Gostou desse livro? Conheça mais obras da autora Luciy Moon com muito romance, drama e cenas apaixonantes: "A Governanta do CEO" (COMPLETA); “A Amnésia da doce esposa do CEO”. Aceito opiniões e críticas construtivas. Big beijos e boa leitura estrelas da minha vida! ☪
Anestesiada. Era assim que Penélope sentia-se conforme a cumprimentavam pela futura boda. Queria gritar, negar, mandar Roberto ao inferno. Porém, seguindo os ensinamentos dados pelo próprio, manteve-se ereta e com um sorriso plastificado, aceitando passivamente as felicitações. Se rebelar custaria sua credibilidade diante dos habitantes influentes de Cezário e dos clientes da fábrica. Mostrar descontrole justo quando estava prestes a perder o emprego, e teria de encontrar outro, possivelmente, na empresa de alguém presente naquele salão, não era uma alternativa. Agradeceu mentalmente os anos com Roberto indicando que tinha de manter-se controlada, profissional e indiferente ao caos que a cercasse. Aquela era mais uma provação a ser vencida. O causador do caos em sua vida, depois de lançar a bomba, acomodou-se na cadeira de rodas e seguiu por meia hora na festa antes de se retirar como se a festa não fosse em sua homenagem. Samuel e Bruno ficaram o tempo todo ao lado dele, removendo
— Que tipo de proposta? — Penélope questionou desconfiada. Diego descruzou os braços e se andou até ela. Instintivamente, a jovem recuou. O gesto fez um arrogante sorriso moldar-se na face do Freitas. Gostava de ainda afetar Penélope. Ficava claro que ela não era imune a ele. — Minha proposta é casarmos e, depois da morte de Roberto, nos separamos e te passo a guarda de Samuel. Tomou essa decisão friamente após ler o testamento do pai, determinado em não deixa-la ficar com o que lhe pertencia. A leitura do documento tornou-se sua única vantagem. Duvidava que Roberto mostrasse todas as suas exigências a sua “adorada assistente”. — Se, segundo você, Roberto não cumprirá a palavra dada, qual garantia tenho que você cumprirá? — Não quero criar o menino — explicou contendo a vontade de chamar o garoto de bastardo. Tinha de controlar-se e não irrita-la. Necessitava manipular a situação de forma que Penélope aceitasse seu plano. Desviando o olhar, Penélope mordeu o lábio, a mente pesand
Assim que encerrou sua conversa com Penélope, voltaram juntos ao salão, porém ela, indiferente aos demais e a impressão que deixaria, seguiu diretamente para as escadas, rumo aos quartos. Sendo o último anfitrião presente na festa de noivado - de início de aniversário -, Diego juntou-se aos Mendez para uma conversa leve. Percebia nos olhos de todos os Mendez a curiosidade contida. Enrique com certeza o interrogaria quando só estivessem os dois. Os pais dele, por não serem tão próximos dele, jamais o fariam. Tereza, mesmo em silêncio, tinha as feições tensionadas, o olhar se prendia nele por alguns instantes, logo se desviando quando ele a fitava. A viúva de seu irmão sofrera muito com o luto e, assim como a mãe dele, culpara e amaldiçoara os dias das Teixeira. Era óbvio que seu casamento com Penélope a ofendia. Tanto quanto ofenderia Marcela Freitas quando descobrisse o recente noivado do filho. Horas depois, em seu quarto, teve a confirmação de suas suspeitas. Sua mãe lhe enviou ci
O coração de Diego retumbou em seus ouvidos e uma gostosa sensação preencheu seu peito. Separou-se de sua mãe e caminhou até Penélope. As pernas apressaram-se em chegar até o corpo miúdo, as mãos moldaram-se ao rosto fino, a boca buscou o conforto dos lábios macios. — Pen, meu amor! — murmurou emocionado ao fim do beijo. Unindo sua testa a dela, seus olhos - ardendo pelas lágrimas de alívio e felicidade por ela estar ali - buscaram os dela. — Preciso tanto de você ao meu lado hoje — confessou, sua voz transmitindo pela primeira vez a dor que ocultava dos demais. Voltou a beija-la, um braço envolvendo-a pela cintura, querendo nunca mais soltá-la. — Diego! O grito cortante de sua mãe o fez olhar para trás. Com o rosto tomado de vermelho, Marcela veio em sua direção e puxou seu braço, quase o apartando de Penélope. — Solte agora essa menina, Diego — ordenou furiosamente seu pai, falando com ele pela primeira vez em horas. Não era assim que queria apresentar a namorada aos pais, nem m
Desde que Diego chegou à mansão, as noites de Penélope eram insones e seus dias péssimos, o anúncio surpresa do noivado deles e a conversa que tiveram só piorou seu estado físico e mental. Virou e revirou na cama até pegar no sono, sendo despertada no que lhe pareceu minutos depois. Maquiando-se para ocultar os sinais de cansaço, Penélope procurava um meio de escapar daquela situação, pois, a luz do dia, concordar com o casamento parecia ainda mais insano do que quando se deitou. Todas as suas ideias eram descartadas ao imaginar a reação de Roberto. Abandonando o pincel do blush na penteadeira, fitou seus olhos escurecidos em um tom de musgo com um fino aro dourado. Se o que Diego contara fosse verdade, só havia uma forma de escapar das garras de Roberto, uma última e perigosa cartada. Ergueu-se decidida a utiliza-la. Seria arriscado, mas casar e contar os dias para o patriarca Freitas morrer era mórbido e abominável para ela. Apesar de tudo, considerava Roberto quase como o avô que
Sim, seu dia estava péssimo. Culpa dos Freitas e do noivado forçado. Sim, desejava bater e jogar seu notebook pela janela. Culpa da caixa de mensagem lotada de felicitações pelo noivado forçado e ridículo. Sim, foi apática e descortês com quem a felicitou pessoalmente. Culpa do noivo forçado, ridículo e abusado que aproveitava qualquer oportunidade para alardear o falso amor deles. Sim, segurava a vontade de desmenti-lo. Culpa do medo do julgamento alheio por aceitar tamanha insanidade. A soma de tudo isso a deixava sem concentração, irritadiça e a ponto de tacar algo em alguém, de preferência em certo arrogante sentado a sua frente observando-a o tempo todo. Evitando erguer os olhos da tela do notebook, passou a mão nervosamente pelo cabelo, empurrando para trás da orelha uma inexistente mecha solta, uma vez que enrolou o cabelo e o prendeu na força do ódio assim que Diego se apossou de sua sala. Concordava que, enquanto não aprontassem a dele, teriam de dividir o espaço. O que dem
Penélope trabalhou obstinadamente o restante do expediente, apesar das dúvidas interferindo sua concentração e o sono. Quase não dormiu a noite, nem nas anteriores, por culpa das tramoias de ambos os Freitas. Quando enfim deu seu horário, desligou ansiosa o notebook e, segurando a vontade de olhar para o homem a sua frente, recolheu suas coisas. — Já vai? Apertou o botão lateral de seu smartphone, pousado na escrivaninha, e, quando o horário reluziu na tela, o virou apontando as horas. — Trabalhei exatas nove horas — resmungou ao captar um tom reprovativo na voz dele. — E tenho de buscar o Samuel na escola. Normalmente saia dez minutos antes, mas, com Diego de olho em todos os seus movimentos, segurou-se. — Nem vi o passar das horas. — O comentário irritou Penélope, que sentiu cada segundo de estar na mesma sala que ele, e torcera o tempo todo pelo fim do dia. — Só um minuto que já te acompanho — ele disse fechando os arquivos em que mexia para desligar seu notebook. — Não é nece
Durante o jantar, sentado de frente para Penélope e Samuel, Diego obteve uma miríade de informações sobre todos na mansão. O menino não parava de falar quando tinha ouvidos atentos a suas palavras. Penélope tentou conte-lo de início, mas Diego incentivou o garoto a continuar, tanto para conhecê-lo, quanto por se ver na criança. Na idade de Samuel gostava de ser o centro das atenções e expor suas impressões sobre o que o cercava. Seu pai constantemente o repreendia pela tagarelice. Não faria o mesmo. Aproveitaria cada detalhe revelado, até o mais inútil, para captar a confiança de Penélope. Surpreendeu-se quando Samuel o fitou intensamente e perguntou fazendo Penélope engasgar: — Posso te chamar de papai? Vovô disse que você vai ser meu papai — o menino contou, a ansiedade brilhando em seu rosto redondo. Diego titubeou, incerto de ir tão longe naquela brincadeira de casinha. Olhou para Penélope, que bebia vários goles de água por causa do engasgo, fruto do espanto com a pergunta ine