Quando Marcela disse onde estavam mantendo Carolina, George acionou seus contatos policiais e junto a Raphael e um outro homem, que pelo que ouvi é delegado da polícia civil e se chama André Mansur, montaram um plano para resgatá-la sem fazer alarde e assim manter sua vida.
Porém, mesmo que ninguém tenha dito em voz alta, todos temem que ela já não esteja mais viva, ela sumiu a três dias, o vídeo chegou ontem, mas pode ter sido feito pouco antes de a matarem.
Mesmo ainda estando com o coração dilacerado e muito magoado com ela, a simples menção de que ela possa estar morta, mesmo que em pensamento, pois se dito em voz alta, torna tudo mais palpável, me trás uma d
Assim que chegamos ao hospital, fui encaminhado para uma sala de espera e eles entraram com Carolina para dentro. Pouco tempo depois, os paramédicos e enfermeiros da ambulância saíram e foram embora, desejando-me boa sorte. Desde então encontro-me aqui sozinho e sem notícias. Olho o relógio, finalmente, já que estive tentando não o fazer, para não enlouquecer, percebo que já se passaram quase 2 horas. Perdido em meus pensamentos, vejo nossos amigos se aproximando esbaforidos, todos, menos minha giágia e Antônia estão aqui. Acredito que elas ficaram com as crianças. Marcela para na minha frente e chorando pergunta:- Ela está bem?- Eu não sei, n&atil
Meu coração para, enquanto as palavras de Olavo fazem sentido na minha cabeça. Eu tinha que esperar por essa reação dele, eu tinha que saber o quanto eu o magoei, eu deveria entender que a mágoa dele pode ser maior do que seus sentimentos, porém, uma parte de mim queria muito que ele me entendesse. Mas, eu tenho a sensação de que eu fui mais longe do que ele podia suportar. Abaixo meus olhos para meu colo sentindo as lágrimas molharem mais ainda meu rosto, não sei se consigo ver a rejeição em seus olhos, pois mesmo sabendo que a culpa é totalmente minha, isso não faz com que doa menos. Sinto seus dedos forçarem meu queixo para cima e me preparo para o baque que
- Sim. – Responde mesmo que não tenha sido uma pergunta. – Queria lhe agradecer. – Olho-o confusa. – Eu me separei da mulher que eu mais amei na vida, para protegê-la de ficar ao meu lado e ser atingida pelos podres que me rodeiam. Ela se casou com outro, teve um filho, perdeu-o para uma doença e eu continuei sozinho, pois não consegui ter mais ninguém, não com o grande amor que tenho aqui dentro por ela. – Aponta para o peito, bem no local em que fica o coração.– E ontem, vendo as palavras que você disse aquele homem, percebi o tamanho do sofrimento que causei, tanto a ela, quanto a mim.- Aprendi da pior forma, doutor, que não podemos escolher pelos outros, cada um deve ser responsável por suas escolhas.- Isso é verdade. – Passa as mãos pelo rosto. – Não sei ainda o que irei fazer, mas de uma coisa tenho certeza, irei procur
Com a ajuda do meu cavalheiro, novamente, faço o que foi pedido e quando ele me acomoda na maca, um médico lindíssimo adentra a sala e nos cumprimenta.- Bom dia senhora. – Olha para meu homem. – Bom dia senhor.- Bom dia. – Respondo alegre ao mesmo tempo que ele o faz de forma bem seca.- Sou o doutor Alexander, farei seu ultrassom e caso tenham dúvidas, não deixem de perguntar. Quando olho para o meu namorado, está com cara de poucos amigos, analisando o médico, será que ele não gostou que seja um homem a fazer o exame ou será que ele percebeu que o médico é lindo. Sem me segurar, abro ainda mais o meu sorriso e tenho a minha resposta, pois ele fecha ainda mais o semblante. 
Trouxe Carolina direto para minha casa, que na verdade, sempre foi nossa. Acomodando-a no sofá, esperei que os meninos, com muito cuidado, matassem a saudade da mãe e fiquei ali só de telespectador para a sena mais linda que já presenciei na vida. O reencontro de uma mãe que ama seus filhos, com eles. Quando todos a tinham visto, trouxe-a para o quarto e acomodei-a para descansar, junto deles é claro, não poderia separá-los dela nesse momento, então agora estou aqui sentado em uma poltrona, sem conseguir tirar os olhos da minha família, das pessoas que me fazem muito mais completo. Por um momento naquele hospital, eu pensei em ir embora, em largar tudo para trás, mas acredito que não teria
Esperamos que Carolina se recuperasse dos machucados para falarmos sobre as revelações que ela me fez aquele dia no hospital. Já faz 20 dias que tudo ocorreu e ontem ela me contou toda a história. Hoje, reunimos todos os nossos amigos e interessados, incluindo dona Augusta, sua mãe, para que ela contasse para eles. Enquanto as quatro crianças estão jogando vídeo game na sala de TV, estamos todos reunidos ao redor da mesa da sala de jantar. Carolina falou por 20 minutos sem ser interrompida e agora faz pelo menos 5 que ela terminou, porém, todos continuam catatônicos, como se não acreditassem.- Beleza, agora eu tenho certeza de que estou vivendo uma novela. – Rita finalmente diz.- Cara, que porcaria de história cheia de coincidências &e
Hortência, sem ter opção concorda e as mulheres se reúnem todas para planejar essa união que esperou anos para acontecer. Relaxamos e nos espalhamos pela sala em pequenos grupos ou no caso das mulheres, em um grupão animado cheio de risadas. Passo o olho por aquele ambiente que há poucos meses, me pareceu tão solitário e sorrio, para a vida que ele ganhou com a chegada da mulher da minha vida. Vejo meu amigo Enrico parado com uma garrafa de cerveja na mão direita, as costas e um pé escorados na parede. Seus olhos estão fixos em uma única figura feminina, seguindo-a por toda a sala. Aproximo-me dele e falo baixo:- Se você sentir seu coração disparar, suas mãos suarem e um simples sorriso fizer com que seu dia seja iluminado, vá atr&a
Olhando para eles agora, minha família, penso o quanto valeu a pena me importar, amar incondicionalmente e acreditar que Olavo, meu menino perdido, podia ser mais, ser um homem de bem. Minha filha foi minha maior decepção, uma vez que a criei com amor e carinho, mas mesmo sendo difícil, tenho que reconhecer o quanto ela sempre foi transparente com suas vontades e ambições. Nunca vi em seus olhos o brilho que vi no meu menino. Rosa foi fruto de um estupro, fato esse que Olavo, não sabe e no que depender de mim, nunca irá saber. No início da gravidez, tive o medo ao qual, qualquer garota na minha idade teria, afinal naquela época, em que eu tinha 25 anos e era solteira, uma gravidez era sinônimo de