Alexandro
— Senhores, obrigado por estarem aqui — começo, mantendo a voz firme. — Temos uma oportunidade importante pela frente: a possibilidade de um contrato para a construção de uma rede de hotéis.
Adriano Perez, Vice Presidente, advogado e amigo íntimo de Alexandro, sempre atento, toma a palavra com seriedade:
— Os termos são promissores, mas precisamos analisar os riscos e os desafios logísticos. Estamos falando de um investimento alto e de um compromisso de longo prazo.
Aria Ferreira, Assistente pessoal de Alexandro, intervém com entusiasmo:
— A demanda por hospedagem tem crescido na região, e essa parceria pode elevar ainda mais nosso nome no mercado. Além disso, a rede hoteleira já tem investidores interessados em acelerar a construção.
Marcelo Rosa, Chefe de compras da empresa, porém, não parece convencido. Sua expressão se fecha enquanto ele franze a testa, ponderando:
— A questão é: conseguiremos manter o fornecimento de materiais dentro dos prazos exigidos? Já estamos trabalhando no limite com os contratos atuais.
Miguel Gomez, Chefe de financeiro da empresa, mais meticuloso, ajusta os óculos e acrescenta:
— Financeiramente, é viável, mas teremos que estudar um cronograma rigoroso. Qualquer deslize pode comprometer o fluxo de caixa.
João Rios,Chefe de RH da empresa, observando atentamente as reações de todos, volta-se para mim:
— Precisamos avaliar a mão de obra disponível. O RH pode ajustar as contratações, mas requer planejamento. Estamos falando de um projeto grande, e a falta de trabalhadores pode atrasar tudo.
Samuel Sousa, Chefe de logística da empresa, o mais pragmático do grupo, cruza os braços e diz:
— O transporte dos materiais é um ponto crítico. Dependendo da localização dos hotéis, poderemos ter desafios inesperados, como estradas em más condições ou burocracia para liberação de cargas.
Ouço atentamente a todos, absorvendo as informações. A sala está carregada de expectativa, e sei que a decisão final é minha. O peso da responsabilidade pulsa em meu peito, mas é nesses momentos que preciso demonstrar liderança. Respiro fundo antes de responder:
— Precisamos garantir que todos esses desafios sejam contornáveis antes de seguirmos adiante. Adriano, quero que revise os termos do contrato com mais rigor. Miguel, elabore um cronograma detalhado para minimizar os riscos financeiros. Marcelo, entre em contato com nossos fornecedores e veja como podemos garantir o cumprimento dos prazos.
Todos assentem, cientes da importância da decisão. A discussão se estende por horas, cada detalhe sendo esmiuçado e debatido. O desgaste é evidente, mas no final, conseguimos chegar a um consenso. O contrato será fechado, e a viagem ao local será agendada para os próximos dias, mas apenas após garantirmos que os pontos críticos sejam resolvidos.
Enquanto Adriano Perez assina o contrato ao meu lado, sinto um misto de alívio e ansiedade. A primeira grande etapa foi concluída, mas o verdadeiro desafio ainda está por começar. Meu olhar percorre a sala, vendo o cansaço nos rostos dos diretores. Todos estão esgotados, mas há um brilho de satisfação nos olhos de alguns. A segurança que transmiti a eles reforça minha própria convicção.
Aperto a mão do senhor Almeida agora meu sócio.
Ao deixar a reunião, caminho até minha sala e me permito alguns minutos de silêncio.
Encosto na cadeira, afrouxo a gravata e fecho os olhos por um instante. Minha mente não para. O projeto é um passo gigantesco para a empresa, e qualquer erro pode custar caro. Mas também vejo oportunidade, crescimento e reconhecimento.
Aria Ferreira b**e na porta, interrompendo meus pensamentos.
— Senhor Alexandro, trouxe um café — diz ela, colocando a xícara à minha frente.
Sorrio, aceitando a bebida. O aroma forte me revigora.
— Obrigado, Aria. Alguma novidade?
— O time do financeiro já está preparando os relatórios que pediu. O departamento jurídico também já está revisando o contrato assinado. Tudo está encaminhado.
Assinto, satisfeito com a agilidade da equipe. Com o projeto oficialmente em andamento, sei que as próximas semanas serão intensas.
Celebração na Noite IluminadaO barulho da cidade parecia mais intenso naquela noite. Os trens cortavam o ar como trovões distantes, enquanto as luzes piscavam por toda a avenida principal. Alexandro Barroso, Adriano Perez e Aria Ferreira desceram do carro em frente à boate mais exclusiva da cidade. O contrato havia sido fechado, e era hora de celebrar. O trio entrou no clube sob olhares atentos, suas presenças emanando confiança e sucesso.Dentro, a música eletrônica reverberava, criando um ritmo hipnótico. As luzes neon dançavam pelas paredes e pelo chão, refletindo nos copos das bebidas sofisticadas servidas às dezenas. Adriano, sempre o mais animado, pediu um champanhe caríssimo e ergueu sua taça.— Aos novos começos! — brindou ele, e os três entrelaçaram os copos antes de beberem.Alexandro estava relaxado, algo raro nele. A noite era um convite ao inesperado, e ele não se importava com o que viria. Sentado ao lado de Aria no sofá VIP, ele percebeu como ela parecia diferente
Uma Noite Especial.Alexandro.A noite parece se arrastar, uma sequência de momentos intensos e silenciosos, onde o único som que preenche o espaço são nossas respirações. Cada vez que nossos corpos se conectam, somos transportados para um lugar só nosso. Quando o prazer chega, é como se nossos corpos explodissem em sensações e cores, algo tão vívido que parece real e, ao mesmo tempo, impossível.Finalmente, o sono nos encontra. Aria se aninha no meu peito, e, ao olhar para ela, algo surpreendente acontece. Eu não quero que ela vá embora. Pela primeira vez, sinto uma sensação estranha no peito, como se algo fosse arrancado de mim com a luz do dia. Eu não quero que ela desapareça. Pela primeira vez, percebo que o que sinto por Aria pode ser mais do que apenas uma noite.Enquanto ela dorme em meus braços, eu me vejo refletindo sobre o que aconteceu. A sensação do seu corpo, a entrega dela... Foi mais do que desejo físico. Eu a senti, de uma maneira que nunca tinha sentido antes.
A Desilusão de Aria.AriaUm bilhete sobre a mesa me olha com frieza: "Bom dia, esteja no horário previsto para a viagem, me aguardando no seu apartamento."Eu não me movo. Não quero me mover. Uma dor inexplicável aperta meu peito, uma mistura de vergonha e frustração. Eu me deixei levar. Quantas vezes estive nesse lugar, arrumando tudo para ele, conferindo suas coisas, me colocando de lado para que ele tivesse tudo perfeito para que ele recebesse suas amantes? E no final, sempre é assim, não é? Ele se vai. E elas ficam. Só que agora quem ficou sozinha foi eu, as posições se inverteram e eu estou com esse vazio imenso e com o sabor amargo da decepção.Lágrimas quentes escorrem de meu rosto, mas não tenho tempo para me entregar à tristeza. Eu preciso fazer o que sou paga para fazer, ser uma assistente pessoal perfeita!Preciso me preparar para a viagem, pelo menos dar um propósito ao meu dia. Levanto-me lentamente, com a sensação de que o chão está instável, como se tudo à minha
O Capotamento Alexandro.A sensação de velocidade é como um turbilhão, o vento cortando meu rosto enquanto os pneus do carro grudam na estrada. Tudo parece normal, até que a freada, de repente, se torna uma necessidade desesperadora. O pedal afunda no chão, mas o carro não responde. O freio falhou. O pânico é instantâneo, e um grito de desespero escapa dos meus lábios.Tento controlar o volante, mas é inútil. O carro continua deslizando descontrolado pela pista, as rodas girando sem freno, a estrada embaçada pela velocidade e pela iminência do impacto. O carro começa a virar, primeiro de leve, depois com força, e o som de lataria se retorcendo e os pneus rangendo é ensurdecedor. Cada segundo é uma eternidade. Eu tento segurar no volante com toda a força que tenho, mas nada pode impedir o capotamento que parece inevitável.O carro gira de forma violenta, uma espiral de metal e vidro quebrando. O som de estilhaços me atinge em cheio, mas não tenho tempo de reagir, nem de me proteger
Quem é você?Ariapós horas no atendimento e vários exames de trauma o médico me medicada com remédio para dorApós pergunta sobre Alexandro o médico responsável pelo atendimento dele me comunica que qualquer informação sobre o paciente somente a familiares.Alexandro não tem família, o que se torna um problema.–Doutor, eu sou noiva do paciente! Afirmo em um impulso de desespero.– Nesse caso posso te informar que os exames não deram nenhuma alteração, e estamos observando o paciente que acordou desorientado sem lembranças, ele ficou muito agitado e foi medicado com um sedativo está inconsciente. Relata o médico! –Posso vê-lo? Pergunto.–Sim quarto 25. Se o quadro persistir você precisará de muita paciência e deixar que a memória dele volte por si só sem pressões.–Claro doutor, farei como recomendado Ao chegar à porta do quarto à visto a cama posicionada no meio do cômodo e Daniel dormindo, uma enfermeira se preparando para sair do local. –Houve alguma alteração no quadro do pacie
Adriano.--Como assim, cara?! Quem sou eu? Não tá me reconhecendo? Sou seu amigo de infância, Alexandro!Alexandro fixa seu olhar, franzindo a sobrancelha.––Não, não estou te reconhecendo!––E ela, quem é?––Ela é sua assistente pessoal e sua noiva!––Como minha noiva? Você está de brincadeira, né, Adriano?––Claro que não, Alexandro.Adriano vira-se na minha direção, trocamos um olhar intrigado. Ele me entrega a mala com os meus pertences, e eu agradeço com um gesto de cabeça.––O que está acontecendo? Por que estou no hospital? E por que não me recordo de vocês?––Calma, Alexandro! Vou chamar o médico que te atendeu. Nós sofremos um acidente, estávamos indo para o aeroporto quando o carro capotou.––Alguém mais se machucou? Tem alguém grave?––Não, Alexandro, só nós nos ferimos. Mas espera, o médico vai conversar com você.Vou em direção ao balcão no corredor falar com a enfermeira.––Boa noite, o doutor ainda se encontra? O paciente do quarto 25 acordou.––Sim, ele ainda está no ho
Entre Razão e SentimentoO dia amanhece na casa de Alexandro, e os raios de sol tímidos que entram pelas frestas da cortina me diz que um novo dia está nascendo e eu me pergunto como ainda estou suportando isso?Há um mês convivendo sob o mesmo teto, ouvindo suas ironias constantes, sua forma debochada de me chamar de "noivinha" e suportando seu olhar que me analisa como se tentasse decifrar algo em mim.Saio do quarto e caminho até a cozinha. Catarina já está ali, sentada à mesa, tomando seu café com uma expressão serena.— Bom dia, Aria. Dormiu bem? Ela me olha com gentileza.— Bom dia, Catarina. Sim, dentro do possível. E você?— Bem também. Mas acho que alguém não teve uma noite tranquila.Ela inclina levemente a cabeça e aponta sutilmente para Alexandro, que entra na cozinha com um olhar sombrio. Ele sempre tem essa presença forte, dominadora, mas hoje há algo diferente. Algo mais intenso.— Bom dia, noivinha. Ele solta com aquela ironia já conhecida, sentando-se à mesa e pegan
O Líder TemporárioAdriano me recebe com um sorriso assim que entro na sala de reuniões.— Bom dia, Aria. Tudo bem?— Bom dia, Adriano. Sim, e com você?— Sobrevivendo. Assumir o posto de Alexandro está me dando trabalho, mas confesso que estou gostando do desafio.Dou um sorriso. Ele é um ótimo líder. E, ao contrário de Alexandro, sabe ser acessível e colaborativo.As reuniões começam, e vejo o quanto Adriano conduz tudo com precisão. Os chefes de setor expõem os relatórios, e ele escuta atentamente, tomando decisões rápidas e firmes.— Aria, o que acha desse planejamento para os próximos meses? Ele me pergunta, mostrando um documento.Analiso por um momento e respondo:— Está bem estruturado, mas acho que podemos melhorar a estratégia de marketing. Posso trabalhar nisso e trazer algumas sugestões.— Ótimo. Sei que posso contar com você.Troco um olhar cúmplice com Adriano, e por um instante me sinto valorizada. É diferente trabalhar ao lado de alguém que reconhece meu potencial sem