CAPÍTULO 32

O Fogo do Ciúme.

Alexandro

A raiva queima dentro de mim enquanto ela sobe as escadas, como se tivesse ganhado alguma batalha que só ela conhece.

Fico parado por um momento na sala, tentando recuperar o controle. Mas não consigo!

A sensação de que estou sendo deixado de fora, de que ela esconde algo de mim, me consome.

Olho ao redor da sala, o ambiente cheio de detalhes que sempre pareceram frios e impecáveis:

O sofá de couro preto, os quadros abstratos nas paredes, a iluminação moderna. Agora tudo isso parece vazio, incapaz de conter a tempestade que estou sentindo. Minha mente está fixa nela, em Ária, e no que ela pode estar escondendo.

Sem pensar muito, subo as escadas rapidamente. O corredor está mergulhado em uma penumbra, as luzes suaves do teto criando sombras nas paredes.

Minha respiração está pesada quando chego à porta do quarto dela. Não bato. Simplesmente abro a porta com força, sentindo um impulso que não consigo controlar.

Ária está de pé perto da janela, a luz fraca
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