CAPÍTULO 4

 Celebração na Noite Iluminada

O barulho da cidade parecia mais intenso naquela noite. Os trens cortavam o ar como trovões distantes, enquanto as luzes piscavam por toda a avenida principal. 

Alexandro Barroso, Adriano Perez e Aria Ferreira desceram do carro em frente à boate mais exclusiva da cidade.

 O contrato havia sido fechado, e era hora de celebrar. O trio entrou no clube sob olhares atentos, suas presenças emanando confiança e sucesso.

Dentro, a música eletrônica reverberava, criando um ritmo hipnótico. As luzes neon dançavam pelas paredes e pelo chão, refletindo nos copos das bebidas sofisticadas servidas às dezenas. Adriano, sempre o mais animado, pediu um champanhe caríssimo e ergueu sua taça.

— Aos novos começos! — brindou ele, e os três entrelaçaram os copos antes de beberem.

Alexandro estava relaxado, algo raro nele. A noite era um convite ao inesperado, e ele não se importava com o que viria. 

Sentado ao lado de Aria no sofá VIP, ele percebeu como ela parecia diferente naquela noite. O brilho dos olhos dela refletia a iluminação do lugar, e seu sorriso era mais solto do que o habitual.

 Pela primeira vez, Alexandro a observava com atenção, não mais como uma simples assistente, mas como uma mulher com um magnetismo que ele não havia notado antes.

Ela se inclinou levemente para frente, seus cabelos soltos caindo suavemente sobre o ombro,o olhar verde claro que dava vontade de mergulhar ali dentro. Como ele nunca percebeu? Deve ter sido os óculos. Sua pequena estatura dava a vontade de protegê-la, como se qualquer coisa pudesse feri-la.

Alexandro sentiu o desejo tomar conta dele. Algo dentro dele se agitou, algo que ele nunca esperou, nem mesmo cogitou. 

Ele observou como Aria balançava sua taça de champanhe, o movimento suave de seus dedos, e foi como se o tempo desacelerasse.

— Quem diria que aquele contrato daria tanto trabalho? — comentou Aria, com um leve sorriso nos lábios, balançando a taça.

— Mas conseguimos — respondeu Alexandro, oferecendo um sorriso raro. — E isso merece comemoração.

Adriano se levantou para dançar, deixando Alexandro e Aria sozinhos. O som pulsante da música parecia tornar o ambiente mais intenso, e cada segundo que passava fazia Alexandro notar ainda mais os pequenos detalhes sobre Aria. 

O jeito como ela mordia de leve o lábio ao pensar, como inclinava a cabeça ao rir. Ele estava fascinado, e uma sensação estranha se apoderava dele. Ele não sabia se era o álcool ou a presença dela, mas a química entre eles era palpável.

Aria estava visivelmente fora de sua zona de conforto. Depois de mais de um ano como assistente dele, nunca haviam saído juntos para algo como aquilo, sem compromisso, sem objetivos profissionais. 

Isso a deixava insegura, ainda mais porque ela escondia um amor platônico por Alexandro. Ela sabia da sua fama de mulherengo, e temia ser apenas mais uma em sua cama. Mas naquela noite, algo parecia diferente.

Depois de alguns drinques a mais, Adriano decidiu ir embora.

— Não quero acabar muito mal — disse ele, rindo. — Vejo vocês na segunda-feira.

Aria e Alexandro assentiram, mas nenhum dos dois parecia pronto para ir. A noite ainda prometia.

— Que tal mais um round? Para a despedida, temos viagem amanhã cedo! — sugeriu Aria, pegando a garrafa de whisky. Ela já sentia o efeito da champanhe e não queria sair dali bêbada sendo carregada pelo chefe.

Alexandro sorriu, mais relaxado do que nunca. Ele aceitou sem hesitar, e os minutos viraram horas.

 Os drinques continuaram fluindo, e o mundo ao redor perdeu o foco. Ele não sabia o que era mais forte, o álcool ou a energia que emanava de Aria, mas a conexão entre os dois estava inegável naquela noite.

O taxi os deixou em frente ao apartamento de Alexandro. Sempre que ele estava acompanhado, ele preferia ir para o seu apartamento no centro da cidade.

 Alexandro sempre foi um homem que evita envolvimentos mais profundos, e ali ele tinha liberdade, sem invadir sua privacidade. Não haviam planejado ir para lá, mas nenhum dos dois questionou a decisão. O elevador parecia levar uma eternidade para chegar ao andar de Alexandro.

Aria estava encostada na parede do fundo, os olhos fixos nele. Havia algo diferente naquela troca de olhares, algo que nunca haviam admitido sentir antes. Alexandro a observava com um desejo crescente, algo que ele nunca imaginara surgir entre eles. 

Quando o elevador finalmente chegou, ele sentiu uma pressão no peito, uma ansiedade que não conseguia entender. 

Talvez fosse o álcool, talvez fosse Aria, mas de qualquer forma, ele sabia que aquela noite seria diferente.

Assim que a porta do apartamento se fechou, Alexandro a puxou para perto.

 O beijo veio como uma explosão, carregado de desejo contido por tempo demais. Nenhum dos dois hesitou.

 Roupas foram descartadas pelo caminho até o quarto, onde se entregaram um ao outro sem reservas.

A boca de Alexandro buscou a de Aria com uma fome que ele nunca sentira antes. 

Aria se entregou ao prazer de uma forma intensa, todo o sentimento que ela nutria secretamente por Alexandro transbordou de seu coração, enchendo seu corpo de sensações que a levavam ao céu.

 O toque de Aria era diferente de qualquer outro que Alexandro já havia sentido. Havia algo nela que despertava nele uma sensação que nunca havia experimentado antes. 

A forma como ela reagia ao toque dele, como os corpos

se encaixavam de maneira tão natural, fez algo dentro dele despertar.

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