Começo do fim
Abandonado no escritório, Diego passou os dedos pelo cabelo frustrado e censurando-se por não controlar as palavras. Sua declaração impensada havia sido para si e não para Penélope. Um lembrete que inconvenientemente expressou em voz alta.

Afundou o corpo na poltrona mais próxima, apoiando o cotovelo no braço do assento, o pulso fechando-se e batendo de leve em sua boca comprimida. Tinha de ser frio e metódico para cumprir as cláusulas do testamento de seu pai.

Seus olhos recaíram no retrato da família. Ocupando quase que uma parede inteira ao lado da porta, mostrava quatro pessoas distintas: sentado à frente, estava Roberto, a austeridade captada até pela fotografia; Atrás dele, apoiando as delicadas mãos nos ombros do marido, estava Marcela com um sorriso gentil; à direita o primogênito, com seu constante ar de divertimento; à esquerda, o caçula imitando, sofrivelmente, a expressão severa do pai, em busca de agrada-lo, enquanto um riso bailava em seus lábios por algo que o irmão di
Luciy Moon

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