Conheçam minhas outras obras, todas COMPLETAS: A Governanta do CEO; A amnésia da doce esposa do CEO; A noiva substituta do Capitão. Big beijos e boa leitura!
O café da manhã na mansão Freitas iniciou pior que o jantar no dia anterior. Novamente, poupando-se de discussões com a ex-esposa, Roberto solicitou a refeição matinal em seu quarto. Seguindo seu exemplo, Diego e Penélope levaram Samuel para a cafeteria Doçura de Cezário, justificando para o menino que queriam contar as aventuras na praia para Jéssica, enquanto provavam os deliciosos doces feitos por ela. Inquieta e incomodada com a situação, Marcela estava sentada à mesa da sala de jantar, seus olhos fixos em sua xícara de café, os pensamentos fervilhando em sua mente. A ausência de seu filho, sua clara fuga para evitá-la, a afetava mais do que gostaria de admitir. Nos últimos anos teve um relacionamento próximo com Diego, e a ideia de que ele pudesse se afastar dela, de perder o único vínculo familiar que lhe restava, a perturbava profundamente. E a culpa era de Penélope Teixeira. Assim como a mãe fez com Roberto, aquela pequena cobra se enroscava e envenenava seu filho. Ergueu a
— Preciso que me ajude. Não era a primeira vez que fazia esse pedido ao amigo, mas a inquietação dominava Diego acima do normal. As últimas semanas haviam sido marcadas por diversas reviravoltas em sua vida, indo de um sentimento ao seu oposto em segundos, principalmente quando se tratava de Penélope. Com um largo sorriso e uma estranha sensação de vingança, Enrique observou o amigo andar em impacientes círculos a sua frente. Era normal ele agir daquele jeito, não o controlado Diego. Divertia-se com a insegurança e preocupação do amigo sobre o segredo que envolvia Penélope, amplificada com o receio em torno da presença de Marcela e Lucas na mansão Freitas. Mas, diferente de outras vezes, não soltou comentários zombeteiros, apenas ouviu atentamente o amigo relatar seus problemas, incluindo o pouco que extraiu sobre o passado de Penélope e a conexão da família dela com a cidade vizinha. Diante do pedido para que ele fosse até Rudá atrás de informações, questionou condescendente: — P
Penélope estava concentrada no trabalho, revisando os relatórios financeiros da fábrica de porcelana, quando um som de passos rápidos a fez erguer a cabeça. O coração martelou em seu peito ao ver Marcela Freitas, a mãe de Diego, entrar no escritório com uma expressão furiosa.Apesar da idade e extrema magreza, que dava a mulher a aparência de fragilidade, Marcela Freitas era uma figura imponente de profundos olhos frios como adagas de gelo. Sem qualquer cumprimento, Marcela fechou a porta do escritório com um estrondo, fazendo Penélope saltar na cadeira.— Senhora Freitas, em que posso ajudá-la? — Penélope perguntou, tentando manter a calma apesar da aura hostil que preenchia o ambiente.Marcela não respondeu imediatamente. Ela deu alguns passos em direção à mesa de Penélope, os olhos fixos na nora com um misto de desdém e raiva. Finalmente, ela falou, sua voz cortante como um punhal:— Agora não poderá fugir.Penélope inspirou fundo preparando-se para o confronto e fez menção de falar
Atravessando o corredor que levava aos escritórios, Diego tinha passos firmes e semblante sério delineando sua feição. A preocupação dominava seus pensamentos, que estavam longe, perdidos no pedido feito a Enrique e a perigosa decisão do amigo em adicionar uma terceira pessoa às buscas em Rudá. E não era qualquer pessoa, era uma das amigas íntimas de Penélope.Sua distração perdeu-se quando Ana, assistente da presidência e melhor amiga de ambas as mulheres perturbando sua mente, se aproximou ansiosa.— Diego, graças aos céus chegou! Sua mãe chegou super nervosa e se fechou com Penélope no escritório.Diego engoliu em seco, a preocupação dela se fixando nele. Marcela jamais procuraria Penélope para conversas amenas e de teor amigável. Foi justamente para evitar conflitos entre sua mãe e sua esposa que saiu naquela manhã na surdina.— Obrigado por me informar, Ana.Ele se aproximou da porta do escritório apreensivo. Nem precisou entrar no local para saber que a conversa não estava sendo
Motivos para não aceitar eram muitos, mas seu tolo coração disse um sim antes mesmo que as palavras saíssem. Sentada ao lado de Enrique no carro dele, Jéssica apertava as mãos nos colo, o olhar perdendo-se nas ruas que levavam a Rudá. Não viu maldade em acompanhá-lo até ali em busca de respostas para as dúvidas que nublavam o casamento da amiga, mas agora temia ter feito uma péssima escolha.— O que te incomoda? — Enrique questionou ao entrarem na cidade de ruas estreitas e pitorescas casas antigas.— Tenho medo do que Penélope pensará disso — admitiu tensa. — Ela não ficou feliz quando falei da sua suposição.Seguindo para o centro da cidade, Enrique olhou de canto para ela.— Veja, eu sei que Diego é apaixonado há anos pela Penélope e acredito que ela sente o mesmo.— Ela nunca o esqueceu — Jéssica comentou, acrescentando com tristeza pela situação da amiga. — Mesmo quando tentava nos convencer disso, era óbvio que mentia, que doía lembrar-se do fim relacionamento com ele.— Confirm
Satisfeito com sua descoberta, Enrique agradeceu Zeneide e saiu apressado para retornar ao carro estacionado em frente à igreja, ansioso em se encontrar com Diego e repassar a informação obtida.Seguindo logo atrás dele, Jéssica não compartilhava a animação. Havia em Zeneide, no modo de falar e olhar, que não lhe transmitia total credibilidade. Porém, não querendo ser alvo do cortante desprezo da beata, aguardava se afastarem da igreja para falar sobre isso com Enrique.— Esperem!Virando-se, Jéssica observou Júlia descer os últimos degraus da igreja, correndo na direção deles com as bochechas tomadas de uma forte tonalidade rosácea.— Esperem! — Júlia repetia, alcançando-os com a respiração ofegante. — Tem algo... Acho que... pode ajudá-los...Enrique parou, a chave do carro girando em seu dedo, os olhos se revezando entre a mulher, buscando refazer-se da corrida até eles, e a porta de metal a um passo de distância.— Desculpem os comentários cruéis da Zeneide a respeito dessa funcion
Além do talento nato para doces, o maior orgulho de Jéssica Castro era sua intuição certeira. No entanto, saindo da cabana de Jussara Novaes – a avó da amiga de Júlia -, desejava ter se equivocado. Seria péssimo para Penélope, e para a memória de Paloma, serem taxadas pelas palavras cáusticas da senhora da igreja. No entanto, sua intuição apontava que o cenário opcional seria pior.Não havia tempo a perder. Precisava alertar Enrique antes que cometesse um erro irreparável. Retirou o celular da bolsa e tentou ligar para Enrique. Seu coração batia rápido, as mãos tremiam e suavam enquanto esperava desesperadamente que ele atendesse. A esperança rapidamente se transformou em frustração quando percebeu que não havia sinal de celular naquela parte isolada da floresta. Ainda assim tentou várias vezes, afastando-se da cabana, mas simplesmente não conseguia encontrar uma rede.Uma sensação de impotência a invadiu. Olhou ao redor, tentando determinar a melhor maneira de sair da floresta e enc
Ana entrou apressada e claramente angustiada dentro do escritório. A jovem respirava com dificuldade, como se tivesse corrido os poucos metros que levavam até ali, seu rosto estava pálido e os olhos estavam carregados de preocupação.— Ana, o que aconteceu? — Penélope perguntou, levantando-se da cadeira, com o coração batendo mais rápido, se restabelecendo do susto com a abrupta entrada. Nunca tinha visto a amiga tão agitada.Lutando para recuperar o equilíbrio, Ana colocou uma mão trêmula sobre o peito enquanto tentava se acalmar.— Você precisa ir até a mansão Freitas agora. Carla ligou e disse que houve uma confusão, que Diego chegou lá transtornado...Pensando em como a mansão estava e na discussão com Marcela, Penélope supôs que Diego houvesse voltado para a residência e entrado em conflito com a mãe. Também pensou na possibilidade de Lucas tê-lo provocado de alguma maneira. Com o clima na mansão tão complicado e tenso, era de se esperar que as coisas chegassem a um ponto crítico.