e murmuramos boa tarde. Ao chegarmos em meu carro, nos deparamos com um Antônio muito nervoso que já vai se desculpando:
- Dona Carolina eu não sei o que dizer, me desculpe se não era ele, vou arcar com os custos e continuar minha investigação, dessa vez prometo não errar.
- Quem disse que não era ele? – Digo olhando para ele de forma calma, como tenho agido desde quando me fez a bendita ligação.
- C-Como? – Me pergunta assustado.
- Isso mesmo que você ouviu Antônio, você estava certo quando ligou para essa alienígena aqui que está no lugar da minha amiga Carol, – diz a Nat exasperada – por que pensou que estava errado Antônio? – pergunta já estreitando os olhos para meu detetive.
- Simplesmente porque não ouve gritos, ninguém jogou nenhuma peça de roupas pelas janelas – fala gesticulando nervosamente e me analisando ao mesmo tempo – vocês até deram tchau para o porteiro e atravessaram a rua após calmamente olhar para os dois lados.
- Isso eu também estou querendo saber – diz a peste me olhando curiosa, porém, não encontro ali julgamento nenhum.
Paro uma última vez e olho para o prédio onde descobri o canalha que, meu agora ainda não denominado ex-marido, derrubou por terra todos os meus sonhos e planos para uma vida inteira e o vejo jogando uma Daniela aos prantos no meio da calçada ainda descalça e descabelada e com roupas amassadas. Me viro para os dois e digo:
- Antônio, amanhã entro em contato com você para realizar a quitação pelos seus serviços – falo já me encaminhando para o lado do passageiro, enquanto Nat abre a porta do motorista – e espero um relatório detalhado de toda a sua investigação.
- Claro Dona, amanhã estará pronto – fala se virando e entrando em seu carro.
Já acomodadas no carro Nat me olha e pergunta:
- Para onde alienígena?
- Para a construtora para que possa pegar seu carro e ir para casa – respondo já pegando o telefone e ligando para Marcela buscar as crianças.
Estou a meia hora sentada na mesa em que fazemos nossas refeições pensando na minha vida e relembrando o que consigo, quando ouço o barulho do portão sendo aberto, o carro sendo estacionado, a porta batendo e os paços já conhecidos do Daniel. Olho para o relógio no meu pulso e vejo que se passaram 3 horas que presenciei aquela sena grotesca e desde que cheguei em casa, apenas troquei as roupas do trabalho por umas um pouco mais confortáveis e me sentei aqui para esperar sua boa vontade em aparecer. Assim que ele abre a porta ele me avista e me analisa da cabeça aos pés. Não diz nada e vem se sentar ao meu lado, mas eu o paro apontando a cadeira na minha frente para ele. Estou com uma xícara de chá calmante
Viro de costas para entrar no escritório que mantenho em casa, mas paro e me volto para ele dizendo:- Não se atreva a não concordar com esse divórcio, me obrigando a entrar com o litigioso, porque eu juro que faço da sua vida um inferno. – Olho para ele de forma ameaçadora e altiva – Tenho a prova por 2 meses de suas traições, então concorde comigo e poderemos manter uma convivência pacífica daqui para frente, afinal ainda temos dois filhos juntos. – Entro e fecho a porta atrás de mim de maneira suave. *************************************************************************** Não posso dizer que a conversa com meus filhos tenha sido fácil, m
- Aperte o sinto Sr. Lykaios, vamos nos preparar para aterrissar. – Informa a comissária, da qual nem o nome me recordo. – O senhor aceita mais alguma coisa? – Pergunta ainda toda solícita e com um olhar que reconheço de longe, porém, não estou no clima para isso.- Não obrigado, pode se acomodar para aterrissagem. – Digo com cara de poucos amigos. Aperto meu sinto e olho pela janela o céu limpo e sem nuvens que sou agraciado na cidade de Goiânia, capital do estado de Goiás, onde minha avó Isa reside e agora precisa de minha ajuda. E é só olhar para essa cidade que cresceu tanto nos últimos anos para que as lembranças dos melhores momentos da minha vida, comecem a pipocar na minha mente. Foi aqui o único
- Dando trabalho para o pessoal do hospital giágia? – Apenas com ela deixo aflorar meu lado grego, não gosto desta terra nem dos parentes que lá residem, mas vó Isa acredita que devo me orgulhar então para agradá-la uso uma palavra aqui outra ali do idioma.- Olavo! – Solta um gritinho de surpresa e me estende os braços para um abraço. Envolvo-a em um abraço carinhoso e aconchegante, tomando cuidado para que não exerça muita força e possa machucar essa figura tão especial que se encontra tão frágil.- Meu menino, por que não me disse que estava vindo? – Diz me afastando e me analisando detalhadamente. – Onde conseguiu essas olheiras? Não me diga que estava em uma dessas suas orgias, seu depravado! – Fala já me batendo no braço.-
Ao adentrar a sala de reuniões é possível percebermos uma mudança na disposição das pessoas ao redor da enorme mesa oval, uma vez que Cassandra ou “Cobra Mor”, está sentada a direita de Edgar ostentando uma cara de gato de cheshire, o que já deixa, não só eu, mas todos que estão na sala, em estado de alerta.- Estávamos esperando por vocês para começarmos meninas. – Diz Edgar de forma calma, sem levantar os olhos dos papéis que estão em suas mãos.- Se era só por isso, já chegamos. – Diz a peste de maneira petulante e recebe um olhar mortal de Cassandra. Edgar se levanta e de forma um pouco constrangida pega a mão de Cassandra e esta se levanta também. Olha cada um que está na sala
Um silêncio pesado recai entre nós e impassivelmente eu espero que Luiz absorva minhas palavras e esboce alguma reação. Porém, ele abaixa a cabeça e ouço um fungado, denunciando seu choro. Levanto da minha cadeira e me ajoelho ao seu lado, pegando seu queixo e direcionando seus olhos para os meus.- Que aconteceu para você agir assim meu filho? – Pergunto com a voz exalando segurança e amor e vejo uma lágrima cair em sua bochecha.- A senhora vai deixar de nos amar quando arrumar alguém, mamãe? – Ele finalmente depois de alguns segundos pergunta.- Mas é claro que não! – Afirmo com confiança e determinação olhando nos olhos dele e depois nos de Ana – de onde você tirou isso Luiz? – Pergunto finalmente e ele sem conseguir me encarar abaixa novamen
Termino minha análise e concluo que estou de bem com a imagem que quero passar hoje, a de mulher fatal e decido que se hoje acontecer de eu encontrar alguém disposto a um sexo sem compromisso eu vou arriscar, desde que seja bonito e em o local seja escolhido por mim. Não sou louca de sair por aí com um desconhecido. Chego à sala exatamente as 22:05 horas e todos estão me esperando. Nat me olha dos pés a cabeça e abre a boca igual a um peixinho engolindo água.- Puta que pariu, onde você escondeu isso tudo, querida cunhada? – Pergunta Antonela já vindo me abraçar.- Quem é você e o que você fez com a minha irmã? – Marcela vem me abraçar também, porém antes pega minha mão e me faz girar
Acordo com o zunido do meu celular vibrando em algum lugar. Tiro um momento para me situar e descobrir onde estou sem abrir o olho ainda. É uma cama confortável e macia, com lençóis limpos e de boa qualidade pelo que é possível perceber. Assim que abro os olhos encontro a penumbra que permeia um quarto de hotel e me recordo de que estou em Goiânia e que o hotel é o que sempre fico, o Garibaldi.Levo alguns instantes para dispersar a névoa que ainda se encontra em meu cérebro e após me esticar um pouco me levanto já esquadrinhando meu quarto a procura do aparelho insuportável. Ao pegá-lo, sinto meu estômago roncar e percebo que dormi por 8 horas seguidas, pulando assim o horário do almoço. Olho as ligações e percebo que tem 3 perdidas do meu amigo Enrico, sem me preocupar e já imaginando que ele sabe onde estou, vou ao banheiro para fazer mi