Mas, você deve estar se perguntando como que eu consegui pegar meu marido na cama com outra? Bem, não foi tão simples, comecei a desconfiar quando ele parou de ouvir os áudios do aplicativo de mensagens em volume alto de forma que todos em casa pudessem ouvir, questionei e recebi a justificativa que eram do Fabrício e que este estava sempre falando bobagens no grupo de amigos que ele mantinha. Mas, como meu sexto sentido nunca falha, comecei a me preocupar, porém, não dei alardes. E assim, fui pegando uma mentirinha aqui, outra ali e me fingindo de boba. O cúmulo e definitivo pontapé para o estopim estourar foi quando em um dia de sua folga ele me disse que o chefe dele havia mandado uma mensagem o solicitando para trabalhar e ele como bom funcionário que devia ser disse que iria.
Na próxima semana contratei um detetive particular que me custou um bom dinheiro, isso já tem 2 meses, e hoje no horário de almoço ele me ligou:
- Dona Carolina, estou nesse momento seguindo seu marido com uma mulher loira dentro do carro – arfei quando Antônio, o detetive, falou sem nem mesmo me cumprimentar – Estou te enviando as imagens que já tenho e quando pararem te envio a localização ou a dona vai preferir ter somente as imagens e confrontá-lo em casa?
Por um momento fiquei sem reação, imaginando que eu tive mesmo esperanças de que fosse minha mente fértil que estava criando caraminholas como dizia o meu pai ou ainda que o detetive estivesse enganado, mas no fundo eu sabia que isso não era verdade, que a realidade estava de uma vez batendo em minha porta e meu coração deu um solavanco bem forte, pois eu realmente amava aquele idiota, filho de uma p...
- A dona ainda tá aí?
- Estou sim Antônio – E em um rompante de coragem eu disse as palavras que iriam mudar minha vida e a da minha família – Me envie a localização assim que possível.
Me considerei uma mulher muito calculista quando minha chefe solicitou uma reunião de última hora e eu fui sem nem mesmo pestanejar. No caminho para a sala de reuniões me encontrei com a Nat e como ela era a única que me conhecia bem, já foi logo dizendo:
- O que aconteceu com você? Por que essa cara de Mortícia? O que a cobra mor fez dessa vez? – temos em comum também o ódio por nossa chefe, apelidada gentilmente de “a senhora cobra mor” por minha amiga – não vai falar nada mulher? – disse tudo sem ao menos parar para respirar, soltando o ar de uma vez no fim,
- Vou precisar que você venha comigo, sairemos mais cedo do trabalho – avisei e continuei meu caminho para a reunião - dirija em silêncio, pois eu não tenho condições de fazer isso e depois conversamos.
Ela ficou me analisando tentando encontrar algo que denunciasse o porquê de eu estar daquele jeito, já que nem para ela eu havia contado do detetive.
Após a reunião mais estranha da qual já participei acabar, uma em que eu teria que perguntar para minha amiga depois sobre o assunto, pois não prestei a mínima atenção, dissemos ao chefe da nossa chefe que precisávamos sair mais cedo para olharmos um carro novo para a Nat, já que ela realmente iria comprar um, e falamos com ele porque nossa chefe era uma megera e não nos liberaria, mesmo que fossemos as melhores funcionárias daquela empresa.
Nesse espaço de tempo Antônio mandou a localização e lá fomos nós...
Eu estava suando quando paramos em frente a um prédio de apartamentos de classe média atrás do carro de Antônio que logo veio e entrou no banco de trás do meu carro guiado pela minha amiga.- Estão lá dentro a pouco mais de 1 hora, passaram em um restaurante e compraram comida para viagem, depois entraram nesse prédio – disse sem rodeios e me olhou com seriedade, continuando sem se abalar – falei com o porteiro e por um bom dinheiro, que a senhora irá me reembolsar, ele falou o número do apartamento e o nome da proprietária, quer saber?- Não – digo eu, sentindo o olhar mortal da minha amiga que nessa altura já havia sacado tudo – meu compromisso é com ele e não com ela, se ela é uma vadia ou se foi enganada por ele é um problema que não me cabe resolver.- Posso sair
Faço um pequeno barulho e ambos se viram para mim, e posso ver o exato momento em que ele se situa e entende quem é que está parada ali interrompendo sua foda, ao mesmo tempo em que posso ver a cara de vadia sem vergonha me desafiar com os olhos e sorrir cinicamente em minha direção. E é nesse momento que reconheço uma das minhas conhecidas da época da faculdade que a 11 anos concorreu comigo a uma vaga de estágio na empresa que trabalho, porém não foi contratada ao final por se envolver com o chefe e ser descoberta pela esposa que hoje é uma grande amiga minha. Daniel não tem reação por 1 minuto e eu fico observando sem demonstrar nenhuma emoção, mas ele a larga e vem em minha direção:- Carol eu posso explicar, não &
Estou a meia hora sentada na mesa em que fazemos nossas refeições pensando na minha vida e relembrando o que consigo, quando ouço o barulho do portão sendo aberto, o carro sendo estacionado, a porta batendo e os paços já conhecidos do Daniel. Olho para o relógio no meu pulso e vejo que se passaram 3 horas que presenciei aquela sena grotesca e desde que cheguei em casa, apenas troquei as roupas do trabalho por umas um pouco mais confortáveis e me sentei aqui para esperar sua boa vontade em aparecer. Assim que ele abre a porta ele me avista e me analisa da cabeça aos pés. Não diz nada e vem se sentar ao meu lado, mas eu o paro apontando a cadeira na minha frente para ele. Estou com uma xícara de chá calmante
Viro de costas para entrar no escritório que mantenho em casa, mas paro e me volto para ele dizendo:- Não se atreva a não concordar com esse divórcio, me obrigando a entrar com o litigioso, porque eu juro que faço da sua vida um inferno. – Olho para ele de forma ameaçadora e altiva – Tenho a prova por 2 meses de suas traições, então concorde comigo e poderemos manter uma convivência pacífica daqui para frente, afinal ainda temos dois filhos juntos. – Entro e fecho a porta atrás de mim de maneira suave. *************************************************************************** Não posso dizer que a conversa com meus filhos tenha sido fácil, m
- Aperte o sinto Sr. Lykaios, vamos nos preparar para aterrissar. – Informa a comissária, da qual nem o nome me recordo. – O senhor aceita mais alguma coisa? – Pergunta ainda toda solícita e com um olhar que reconheço de longe, porém, não estou no clima para isso.- Não obrigado, pode se acomodar para aterrissagem. – Digo com cara de poucos amigos. Aperto meu sinto e olho pela janela o céu limpo e sem nuvens que sou agraciado na cidade de Goiânia, capital do estado de Goiás, onde minha avó Isa reside e agora precisa de minha ajuda. E é só olhar para essa cidade que cresceu tanto nos últimos anos para que as lembranças dos melhores momentos da minha vida, comecem a pipocar na minha mente. Foi aqui o único
- Dando trabalho para o pessoal do hospital giágia? – Apenas com ela deixo aflorar meu lado grego, não gosto desta terra nem dos parentes que lá residem, mas vó Isa acredita que devo me orgulhar então para agradá-la uso uma palavra aqui outra ali do idioma.- Olavo! – Solta um gritinho de surpresa e me estende os braços para um abraço. Envolvo-a em um abraço carinhoso e aconchegante, tomando cuidado para que não exerça muita força e possa machucar essa figura tão especial que se encontra tão frágil.- Meu menino, por que não me disse que estava vindo? – Diz me afastando e me analisando detalhadamente. – Onde conseguiu essas olheiras? Não me diga que estava em uma dessas suas orgias, seu depravado! – Fala já me batendo no braço.-
Ao adentrar a sala de reuniões é possível percebermos uma mudança na disposição das pessoas ao redor da enorme mesa oval, uma vez que Cassandra ou “Cobra Mor”, está sentada a direita de Edgar ostentando uma cara de gato de cheshire, o que já deixa, não só eu, mas todos que estão na sala, em estado de alerta.- Estávamos esperando por vocês para começarmos meninas. – Diz Edgar de forma calma, sem levantar os olhos dos papéis que estão em suas mãos.- Se era só por isso, já chegamos. – Diz a peste de maneira petulante e recebe um olhar mortal de Cassandra. Edgar se levanta e de forma um pouco constrangida pega a mão de Cassandra e esta se levanta também. Olha cada um que está na sala
Um silêncio pesado recai entre nós e impassivelmente eu espero que Luiz absorva minhas palavras e esboce alguma reação. Porém, ele abaixa a cabeça e ouço um fungado, denunciando seu choro. Levanto da minha cadeira e me ajoelho ao seu lado, pegando seu queixo e direcionando seus olhos para os meus.- Que aconteceu para você agir assim meu filho? – Pergunto com a voz exalando segurança e amor e vejo uma lágrima cair em sua bochecha.- A senhora vai deixar de nos amar quando arrumar alguém, mamãe? – Ele finalmente depois de alguns segundos pergunta.- Mas é claro que não! – Afirmo com confiança e determinação olhando nos olhos dele e depois nos de Ana – de onde você tirou isso Luiz? – Pergunto finalmente e ele sem conseguir me encarar abaixa novamen