Celebração na Noite Iluminada
O barulho da cidade parecia mais intenso naquela noite. Os trens cortavam o ar como trovões distantes, enquanto as luzes piscavam por toda a avenida principal.
Alexandro Barroso, Adriano Perez e Aria Ferreira desceram do carro em frente à boate mais exclusiva da cidade.
O contrato havia sido fechado, e era hora de celebrar. O trio entrou no clube sob olhares atentos, suas presenças emanando confiança e sucesso.
Dentro, a música eletrônica reverberava, criando um ritmo hipnótico. As luzes neon dançavam pelas paredes e pelo chão, refletindo nos copos das bebidas sofisticadas servidas às dezenas. Adriano, sempre o mais animado, pediu um champanhe caríssimo e ergueu sua taça.
— Aos novos começos! — brindou ele, e os três entrelaçaram os copos antes de beberem.
Alexandro estava relaxado, algo raro nele. A noite era um convite ao inesperado, e ele não se importava com o que viria.
Sentado ao lado de Aria no sofá VIP, ele percebeu como ela parecia diferente naquela noite. O brilho dos olhos dela refletia a iluminação do lugar, e seu sorriso era mais solto do que o habitual.
Pela primeira vez, Alexandro a observava com atenção, não mais como uma simples assistente, mas como uma mulher com um magnetismo que ele não havia notado antes.
Ela se inclinou levemente para frente, seus cabelos soltos caindo suavemente sobre o ombro,o olhar verde claro que dava vontade de mergulhar ali dentro. Como ele nunca percebeu? Deve ter sido os óculos. Sua pequena estatura dava a vontade de protegê-la, como se qualquer coisa pudesse feri-la.
Alexandro sentiu o desejo tomar conta dele. Algo dentro dele se agitou, algo que ele nunca esperou, nem mesmo cogitou.
Ele observou como Aria balançava sua taça de champanhe, o movimento suave de seus dedos, e foi como se o tempo desacelerasse.
— Quem diria que aquele contrato daria tanto trabalho? — comentou Aria, com um leve sorriso nos lábios, balançando a taça.
— Mas conseguimos — respondeu Alexandro, oferecendo um sorriso raro. — E isso merece comemoração.
Adriano se levantou para dançar, deixando Alexandro e Aria sozinhos. O som pulsante da música parecia tornar o ambiente mais intenso, e cada segundo que passava fazia Alexandro notar ainda mais os pequenos detalhes sobre Aria.
O jeito como ela mordia de leve o lábio ao pensar, como inclinava a cabeça ao rir. Ele estava fascinado, e uma sensação estranha se apoderava dele. Ele não sabia se era o álcool ou a presença dela, mas a química entre eles era palpável.
Aria estava visivelmente fora de sua zona de conforto. Depois de mais de um ano como assistente dele, nunca haviam saído juntos para algo como aquilo, sem compromisso, sem objetivos profissionais.
Isso a deixava insegura, ainda mais porque ela escondia um amor platônico por Alexandro. Ela sabia da sua fama de mulherengo, e temia ser apenas mais uma em sua cama. Mas naquela noite, algo parecia diferente.
Depois de alguns drinques a mais, Adriano decidiu ir embora.
— Não quero acabar muito mal — disse ele, rindo. — Vejo vocês na segunda-feira.
Aria e Alexandro assentiram, mas nenhum dos dois parecia pronto para ir. A noite ainda prometia.
— Que tal mais um round? Para a despedida, temos viagem amanhã cedo! — sugeriu Aria, pegando a garrafa de whisky. Ela já sentia o efeito da champanhe e não queria sair dali bêbada sendo carregada pelo chefe.
Alexandro sorriu, mais relaxado do que nunca. Ele aceitou sem hesitar, e os minutos viraram horas.
Os drinques continuaram fluindo, e o mundo ao redor perdeu o foco. Ele não sabia o que era mais forte, o álcool ou a energia que emanava de Aria, mas a conexão entre os dois estava inegável naquela noite.
O taxi os deixou em frente ao apartamento de Alexandro. Sempre que ele estava acompanhado, ele preferia ir para o seu apartamento no centro da cidade.
Alexandro sempre foi um homem que evita envolvimentos mais profundos, e ali ele tinha liberdade, sem invadir sua privacidade. Não haviam planejado ir para lá, mas nenhum dos dois questionou a decisão. O elevador parecia levar uma eternidade para chegar ao andar de Alexandro.
Aria estava encostada na parede do fundo, os olhos fixos nele. Havia algo diferente naquela troca de olhares, algo que nunca haviam admitido sentir antes. Alexandro a observava com um desejo crescente, algo que ele nunca imaginara surgir entre eles.
Quando o elevador finalmente chegou, ele sentiu uma pressão no peito, uma ansiedade que não conseguia entender.
Talvez fosse o álcool, talvez fosse Aria, mas de qualquer forma, ele sabia que aquela noite seria diferente.
Assim que a porta do apartamento se fechou, Alexandro a puxou para perto.
O beijo veio como uma explosão, carregado de desejo contido por tempo demais. Nenhum dos dois hesitou.
Roupas foram descartadas pelo caminho até o quarto, onde se entregaram um ao outro sem reservas.
A boca de Alexandro buscou a de Aria com uma fome que ele nunca sentira antes.
Aria se entregou ao prazer de uma forma intensa, todo o sentimento que ela nutria secretamente por Alexandro transbordou de seu coração, enchendo seu corpo de sensações que a levavam ao céu.
O toque de Aria era diferente de qualquer outro que Alexandro já havia sentido. Havia algo nela que despertava nele uma sensação que nunca havia experimentado antes.
A forma como ela reagia ao toque dele, como os corpos
se encaixavam de maneira tão natural, fez algo dentro dele despertar.
Uma Noite Especial.Alexandro.A noite parece se arrastar, uma sequência de momentos intensos e silenciosos, onde o único som que preenche o espaço são nossas respirações. Cada vez que nossos corpos se conectam, somos transportados para um lugar só nosso. Quando o prazer chega, é como se nossos corpos explodissem em sensações e cores, algo tão vívido que parece real e, ao mesmo tempo, impossível.Finalmente, o sono nos encontra. Aria se aninha no meu peito, e, ao olhar para ela, algo surpreendente acontece. Eu não quero que ela vá embora. Pela primeira vez, sinto uma sensação estranha no peito, como se algo fosse arrancado de mim com a luz do dia. Eu não quero que ela desapareça. Pela primeira vez, percebo que o que sinto por Aria pode ser mais do que apenas uma noite.Enquanto ela dorme em meus braços, eu me vejo refletindo sobre o que aconteceu. A sensação do seu corpo, a entrega dela... Foi mais do que desejo físico. Eu a senti, de uma maneira que nunca tinha sentido antes.
A Desilusão de Aria.AriaUm bilhete sobre a mesa me olha com frieza: "Bom dia, esteja no horário previsto para a viagem, me aguardando no seu apartamento."Eu não me movo. Não quero me mover. Uma dor inexplicável aperta meu peito, uma mistura de vergonha e frustração. Eu me deixei levar. Quantas vezes estive nesse lugar, arrumando tudo para ele, conferindo suas coisas, me colocando de lado para que ele tivesse tudo perfeito para que ele recebesse suas amantes? E no final, sempre é assim, não é? Ele se vai. E elas ficam. Só que agora quem ficou sozinha foi eu, as posições se inverteram e eu estou com esse vazio imenso e com o sabor amargo da decepção.Lágrimas quentes escorrem de meu rosto, mas não tenho tempo para me entregar à tristeza. Eu preciso fazer o que sou paga para fazer, ser uma assistente pessoal perfeita!Preciso me preparar para a viagem, pelo menos dar um propósito ao meu dia. Levanto-me lentamente, com a sensação de que o chão está instável, como se tudo à minha
O Capotamento Alexandro.A sensação de velocidade é como um turbilhão, o vento cortando meu rosto enquanto os pneus do carro grudam na estrada. Tudo parece normal, até que a freada, de repente, se torna uma necessidade desesperadora. O pedal afunda no chão, mas o carro não responde. O freio falhou. O pânico é instantâneo, e um grito de desespero escapa dos meus lábios.Tento controlar o volante, mas é inútil. O carro continua deslizando descontrolado pela pista, as rodas girando sem freno, a estrada embaçada pela velocidade e pela iminência do impacto. O carro começa a virar, primeiro de leve, depois com força, e o som de lataria se retorcendo e os pneus rangendo é ensurdecedor. Cada segundo é uma eternidade. Eu tento segurar no volante com toda a força que tenho, mas nada pode impedir o capotamento que parece inevitável.O carro gira de forma violenta, uma espiral de metal e vidro quebrando. O som de estilhaços me atinge em cheio, mas não tenho tempo de reagir, nem de me proteger
Quem é você?Jéssica Após horas no atendimento e vários exames de trauma o médico me medicada com remédio para dorApós pergunta sobre Alexandro o médico responsável pelo atendimento dele me comunica que qualquer informação sobre o paciente somente a familiares.Alexandro não tem família, o que se torna um problema.–Doutor, eu sou noiva do paciente! Afirmo em um impulso de desespero.– Nesse caso posso te informar que os exames não deram nenhuma alteração, e estamos observando o paciente que acordou desorientado sem lembranças, ele ficou muito agitado e foi medicado com um sedativo está inconsciente. Relata o médico! –Posso vê-lo? Pergunto.–Sim quarto 25. Se o quadro persistir você precisará de muita paciência e deixar que a memória dele volte por si só sem pressões.–Claro doutor, farei como recomendado Ao chegar à porta do quarto à visto a cama posicionada no meio do cômodo e Daniel dormindo, uma enfermeira se preparando para sair do local. –Houve alguma alteração no quadro do
O Amanhecer AlexandroO sol mal surgiu no horizonte quando despertei, sentindo a brisa matinal esgueirar-se pela fresta da janela. O som distante dos pássaros se misturava ao leve farfalhar das cortinas, e eu permaneci deitado por alguns instantes, deixando aquele momento de transição entre o sono e a vigília me envolver.Respirei fundo. O cheiro familiar de café fresco e pão torrado alcançava meu quarto, guiando meus passos até a cozinha. Desci as escadas lentamente, sentindo o piso frio sob meus pés descalços. Ao chegar, encontrei Dona Catarina, a governanta que cuidava de mim desde pequeno, servindo o café da manhã com o mesmo zelo de sempre.— Bom dia, meu menino — disse ela, sorrindo com carinho enquanto colocava uma xícara de café diante de mim. — Dormiu bem?— Melhor agora com esse cheiro delicioso de café — respondi, levando a xícara aos lábios. — A senhora sempre sabe como melhorar meu dia.Ela riu baixinho, sentando-se à minha frente.— É meu dever cuidar de você. E também
O Encontro com Marcelo FelícioChegando à sede de sua empresa, Alexandro Barroso foi recebido por Marcelo Felício, chefe de segurança e homem de confiança há anos. Marcelo era um profissional experiente, dedicado e sempre atento a qualquer eventualidade.— Bom dia, Alexandro — saudou Marcelo, acompanhando-o em direção ao elevador privativo. — Tudo tranquilo até agora. A equipe está de olho em qualquer movimentação fora do comum.Alexandro assentiu.— Fico mais tranquilo sabendo que você está no comando disso. Como está a equipe?— Motivada e bem treinada. Estamos sempre prontos para qualquer situação. E sobre a reunião de hoje, tudo está organizado para garantir privacidade total.Alexandro sorriu levemente. Marcelo era um profissional de extrema confiança, e saber que ele cuidava da segurança o permitia focar nos negócios.Os dois entraram no elevador, e Marcelo pressionou o botão que levava ao andar da diretoria. Enquanto subiam, Alexandro aproveitou o momento para abordar outro as
Alexandro— Senhores, obrigado por estarem aqui — começo, mantendo a voz firme. — Temos uma oportunidade importante pela frente: a possibilidade de um contrato para a construção de uma rede de hotéis.Adriano Perez, Vice Presidente, advogado e amigo íntimo de Alexandro, sempre atento, toma a palavra com seriedade:— Os termos são promissores, mas precisamos analisar os riscos e os desafios logísticos. Estamos falando de um investimento alto e de um compromisso de longo prazo.Aria Ferreira, Assistente pessoal de Alexandro, intervém com entusiasmo:— A demanda por hospedagem tem crescido na região, e essa parceria pode elevar ainda mais nosso nome no mercado. Além disso, a rede hoteleira já tem investidores interessados em acelerar a construção.Marcelo Rosa, Chefe de compras da empresa, porém, não parece convencido. Sua expressão se fecha enquanto ele franze a testa, ponderando:— A questão é: conseguiremos manter o fornecimento de materiais dentro dos prazos exigidos? Já estamos trab